Neko Café - Interativa escrita por Lady Blue


Capítulo 13
E esses vestidos?


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas, desculpem pela demora, okay? Super desculpas cintilantes (~'0')~
Aqui vão ser apresentados mais dois personagens, Luka e Luke (não estou ficando doida, é isso mesmo), feitos pela ID 346762 (mais fácil colocar o ID u-u')



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Terceiro dia de trabalho - 7:12hr AM - Casa da Mey.

POV Mey

Eu quase nem dormi naquele dia, fiquei horas parada, deitada na cama, como eu iria encarar a Tohka depois daquilo?

Acordei com o despertador fazendo barulho no meu ouvido. Eu o peguei e atirei na parede, sabia que ele não ia quebrar, ele nunca quebrava com aquilo, e a minha mãe já deixava algumas almofadas no chão para ele cair no fofo, despertador mimado. Praguejei baixo e me levantei sem vontade.

Me olhei na penteadeira e me senti horrível! Bem, eu estava horrível mesmo, mas eu não conseguia entender como eu iria ficar com a Tohka, precisávamos uma da outra, somos amigas... Ou éramos?

Eu me arrumei até achar que não tinha jeito de esconder minha incrível cara de sono. Coloquei o uniforme e o meu sobretudo por cima, o clima estava agradável e o sol estava começando a surgir naquela hora. Saí de casa sem comer nada e sem acordar ninguém, deixei um bilhete para a minha mãe dizendo que fui trabalhar e voltava às 2hrs.

Fechei meu sobretudo ao senti-lo voar com o vento que estava sempre presente de manhã. Lembrei de quando eu perdi meu chapéu por estar correndo com a Tohka contra o vento da manhã, grande corrida, mas nós perdemos.

Peguei o ônibus e fui para o café. Não sabia se eu estava aliviada por não ter que ver a Tohka ou estava desesperada por isso. E eu teria que ver Lee-kun de qualquer jeito, bem, de qualquer maneira eu estou ferrada mesmo.

Desci do ônibus um ponto antes do café e encontrei Mushi no caminho, ela seria minha companhia até às 2hrs. Junko chegou correndo e me assustou por trás. É, ela com certeza não era a namorada do Lee-kun, ele nunca iria aceitar isso. Junko contou que passou a noite toda tentando dormir e não conseguia, disse que até tentou ouvir uma música lenta, mas só achou animadas no celular. Ficamos ouvindo as músicas que a Junko tinha, que eram bem estranhas até, e encontramos uma garota loira parada na frente do café.

A menina nos olhou com cara de confusa e nervosa, como se estivesse com medo de entrar. Um garoto estava atrás dela, sentado em uma das mesas que ficavam do lado de fora do café, ele estava com os braços como apoio para a cabeça (como se estivesse relaxando) e parecia estar impaciente. A menina estava com os braços cruzados na frente do corpo e estava com um casaco pesado e luvas brancas de cetim.

– Procurando alguma coisa? - perguntou Junko em tom de brincadeira, ela parecia conhecer a garota.

– Poderiam chegar um pouco mais cedo da próxima? - perguntou o garoto, ele não estava nem um pouco feliz.

– Quem é? - perguntou Junko à garota.

– Meu irmão, Luke - apresentou a garota de cabelos loiros. Ela só pareceu perceber que Mushi e eu estávamos lá agora. - Sou Be... Ahn, Luka.

A garota sorriu sem graça. Se confundiu com o próprio nome? Já gostei dela!

– Mey e Mushi - apresentei. - A Reiko-san deve chegar logo.

– Vocês não tem a chave? - perguntou o garoto. Seus olhos se encontraram com os meus e eu senti um arrepio, ele me assustava.

– Ahn, não... Quer dizer, a Reiko-san é a dona, ela já deve estar chegando com o Lee-kun - falei. Acho que todos perceberam quando eu fraquejei ao dizer o nome do Lee, mas tentei disfarçar.

Avistei Reiko correndo ao longe. Ela vinha cheia de bolsas e usava uma echarpie vermelha que entrava na frente dela o tempo todo, fazendo ela ter que espantar o tecido do rosto. Ela erguia as bolsas como se elas fossem criar assas e sair carregando ela pelo ar. Seria engraçado se não fosse trágico.

Ela é a Reiko-san? - perguntou Luke.

– É sim - respondeu Luka, que parecia mesmo ver a Reiko voando pela forma que olhava para ela.

– Cheguei! - gritou Reiko-san, erguendo a chave como um troféu.

– Rei, abre a porta - disse Junko sorrindo. Ela e a menina, Luka, abriram espaço para Reiko passar com tantas bolsas. Ela fez uma manobra para colocar todas as bolsas em ordem e conseguiu abrir a porta.

Todos nós entramos e por último entrou Luke. Pude perceber que ele usava luvas também, eram pretas e combinavam com suas roupas jogadas. Ele usava uma blusa branca com nomes de bandas de rock e uma calça jeans surrada.
Tirei meu sobretudo e já fiquei pronta para o trabalho.

Terceiro dia de trabalho - 08:20hr AM - Café.

POV Reiko

Eu estava arrumando as coisas que eu tinha trago de casa quando a menina loira do dia anterior veio falar comigo. As garotas estavam se vestindo e eu me perguntei por que ela não estava com elas, até perceber que eu não tinha dado o uniforme. Peguei ele na sacola, tirando tudo o que estava nela até chegar no vestido no fundo, e entreguei para ela.

– Bem, hoje você fará um teste, okay? - eu disse. A garota pegou o vestido e segurou perto de si.

– Hm, Reiko-san... Eu...

– Está com dúvidas em como fazer o teste? Ah, não tem problema, eu mesma não sei como se faz! - Me concentrei em procurar uma moeda nas sacolas que eu tinha trago, quando a garota se inclinou para me perguntar algo.

– Meu irmão - falou. - Luke... Ahn, ele pode ficar aqui?

– Seu irmão? Own, quantos anos ele tem?

Olhei por cima da garota procurando um carrinho de bebê ou algo do tipo. Ela sorriu.

– Ele tem dezesseis, mas age como se tivesse dezoito.

– D-dezesseis?

Avistei um garoto conversando com a Junko perto das mesas. Ele usava roupas jogadas e seus cabelos loiros não estavam penteados. Junko parecia estar concentrada na conversa com o garoto.

– Reiko-san, ele pode trabalhar aqui? Como cozinheiro, ele sabe cozinhar, por favor - perguntou a garota, com as mãos enluvadas juntas.

Olhei no relógio, não faria nada mal ter mais um. E foi assim que eu contratei outro cozinheiro. Eu disse para ela o que Luke deveria fazer e a garota deu pulinhos e se virou, mas voltou em dois segundos.

– Meu nome é Luka - ela disse rápido. - Pode me chamar de Luka.

Ela sorriu e correu para falar com o irmão. Ele não pareceu reagir, apenas disse alguma coisa e continuou a conversar com a Junko.

Continuei procurando a maldita moeda nas sacolas.

Terceiro dia de trabalho - 08:36hr AM - Café.

POV Mushi

Eu estava tentando colocar meu vestido, que veio meio apertado, quando vi Junko conversando com o garoto novo, Luke. Pensei em pedir para ela fechar meu vestido atrás, mas eu não ia sair daquele jeito.

– Junko! - chamei baixo. Ela nem chegou a escutar. - Junko! Junko!

– Ei - chamou alguém atrás de mim. Olhei para ver quem era e descobri que era Luka. - Quer ajuda?

Ela estava totalmente adorável com aquele vestido e, mesmo que ficasse muito provocativo nela, aquele vestido parecia ser feito para Luka. Pensei no que a Junko disse para mim na noite anterior, sobre uma das garotas novas ter um passado meio estranho, pensei que fosse ela, mas ao vê-la naquele vestido eu mudei completamente!

– Pode fechar meu vestido? - pedi. Segurei meus cabelos loiros e virei de costas para que ela pudesse arrumar. Quando eu vi, Junko e Luke estavam vindo na nossa direção. Eu fiquei vermelha.

Luka terminou de fechar na hora que eles chegaram. Luke correu os olhos por mim e analisou meu vestido, antes que ele pudesse terminar sai da frente dele e puxei Junko para longe. Ela protestou e tentou voltar, mas eu já estava puxando ela para atrás do balcão.

– Viu o Luke? - perguntei.

– Sim, sabe, geralmente as pessoas podem olhar uma para as outras, elas tem uma coisa chamada olhos, olha que surpresa! Você também tem! - ela ironizou. - O que tem ele?

Revirei os olhos.

– Viu como ele olha para nós?

– Não começa, Mushi - falou Junko. - Não precisa delirar, o garoto parece ser legal. Vem vamos voltar para lá.

Junko também ficava provocativa naquele vestido. Pensei se era uma boa ideia usar aquilo. Mey estava perto da garota nova quando chegamos perto deles. Ela não ficava provocativa com o uniforme.

– Todas vocês tem que usar isso? - perguntava Luke.

– É, sim, é um Neko Café - respondeu Mey sorrindo.

– Não gostou? - Junko sorria.

– A Luka também tem que usar isso? - ele perguntou. Percebi onde o olhar dele foi parar.

– Sim, todo mundo.

– E eu? - ele perguntou.

Eu ri baixinho. As pessoas olharam para mim sorrindo e eu corei, não sabia que não era piada. Luke sorriu quando meus olhos encontraram os dele.

– Você não, os cozinheiros não usam - respondeu Junko rindo. E completou: - Mas eu não ligaria.

Luke riu e passou a não na nuca sem jeito. Junko saiu do circulo e eu fui atrás dela correndo. Ela andava até Reiko-san, que estava terminando de guardar as sacolas.

– Rei, nós vamos aceitar o garoto também? - ela se apoiou no balcão, eu fiquei do lado dela.

– Vamos - respondeu Reiko, concentrada em colocar as sacolas arrumadas por cor.

– E o Lee?

– Também.

– E as garotas?

– Também.

– Todas? - perguntou Junko com ênfase.

– Preciso de todas - respondeu Reiko. Ela olhou para Junko esperando mais uma pergunta. Reiko poderia ser desastrada, mas eu não duvidava da capacidade dela de cuidar desse lugar.

– Certo. Vamos abrir agora - disse Junko.

– Chame a Luka e dê as instruções para ela, ela é uma ótima garota, Junko.

– É, e o irmão dela também é um ótimo garoto!

A cada piadinha que a Junko fazia com o Luke eu me sentia pior por ele, não sabia como explicar, mas eu ficava irritada com o jeito como Junko falava dele. Éramos amigas, mas isso não me impedia de dar na cara dela.

– Ei, preciso de você - ela disse, sorrindo. - Fala com a Luka sobre as instruções, okay?

– A Reiko-san pediu pra você fazer isso.

Ela suspirou.

– O que foi dessa vez? Ficou irritada com o que eu disse sobre você estar paranóica? - Ela me olhava séria. Não a respondi. - Eu sei que você está estressada com alguma coisa, Yahna, quer me contar o que é?

– Não estou irritada! - exclamei, percebi que eu estava dando um show e fiquei mais calma. - Só acho que devia fazer o que ela mandou.

– Olha, eu preciso muito que você faça isso para mim - ela disse, se abaixando para ficar da minha altura, implorando com as mãos juntas. - Por favor!

Revirei os olhos. Quanto à dar na cara da Junko, é, eu não conseguiria.

– Okay, mas só dessa vez!

– Eba! Eu te conto tudo depois! Sei de algumas coisas que vai gostar de saber!

– Que coisas? - perguntei curiosa.

– Te conto na hora de sair.

Ela passou por mim me puxando pela mão e me levou até onde as pessoas estavam, perto do banheiro feminino. Ela disse para Mey ir com ela abrir a porta e me deixou sozinha com os irmãos. Eu fiquei sem fala.

– Hm, eu... É... Luka, você... Só... Faça o que eu fizer, okay? - falei e fui até a Junko correndo.

Aquele iria ser um grande dia.


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