A Quebradora De Corações e o Capitão America escrita por LadyStormborn


Capítulo 8
Retornando para a minha ex-vida


Notas iniciais do capítulo

Não deixem de acompanhar; http://fanfiction.com.br/historia/427977/Liliam_Stark_O_Comeco_De_Uma_Era/
Começo da historia de Liliam.



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Já havia marcado minha viagem para Malibu, sentia que Steve ficou triste ao saber que teria que me ausentar no final de semana, sem confessar, eu também estava. Eu já havia me acostumado com sua presença.

Estava no meu quarto arrumando minha mala com algumas roupas necessárias, mesmo a mansão sendo minha e de Anthony, toda vez que eu ia visita-lo meu quarto havia se transformado em algum deposito de suas armas. Como ele parou de fazer armas eu não sabia se me depararia com uma maquina de combate no meu guarda roupa. E melhor sempre se prevenir quando se trata de um Stark.

-Você já esta indo embora? – perguntou Steve me observando pela porta.

-Não só estou levando algumas coisas para viagem. Mesmo tendo dinheiro para comprar mais do que tudo isso eu não quero perder tempo fazendo compras.

-Percebe que o dinheiro na sua vida te comanda né?

-Eu sou uma garota materialista Steve. Fui criada como uma patricinha, gostei de ser uma patricinha e tenho o dinheiro de uma patricinha. Liliam Stark é mais do que uma agente.

-Você não se incomoda de pensar mais no dinheiro do que nos seus sentimentos? – ele se aproximou até que ficássemos próximos.

-Eu vivo num mundo materialista, aquele que tem mais dinheiro e aquele que ganha. Aonde eu cresci dinheiro e o hino do sucesso e fama.

-Tenho pena de você por ter crescido no meio disso. Tenho certeza que Howard não iria querer isso pra você.

-Meu pai queria muitas coisas para mim, uma delas era que eu fosse para sempre uma garotinha. Algo que meu irmão também quer.

-Você ficara bem estando ao lado dele?

-Ele esta morrendo, mesmo querendo mata-lo não posso deixar ele sozinho. Os Stark’s tem problemas de relacionamentos com as outras pessoas mais a família sempre e impotante.

-Acho que sentirei sua falta. – Confessou em baixo tom, instantaneamente o abracei também tentando me consolar. Eu já estava próxima demais dele, só que não sabia uma maneira de me afastar.

-Também sentirei, adoro o fato de eu poder mandar em você e sempre me obedecer.

Depois que nós afastamos continuamos sorrindo um para o outro, só que como se estivesse me salvando meu celular começou a tocar. Me separei de Steve e atendi o telefone sem olhar quem era;

-Alo?

-Stark, Futy quer saber o porquê esta deixando o Rogers sozinho? – Perguntou Maria Hill sempre no seu jeito serio de boa agente.

-Fale para Fury parar de ser curioso mamãe. - Brinquei com a morena, porque minha mãe se chamava Maria. - Eu estou de saída porque meu irmão esta morrendo, alias muito obrigada por me informarem.

-Não temos a obrigação de avisar o que acontece com seu irmão a voicê. Se estivesse cuidando da missão Stark saberia disso.

-Não precisa ficar jogando na cara. Só será por dois dias, tempo o suficiente para cuidar de algumas coisas e voltar. Alem disso Steve não é uma criança e já esta bem adaptado.

-Então quer dizer que você já pode encerrar sua missão?

Olhei espantada para ele procurando alguma desculpa, Steve já estava adaptado e acostumado com tudo que era novo. Podia muito bem viver sozinho, só que um lado meu não queria que ele fosse embora.

-Eu acho que preciso de mais algum tempo para concluir. O capitão tem se superado a cada dia mais tem algumas coisas que não tenho certeza se ele cuidara sozinho.

-Está com medo de deixa-lo sozinho? – Perguntou Maria em um tom me provocação.

-Não, apenas sou uma agente muito eficiente que quer deixar as coisas bem arrumadas.

-Vou fingir que eu acredito Stark. Está liberada para esse final de semana apenas, quero que termine logo sua missão com o capitão. Já se passou tempo o suficiente para o Capitão se adaptar.

-Eu já disse que vou terminar Hill. Nem me escale para outra missão porque minha folga foi prometida.

-Depois falamos disso.

-Hill... - Ela desligou na minha cara, era sempre assim, na hora de cobrar todo mundo quer. Agora quando e minha vez, eles até desligam na minha cara.

Steve se sentou na minha cama, me olhando com seus olhos azuis tristes.

-Nós dois sabíamos que um dia eu teria que ir embora.

-Acho que sempre via você mais como uma amiga do que como uma agente. – Quando ele falou aquele “amiga” senti meu coração doer, eu já havia sentido aquilo, há muito tempo atrás. Só que ainda conseguia ser mais doloroso que antes.

-Eu também, mais não quero pensar nisso agora. Uma despedida de cada vez.

Depois que disse aquilo o silencio continuou reinando entre nós. O belo rapaz de olhos azuis hipnotizantes se sentou em minha cama e começou a me observar. Confesso que já estava me sentindo desconfortável por ser vigiada a cada gesto que fazia.

-Você pode parar? – Pedi com um pouco de raiva.

-O que? – Ele disse se fazendo de desentendido.

-De ficar me olhando com esse olhar de quem quer alguma coisa.

-Mais eu quero alguma coisa.

-Então me diga. –Sentei ao seu lado depois que terminei de organizar minha mala.

-Apenas acho que você nunca me conta o suficiente de você. Não estou cobrando Lily, mais estou dividindo uma casa com você, sabe que goza de minha inteira confiança. Mais não entendo o porquê de você se guardar tanto. Depois de cinco meses morando debaixo do mesmo teto achava que no mínimo saberia mais sobre você.

-Você sabe sobre mim Steve. Sabe mais do que todo mundo.

-Então porque toda vez que saímos do apartamento eu acabo descobrindo algo? Isso e saber das coisas? Eu apenas te vejo como Lily Stark, a América te conhece como Quebradora de Corações, e ainda sim a uma parte que você não conta para ninguém.

-Porque você quer saber sobre mim? Não é o suficiente eu cuidar de você como uma amiga?

-Amigos não esconde nada um do outro.

-Amigos não cobram respostas. Só não entendo porque de repente você sente essa enorme curiosidade em me conhecer. Pra começo de conversa nem deveríamos ser amigos.

-Percebe que você não me permite passar por esse muro que criou para manter as pessoas afastadas.

-Por isso não falo nada para você. Já sabe o suficiente para tentar adivinhar o que eu sinto, se começarmos a comentar sobre meu passado, sobre as coisas que eu já senti eu me tornarei...

-Próxima a mim?

-Vulnerável. Me tornarei uma garotinha que precisa resolver traumas do passado. – Gritei me levantando na cama e ficando em frente a ele.

- Do que tanto teme de seu passado?

-De mim, eu tenho medo de mim.

Coloquei a mão na testa tentando acalmar minha respiração. Steve continuou com seus olhos atentos a cada reação minha até falar;

-Não pode ter sido o monstro que julga ser.

-Claro que eu não posso. -Respondi em ironia. – Até porque eu não matei mais de quietas pessoas, incluindo mulheres e crianças só porque eu queria diversão. Porque eu sou uma garota com algum tipo de demônio sanguinário que tem um desejo descontrolavel de matar.

-Eu não acredito que...

-Eu possa ser uma assassina.

-Um monstro.

-Você não sabe nada sobre mim Steve, se soubesse talvez teria motivos pra querer mudar e ideia.

Ele se levantou da cama e se aproximou de mim, estávamos tão perto que podia sentir sua respiração em meu rosto, e seus olhos azuis me fazendo afundar no sua profundidade de generosidade.

-Mesmo que tenhamos errado no passado, precisamos seguir em frente Lily. Não e o passado que definem quem você é mais sim suas escolhas a partir que sabe que errou.

Tentei falar alguma coisa depois de escutar uma frase tão impactante para mim. Mais minha voz parece ter se perdido em algum lugar. Steve então começou a caminhar até a saída do quarto, quando eu disse;

-Um dia, quando eu estiver pronta o suficiente para confiar em você. Eu te contarei todos meus segredos.

Depois de nossa conversa, não conseguia dormir de jeito nenhum. Pensava sobre a maneira que Steve tinha uma influencia sobre mim. Eu me importava com ele, com sua opinião, com sentimentos... Mais do que me importava com os meus, e isso era um problema.

Ele não poderia saber quem eu era antes de entrar pra S.H.I.E.L.D. Ele é uma ótima pessoa, se soubesse a forma que deixei Lilith me dominar me chamaria de fraca. Eu precisava sair dessa minha culpa, desse meu drama de vez em quando. Era por isso que eu era uma quebradora de corações, era tudo parte de uma distração por ser quem eu era.

No dia seguinte, bem de manhazinha eu já estava no aeroporto esperando pelo meu avião. Até iria pedir que viessem me buscar com o avião “Stark” mais eu queria uma surpresa tanto para Tony, quanto para Pepper então achei melhor voar de primeira classe mesmo.

Steve me deu um abraço apertado antes de eu embarcar. Devolvi o abraço sentindo de novo uma dor forte, mais ao mesmo tempo uma felicidade por estar nos seus braços.

-Eu prometo que volto ok?

-Tudo bem, espero que ocorra tudo bem entre você e seu irmão.

-Eu também.

O voo saiu perfeitamente tranquilo, como eu sentia muito enjoo quando estava dentro do avião, tinha tomando um remédio e dormi a viagem inteira.

Estava perto de pousar em Malibu quando senti um cutucão no meu ombro. Quando olhei para quem era uma náusea me abateu. Justin Hammer o inimigo declarado das industrias Stark, fabricador de armas e um idiota estava sentado ao meu lado.

-Você é perfeita até quando dorme. – Me elogio com aquela voz petulante e com olhos brilhantes através daquele óculos ridículo.

-Você é irritante a partir do momento que abre a boca.

-Que isso Lily, não precisa me tratar assim. Você não esta mais na briga da nossas empresas, não precisa fingir me odiar.

-Mais eu nunca fingi Hammer. Tudo que você representa pra mim é a imagem do fracasso.

Consegui tirar o sorriso do homem no segundo que disse aquilo. Era divertido ver a cara de Hammer toda vez que eu o ofendia, mas mesmo assim ele nunca desistia de me pedir pra sair.

-Não serei mais um derrotado quando eu vencer seu irmão.

-Depois do desastre no tribunal, eu acho que não.

-Aquilo foi apenas um contra tempo. Mais agora estou pronto para fazer com que o Homem de Ferro não passe de uma maquina que voa.

-Todos podem sonhar Justin, você é a prova viva de que alguns sonhos não pode se realizar.

-Veremos querida, veremos...

-Não me chame de querida. – O avião já havia aterrissado, para minha sorte, comecei a pegar minha mala e sair daquele avião mais rápido possível. Só que Hammer ainda estava no pé e ao podia ir embora sem perguntar;

-Você não quer sair um dia desses pra nós...

-Minha resposta vai ser sempre não!- O interrompi antes que continuasse a me atrasar. Meu Deus, algumas coisas não mudam.

Quando cheguei a Malibu, aluguei um carro para poder chegar até a mansão. Dirigia tranquilamente numa velocidade de 1,60 km, até que um idiota tentou me ultrapassar.

-Sai da minha frente idiota! – Gritei para a lesma que fazia questão de ficar dirigindo devagar na minha frente. Só podia ta de sacanagem, passei pelo o idiota mostrando o dedo do meio. Quando percebi era Happy que estava no volante. Deu um sorriso ao vê-lo.

-Você costumava a ser mais rápido Happy, acho que a velhice não esta te fazendo muito bem.

-Você e muito abusada Liliam, o que esta fazendo aqui?

-Irei visitar meu irmão. E depois Pepper.

-Então nós veremos na empresa.

-Tudo bem.

Ele acelerou o carro em direção à empresa, enquanto eu entrava na mansão.

-Quem gostaria, por favor? – Perguntou J.A.R.V.I.S na portaria.

-Querido, não preciso de identificação né?

-Não srita Stark. Creio que já faz muito tempo dês de sua ultima visita.

-Também senti saudades se e isso que esta programado para dizer.

O portão se abriu e entrei na minha antiga casa, eu sentia muita falta de meu pequeno palácio. Quando desci percebi que tinha alguns homens trabalhando no lado de fora. Meu irmão deve ter dado alguma das suas “festas”.

Passei pela porta e ouvi J.A.R.V.I.S comunicar;

-A srita Stark está aqui Senhor.

-A boa filha a casa torna.

Anthony Stark estava parado na minha frente de braços abertos como se esperasse que eu corresse até ele e desse um caloroso abraço. Aparentava estar mais velho dês da ultima vez que eu o vi, sua magreza era percebível, suas roupas estavam desleixadas, e parecia haver uma certa ausência na casa quando não se escutava os gritos de Pepper. Olhei minha casa e percebi que algo estava totalmente errado;

-O que aconteceu aqui?

-Estou fazendo uma reforma. Faz muito tempo dês da ultima vez que a casa foi redecorada.

-Sim, a ultima vez foi quando encheu a mansão de caras bêbados e coelhas da playboy.

Me rendi ao abraçar meu irmão mais velho. Fazia quase três anos que não nos víamos. E nosso ultimo abraço fazia mais tempo do que poderia me lembrar.

-E muito bom ter você em casa pequena Lírio.

-Fico feliz em voltar. – Me soltei de seus braços e comecei a ver o estado da mansão. Sua trágica festa de aniversario deve ter sido devastadora.

-Meu quarto sobreviveu? – Perguntei pra ele tentando amenizar as diferenças que no separavam.

-Infelizmente não. Mais coloquei a maioria da suas coisas no meu quarto enquanto reformam. – Comunicou enquanto pegava minha mala e já começava a subir as escadas.

-Muita coisa aconteceu com você ultimamente, mais ninguém havia me dito que aprendeu a ser educado.

-Só estou fazendo um favor que você ira me retribuir. Preciso parar de comer rosquinhas, então preciso que você cozinhe.

-Tem medo de ficar gordo Stark? Porque isso não ira acontecer tão cedo.

-Digo a mesma coisa a você irmã. O que tem comido ultimamente? Salada?

-Por ai...

Anthony e eu teríamos que dormir no mesmo quarto, só que em camas diferentes por conta da reforma. Seria apenas por um final de semana, não seria tão doloroso ficar perto de meu irmão. Pelo menos eu esperava.

-Então quer dizer que nesse final de semana você esta livre de seus namorados. Se eu acreditasse em milagres, eu diria que esse foi um. - Começou Anthony com seu irritante senso de humor Stark.

Eu torcia para que até o final do dia eu mesma não o matasse.

-Anthony isso e minha mala de calcinhas!- Exclamei enquanto ele abria minha mala.


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Notas finais do capítulo

*Comentem ;)