Zettai Kareshi No Sandman. escrita por Oribu san


Capítulo 2
Capítulo 2: Bem vindo ao lar, Homem de areia.


Notas iniciais do capítulo

muito obrigado por continuar. Eles não são... humn... sei nem o que dizer. hahahah mas sei que são. a historia continua e fica cada vez melhor. confira no proximo cap de Zettai Kareshi no sandman "o namorado perfeito"



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Quando o sol finalmente se elevou a uma temperatura suficiente a cortar o frio e me despertar, um mau humor obvio me consumia. A areia áspera dentro de minhas roupas e um braço estranho me apertando o corpo, já incomodavam.

– Anny. Anny, sai pra lá, não tô tão fraco assim.

Foi então que me lembrei de que Anny não havia saído comigo aquela noite, e desde que me lembro, seu braço não possuía aqueles músculos.

– Quem é Anny, Olivy-sama?– Perguntou sonolento o rosto masculino que se ergueu sobre o meu ombro.

– Ah!! Quem é você?!!– Embora estivesse assustado e confuso, nada pôde se comparar a perceber que aquele ser me sorrindo da areia, estava completamento sem roupas.– Meu Deus, você não..? Eu não..? Nós, não..? Ah, meu Deus!– As palavras não se atreviam a sair da minha boca e sinceramente eu não queria saber.– De onde você veio!?

– Dali.

Ele me respondeu simplesmente apontando para um buraco na areia onde corri e não achei nada mais, nada menos do que... Nada. Simples e absolutamente nada, se não a mala de Anny, arrombada e os bilhetes espalhados por todo o buraco e arredores.

– O que está vendo? Eu posso ver também?

– Ah! Sai de trás de mim!

Me afastei as presas daquele rapaz que ficou lá parado enquanto eu corria para o único lugar seguro no momento. A casa de Sakuhana Anny.

– Anny! Anny! Abre a porta!– "Não, aquele tarado pode vir atrás dela depois"

Sem dinheiro ou calçado, mantinha-me feliz por estar de roupa. Caminhei cerca de cinco quilômetros apresados até poder respirar aliviado.

– Estou em casa.

Deixei o meu corpo cair sobre a cama que reclamou fazendo seu tipico chiar, mesmo quando virei nela para olhar o teto com as mãos no rosto.

– Que droga de noite.

– Foi muito difícil?

– Foi... Ai meu Deus! Mas que... Droga! Como é que você entrou aqui!? Como sabe onde eu moro!?

– Que tipo de namorado, não sabe onde o outro mora?– Respondeu o estranho. Mas não importava como pensasse nisso, ele falava inocentemente sentado a poltrona do lado da cama, como se o estranho fosse eu reagir aquela maneira.

– Eu vou chamar a policia! Porque está me seguindo!?– Armei-me de um grada-chuva recuando o tanto que ele avançava.– E porque ainda está sem roupa?!

– Você não escolheu nenhuma pra mim.

– Eu oq..? – "Então ele ganha vida da areia e [...]"– Não, não pode ser.

– Posso.

– Você não é...

– Sou.

A medida que ele completava meus pensamentos também se aproximava. Tão próximo estava agora, que não atinei em nada se não a loucura de tentar sair pela janela, mas num vacilar de mão, escorreguei e me vi debruçado a uma queda de três andares se minhas mãos falhassem novamente e escorregassem do peitoril de madeira em que me segurava.

– Ah! Eu vou morrer!

Ficaria estartalado em morte como o meu amigo guarda-chuva que saiu pela janela comigo, mas caiu na pista em frente a pousada, onde um carro acabara de lhe atropelar.

De repente, um par de mãos brancas me segurou pelos pulsos e erguendo-me com facilidade do peitoril ao peitoral de meu estranho visitante que agora me assustava ainda mais.

Em segurança, não tardei a caminhar de um lado para o outro em meu quarto e em minha mente.

"O que eu faço agora? Não me sinto como se ele tivesse abusado de mim enquanto dormia. E também, não posso denunciar alguém que salvou a minha vida. Ou será que posso?" Por fim, o mais sensato foi não ser sensato.

– Eu vou sair.

– Eu também vou.– Se levantou como cão que segue dono novo.

– Não assim.– "Que escolha eu tenho? Não posso deixa-lo sozinho no meu apartamento. Vai saber o que ele pode fazer além de me roubar".

Revirei meu guarda-roupas, atrás de algumas que um maluco pudesse ficar. Mas quando ele saiu do banheiro, a cena era de um latejar cômico, pois minhas roupas haviam lhe ficado totalmente estranhas. Tal qual as de um irmão mais novo à um mais velho. "Porque tão grande?" me queixei em mente reparando agora ao ver as roupas, que era realmente um corpo mais forte que o meu. "Tem que ter músculos." , "mas não exagerados, Anny." Agora eram nossas vozes que me pairavam a cabeça até eu pensar a bobagem que era acreditar nisso... Será?

– Aqui. Achei essas maiores que meu irmão deixou aqui quando veio me visitar.

– Obrigado.– Ele sorriu pegando-as de minha mão como se fosse grandioso um suéter Ronin azul, uma calça e chinelos. Um sorriso. E que sorriso. "Tão branco e gentil quanto a pele" Foi o que escrevi no papel, lembrei-me de novo.

– Isso é ridículo.– Queixei a mim mesmo já andando na rua com ele a me seguir de perto.– O que eu falei? Não tão perto!

– Porquê?

– Porque você fica tentando pegar a minha mão.– Abafei-as nos bolsos.

– Aonde nós vamos?

– Não sei ainda. Comprar uma roupa talvez. Jack, vai querer usar esta quando vier me ver daqui uma semana.

– Quem é Jack? Olivy-sama ainda não me disse quem é Anny.

– Jack, é meu irmão. Lutador de vale tudo se quer saber.– "É bom que ele saiba."– Anny, é... Meio que meu anjo da guarda. Eu sei lá.

– Ah!

– Bom dia, menino Olivy, o mesmo de sempre?

– Bom dia, Senhor Ukida. Hoje não, ressaca me tira a fome.

– Bom dia, senhor Ukida.– Ele me imitou.

– Bom dia rapaz. Quem é o seu amigo, Lenny-san?

– Não é meu...

– Sou o namorado.

O susto do idoso foi tão forte que tive medo dele engolir a língua. Há mais de um ano que comia seu cachorro-quente e ele nem desconfiava. Voltei a andar, com passos mais largos desta vez, tentando deixa-lo para trás. Foi então que ao cruzar a faixa de pedestres eu o vi. O maldito livro Sandman que me deu tamanha ideia tola, zombando de mim numa vitrine qualquer. Mas admitir isso, seria o mesmo que admitir que "ele" saiu da areia e dos meus sonhos.

– Comprou um livro?

– Comprei e daí?– Rancorejava mais um pouco saindo da loja.

– Olha! Ele é sobre outro como eu.

– Você não é um sandman!– Repeti isso todo o caminho até o centro, mais para mim mesmo do que para ele.

Chegando lá, as lojas populares estavam lotadas. Com a mudança de estação, as pessoas mais pobres corriam para as lojas para comprar com o que se esquentar.

– Ai! Merda, alguém pisou no meu pé!

– Olivy-sama, porque não saímos da multidão?

– Não tenho dinheiro pra ir num lugar mais caro.– Admitir isso é mais fácil quando é dito à um estranho. Ainda mais um que você gostaria de não ver mais.

– Eu te carrego então.– Nem tive tempo de responder e ele me pôs nos braços afastando a multidão até estarmos dentro da loja.

– Porquê fez isso?!– "Tá todo mundo olhando agora."

Ele não respondia, apenas ficava lá, parado, encarando, com um sorriso, como se até minha cara agressiva o agradasse. Naqueles segundo de silêncio que se sucederam entre nós, o mundo sumiu e eu me vi admirando o rosto de "sem nome" como o chamava até o momento. Era límpido como uma porcelana, cabelos lisos extremamente negros sobre os olhos mais lindos que já vi olharem pra mim. Foi quando me peguei reparando seus lábios rosados que voltei a realidade.

– Não importa. Escolha alguma coisa que te esquente até voltar pra sei lá onde mora.

– Ok.

O tempo em que ele sumiu, foi tempo suficiente de estudar aquele livro onde fatos como o trecho da cigana falando com a protagonista do livro, me chamou a atenção.

"Se alguém espalhar ao vento a existência do sandman, ao vento ele também se espalhará".

Aquilo por algum motivo, me fez fechar rapidamente o livro e notar no relógio de pulso que já se passaram três horas e sem nome ainda não voltara.

O que fazer nesse momento? Não podia chamar pelo seu nome pois ele não tinha um que eu soubesse. Mas espere um pouco. Não era exatamente eu quem estava querendo que ele se fosse?

Se teria esse meu desejo acabado com ele ou não, eu não sabia, mas me fez murmurar.

– Você foi embora.

– Nunca.

Fui pego de surpresa por sua voz. Ao me virar lá estava ele, com um par de sacolas em cada mão e elas tinham emblemas de não serem baratas.

– Onde... Como você comprou isso? Não roubou, roubou?!

– Claro que não, você me fez honesto. É que tenho que ter dinheiro pra te bancar, não é?

"Só quero o que for melhor pra você"

– E onde conseguiu dinheiro?

– Tinha um homem vendendo bilhetes de raspar, ele disse que eu podia ganhar.

– E você deu todo o meu dinheiro pra ele!?

– Dei.

– Ah não! Vamos passar frio... Vamos nada! Você vai! Porque você não vai ficar lá em casa!

– Mas...

– Mas o quê!?

– Eu ganhei.– Disse inocente tirando dos bolsos um punhado de notas que equivaliam a três meses do meu salário. O que só me fez ficar ainda mais confuso e com dor de cabeça ao sentar no banco em frente a loja.

– Isso não pode estar acontecendo. Não é logicamente possível.– "Teria uma coisa escrita num papel todo esse poder?"

– Está com problemas Olivy-sama? Eu posso ajudar?

– Não.

– Então quem sabe seu anjo possa, não é?– Tentava me animar.

– Anny!– Assim que lembrei dela pus-me a correr de novo, agora o levando comigo.

– Onde vamos agora?

– Te arranjar um nome.– "E um lugar pra ficar se eu tiver sorte."

Bati em sua porta, mas o silêncio insistia em predominar o local. "Deve ainda estar no trabalho." Ah, o trabalho. Como eu poderia voltar lá? Se voltasse seria ridicularizado de novo, mas se não voltar ficaria com uma mão na frente e outra atrás ao perder meu emprego, o quarto quando não pagasse o aluguel, e a chance de um dia escrever algo que não fosse os recados no mural de avisos.

– Quem é?– Sua voz finalmente soou lá dentro.

– Sou eu, Anny, por favor abra a porta!

– Lenny?!– Ouvia agora seus pés correrem dentro de casa até estancarem perto da porta e ela a abrir com uma voz que rugia sua preocupação com meu desaparecimento.– Onde você se meteu?! Sabe o tipo de coisas que eu imagi...

– Bom dia.

Meu anjo paralisou ao ver que estava acompanhado desta pessoa pelo menos educada ao que tudo indicava, e logo tratou de nos por pra dentro sussurrando pra mim.

– Lenny-chan, quem é ele?– "Estou toda bagunçada, e com olheiras."

– Você não vai acreditar se eu te contar.

– Experimente.

Nem tive tempo de começar e a porta dos fundos após um breve som de ciscadas, foi arrombada pelo monstro que era o cão de Anny. Não era pra menos que ela o chamava de Golias o devorador de homens. Pois além de mim, qualquer outro que entrasse ali, sairia sem boas recordações do animal.

– Golias!

– Golias, não! Senta!

Tentamos adestra-lo uma vez mais ele comeu a corda guia.

O que aconteceu foi um enorme cão negro voar sobre o visitante com tanta força que o sofá onde caíram, virou levando ambos com sigo. Eu e ela fomos a passos apresados ver "o que sobrara". Porem só encontramos algo ainda mais chocante. A fera estava de fato sobre ele, mas lambendo seu rosto branco e sorridente.

– Ele é um sandman, não é?– Disse ela.

– Como você..?

– Especifiquei que se não fosse bom, Golias podia comer e você que ele gostasse de animais.

– Isso não é prova suficiente pra você acreditar em algo tão absurdo.

– Se não é, então porque trouxe ele aqui?

Xeque-mate. Ela me pegou. O que queria mesmo naquele momento, era um outro ser humano capaz de dizer que eu não era louco o suficiente por acreditar que aquele homem que olhávamos agora no chão amansar a fera, saiu do nada, só pra me amar. E então eu me rendi. Pelo menos à admitir.

– Sim... Ele é.


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Notas finais do capítulo

muito obrigado por continuar. Eles não são... humn... sei nem o que dizer. hahahah mas sei que são. a historia continua e fica cada vez melhor. confira no proximo cap de Zettai Kareshi no snadman "o namorado perfeito"



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