Sakura e Naruto estavam na piscina olímpica do colégio. Tiraram tênis e bota e puseram os pés na água.

– Sabe Sakura-chan, você é a única menina que realmente se importa comigo... – ele disse enquanto apagava uma conta feita errada.

– Tenho certeza que não. – ela disse referindo-se silenciosamente à amiga Hinata.

– Por que diz isso? – ele quis saber.

– Bem... Você tem mãe não é, ela deve se importar com você! – ela desconversou e viu no rosto dele uma expressão chateada.

– Ela se importa, mas mãe não conta né!

– Tudo bem, tudo bem, Naruto, eu não sei o que tá rolando aqui, mas quero te esclarecer uma coisa! – ela o encarou sorrindo. – esse pode ser o inicio de uma amizade admirável e confiante, ou... – ela deixou a frase morrer. Não sabia como dizer aquilo.

– Podemos ser amigos! Irmãos se você quiser! – ele exclamou alegre.

– Ótimo! – a rosada disse e o abraçou.

Agora Sakura tinha uma missão, fazer as pessoas verem que Uzumaki Naruto era muito mais do que filho dos diretores, ele era o cara legal que todas as garotas queria namorar, só que ela daria um empurrãozinho pro lado da amiga Hyuuga.

...

Depois do recreio de 30 minutos a turma 201 teve aulas com Asuma, Sandaime e Kurenai. Química, História e Matemática, respectivamente.

As confusões não foram poucas e ninguém controlava aquela sala maluca, até Kurenai dar seu grito amedrontador e todos ficarem quietos.

– Olhem! Eu vou começar novamente e quem abrir o bico vai ter três meses sem ir pra casa okay? – todos assentiram para a felicidade da professora.

Vinte minutos depois o sinal bateu e quase como no High School Musical as pessoas começaram a comemorar fazendo dancinhas estilo Roxele.

– Idiotas a aula acabou não a escola okay?! – exclamou Ino recolhendo os materiais e se dirigindo para a porta da sala junto com Tenten e Temari. – Saky, você não vem? É o tempo antes das aulas de teatro da noite.

– Não Ino, vou ficar um pouco na biblioteca hoje, sabe como é revisar Bháscara! – ela sorriu.

Nesse momento só tinham Ino as duas amigas a Haruno e o grupo de meninos no fundo da sala.

– A qual é testuda! Você é um computador humano, vai revisar pra quê? – Ino riu e encarou a amiga.

– Tenho umas coisas pra resolver Ino, é só isso! – ela disse pegou sua mochila e saiu da sala as pressas.

– Sua amiga tem sérios problemas Ino! – Tenten comentou.

– Ela só está... Na TPM, logo ela melhora! – a loira sorriu forçada e saiu da sala com as amigas sendo observada pelos garotos.

...

Entrou na sala de música sem fazer ruídos.

Suspirou, enfim sozinha.

Não é que não gostasse de Ino, Hinata e Naruto, mas realmente se sentia melhor sozinha.

Olhou em volta a sala estava um pouco escura. Foi até a parede frontal e abriu a cortina que cobria a enorme janela, iluminando assim, todos os instrumentos da sala.

Caminhou até o piano e subiu a peça que tampava as teclas. Dedilhou um Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si. E sentou-se para finalmente tocar.

The day I first met you

You told me you'd never fall in love

But now that I get you

I know fear is what it really was

Now here we are, so close

Yet so far, haven't I passed the test?

When will you realize

That baby, I'm not like the rest?

Ela cantava e tocava divinamente e olhava hora para onde tocava, hora pra janela.

...

O moreno passava perto da sala de música e ouvia um som, com certeza alguém tocava piano lá dentro. Estranho das salas de música do colégio ninguém frequentava aquela, era escura e empoeirada, como diziam alguns.

Atreveu-se a encostar uma orelha na porta, gostou do som dali e abriu uma fresta da porta.

Viu então uma garota, linda por sinal, seus cabelos tinham um tom rosado, pele tão branca que parecia ser de porcelana, tocava lindamente e tinha uma voz perfeita também.

On Sunday, you went home alone

There were tears in your eyes

I called your cell phone, my love

But you did not reply

The world is ours if we want it

We can take it, if you just take my hand

There's no turning back now

Baby, try to understand

Don't wanna break your heart

Wanna give your heart a break

I know you're scared, it's wrong

Like you might make a mistake

There's just one life to live

And there's no time to wait, to waste

So let me give your heart a break, give your heart a break

O menino não se atreveu em interromper, ela tinha os olhos fechados, era como se sentisse o som das notas, a canção, que ele sabia, não era dela, conhecia a música de uma cantora na qual ele não recordava o nome, de qualquer forma sentou-se numa cadeira próxima e ficou nas sombras que a sala possuía apreciando ela cantar.

Let me give your heart a break, your heart a break

There's just so much you can take,

Give your heart a break

Let me give your heart a break, your heart a break

Oh yeah, yeah

When your lips are on my lips

Then our hearts beat as one

But you slip out of my finger tips

Everytime you run

Ohhh

Don't wanna break your heart

I wanna give your heart a break

I know you're scared, it's wrong

Like you might make a mistake

There's just one life to live

And there's no time to wait, to waste

So let me give your heart a break

'Cause you've been hurt before

I can see it in your eyes

You try to smile it away

Some things you can't disguise

Don't wanna break your heart

Maybe I can ease the ache, the ache

So let me give your heart a break, give your heart a break

Let me give your heart a break, your heart a break

There's just so much you can take,

Give your heart a break

Let me give your heart a break, your heart a break

Oh yeah, yeah

Ele sorriu. Ela era mesmo linda e ele pôde ver a cor de suas Iris, lindas, num tom de verde que o deixava hipnotizado. Estaria ele amando? Não claro que não, seria tão fácil ficar com aquela garota, pela música ela tinha um coração partido, que ele iria “concertar”.

Iniciou as palmas e ela olhou na direção na porta assustada.

Levantou-se e caminhou para a luz do pôr-do-sol que iluminava o espaço.

– Cantas muito bem, sabe disso? Não é á toa que está nesse colégio!

Ela o encarou sem saber o que dizer.

– Vamos lá não é muda afinal.

– Quem é você? – ela inquiriu saindo do piano e ficando um pouco afastada, enquanto ele subia no palco.

– Uchiha Itachi. Chame-me apenas de Itachi. E o seu?

– Sakura. – ela disse dando um pequeno, quase imperceptível sorriso, quase, por que Itachi percebeu.

– Prazer Sakura. Como disse antes você canta bem, por que nunca te vi cantar nos festivais do colégio?

– Não gosto de platéia. – ela falou passando por ele e indo para o fundo da sala.

– Posso me considerar sortudo então? – ele indagou a seguindo.

– De certa forma sim! – ela sorriu finalmente e o Uchiha mais velho retribuiu na mesma intensidade.

Itachi viu então que aquela timidez era só momentânea, ela na verdade era forte e decidida, e ele a faria mostrar isso.

Foi repentino, mas ele sentia como se tivesse que mostrar a existência dela pro mundo inteiro, começando por aquela escola.

– Vou indo, foi um prazer conhecê-lo Itachi. – ela disse abrindo a porta da sala. Mas, quando ia sair ele a segurou pelo braço.

– Tenho certeza que vamos nos ver por ai Sakura... – ele sussurrou a última palavra no ouvido da rosada, fazendo-a arrepiar-se.

Ele beijou-lhe a bochecha e deixou que ela se desvencilha-se, saindo dali em seguida.

...

Sete horas, grande salão do colégio.

Os alunos da turma 201 encontravam-se, quase todos sentados nas cadeiras ou no palco do grande salão, também conhecido como auditório.

– Mano esse professor Orochimaru só sabe se atrasar, desde do ano passado ele é assim! Credo! – disse Naruto reclamando enquanto descia do palco e encarava os amigos Gaara e Neji.

– Pare de reclamar Dobe! – Sasuke disse também descendo do palco.

Um barulho vindo da porta foi ouvido e entraram a turma 305, os mais errados do colégio em todas as gerações, como Minato gostava de dizer. Logo atrás deles o professor Orochimaru, que parecia ter uma atração pela turma.

– Cadê a testuda? – perguntou Ino para Hinata, as duas sentadas nas cadeiras da segunda fileira.

– Não sei. – disse baixinho a Hyuuga.

– Bom, vocês já me conhecem e sou professor de teatro, e nesse ano, vamos encenar peças de teatro conhecidas, Desde Cinderella à Fantasma da Ópera. Porém a aula de hoje começa com música!

Os alunos encararam-se assustados, como assim? Música, ninguém ali estava preparado para cantar assim!

– Como eu sabia que ninguém ia querer cantar eu trouxe os alunos do 305 assim, eles o ajudam a se soltar, então, alguém do terceiro quer começar?

Ninguém se manifestou.

– Vocês me envergonham desta forma e... – o professor foi interrompido pelo barulho da porta abrindo e fechando.

...

Sakura se xingou mentalmente por ter feito barulho e virado por alguns instantes o centro das atenções.

– Como a Srta. Haruno interrompeu, ela vai começar. – Orochimaru sentou-se depois de falar.

– Eu? – ela indagou perplexa.

– Tem outra Haruno aqui?

Alguns alunos riram baixo.

– Você não pode obrigá-la se ela não quiser! – Naruto disse na defesa da amiga.

Ela andava para a frente do auditório.

– Não tudo bem, eu vou... – ela falou baixo com o loiro quando passou por ele.

Subiu no palco e respirou fundo...