The Berry Mission escrita por Blackbird


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey, resolvi postar mais cedo kk Bom, obrigada aos que acompanham e aos que comentaram. Espero que essa mania não mude... Bom capítulo.
Desculpem os erros >



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QUINN

Então, dois dias na cidade maravilhosa de Nova York e você já esta saindo com alguém? Ri com meu próprio pensamento. O que eu poderia fazer?  A CIA é como uma fábrica de mulheres bonitas e meu autocontrole muitas vezes é falho, se bem que nos últimos tempos, tenho evitado sair com mulheres da agencia, já que da ultima vez que fiz isso, não deu muito certo. Agora tenho casos por onde passo, com mulheres que eu sei que provavelmente nunca mais vou ver na vida, mas tive que abrir uma exceção para a senhorita Rachel Berry. Não que eu vá transar com ela essa noite, ela apenas despertou uma curiosidade e eu estou disposta a alimentar essa curiosidade, mas também sem negar que ela me atraiu. Embora bonitas e inteligentes, as mulheres com que eu saí tinham algo que lhe faltavam, algo que eu não sei o que é, mas que parece que a Rachel tem.

Desliguei a luz do banheiro e voltei para o quarto, parei em frente ao espelho, me observando. Sorri, estava bonita... Eu vestia um vestido branco, que era colado ao tronco, mas solto quando chegava a cintura e ia até um pouco acima do joelho. Um pequeno cinto azul, no mesmo tom de meus saltos, adornavam as curvas de minha cintura. Uma maquiagem de leve tomava conta de meu rosto e um tom avermelhado preenchia meus lábios e meus cabelos estavam presos em um coque solto. Eu realmente estava bonita. Acho que o ar de Nova York faz com que as pessoas sejam mais bonitas. Ri com minha tese, talvez por isso Rachel seja tão bonita. Meu deus, por que eu tenho pensado tanto em uma mulher em quem eu derrubei um copo de café hoje pela manhã? Balancei a cabeça com o pensamento. Deve ser porque vai sair com ela ne, Fabray..

Peguei uma pequena bolsa e saí do quarto, chamando o elevador que demorou alguns minutos para chegar ao décimo segundo andar. Vou reclamar ao gerente do hotel assim que sair, nem os piores hotéis da cidade tinham elevadores tão lentos. Quando chegou ao meu andar, ele estava lotado, assim tive que abrir passagem naquele monte de gente e apertar botão do térreo. Como cabia tanta gente ali? Não tinha limite de peso não?

Após horas o elevador finalmente chegou ao destino final. Desci e fui a recepção. Avisei que sairia e que queria o carro que eu tinha alugado, depois fui para a calçada, esperar que viessem deixar o carro. Olhei o papel que Rachel havia me entregado, memorizando seu endereço escrito em uma bela caligrafia. Após ler duas vezes, só para ter certeza que ia lembrar, guardei o papel no casaco grosso que me cobria. Embora fosse espiã e treinada para prestar a atenção e lembrar das coisas, nunca fui boa de memória. Rapidamente um rapaz me entregou a chave de uma bmw preta. Entrei e segui pelas ruas movimentadas da cidade até chegar ao meu destino: um prédio cinza de no máximo dez andares. Fui até o porteiro e pedi para que ele chamasse Rachel, ele não demorou e me disse para esperar que ela estava descendo. Agradeci e me encostei na porta do carro, a esperando.

Depois de um cinco minutos, ouvi o portão do prédio sendo aberto. Me virei e minha visão não poderia ser melhor: Uma Rachel Berry usando um vestido preto, curto e colado ao corpo, evidenciando suas belas curvas e pernas vinha em minha direção. Seu braço direito era coberto por uma camada de pano preto, enquanto o esquerdo estava descoberto, segurando seu casaco e bolsa. Suas lindas e longas pernas eram sustentadas por saltos pretos e marrons. Eu poderia ter essa visão todos os dias da minha vida e seria muito feliz.

– Olá. ­– Com muita relutância, tirei os olhos de seu corpo e me concentrei em seu lindo sorriso e seus olhos cor de chocolate. Definitivamente ela era linda. Sorri de volta. – Você está linda. – Dessa vez era ela quem olhava meu corpo. Sorri ainda mais. Rachel corou ao ver o que fazia, o que me fez gargalhar.

– Olá Rachel. Você também está linda. – Ela passou a mão nos cabelos soltos em cascata sobre seu ombro, como se dissesse que eu tinha razão. Abri a porta do carro, abrindo passagem para que ela entrasse. – Melhor irmos, ou perdemos a reserva. – Fechei a porta do passageiro e dei a volta no carro, indo para o lugar do motorista. Dei a partida e segui para o restaurante que não ficava tão longe dali. Liguei o rádio e então don’t stop believing preencheu suavemente o silencio que se instalava. A morena ao meu lado começou a cantarolar baixo, mas ainda sim se sobressaía pela música. Sua voz era realmente linda e encantadora. Juntei-me a ela, e assim, cantando juntas, passamos o caminho todo.

Chegamos ao restaurante e logo fomos levadas à mesa reservada, no final do lugar. Um garçom prontamente nos atendeu, servindo vinho e levando nossos pedidos. Rachel era vegetariana e pediu o prato mais florido que tinha e eu a segui, recebendo o incentivo dela. Não demorou para que os pratos chegassem e para que nós duas engatássemos uma boa conversa, estávamos mais que a vontade uma com a outra. Rachel me contou de sua vida, seu trabalho, seus hobbies e de seu desejo de ser espiã. Ela era destemida, determinada, confiante e sonhadora também. Contei a ela algumas das missões que participei, algumas curiosidades sobre minha vida, algumas manias minhas e também lhe contei sobre minha tese de que Nova York torna as pessoas mais bonitas. Ela riu mas não deixou de concordar.

– Essa cidade é divina. Sempre tive o sonho de vir morar aqui, e aumentou quando vim pela primeira vez, numa competição de corais. Nós quase ganhamos, mas apesar de tudo foi algo mágico. – Seus olhos brilhavam, enquanto relembrava os momentos daquela época. Não pude deixar de sorrir para a mulher a minha frente.

– Com a voz linda que você tem, deveriam ter ganhado. – Pisquei-lhe, tomando mais um gole do vinho. Um sorriso orgulhoso tomou conta dos lindos lábios carnudos de Rachel. – Mas me diz, se não era daqui, de onde era?

– Lima, Ohio. Os Berry não eram uma família de ricos, mas também não éramos pobres sabe? – Lima. Berry. Arregalei meus olhos. Não poderia ser... Ou poderia? Lima. Berry. Só existia uma família de sobrenome Berry naquela cidade... Por isso ela não me é estranha, se meus neurônios estiverem trabalhando certo, ela é...

– Rachel, você morava em uma casa grande, branca, numa pequena rua, perto de um restaurante chamado Breadstix? – Tá, nunca fui boa de memória, mas não poderia esquecer esse lugar, até mesmo porque ainda o visito. – Você é filha dos senhores Hiram e Leroy Berry?

– Sim. Como sabe? – Ela franziu o cenho.

Berry. Barbra Berry... Barbra. Rachel Barbra Berry! Era ela, filha de Hiram e Leroy Berry. Os senhores Berry. Minha melhor amiga dos 7 aos 9 anos. Minha vizinha por muito tempo. Tinha que ser, aquele sorriso não enganava ninguém.

– Rachel, lembra de quando você tinha uns 7 a 9 anos? E que tinha uma menininha loira que brincava com você... Lucy Fabray. – Ela olhou para o teto por um momento, tentando se lembrar, até que seus olhos caíram nos meus. mas ela tinha outro nome..

– Sim... Ela morava numa casa depois da minha e sempre vinha brincar comigo, embora seu pai não gostasse muito. Eu a chamava de Lucy, mas ela tinha outro nome...

– Quinn. O nome dela era Quinn. Lucy Quinn Fabray. Ela sou eu. – Foi a vez de Rachel arregalar os olhos. Ela estava raciocinando a mesma coisa que eu. Levou a mão a boca e depois a colocou de volta a mesa. Chegou a mesma conclusão que eu. – Filha de Russel e Judy Fabray, irmã da Frannie. Morei em Lima até meus dez anos...

– Quando teve que se mudar por causa do trabalho do seu pai. Disso eu lembro. – Ela agora sorria radiante para mim. – Quem diria que nos encontraríamos por aqui, Lucy.

– Não sei por que me chamava de Lucy. – Arqueei a sobrancelha.

– Gosto de Lucy. – Imitou meu gesto. – Aliás você me chamava de Barbra e eu não gostava.

– Gosto mais Quinn, sabe? E eu vou chamar de Rachel, prefiro Rachel.

– Sim, também prefiro.

E assim terminamos nosso jantar, falando sobre o nosso passado, nossas famílias e nossas brincadeiras. Contei a Rachel como entrei para a CIA e ela fez o mesmo, me contando também de seu pai. Não pude deixar de ficar triste, ele era um homem incrível. A levei para casa, ainda envolta em sua voz.

Estacionei na frente do prédio cinza e desci, para abrir a porta para Rachel. Ficamos paradas em silencio, com grandes sorrisos estampados nos rostos. As pessoas passavam ao nosso redor sem se importar com nada até que um engraçadinho de pronunciou.

– Que isso hein morena, belas pernas! – Olhei em direção da voz. Um rapaz segurando uma garrafa se aproximou da gente. – Será que eu posso olha-las mais perto?

– Não, você não pode. – Gritou de volta, dando as costas para o homem. Ele fez cara de chateado e se aproximou mais. – Ele tá vindo não é? – Eu assenti e a puxei pra trás do meu corpo.

 – Ei loira, fica com ciúmes não. Tem pra você também. – Ele me soltou um sorriso torto. Bufei. – É só esperar eu terminar com a morena.

– Não vai encostar nela. – Mais cuspi do que falei. Ninguém ia se dirigir a minha Barbra daquele jeito. Minha? Mal tinha reencontrado e de certa forma conhecido Rachel e já a chamava de minha? Loucura. – Vai embora. – Ele apenas riu.

– Que é? Sua namorada, é morena? – Dei um passo a frente, fazendo ele regredir um pouco. – Relaxa, tem que dividir as coisas sabe? Ainda mais uma gata como ela.

Senti os músculos da minha mão se contraírem, fechando-se em um punho. Se ele falasse mais alguma coisa, eu quebraria aquela cara. Mas ele não precisou falar nada. Num piscar de olhos, ele passou por mim e foi pra cima de Rachel, imprensando-a no carro. Que bêbado audaciosamente rápido. Fiquei pasma, mas no mesmo momento, o puxei pelo ombro. Devido a embriagues, ele cambaleou um pouco para trás, apoiando-se no carro. Levantei o punho, pronta para lhe socar a cara, quando algo me segurou. Olhei para o lado e vi que era Rachel segurando meu braço. Tentei até me desvencilhar, mas ela aplicou uma força que eu não esperava.

– Vai me bater? Olha morena, ela quer me bater. – Ele olhava assustado para Rachel e me apontava seu dedo indicador da mão direita.

– Se você não sair daqui, eu mesma te bato. – Seu tom severo fez o homem estremecer.

– E eu ajudo. – O segurança do prédio se juntou a nós, puxando a rapaz para longe. – Vai embora, ou eu te quebro.

E então Rachel soltou meu braço. Apertei onde ela tinha segurado. Quem diria que uma baixinha daquelas tinha uma força e rapidez tão grande... Realmente os treinamentos serviram para algo. Ela me olhava séria, com tons de reprovação. Podia não ver Rachel há muito tempo, mas reconheço esse olhar desde meus 7 anos. Dei um sorriso amarelo que pelo visto não melhorou a situação.

– Não acredito que ia bater nele Quinn Fabray. – Ela me deu um tapa no braço.

– Ai Rachel. Olha, ele tava se engraçando e foi pra cima de você. – Sempre fui pavio curto. Brincalhona, mas pavio curto. Nunca me importava em bater nas pessoas que me chateavam ou me ameaçavam. Ele pediu para apanhar.

– E agora é minha namorada? Ele não é o primeiro homem que se engraça comigo, sei me cuidar. Agora, você  querer bater nele? Quinn, você poderia mata-lo, tem noção? Olha quem você é... – Ela não perdeu a mania de falar. – Agora pare de tentar bater em todo mundo.

– Eu não bato em todo mundo. Ele estava sendo abusado. – Bufei, ela revirou os olhos. – Olha, vamos esquecer isso ok? Eu não iria mata-lo e você também teria batido nele.

– Cale a boca. – Ela riu. Aquela risada mais que conhecida. Depois que redescobri a Rachel de Lima, certas lembranças vieram a tona. – Não quer entrar?

– Não, amanhã o dia é cheio e temos que começar cedo, lembra?

– Sim. – Ela suspirou pesadamente. – Mas vou vê-la amanhã ne? – Assenti. Ela sorriu e rodeou meu pescoço com seus braços, ficando na ponta do pé. Me abaixei um pouco, retribuindo o abraço caloroso que Rachel me dava. Afundei as mãos em sua cintura e enterrei o rosto em seus cabelos negros que emanavam um cheiro único. Poderia me perder ali mesmo. Ela separou o abraço, olhando em meus olhos. – Então acho melhor eu ir. Ah... Obrigada pela noite, foi ótima. E foi bom te rever, fiquei com saudades quando foi... – Ela corou com a ultima frase. Rachel era uma mulher adorável.

– Eu também senti. E eu adorei a noite, você é maravilhosa. – Foi aí que ela corou ainda mais. – Então... Até amanhã Barbra.

– Até Lucy. – Ela piscou pra mim e entrou no prédio, dando um ultimo tchau.

Foi estranho como esse jantar fluiu. Não estranho de um jeito ruim, na verdade foi de um jeito ótimo. Talvez fosse a familiaridade que nos deixou tão a vontade ou talvez não. Independente do que tenha acontecido hoje, Rachel mexeu comigo. De algum jeito.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo não saiu do jeito que eu queria, mas não tive como melhora-lo. Bom,deixem seus velhos e bons comentários gente. É importante pra mim e para saber o que faço com a história.
Aliás, queria perguntar a vocês se querem ver um pouco de brittana por aqui?



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