Dama De Copas escrita por Andhromeda


Capítulo 7
Objetivo em comum


Notas iniciais do capítulo

Este cap. é dedicado a RogueRemi, em resposta ao seu comentário! Por mais que ele não responda a nenhuma das suas perguntas e provavelmente ira te deixar mais curiosa, espero que você goste!
Na verdade, apesar desse não ter sido um dos meus melhores momentos, espero que comentem e prometo que todo esse mistério e aparecimentos inesperados, irão valer a pena!
Desculpe pelos erros de português – é que meu corretor automático esta com problemas e ortografia realmente não é o meu forte, como vocês sabem.



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Ela simplesmente precisava de um lugar para respirar.

A noite estava linda para uma terça a noite. A lua alta e branca no céu, iluminava onde quer que tocasse, grilos cantavam ao longe em harmonia com a natureza e um vento fresco soprava de vez em quando levando o calor abafado do verão.

Mas Vampira não percebeu nada disso enquanto andava a passos largos em direção ao jardim do Instituto.

O Professor havia morrido.

Ela parou em frente ao precipício que dava fim ao jardim e respirou fundo.

A vista dali sempre foi espetacular. O mar se abria escuro e calmo, sendo banhado pela Lua, causando um sentimento de deslumbramento nos que o viam pela primeira vez e o de calma, naqueles que como ela, buscava um refugio particular no meio de todo aquele caos que o mundo havia se tornado.

Foi exatamente naquele precipício que havia empurrado a estatua da Mística quando o Kurt tão desesperadamente tinha pedido a sua ajuda, se lembrou. Também foi no pequeno banco de mármore cercado por estatuas – do que a ela, lembravam deuses romanos – que enfrentara varias e varias sessões com o Professor Xavier, para aprender como controlar seus poderes.

Entre tanto naquela noite, Vampira não estava à procura da paz que a paisagem transmitia, muito menos das lembranças sobre um tempo em que seu único problema era o medo de acidentalmente tocar em alguém.

Naquela noite ela só queria respirar.

Apesar de não passar das 19h todos os estudantes e professores do Instituto já haviam se recolhido em seus quartos, buscando na solidão uma forma de superar a tristeza da morte do Professor Charles Xavier. Talvez se fosse só isso, ela não estaria tão mal assim, mas parecia que a própria estrutura do Instituto em si estava de luto, as paredes, salas, móveis, os lugares da casa que antes eram cheios de risos e brincadeiras, nesse momento estavam vazios, cobertos por uma camada de tristeza e solidão tão grande que a estava sufocando.

O mais assustador é que agora todos eles estavam perdidos. Por mais que a maioria não quisesse admitir – não abertamente – todos sabiam que: eles perderam o líder.

E o professor não era apenas seu líder e mentor, mas o porto seguro dos X-Men. Não importava o quanto à situação fosse difícil ou impossível, o Professor Xavier era a esperança deles. A esperança de que tudo daria certo no final. Com sua morte o futuro de todos os X-Men se tornou uma coisa inserta.

Como se as coisas já não tivessem ruins o suficiente, ainda havia o Apocalipse.

Que não era só forte, mas aparentemente invencível. Desde o seu aparecimento, há alguns dias atrás, vários planos e possibilidades foram criadas e descartadas com igual rapidez. Seu inimigo parecia não ter pontos fracos, ninguém sabia com exatidão quantos poderes ele tinha ou a sua origem, a única coisa concreta que sabiam era que o mutante tinha a péssima mania de desintegrar seus inimigos.

O que não conta exatamente a nosso favor, Vampira pensou com ironia.

Ela tirou de dentro da luva negra que usava – da parte das costas da mão – o que agora se tornara seu amuleto da sorte.

A carta estava morna, por estar em contato com a sua pele há algum tempo. Vampira a levava a todo lugar que ia – sempre. Sentir a carta a fazia lembrar-se dele, lembrar dele fazia com que se sentir segura.

Mesmo com os vários alarmes de perigo, ela simplesmente sabia que não conseguiria se afastar do Gambit, pois mesmo enquanto seu coração doía em luto pelo Professor Xavier e a constante ameaça do Apocalipse pairando sobre a sua cabeça, mesmo assim Vampira ainda aguardava ansiosamente seu próximo encontro com ele.

Sua mente vagou ate aquele momento em uma rua deserta quando teve a certeza de que ele a beijaria. Quando seus olhos tinham se encontraram foi como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo seu corpo, o tempo havia parado e uma vontade tão grande tomou conta do seu corpo que por um momento pensou que morreria se Gambit não a tocasse. Mas de todas as sensações novas que tinha provado naqueles pequenos instantes, o que mais a assustou foi saber que se ele a tivesse beijado, ela apenas deixaria. Não por que fazia tanto tempo que não era tocada que a muito havia esquecido qual era a sensação de ter o contato quente da pele de outra pessoa sem a interferência da luva ou a preocupação de ter sua mente invadida por lembranças que não são as suas. Mas sim, porque era Gambit, ela não queria ser apenas tocada, queria ser tocada por ele. E queria tão desesperadamente que mesmo depois de horas, ainda conseguia sentir os ecos daquela vontade aterradora, que nem ao menos sabia como nomear.

Suspirando, levantou a mão que não segurava a carta e a colocou no peito, percebendo que seu coração acelerava apenas com a lembrança.

Isso não é um bom sinal.

Um movimento em um arbusto perto de onde estava, a fez virar com uma esperança tão grande que chegava a ser quase infantil, mas ao invés do seu ladrão alto e arrogando, o que Vampira encontrou foi um homem, que nunca tinha visto antes.

Era um sujeito robusto que deveria ter uns 1,75cm – no máximo – vestido com uma camiseta branca, uma calça camuflada verde e botas militares pretas perfeitamente engraçadas, duas armas estavam descaradamente presas a um coldre em sua cintura para quem quisesse ver, um tapa-olho negro cobria seu olho esquerdo outorgava a ele uma imagem de respeito e apesar dos seus cabelos cortado ao estilo militar ser grisalho, o homem exalava uma aura de autoridade tão forte que fazia com que a sua idade se tornasse uma coisa irrelevante.

– Como você entrou aqui? Perguntou Vampira dando um passo cauteloso para trás.

Na verdade era uma pergunta bem plausível considerando que o Instituto Xavier era uma fortaleza impenetrável, com armadilhas e alarmes espelhados por todo o terreno, mas o homem a frente dela apenas deu de ombros, como se invadir o Instituto fosse à coisa mais fácil do mundo.

– Isso não é importante. O jeito abrupto e forte como ele falava fazia com que, qualquer palavra que saia da sua boca parecer uma ordem. – Me chamo coronel Nicholas Fury, diretor da organização S.H.I.E.L.D.

Ao ouvir a ultima parte do que o Coronel Fury disse, um arrepio passou por todo o corpo da Vampira, a curiosidade que sentiu antes, rapidamente foi substituída por uma preocupação totalmente justificada.

Ela sabia que na teoria a S.H.I.E.L.D. era uma organização mundial criada com o objetivo de realizar a contraespionagem e manutenção da lei. Mas na prática se tratava de uma super organização, muito mais forte e importante do que qualquer outra – CIA, NSA e FBI – que patrocinava e incentivava a caça-mutante que acontecia aqueles dias.

– O que você quer? Perguntou Vampira enquanto passava pela cabeça varias estratégias e táticas de defesa. As coisas não estavam exatamente a seu favor, apesar de estar em terreno conhecido, o Coronel era um experiente combatente e ainda existia o fato de que seus poderes não eram muito úteis se não estivesse perto o suficiente do seu inimigo. Nesse caso a melhor saida era enrrolar e distraí-lo, já que tinha quase certeza de que não demoraria muito para alguém do Instituto descobrir a invasão.

– Não me olhe como se eu fosse te atacar e cortar sua garganta com a faca de caça que trago na bota, garota.

– Você vai? Perguntou petulante.

– Não, nesse momento você me é mais útil viva.

– Achei que os mutantes fossem os inimigos número 1 da S.H.I.E.L.D. Disse ela franzindo o cenho. – Não me diga que veio pedir ajuda ao inimigo.

– Não pense nem por um segundo que estou pedindo a sua ajuda ou estendendo uma bandeira de paz. Disse Coronel Fury ignorando o sarcasmo dela. – Meu dever é porteger esse país de toda e qualquer ameaça, na minha opnião os mutantes são uma ameaça e devem ser erradicados, entre tanto temos um objetivo em comum.

– Que seria? Vampirajá sabia a resposta, mas queria segurar ele ali o máximo de tempo possível.

O Logam vai perceber que a mansão foi invadida.

– Apocalipse, um mutante que coloca em perigo tanto os humanos quanto os mutantes. Ele fez uma pausa, mas quando ficou claro que Vampira não faria nenhum comentario continuou. – A S.H.I.E.L.D. é uma organização poderosa, mas não somos arrogantes o suficiente pra achar que podemos vencer o Apocalipse sozinhos.

– Se esta querendo se aliar aos X-Men não deveria estar falando comigo, sou apenas uma estudante.

– Não quero me aliar aos X-Men, quero me aliar a você.

– Não entendo. Disse confusa.

– Temos um plano de ataque que pode destruir o Apocalipse.

– Ainda não entendi onde eu entro nisso.

– Pra que o plano seja posto em prática precisamos de um mutante, mais precisamente um com as suas habilidades.

– Eu não posso derrotar um mutante que nem o Professor pode. Disse exasperada.

– Claro que pode, só precisa saber como.

Vampira não sabia o que dizer ou fazer. Durante toda a sua vida sempre se sentiu como uma figurante, sem ter realizado nada de significativo no mundo e mesmo fazendo parte dos bonzinhos, sempre achou que precisava fazer algo que justificasse a sua posição nos X-Men, mesmo que nenhum deles nunca tivessem cobrado nada dela, Vampira não se sentiu digna de ser uma X-Men.

Ela era a mutante que destruia coisas, não a que salvava o mundo.

Talves seja a sua chance de compensar as vidas que sua maldição destruiu.

– E como exatamente seria esse plano. Disse Vampira.

Apesar da expressão dele permanecer impassível, por alguns instantes os olhos do Coronel Fury brilharam com satisfação, mas logo depois se apagaram e ele passou a explicar como Vampira salvaria o mundo do Apocalipse.


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Notas finais do capítulo

Para você que já viu o desenho, provavelmente já sabe o que vai acontecer – sim a cena do ultimo episodio – mas esse cap. eu inventei porquê achei que ficou faltando nos X-Men Evolution!
O que acharam!



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