Treacherous escrita por Leloty


Capítulo 13
You give me feelings that I adore


Notas iniciais do capítulo

Então... Aqui estou eu experimentando esse lance de programar postagem. Enfim. Sim, só pra constar, Treacherous vai só até o capítulo 17. Não, não façam essas carinhas tristes, porque eu realmente gostei do final. Anyway.Awn, esse capítulo é tão sweet que vai dar diabetes em vocês, só avisando.



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Música: Bubbly – Colbie Caillat *lá pelo meio do capítulo, novamente link lá*

That you make me smile

Please stay for a while now

Just take your time

Wherever you go

Bem longe de sua namorada e do cara que queria roubá-la, Aaron estava irritado. Depois de perceber que horas haviam se passado e Luca não voltava, o moreno desconfiava que ele tivesse encontrado Sharon. Aquilo não era justo na mente dele. Ela era sua namorada, ele deveria encontrá-la primeiro!

–Aaron, se acalme, você aprece um touro bravo andando em círculos pelo meu quarto – ralhava Afrodite que, entretanto, sorria.

–Mas ele pode estar fazendo sabe-se lá o quê com ela, e eu deveria ter chegado lá primeiro! Por que ele conseguiu primeiro que eu?

–Porque ele a ama – Afrodite sorriu ternamente, olhando para o nada – Mais do que você jamais vai amar.

–Mas ela sempre vai vê-lo como melhor amigo e nada mais, certo? – Aaron indagou, ligeiramente preocupado.

–Ah, contar o fim dos romances não tem a menor graça, Aaron – a deusa do amor sorriu, deixando o moreno irritado. Aaron bufou, sentando-se na cama ao lado da deusa do amor.

–Não tem romance nenhum aqui, tia Dite – ele cruzou os braços com um sorriso sarcástico no rosto – Aquele idiota não tem a menor chance...

Afrodite nada disse, apenas ria-se internamente com o rumo que aquela história tomava.

*.*

No Brasil, Luca acordou com o sol batendo em seu rosto, mas pela primeira vez não se irritou com aquilo. Ele logo viu aqueles cabelos loiros próximo de seu rosto, abrindo um leve sorriso ao aspirar o perfume deles. Tinha cheiro de canela.

Contra seu peito, Luca sentia a pele macia das costas dela, e nenhuma sensação poderia ser melhor na concepção do garoto. Seus braços estavam em torno do corpo da garota, abraçando-a, e ele sentia que sua mão estava entrelaçada com a dela. Sem saber se ela já estava acordada, Luca começou a distribuir beijos pela nuca de Sharon, fazendo com que ela estremecesse levemente. O ruivo deu uma risadinha, ela estava acordada.

–Bom dia – ele falou próximo ao ouvido dela, desejando poder ver o rosto de Sharon.

–Bom dia – ela sorriu, por mais que soubesse que ele não via aquela expressão boba em seu rosto – Dormiu bem?

–Não poderia ter dormido melhor – Luca afundou o rosto nos cabelos loiros da garota, rindo baixinho e abraçando o corpo de Sharon com mais firmeza, como se pudesse segurá-la ali para sempre.

–É, posso dizer o mesmo... Mas e agora? O que faremos? Precisamos falar com Afrodite, com Aaron e procurar um antídoto para...

–Hey – ele interrompeu, girando-a para que ficassem cara a cara – Depois nós pensamos nisso. Hoje eu só quero ficar com você – Luca sorriu – Depois daremos um jeito nisso tudo.

–Certo, então vamos passar o dia aqui deitados na cama?

–Esse é uma opção tentadora, mas não. Vamos sair por aí, sei lá, passear.

–Passear? Ok... – ela levantou-se da cama, ficando de pé a procurar suas roupas pelo chão do quarto – Droga, preciso de outra roupa!

Luca até pensava em levantar e se arrumar, mas no momento em qua a viu ali, de pé a sua frente, com aquela pele alva e delicada completamente à mostra , pensou duas vezes e apenas sentou-se na cama. Após procurar as roupas por todo o chão e não encontrar, Sharon enfim notou que ele estava parado.

– Você não vai se vestir? – ela indagou, colocando uma mão na cintura e encarando-o com um olhar confuso. Bom, aquela cena fez Luca se decidir. Ele levantou da cama sem dizer uma palavra, aproximou-se de Sharon e segurou o rosto dela com as mãos, para enfim tomar os lábios da garota num beijo.

–Acho que você pode se vestir depois – ele exibiu um sorriso travesso, puxando pela mão uma Sharon sorridente até a cama novamente.

*.*

Música a partir de agora: Bubbly

Do lado de fora do hotel fazia uma manhã relativamente fria, especialmente ali onde Luca e Sharon estavam indo. Não que ela soubesse que local era aquele para o qual Luca a guiava com a mão carinhosamente entrelaçada a dela, mas a garota não se importava com aquilo realmente. Não importava para onde, ela só queria estar com ele naquele dia.

Mesmo assim, ela não se conteve quando chegaram a um local menos movimentado, perto de uma trilha cercada por árvores, ali mesmo no parque onde ele a havia levado. Antes que entrasse naquela mini trilha quase invisível por causa do verde que a cobria, Sharon indagou:

–Onde estamos indo, Luca?

–Surpresa – ele falou, sorrindo e aproximando-se dela para roubar um selinho, ao que ela riu. Com isso, o ruivo voltou a andar, levando Sharon pela trilha que ela apenas podia perceber que subia. A garota não fazia ideia de para onde ele a levava, só sabia que quando mais andavam, mais o terreno se inclinava, mais árvores surgiam e mais folhas cobriam o chão de terra. Isso até que encontraram-se impedidos por uma grande rocha coberta de musgo e as habituais folhinhas que estavam presentes em todo o caminho. Ela era tão grande, mas tão grande, que Luca mal conseguia olhar por cima dela, e ele era alguns centímetros mais algo que a garota. Desnecessário dizer que a própria pedra era mais alta que a loira.

–E agora? – ela perguntou.

–Agora a gente sobre – ele falou, apoiando os braços no topo da rocha e impulsionando com algum esforço o próprio corpo para isso. Com esse movimento, Sharon pôde ver por trás os músculos dele se flexionando sob a camisa laranja, que tinha as mangas arregaçadas até o cotovelo. E ela se pegou admirando-o.

–Vem, segura aqui... – ele falou, estendendo a mão do alto para ela e tirando a garota de seus pensamentos. Ela, sem hesitar, colocou sua mão dentro da dele e apoiou-se com os pés na rocha para subir onde ele estava. E quando chegou ali, quase perdeu o fôlego.

Eles estavam em algum lugar bem alto e longe dos lugares mais movimentados do Rio de Janeiro. Ali de onde ela estava parada, podia ver o Pão de Açúcar e o bondinho indo de um lado para outro entre aqueles três morros que ela mal lembrava dos nomes. Ali estava frio para o clima padrão do Rio, mas talvez fosse apenas por causa do horário e da altitude. Além disso, era um local cercado por árvores frondosas, bem diferentes das que ambos acompanharam por todo o percurso. E, como toque final, sobre a pedra lisa havia uma toalha xadrez, vermelha e branca, típica de piqueniques. Em cima da toalha estava sentado um ruivo com um sorriso brincalhão e uma pequena cestinha.

–Então, vamos comer ou não? – ele indagou – Estou morrendo de fome.

–Você não pode morrer – ela retrucou, mas sorria. Ele, retribuindo o sorriso, acatou a provocação.

–É, mas você quase me matou de um ataque cardíaco ontem a noite.

E pela primeira vez ele a viu realmente ficar vermelha.

–Ah, cale a boca – Sharon falou, sentando-se ao lado dele – O que houve com você? Perdeu a timidez, foi?

–Não, não – Luca riu, deixando a cabeça pender levemente para o lado e com isso permitindo que o vento bagunçasse seus cabelos – Eu só estou feliz.

–E eu tenho o direito de saber por quê?

–Óbvio, você é a razão disso – ele disse isso com aquele sorriso que a mente dela sempre classificava como ‘fofo’.

E ela simplesmente não sabia o que dizer após aquele comentário tão... apaixonado. Portanto, optou melhor saída universal: comer. Puxando a cestinha para perto de si, ela tirou dali duas caixinhas de suco, donuts e biscoitos. Não era o café da manhã mais normal do mundo, mas ela não estava exatamente reclamando. Tentando mudar de assunto, ela indagou, pegando um biscoito:

–Então... como você encontrou esse lugar?

–Alice me falou algo a respeito ontem na boate – ele deu de ombros – vasculhei minha memória e tentei lembrar do caminho que ela falou.

–Alice? Você não voltou a vê-la, voltou?

–Como eu poderia? Você mal me largou de ontem a noite até agora – ele riu, e definitivamente não estava reclamando daquilo.

–Mas você iria?

–Talvez – ele murmurou, bebendo o último gole de suco da caixinha – Ela é legal.

–Ela é legal ou beija bem? – a loira rolou os olhos, cruzando os braços. Ela tinha uma expressão engraçada no rosto, e Luca se controlava para não rir.

–Os dois, acho.

–Hm.

Então Luca teve que rir. Ele gargalhou alto, colocando as mãos na barriga e caindo deitando no chão, ainda rindo.

–Não sabia que você era ciumenta assim – ele falou quando enfim conseguiu parar de rir e olhar para ela novamente.

–Eu não estou com ciúmes.

–Não? Sha, você precisa ver a sua cara.

–Eu não estou com ciúmes – ela repetiu, aproximando-se dele e dando um soco no braço do garoto, que apenas riu. Antes que Sharon pudesse fazer algo mais, Luca puxou-a pelo braço, fazendo com que ela também caísse no chão, e logo subiu por cima dela, postando um joelho de cada lado do corpo de Sharon e apoiando-se no chão com as mãos.

–Você não precisa ter ciúmes – ele falou, sorrindo de canto e tirando o cabelo do rosto dela, para então acariciar a bochecha da garota e aproximar seu rosto do dela.

Sharon até pensou em negar mais uma vez, mas não conseguiu dizer nada ao olhar direto nos olhos dele. As íris dele eram tão verdes que mais uma vez a surpreendiam. Era um verde-esmeralda que agora possuía um brilho novo. Mesmo que ele não estivesse com um enorme sorriso estampado no rosto, seus olhos denunciariam que ele estava feliz. O próprio olhar dele sorria, e aquilo deixou a garota com seu olhar preso ao dele por alguns segundos. Ela só parou para analisá-lo como um todo, prestando atenção nos detalhes mínimos, como o ruivo do cabelo dele que lhe caía displicentemente sobre os olhos, ou do cheiro de canela (hmmm!) que vinha dele, ou dos lábios entreabertos de Luca que estavam tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes dos seus.

Isso até que ele envolvesse a nuca dela com uma mão e puxasse o rosto dela para mais perto, unindo seus lábios em um beijo doce e sem pressa alguma. Tudo o que ele poderia pedir estava acontecendo, e Luca não tinha a menor intenção de apressar aquilo. Tudo o que ele queria por hora era seus lábios juntos naquele beijo, seus corpos ali, coladinhos um no outro, e seus corações batendo num compasso único.

Sim, aquele era o paraíso para ele.

*.*

Já perto das dez da manhã, decidiram enfim sair dali e enfrentar a enorme fila para pegar o bondinho. Quando chegaram lá, no entanto, descobriram que teriam que teriam que dividi-lo com mais trinta e oito pessoas, e aquilo não agradava nem um pouco aos dois. Mas, bom, eles eram deuses.

Com um mero estalar de dedos, Luca conseguiu convencer os reles mortais a deixarem os dois a sós no bondinho e – de quebra – não precisarem esperar toda aquela fila. Em questão de minutos estavam saindo dali e indo em direção ao Pão de Açúcar.

–Isso é lindo – ela suspirou, olhando em volta – Queria poder ficar aqui para sempre.

–Aqui onde? No Rio, no bondinho, ou no mundo mortal?

–No mundo mortal – ela abraçou o ruivo, dando um beijo estalado em sua bochecha – com você.

–Daí não seríamos imortais.

–E você vê alguma vantagem nisso? – ela indagou, olhando para ele, mas Luca mantinha seu olhar fixo em algum ponto no horizonte.

–Sim... viver para sempre, ter poderes, aprender eternamente... Não é bom?

–É, mas... Não sei – ela enrugou a testa, e aquele pequeno gesto fez com que o garoto sorrisse. Ele então abraçou-a com mais força contra si e deu um beijo carinhoso no mesmo ponto onde ela havia formado uma pequena ruga, e falou:

–Não se preocupe... Seja como for, se depender de mim eu estarei com você para sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí? Não foi doce, meigo e todos os adjetivos fofos que podem ser dados para um capítulo?
Não, sei que não é pra tanto, mas tudo bem kkkk É que essa música... Ah, essa música *u*
Colbie Caillate Taylor Swift ainda vão deixar minhas fanfictions mais doces que... não sei, um doce bem doce (nãããão, magina, Keziah --') e fazer vocês ficarem com diabetes. Enfim.



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