A vida de Inuyasha mudara por completo, Kikyou havia voltado a morar com ele e automaticamente suas horas no escritório aumentara. Não sentia vontade de ir para casa e parece que Kikyou estava aceitando melhor tudo aquilo.

Tentara inúmeras vezes entrar em contato com Kagome, mas ela havia trocado o número, sua secretaria Sangô não falava com ele e Miroku era o único que o aturava de vez em quando. Algumas noites ele voltava ao bar onde ele e Kagome se conheceram, para ver se ela iria algum dia lá, mas nunca a encontrou.

Ela não queria contato e ele desistiu.

Mas algo aconteceu no seu aniversário, ele havia saído com Kikyou para um jantar, ideia dela, ele sabia tudo que ia acontecer com ele naquela noite, bem como Kagome disse “Ela é previsível” e isso o deixava um pouco entediado.

Inuyasha pegou no celular e viu que havia uma mensagem ele e logo abriu um sorriso.

“Feliz aniversário, que esse dia seja maravilhoso, afinal não é todo dia que se faz trinta e um anos vovô kkk “

Não havia identificação, mas ele sabia que tinha sido Kagome, logo em seguida ele fez questão de responder.

– O que você está fazendo? – disse Kikyou limpando a boca por te comido uma salada.

– Nada só respondendo a mensagem do Miroku.

“É impossível esse dia ser maravilhoso sem você” Inuyasha olhou para Kikyou que sorriu logo depois outra mensagem.

“Você escolheu assim” Inuyasha sorriu mais uma vez.

– O que foi? Esta tão sorridente com as mensagens

– O Miroku fazendo graça. Kikyou ri desconfiada e voltou a comer.

“Não fui eu que escolhi isso”

Outra mensagem chegava.

“Por favor, não começa eu estou bem e espero que esteja também, com amor Kagome”.

Inuyasha ligou para o celular, mas outra pessoa atendeu o celular não era dela. Mas aquelas mensagens lhe deram um pouco de esperança, afinal se ela não se importasse mais com ele ou se não quisesse mas nenhum contato não teria enviado as mensagens nem mesmo ter respondido.

Depois de tudo aquela noite se tornou um pouco agradável e seu coração batia forte quando relia aquelas palavras.

–--xx---

Meses passaram, o natal chegou, o ano virou e tudo continuava a mesma coisa. Inuyasha ficou sabendo que Kagome estreou na Broadway, ela não era a estrela principal, mas todos estavam dizendo que estava fazendo um ótimo trabalho e que um dia seria a estrela. Em casa algumas vezes Inuyasha ao invés de dormir na sua cama com Kikyou dormia no quarto que Kagome dormia. Seu casamento era um fracasso, nem ele e nem Kikyou estavam dispostos a mudá-lo.

Era bem cedo Inuyasha acordou e Kikyou já havia acordado ele estranhou, quer dizer sempre estranhava acostumou-se com Kagome acordando tarde e ele tendo que acorda-la. Inuyasha tomou banho, se arrumou e foi até a cozinha para tomar café.

– Bom dia amor. – disse Kikyou em frente ao fogão e virando a cabeça para lhe dar um selinho.

Inuyasha deu o selinho e sentou-se a mesa.

– Cadê a Kaede?

– Ah ela tinha algumas coisas para fazer então eu a dispensei para ir e estou fazendo o café.- Kikyou colocou as panquecas em um prato e colocou sobre a mesa.

– Fiz especialmente para você. - disse ela sentando.

Inuyasha deu um meio sorriso e disse:

– Obrigado, mas eu passo.

– O quê?

– Eu não como mais panquecas de manhã.

Kikyou apoiou os cotovelos sobre a mesa e juntou as mãos cruzando os dedos.

–Desde quando?

Inuyasha enfiou uma grande fatia de pão na boca, tomou o suco bem rápido, pegou o paletó que estava pendurado na cadeira e disse:

– Já tem um tempo. Kikyou franziu a testa.

– Bom, tenho que ir que hoje o dia vai ser longo. Disse ele dando um beijo em sua cabeça e saiu.

Kikyou ficou olhando, e chegou à conclusão de que realmente Inuyasha havia mudado e estava apaixonado por Kagome, mas não ia se dar por vencida ele sempre a venerou , sempre a admirou , voltaria a fazer isso com certeza.

–-xx—

Inuyasha acabara de sair de uma reunião, foi direto para a sua sala , estranhou que Sangô não estava na sua mesa , quando entrou ela estava lá.

– Sangô? Aconteceu alguma coisa?

Sangô sorriu e mostrou o anel de noivado a ele.

– Ele pediu você em casamento?- perguntou ele.

– Pediu claro, e foi graças aos seus conselhos.

Inuyasha sorriu, mas não deu muita confiança, passou direto por ela e sentou a sua mesa.

Sangô virou para o chefe e disse:

– Eu sei que o Miroku não é de se prender a ninguém e sei que o senhor ajudou a tirar toda essa insegurança.

Inuyasha continuou olhando para o computador e disse:

– Sou bom nessas coisas.

Sangô andou e ficou de frente para o chefe sentou na sua mesa, o que o surpreendeu.

– Mas o que é isso Sangô?

– Olha, eu fiquei muito ódio de você , quando traiu a Kagome , ela não merecia isso.

Inuyasha não respondeu apenas abaixou a cabeça.

– Mas eu vi como ficou a sua vida depois que vocês se separam e vejo como ficou a vida dela também...

Inuyasha levantou a cabeça com brilho nos olhos, ela também havido mudado por causa da separação deles e isso lhe deu ainda mais esperanças.

– Por isso eu estou te dando isso. Sangô jogou um bilhete para ele. Quando leu o bilhete viu que era uma entrada.

– Esse é...

– O musical que Kagome está atuando, você precisa ir vê-la atuando, afinal foi você que a ajudou não é.

Inuyasha sorriu.

Sangô levantou e foi até a porta.

– Comprei um para não correr o risco de você levar Kikyou.

– Obrigado.

Sangô sorriu e disse:

– Não estrague tudo.

– Eu vou compensá-la por isso.

– Não precisa, sei que você ainda não foi vê-la com medo da reação dela, por isso eu estou te dando essa entrada é para te mostrar que ela sente a sua falta.

Sangô saiu e Inuyasha ficou admirando o pequeno papel que havia em suas mãos. Finalmente ia ver Kagome a sua Kagome, estava ansioso, nunca ficara tão feliz com um pequeno gesto.

Ele voltou ao trabalho, mas não conseguia se concentrar, ficava o tempo todo olhando para o bilhete, parecia que de alguma forma ele iria voar e se perder.

Inuyasha lembrou-se de algo e ligou para a Sangô.

– Sim senhor. – disse Sangô.

– Sangô, ligue para a Kikyou e diga que eu terei que ir a um jantar de negócios e que chegarei bem tarde.

Sangô sorriu e disse:

– Eu podia dizer não, mas é para uma boa causa ligo sim.

– Obrigado. Inuyasha desligou e não via a hora de dar o horário do musical para poder vê-la.

–--xx---

Kagome estava exausta, muito cansada, mas o show devia continuar desde que conseguiu o papel sua vida mudou por completo. Além de o preparador físico recomendar algum tipo de atividade física para acabar com o sedentarismo, agora por causa do papel de Luna , devia fazer musculação.Então quando não estava na peça , estava malhando e quando não estava malhando estava dormindo o pouco tempo que tinha.

Não estava reclamando, mas demoraria um pouco para se acostumar com toda essa rotina.

A peça se baseava entre o século XIX e XX do jeito que a Broadway gostava. Contava a historia de quatro mulheres que foram renegadas pela sociedade, mas para ir contra todas as regras elas montam um grupo que cantam em cabarés. Bom então a história vai evoluindo, uma se apaixona, a outra larga tudo para ser professora, a outra foge para outro país a fim de ser livre e a líder do grupo continua em suas canções sensuais.

Bom esse era um bom resumo, para o musical era bem extenso e Luna por ser uma personagem que canta em cabaré tem que ter o corpo perfeito, não magro, mas com pernas grossas e ótimo físico.

Kagome estava sentada em frente ao espelho junto com todas as meninas, apenas não estava ali que era a líder do grupo, a estrela principal Yuki que se encontrava em seu camarim. Por outro lado se maquiar junto com as suas companheiras era bom e divertido.

– Senhorita Higurashi. – disse um rapaz que segurava um buquê de flores.

Kagome olhou e se assustou:

– Tome para a senhorita. – disse ele estendendo o buquê a ela. Ela pegou o buquê de rosas vermelhas, igual a roupa que sua personagem usava.

– Já é o terceiro só esta semana em Kagome se Yuki souber não vai gostar nada disso. - disse uma das meninas Kagome riu e pegou o cartão que havia no buquê.

– Vocês recebem também. Por que ela implicaria comigo?- disse ela olhando para o cartão.

– Porque geralmente novatas não recebem tantos buques de flores.- disse uma das meninas que estava em frente ao espelho passando lápis no olho.

Kagome ignorou as novas amigas e leu o cartão que dizia.

“Surpreendo-me com você a cada dia, todo final de semana venho lhe ver gosto do jeito ousado que é a sua personagem “

“Com amor do seu admirador secreto.”

Kagome ficou paralisada, ela olhou para aquelas flores e as jogou no chão e rasgou o cartão.

– O que houve Kah? – disse Keji uma das meninas, ela era alta com pele morena e Kagome adorava o seu cabelo, realmente a admirava, era na cor negra com alguns pingos de luzes vermelhas que caiam em grandes cachos.

– Eu sei quem me mandou isso e eu não quero receber mais nada dele. – disse ela com raiva.

Uma das produtoras abriu a porta onde se encontravam e disse:

– Vamos meninas em suas posições. As meninas fizeram fila atrás da cortina e os rapazes que entrariam mais tarde já tomaram os lugares.

– Onde está Yuki? – disse a mesma produtora. Alguém falou com ela através de um pequeno ponto.

– Mande-a descer agora se não vou colocar Emma no seu lugar. - disse a mulher revoltada.

Emma era uma das meninas que fazia parte do grupo, mas ela também era algo como a substituta de Yuki. Podia ficar sem Melissa que era a sua personagem, mas não podiam ficar sem Cassandra que era a personagem de Yuki. Não dava para improvisar sem Cassandra.

Os olhos de Emma brilharam quando disse que ela iria substituir Yuki, ela devia ter pesando que finalmente tivesse uma chance, mas os olhos dela logo murcharam quando Yuki apareceu de cabeça erguida andando como a superior.

– Vamos começar isso logo, eu tenho um encontro hoje. – disse Yuki ficando na sua posição, Kagome virou os olhos, mas nada mais importava, porque as cortinas estavam se abrindo e o espetáculo iria começar.

–-xx—

Inuyasha entrou no enorme teatro e procurou o seu lugar, quando encontrou logo se sentou, pois já ia começar. As luzes se apagaram e ouvia apenas a música acompanhada de zumbidos da plateia, logo uma mulher loira começou a cantar e Inuyasha sentava agoniado esperando a entrada da Kagome.

Para sua surpresa ela era a próxima e teve uma grande entrada. Seus olhos brilharam enquanto ela cantava e dançava. Pôde reparar nas pequenas mudanças em seu corpo, Miroku havia comentado com ele que Kagome estava se dedicando muito a malhação por causa da sua personagem. Ela estava provocante naquele pequeno vestido vermelho, Inuyasha não pode deixar de se sentir ainda mais atraído por ela. Sorriu ao imaginar Kagome dançando daquele jeito apenas para ele.

Depois de um longo tempo a peça estava no final, Inuyasha sempre se surpreendia com os musicais da Broadway e com esse não foi diferente e ainda tendo uma atriz tão talentosa quanto Kagome.

O espetáculo havia terminado e Inuyasha foi ate o corredor esperar as cortinas se abrirem, quando abriu os atores agradeceram ao publico que aplaudiam sem parar. Kagome olhou ao redor e sorriu mais ainda quando o viu, seu coração bateu mais forte quando lá sorriu para ele que não conseguiu deixar de sorrir.

Inuyasha apontou para fora e Kagome ainda sorrindo balançou a cabeça em afirmativa e então as cortinas fecharam novamente. Ele corre para fora e ficou esperando.

–--xx---

Depois mais de duas horas ali esperando Inuyasha se sentiu um idiota. Todos já haviam saído menos Kagome. Era obvio que ela não queria falar com ele. Já devia ter saído há muito tempo por outra saída afim de não conversar com ele.

Inuyasha revoltado foi até o seu carro, bateu a porta com força e abaixou a cabeça em frente ao volante. Se ela não queria falar com ele por que sorriu e concordou em encontrá-lo?

Ele levantou a cabeça, ligou o carro e deu uma última olhada para a entrada do teatro. Arregalou os olhos quando a viu. Kagome estava lá parada e ela olhava de um lado para o outro procurando por ele.

Inuyasha se apressou em abrir a porta, mas por alguma razão ela travou. Ele tentou gritar, mas era inútil.

Até que um homem se aproximou dela e ele parou para ver a cena. Kagome o olhou com expressão confusa, mas ele lhe disse alguma coisa e ela sorriu.O homem apontou para algum lugar e ela olhou sorriu mais uma vez e o acompanhou. Inuyasha fez o mesmo, acompanhou para onde iriam com o olhar e viu que Kagome entrara em uma limusine. Quando a limusine passou por ele, seu coração doeu, ele reconhecia aquela placa e era a limusine das empresas Taishou.

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Kagome adorou o fato de Inuyasha ter ido vê-la , não conseguia deixar de ficar feliz com aquilo. Ela sabia que ele havia voltado com Kikyou , mas Sangô lhe dizia que ele não estava feliz.

Ela correu para trocar de roupa, nem tirou a maquiagem toda, se despediu dos amigos e correu para ir embora, mas algumas pessoas a param para conversar sobre a seu desempenho e Kagome não podia ignorá-las.

Depois de conseguir sair de toda aquela conversa, finalmente ela iria se encontrar com Inuyasha, mas uma pessoa a chama ela reconhece a voz era Bankotsu.

Ele a leva até a sua sala e começa a fazer elogios a ela, como também lhe dá bons conselhos e a critica em algumas cenas, claro que também houve criticas, mas algo que ela pudesse achar um meio de melhorar.

Finalmente ela estava livre, mas não tinha certeza se Inuyasha ainda estava lá fora. Ela corre e vê que não havia mas ninguém. Olha de um lado para o outro e nada.

– Droga Inuyasha. Por que você foi embora? – disse para si mesma.

– Senhorita Higurashi?- diz um homem estranho e ela leva um susto. Kagome não responde.

– O senhor Taishou a espera. - disse o homem. Kagome sorri e olha para onde o homem estava apontando e viu a limusine.

– Pode me acompanhar. - disse mais o homem. Kagome lembrou-se que Inuyasha havia demitido Kouga e aquele era o novo motorista, pois o uniforme era o mesmo.

Ela o acompanhou, ele abriu a porta da limusine e correu para o volante. Ela achou aquilo estranho, pois geralmente Kouga abria a porta e a fechava também, mas não se incomodou com isso.

– O que foi? Cansou de me esperar em pé? – disse ela entrando e fechando a porta.

Com um sorriso ela vira, mas logo seu sorriso morre quando vê a pessoa que está a sua espera. Kagome tenta sair, mas era tarde demais, a limusine travou e já estava andando.

– Não gostou de me ver Kagome? – disse Sesshoumaru com um largo sorriso no rosto. Kagome encosta e cruza os braços.