O dia da minha chegada foi mais agitado que eu esperava, enquanto Anthony trabalhava em algo que não queria me contar eu era obrigada a limpar sua bagunça junto com todos os operários, o que só aumentou minha raiva.

Quando não era obrigada a escutar os barulhos da reforma, Anthony fazia questão de trabalhar ao som de Rock bem alto na garagem, já estava começando a pensar que não era uma boa ideia ter voltado.

O céu estrelado se estendia na calorosa Malibu, enquanto estava na varanda do quarto de Anthony vendo a beleza natural, me lembrava de como gostaria que Steve visse essas coisas, a beleza que a humanidade ainda pode ver a única coisa que podemos dizer que é totalmente pura na terra. Lembrando do homem loiro, de olhos azuis da cor do céu quando está de manha, quase melhor-amigo e minha paixão secreta, resolvi ligar para ele, perguntar se ele estava bem, apenas escutar sua voz.

-Alo? – Atendeu Steve ao segundo toque.

-Ainda está vivo sem mim, devemos considerar isso uma vitoria. – Não resistia a fazer alguma piada quando se trata de falar com ele.

-Acho que estou me saindo até que bem, não queimei a comida, aprendi a mexer na maquina de lavar.

-Que maravilha! Então quer dizer que eu já estou dispensada?

-Claro que não, ainda não decorei todos os canais da TV a cabo. – Steve Rogers estava muito piadista agora, deve ser eu o contagiando. Ri alegremente enquanto recebia uma briza gostosa em meu rosto.

-Como estão as coisas? – Perguntou o rapaz interessado.

- O dia todo eu tive que ficar repetindo pra mim mesma que não mataria o Tony pela bagunça que ele fez na mansão. Porém, acho que estou me desviando do que eu vim fazer aqui, não consegui falar todas as coisas certas e emocionais que poderia ter dito, tudo que fiz foi apenas responder suas piadas com o mesmo humor provocativo dos Stark’s, ou brigar com ele por fazer uma festa vestindo sua armadura e acabar se envolvendo numa briga com seu melhor amigo e destruir nossa casa.

-Tenho certeza que encontrará as palavras certas, no momento certo.

-Meu irmão está morrendo com paladium no peito, qual seria o momento certo de dizer adeus? Quer dizer, eu não suporto despedidas de nenhuma maneira e agora, tenho que agir como se não soubesse se meu irmão ira morrer, porque ele ainda não encontrou uma cura e cuidar da reforma da mansão porque Pepper Potts está oculpada demais cuidando das nossa empresa. Pela primeira vez na minha vida tenho que ser uma adulta responsável e eu estou pirando.

-Uma hora todos precisamos perceber que a realidade em que vivemos, nunca teria Pepper para cuidar de tudo não é?

-Quando eu era criança, minha mãe mandava eu e Anthony brincar de trabalhar porque ela achava que nunca iríamos fazer isso. Como ela nasceu numa fazenda pra depois se apaixonar por um milionário folgado acho que ela tinha medo que nos tornacemos meu pai. O pior foi que querendo ou não, Tony e eu aderimos muitas características dele, isso inclui ser perfeccionista e mais centrado no trabalho do que na família. Pepper era a única que conseguia fazer eu e meu irmão passar um dia inteiro junto sem que não começássemos a querer matar um ao outro.

-Sua mãe parece que foi a mulher perfeita para Howard.- Comentou Steve me fazendo rir.

-Quando não estavam brigando ou quando meu pai estava trabalhando eles até que faziam um elogio ou dois entre si. Quando Anthony foi estudar numa escola integral aos dez anos, fui obrigada a ser o centro das brigas dos dois, o que não era muito legal.

-Você deveria aprontar muito quando era criança.

-O pior que não. – Comecei a rir me lembrando de como eu era zoada na escola. – Pode não parecer agora, mais eu era o motivo de zoação da minha turma inteira. A garota que gaguejava antes de falar, a nerd inteligente, a garota que derrubou suco de uva pela cara toda enquanto andava e muito mais... Era tão desajeitada que meu pai achou melhor eu começar a treinar luta e fazer bastantes exercícios para tentar me concertar.

- Por isso você não gosta de falar nele? Por que acha que ele exigiu demais de você?

-Ele exigiu demais de mim e Anthony, éramos apenas crianças mais ele queria que dominássemos o mundo. Não é só eu que tem alguns problemas quando o assunto e meu pai. Tony não gosta nem que falam muito o nome dele, os dois não tinham um relacionamento muito bom.

-Parece que vocês não têm boas memórias de seu pai.

-Alguns momentos são piores que os outros. Mais tenho certeza que ele nós amava.

-Eu também tenho se estamos falando do Howard Stark que me deu conselho que quando se convida alguém para comer Founde não tem nada demais e uma das pessoas que realmente acreditou em mim. Eu posso dizer com toda a convicção que ele amava vocês.

-E tão bom ouvir isso, Steve. Eu preciso ir dormir, amanhã preciso ir visitar uma ruiva que estava com muita raiva de mim.

-Isso deve ser perigoso, eu até emprestaria meu escudo se soubesse aonde ele está.

-Fique tranquilo, eu ainda sei alguns golpes de defesa. – Rimos juntos com meu comentário. – Boa noite Steve.

-Boa noite Lily.

Eu realmente esperava dormir com Anthony no meu quarto sem me levantar e meu cabelo estar todo pinbtado de azul. Esse era o modo dele de demonstrar seu amor por mim.

Pov. Steve Rogers

Deitei na cama tentando finalmente conseguir dormir. Ficar naquele apartamento sem a companhia de Liliam me deixava com um buraco que só podia ser preenchido por ela. A maneira como sua luz interior iluminava minha vida era quase mágica. Ela era inteligente, engraçada, bonita, cheias de ideias e criações que me deixava feliz só por tela do meu lado, mesmo que seja como uma amiga. A realidade por trás de todos nossos momentos juntos foi refletida em mim, poderia afirmar que estava apaixonado por Liliam Stark de uma maneira que nunca imaginei que estaria. Era quase como um ima, o modo como fui atraído pela jovem brilhante e cheia de vida que estava cuidando de mim, de uma maneira muito impressionante. Quando olho para meu passado, percebo a cada dia mais que estou começando a esquecer das coisas ruins que me assombravam e devo de alguma maneira isso a ela. A razão pela qual estou me mantendo bem, sorrindo, acreditando que o mundo de hoje ainda vale apena lutar e porque ela me faz ver as coisas desse jeito. Ela é meu sol, derretendo todo o gelo que me prendia aos meus fantasmas. E com esses pensamentos acabei adormecendo.

Estava parado na sala de meu apartamento, de pé, esperando alguém. Liliam saiu furiosa de seu querto carregando uma mala em sua mão, seus cabelos voavam enquanto andava e parecia que ela estava dando passos lerdos, estramente, seu rosto estava emoldurado com uma expressão fria, e eu não sabia se era por essa Liliam que eu estava apaixonado.

-Estou indo embora, Steve. Chegou o momento em que eu preciso dizer adeus.

Fiquei paralisado quando escutei aquelas dolorosas palavras saírem da boca de Liliam. Eu precisava fazer algo para impedir, porém não encontrava palavras para detê-la.

-Lily espere... - Sussurrei para a morena.

-Você não estará só Steve. Eu estou aqui com você. – Escutei a voz de Peggy, me virei para ver em que direção vinha a voz de minha antiga paixão morta. Lá estava ela, do outro lado da sala, com suas roupas impecáveis de agente do seu tempo, lábios pintados de cor de vinho, olhos expressivos e mandões, do jeito que eu me lembrava.

-Mas você está morta. – Conclui quando me lembrei do terrível fato.

-Por isso eu preciso ir, porque você prefere se agarrar a um fantasma do que eu. – Disse Liliam com lagrimas nos olhos. Eu não sabia o que responder, alternava meus olhares para as duas morenas que estavam de cada lado do apartamento.

-Porque você sabe que nunca conseguira amar ninguém depois de mim. – Peggy se aproximou de mim de um modo rápido demais. Não consegui responde-la, parecia que não conseguia fazer nada.

-Eu sempre serei uma quebradora de corações, Steve. Não estou disposta a desistir da minha vida por um cara como você. Porque você nunca estará disposto a esquecer Peggy por mim. – Liliam também se aproximou magicamente de mim.

-Eu te amo... – Sussurrei para Liliam.

-Porém não é o bastante para mim, só seu amor nunca será o bastante para nenhuma das duas.- Peggy sussurrou em meu ouvido.

-Então o que será Steve? Você vai querer que eu fique com você, ou vai querer ficar agarrado aos seus fantasmas do passado? – Perguntou Liliam.

-Não posso fingir que eles nunca existiram, Lily. Eles fazem parte de mim. – Consegui me manifestar de forma mais clama.

-Então você escolhe ficar agarrado a tempos que não vão mais voltar? Prefere ficar fiel a Peggy sabendo que não à ama mais? Prefere viver como um morto, a morrer comigo?

- Eu não posso escolher... – Sem me deixar terminar Liliam caminhou para a porta e saiu sem olhar para trás.

-Você não pode deixar o passado consumir Steve, nosso tempo já passou. Assim como o seu com ela esta passando também. – Peggy depois de dizer isso desapareceu. Deixando-me sozinho, na imensa solidão que fiquei em 70 anos.

-Liliam!- Gritei tentando resgatar a minha oportunidade de viver.

Abri os olhos escutando meu próprio grito. Estava tendo um terrível pesadelo, e pela primeira vez Lily está nele, deixando tudo mais apavorante. Alguém batia na porta irritantemente. Forcei-me a levantar da cama e ir atender quem me incomodava na minha madrugada solitário.Abri a porta dando de cara com uma mulher loira e ainda vestida de pijama.

-Esta tudo bem por aqui? – Perguntou a mulher demonstrando preocupação no seus olhos azuis.

Se eu fosse sincero responderia que não, porém ela não precisava saber de meus problemas.

-Sim, está tudo bem.

Pov. Liliam

-Nossa! – Exclamei ao ver o estado do resto da casa. - Rhodes e você queriam colocar a casa toda abaixo?

-Nada que terminar uma festa perdendo sua armadura para seu melhor amigo. – Tony como sempre com suas piadas inconvenientes, porem engraçadas.

-Se mamãe visse isso você estaria morto. - Comentei tentando encontrar algum lugar aonde eu pudesse cozinhar, mais não havia nenhuma cozinha ali. Nada havia sobrado.

-Se papai visse suas noticias você estaria morta. - Sua resposta me pegou de surpresa, sei que não era a intenção de Anthony me magoar, mais foi um terrível golpe baixo. Respirei fundo tentando me conter, não podia começar uma briga, ele estava morrendo.
Sentia que ele iria começar a comentar sobre o que os noticiários e revistas de fofocas diziam e eu iria me irritar. Teria muito tempo para me irritar naquele final de semana, mais não precisava ser em menos de 30 minutos depois da minha chegada. Então resolvi ir até meu escape.

-Acho melhor irmos visitar a Pepper e no caminho comprar alguma pizza.

-Não posso sair daqui, vai você e volte com a minha pizza.

-Por que você não pode sair daqui? – Perguntei enquanto já caminhava para a saída.

-Muita conversa, melhor deixamos para quando eu estiver comendo alguma coisa. Alem disso tenho trabalho para fazer, como você não pode me ajudar aqui alivie meu lado com a Pepper.

-Não sei o que você fez mais se acha que eu irei te defender de qualquer coisa você está muito enganado.

-Acho que o mínimo que minha irmã mais nova deveria fazer e me defender. – Tony abriu os braços demonstrando sua indignação por eu não estar do seu lado.

-Eu até tentaria se fosse com outra pessoa. Mais estamos falando de Pepper, ela sempre arrumara argumentos contra você.

Quando abri a porta fui empurrada automaticamente para trás, caindo no chão. Quando olhei para cima para xingar a muralha que me derrubou reconheci meu colega de trabalho na mesma hora.

-Phil? – Sussurrei para o homem bem-vestido, quase na casa dos quarenta e que oferecia sua mão para me levantar. Agarrei sua mão rapidamente e me levantei no momento que Anthony se aproximou de nos dois.

-Lily quero lhe apresentar, Agente Coulson da S.H.I.E.L.D. – Anthony me apresentando para uma das pessoas que mais me conhece no mundo chegava a ser hilário. Phil ofereceu sua mão em comprimento dizendo;

-Prazer sritª Stark, e realmente um prazer conhecê-la. – Pude perceber pelos seus olhos que ele queria muito dar risada da situação que eu havia nos colocado. Eu precisava contar a verdade para Anthony, porém sabia que sua reação seria construir uma torre, me colocar dentro e projetar milhares de robôs para ficarem me guardando. Ou talvez ele apenas aceitasse que eu já não sou uma criança... Só que isso nunca iria acontecer.

-Prazer, agente Coulson. – Apertei a mão dele forçando um sorriso educado.

-Eu sei que você não sabe o que e a S.H.I.E.L.D mais eu espero que não tenha que esplicar tudo. J.A.R.V.I.S poderia por favor dizer resumidamente o que é a S.H.I.E.L.D para Liliam? – Tony mandou o sistema responder algo que eu estou interamente envolvida.

-Não precisa J.A.R.V.I.S eu já sei tudo sobre a S.H.I.E.L.D. – Respondi antes que o computador começasse a explicar as coisas que o próprio Phil me explicou. Anthony ficou me olhando esperando uma explicação. Eu teria que pensar numa mentira rápida, convincente para poder sair daquela situação.

-O papai tem muitos arquivos sobre eles. Eu li tudo depois que ele morreu, então estou praticamente mais informada que você.

-E por que não me disse nada? – Perguntou Anthony indignado.

-Porque você estava muito ocupado com todas as suas modelos e se matando de beber.

Depois de minha resposta ele fez uma careta que significava que não iria discutir comigo sobre isso. Eu estava certa.

-Stark, preciso saber se você esta realmente buscando uma solução para não morrer amanha. – Disse Phil interrompendo nossa conversa de irmãos. Olhei para Anthony esperando sua explicação, mesmo depois de ter passado um dia inteiro lá ele não tinha me contado nada.

-Não é tão importante. – Respondeu ele me dando ombros. – Vamos até a garagem Agente Coulson, vou te mostrar com quantas mãos se faz um trabalho.

Anthony desceu na frente em direção a garagem. Phil disse assim que percebeu que Anthony estava longe;

-Você ainda não contou para seu irmão sobre seu envolvimento com a S.H.I.E.L.D?

-Um bom agente nunca revela coisas irrelevantes à família. – Repeti a frase que Coulson usou para me ensinar a ser uma boa agente.

-Não quando seu irmão quase faz parte dos Vingadores. – Falou Phil me repreendendo.

--Eu não acredito que Nick está pensando em recruta-lo mesmo? Aquele velho só pode estar de brincadeira comigo...

-Stark! – Repreendeu Phil como se fosse meu pai.

-Agente Coulson. – Cantarolou Anthony dá garagem.

Phil me fuzilava com o olhar enquanto descia encontro com meu irmão.

Sai da mansão rapidamente tentando evitar que Coulson falasse mais alguma coisa. Depois de aguentar Anthony eu teria que enfrentar duas ruivas, e entre elas e meu irmão eu até preferia ir morar com ele de novo.