Esme

Hoje era sábado e eu finalmente ia poder meio que descansar um pouco. Levantei-me e preparei um café e fui me sentar na varanda pra pensar nos últimos acontecimentos da minha vida, quando vi uma mulher sair da casa da frente e vir em minha direção.

- Oi! Acho que vamos ser vizinha.

- E eu achei que eu seria a única por aqui.

- Prazer Renee.

- Eu sou a Esme.

- Você é nova na cidade suponho.

- Sou sim e você?

- Eu já moro aqui a algum tempo, só resolvi mudar os ares.

- Quer se sentar?

- Ah obrigada. Tudo que eu queria mesmo descansar e tomar um bom café.

- Me desculpe eu nem te ofereci um café, você aceita?

- Eu vou aceitar sim, minha casa esta uma bagunça e nem se eu quisesse conseguiria fazer um café.

- Vou pegar pra você.

Fui até a cozinha pegar o café. Não gostei muito de ter alguém morando tão perto de mim, pois ela poderia desconfiar de alguma coisa, mas não sei por que Renee me pareceu uma boa pessoa e seria ótimo ter alguém pra conversar ultimamente eu estava me sentindo muito sozinha.

- Aqui esta.

- Obrigada. Você deve estar achando que eu sou uma pidona, já cheguei me oferecendo pra tomar café com você.

- Imagina.

- Tudo bem então, mas qualquer dia eu que vou preparar um café pra você.

- Tudo bem.

- E o que você veio fazer em uma cidade como Forks?

- Eu vim recomeçar minha vida.

- Sei. Mas você é casada? Tem filhos?

- Não, sou solteira e você?

- Eu infelizmente estou solteira, mas se você estiver procurando um namorado Forks não é uma boa cidade pra isso.

- Não eu estou bem sozinha.

- Quem dera eu estar bem sozinha, eu sou divorciada graças a Deus, mas tem horas que da aquela saudade de ter alguém do lado.

- Humm.

- Você faz o que da vida?

- Eu sou professora.

- Na Forks School?

- Sim.

- Eu sou psicóloga e tenho meu próprio consultório.

- Que legal e seu consultório fica aqui em Forks mesmo?

- Não. Ele fica em uma cidade aqui perto poucos quilômetros daqui.

- Legal.

- Bom eu já tomei muito seu tempo e vou te deixar em paz, imagino que você deve ter muitas coisas pra fazer.

- Infelizmente tenho sim. Mas apareça mais vezes.

- Sem você convidar eu já viria você me convidando então...brincadeira mas qualquer hora dessas eu apareço.

- Tudo bem.

- Tcahu.

- Tchau e foi um prazer conhecer você Esme.

- Oh prazer foi meu.

Resolvi terminar de pintar a casa, eu já havia pintado a casa toda e só faltava meu quarto. Por volta do meio dia ele já estava todo pintado. Limpei o resto da casa, quando terminei já eram umas três horas da tarde.

Tomei um banho demorado e coloquei um vestido curto, eu precisava ir no mercado comprar algumas coisas então coloquei minha peruca, não que alguém pudesse me reconhecer ali mas era melhor se prevenir.

O mercado ficava um pouco distante eu teria que caminhar uns quarenta minutos se andasse rápido.

...

Peguei as coisas que precisaria pra passar a semana, tive que fazer algumas contas pra não gastar além do limite, já bastava o que ela tinha gasto essa semana com ônibus por conta da chuva. Caminhava pelo mercado quando vi uma de minhas alunas Rosalie Cullen juntamente com seu pai, os dois andavam abraçados e Carlisle nem parecia seu pai ele realmente era jovem e muito bonito o tipo de homem que qualquer mulher gostaria de ter do seu lado, não que beleza fosse tudo afinal já tinha me enganado muito, pois às vezes uma pessoa é tão linda por fora mais suas atitudes o transforma em um monstro e quem vê cara não vê caráter como meu pai sempre dizia.

- Professora! – Rosalie veio na minha direção e me deu um beijo na bochecha.

- Oi! Tudo bem?

- Tudo sim. Você já conhece meu pai imagino?

- Conheço sim, Tudo bem senhor Cullen?

- Tudo bem sim e você?

- Eu estou bem obrigada.

- Já terminou as compras?

- Já sim.

- Eu também, tenho que ir logo pra casa as crianças precisam jantar.

- Pai agente não é mais criança. – disparou Rosalie.

- Eu sei princesa, mas pra mim vocês vão ser sempre minhas crianças.

 Os três caminharam juntos até o caixa, Esme passou suas compras primeiro e Rosalie resolveu ajuda-la a embalar as coisas.

- Bom obrigada pela ajuda Rosalie e até logo senhor Cullen.

- Até.

Carlisle

Não podia acreditar tinha encontrado a professora Esme, fazia alguns dias que não via ela, e como sempre minhas lembranças falharam ela era mais linda do que eu me lembrava. Conversamos um pouquinho nada demais e ela foi embora. Eu queria conversar com ela um pouco, quem sabe conseguir seu telefone ou até mesmo chama-la pra sair.

Passei minhas compras rapidamente apesar de ter comprado muitas coisas, mas com cinco adolescentes em fase de crescimento em casa tudo aquilo era preciso.

...

Esme

Assim que sai do mercado me dei conta que não tinha sido uma boa ideia deixar pra vir atarde no mercado, caia uma chuva forte e seria impossível voltar pra casa ainda mais a pé e sem guarda-chuva, resolvi me sentar em um banco em frente à loja e esperar a chuva passar.

Depois de uns dez minutos senti alguém se aproximar de mim e olhei assustada para o lado, era Carlisle Cullen.

- Te assustei? – ele disse

- Só um pouquinho.

- Me desculpe.

- Não por isso.

- Bem vinda a Forks!

- Como assim?

- Você é nova aqui na cidade e suponho que não esta acostumada com as mudanças do tempo, de manhã estava um sol e do nada essa chuva toda.

- Verdade, essa chuva estragou o resto do meu dia. Eu vim a pé e nem trouce um guarda chuva.

- Pai! Pai! Pai! – Era Rosalie saindo do mercado com algumas sacolas na mão.

- E ai pegou o que você tinha esquecido?

- Peguei sim pai. A senhorita ainda esta aqui?

- É a chuva me prendeu.

- Agente te deixa em casa né pai?

- Boa ideia filha, agente te leva pra casa Esme.

- Eu não quero incomodar vocês.

- Não vai incomodar de maneira nenhuma. - disse Carlisle.

- Então eu aceito a carona.

- Esperem aqui que vou estacionar o carro mais perto pra vocês não se molharem.

Carlisle saiu correndo em direção ao carro e depois estacionou ao nosso lado.

Saiu do carro com um guarda chuva.

- Bom deixa eu guardar essas compras no porta –malas.

Ele colocou todas as suas compras no carro, as minhas compras eram tão poucas que cabiam todas em no máximo três sacolas então não foi preciso colocar no porta malas.

- Entra Rose. – a parte de trás do carro estava na parte coberta da loja.

- Esme vamos? – disse Carlisle abrindo o guarda chuva e a acompanhando até a porta do carro que ele mesmo abriu.

- Obrigada.

- Esme meu pai não é um cavaleiro?

- Com certeza querida.

- E ele é solteiro.

Nisso Carlisle entrava no carro e ouviu o ultimo pedacinho da conversa.

- Quem esta solteiro filha?

- Você pai!

Ele olhou pra mim e ficou sem graça.

- E quem te perguntou isso?

- Ninguém, eu só estava falando pra senhorita Platt que você esta solteiro já que ela também esta solteira.

- Rosalie por favor.

Eu estava toda vermelha tinha entendido bem a “indireta de Rosalie”.

- Estou errada senhorita Platt?

- Oi?

- Não é verdade que a senhorita não tem namorado?

- É verdade sim.

Carlisle

Minha Rose era terrível, estava me jogando pra cima da Esme sem ao menos disfarçar. Quando ela confirmou que não tinha namorado eu dei uma boa olhada nela e me perguntei se era possível uma mulher tão linda estar sozinha.

- E na onde a senhorita mora? – perguntei.

- Eu moro nas antigas cabanas ao sul da cidade.

- Eu sei onde é. Mas nunca conheci ninguém que morasse por ali.

- Eu aluguei uma das casas.

- Corajosa você não tem medo de viver ali sozinha?

- Não e agora eu tenho uma vizinha.

- Menos mal. E você morava onde antes de se mudar pra ca?

- Eu eu morava na Flórida. – reparei que as mãos de Esme suavam e ela começou a se sentir incomodada com tantas perguntas.

- Nos já viajamos pra lá é uma cidade muito bonita.

- É sim.

Seguimos o resto do caminho em silêncio, pois eu percebi que ela estava incomodada com minhas perguntas e apesar da minha curiosidade em relação a ela resolvi não falar mais nada.

...

Chegamos na casa de Esme e a chuva continuava forte.

- Bom gente obrigada pela carona. – ela disse sorrindo, o sorriso mais lindo que eu já vi.

- Espera eu vou te acompanhar até lá.

- Não precisa, não quero incomodar.

- Não será incomodo algum. – eu já saia do carro e abri a porta pra ela.

- Tchau Rose!

- Tchau, tchau.

A acompanhei até a porta e era bom ter ela tão perto de mim, nossos corpos se esbarravam conforme caminhávamos em direção a casa e eu até me arrepiei.

- Obrigada pela carona. – ela disse.

- Imagina, quando precisar é só chamar.

- Olha que eu chamo em. – ela riu.

- Pode chamar.

- Brincadeira eu não vou te incomodar, mas brincadeiras a parte eu nem sei como agradecer eu ia chegar aqui toda molhada.

- Não precisa me agradecer, bom já vou indo.

- Ok, fala que eu mandei um beijo pras “crianças”.

- Pode deixar. – eu ri e sai em disparado pela chuva que tinha aumentado ainda mais.

No carro Rose já tinha passado pro banco da frente e me olhava com uma carinha curiosa.

- O que foi princesa?

- Nada não. – ela disse rindo.

- Você não me engana.

- É que eu nunca te vi paquerar ninguém pai. – ela riu.

- Quem estava paquerando?

- Nem disfarça que eu vi suas olhadinhas pra minha professora, bem que o Emmett falou. – ela ria ainda mais.

- Mas e você não ta gostando de ninguém?

- PAI!

- Que foi? só perguntei.

- Ta tem uma pessoas sim.

- E você não vai me falar quem é?

- Lógico que não.

- Por quê?

- Porque eu não contei pra ninguém.

- E?

- A Alice nunca vai me perdoar se eu te contar primeiro.

- Verdade!

- Mas e se fosse uma pessoa próxima da família você me deixaria ficar com essa pessoa?

- Se for um bom rapaz eu deixo sim.

Rosalie

Meu pai estava babando pela minha professora e eu resolvi zuar ele um pouquinho já que ele sempre infernizava nossas vidas quando estávamos gostando de alguém.

Depois tomei coragem e fiz uma pergunta que eu queria fazer a muito tempo e ele disse que sim. Eu estava apaixonada e agora ia tomar coragem e me declarar.

...

Esme

Na hora de dormir me peguei mais uma vez pensando em Carlisle Cullen, eu nunca conheci um homem como ele e apesar de nem conhece-lo tão bem assim eu sabia que ele era diferente, sem falar que ele era um cavalheiro e eu sempre adorei isso nos homens.