POV DANIEL.

Eu sabia que uma hora ou outra Juliana iria acabar descobrindo o que aconteceu a 3 anos a trás, mas eu não sabia que ela iria pedir um tempo para nós, eu sei que ela está certa em pedir um tempo, é normal, mas se tratando de Juliana...bom, ela vai se fechar e tudo mais, e sinceridade eu me sinto culpado por tudo isso, se eu não tivesse vindo para o Rio, se eu tivesse ficado sossegado em São Paulo e assumir minha culpa, que na verdade não é minha, eu poderia estar evitando esse mal estar de agora.

Eu sei o que devo fazer, devo partir, mas não vou voltar para São Paulo sem me despedir de Julie de um jeito que vá fazer com que ela se lembre de mim em todos os dias de sua vida.

POV JULIE.

Saber que a pouco tempo eu namorava o assassino da própria irmã me fez pirar totalmente, pirei tanto que acabei dando um tempo com Daniel, ele não tinha culpa do que havia acontecido, eu sei, mas sei que se o acidente não tivesse acontecido, com toda a certeza ele estaria com Thalita e com seu filho agora.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo meu celular que não parava de tocar, peguei o aparelho e vi que era Bia.

–Julie, me conta o que aconteceu, o Valtinho está desesperado me ligando perguntando se eu tinha falado com você. – Disse Bia assim que atendi.

–Aconteceu que eu descobri toda a verdade sobre esse mistério todo entre o Nicolas e o Daniel. – Eu disse sem emoção.

–Jura?! Me conta ai vai. – Pediu Bia curiosa.

–Vem aqui pra casa, o que eu tenho para falar não é lá muito recomendado a falar pelo telefone. – Eu disse fazendo uma careta.

–Tudo bem, chego ai em meia hora. – Disse Bia logo em seguida desligando.

Suspirei e fui tomar um banho, aquela conversa toda com o Valtinho e com o Daniel me deu nos nervos, e eu precisava relaxar.

Troquei de roupa e logo em seguida a campainha toca, deve ser bia afinal. Desci as escadas e me dirigi até a porta, abri a mesma e dei de cara com o Nicolas:

–Julie, o que quer que seja que o Valtinho tenha te contado, é mentira. – Ele disse assim que me viu.

–Nicolas, não vem não tá, preciso ficar sozinha, é informação de mais pra mim, vaza. – Eu disse fechando a porta.

Mal fecho a mesma e a campainha toca novamente, eu já estava preparada da dar o maior esporo em Nicolas quando eu vejo que é Bia, suspirei e disse:

–Entra.

–Nossa, que cara hein. – Disse Bia fechando a porta e me seguindo até o quarto.

–Era de se esperar isso não acha?! Afinal eu descobrir uma baita história. – Eu disse me sentando na cama.

–E ai, me conta essa história direito, o que aconteceu com a misteriosa irmã do Nicolas? – Pediu Bia curiosa.

–A irmã do Nicolas, era a namorada do Daniel, e ela estava grávida dele, parece que o Nicolas não gostou muito da ideia de ser titio e planejou um acidente quando a irmã veio com o Daniel para o Rio, acredita?! O Nicolas sabotou o carro do Daniel, o que provocou um acidente, e o Daniel saiu ileso, já a Thalita... – Eu disse sem emoção.

–A Thalita morreu? – Disse Bia e eu assenti hesitante. – Você não sabe, não é?! Que tal procurarmos algumas coisas a respeito desse acidente? – Continuou Bia.

–Não sei com que propósito, afinal o mistério está esclarecido. – Eu disse dando de ombros.

–Nem todo, vem aqui. – Disse Bia ligando meu notbook.

–O que vai fazer? – Perguntei confusa.

–Em que ano que ocorreu o acidente? – Perguntou Bia ignorando minha pergunta anterior.

–Em 2011. – Eu disse me sentando ao seu lado.

Bia digitou qualquer coisa no Google e logo apareceu uma reportagem de um jornal antigo de São Paulo, começamos a ler juntas o que estava escrito:

VOZ DE SÃO PAULO,

23 de Agosto de 2011.

Na manhã de sexta-feira, um carro que vinha da estrada do Rio de Janeiro perdeu o controle e caiu na ribanceira, dois jovens estavam dentro do veiculo, Daniel Castellamare de 20 anos não sofreu ferimentos graves, já a moça e gestante Thalita Albuquerque Oliveira teve o corpo desaparecido, eis que vem o mistério, estaria ela viva?

Bia e eu terminamos de ler a pequena nota do jornal e ficamos um bom tempo em silêncio, até que me vi falando:

–Você acha que...

–A Thalita ta viva?! Se for essa pergunta, eu acho que sim Julie. – Disse Bia recuperando a fala.

–Se ela está viva, porque não deu sinal de vida até hoje? – Perguntei pensativa.

–Ela teria seus motivos, certo?! – Disse Bia também pensativa.

–Ah bia, vamos deixar isso pra lá, não tenho nada a ver com isso. – Eu disse me levantando.

–Tem certeza? – Perguntou Bia desafiadora.

Pensei um pouco e acabei cedendo.

–Tudo bem, mas não vamos mexer nisso aqui em casa, prefiro fazer isso em uma biblioteca, vamos descobrir o que aconteceu com o corpo da Thalita, agora eu preciso descansar, meu dia não ta sendo lá muito bom. – Eu disse me deitando.

–Tudo bem, te ligo amanha cedo. – Disse Bia saindo do quarto.

Fechei os olhos mais o sono não chegava, até que escuto duas batidas na porta, gritei um entra e nada da pessoa entrar, relutante eu abri a porta e encontrei um cartãozinho:

Sei que não é certo o que estamos fazendo...

Andei mais um pouco pelo corredor e achei outro cartão:

Mas você sabe que...

O ultimo cartão estava na porta do quarto de Daniel, que por sinal estava aberta, peguei o cartão e li:

Mesmo que seja proibido, eu quero você.

Senti braços me envolvendo pela cintura, percebi que era Daniel, sorri pela primeira vez no dia de hoje:

–Preciso ter essa noite com você, amanhã eu vou embora. – Disse Daniel em meu ouvido.

–O que? Porque você vai embora? – Perguntei um pouco desesperada de mais.

–Preciso te dar esse tempo, prometo voltar em 5 meses . – Disse Daniel decidido.

Assenti sentindo lagrimas pesadas rolarem pelo meu rosto, Daniel percebeu e beijou as minhas lagrimas:

–Não precisa chorar, precisamos dessa noite para nós, claro que se você não quiser não irei te forçar mais... – Daniel disse mas eu o interrompi com um beijo.

Eu queria aquilo tanto quanto ele, e eu sabia que Daniel entendia isso, pois o mesmo me pegou no colo e me depositou suavemente na cama de casal.

Nossos beijos se tornaram urgentes, logo Daniel já havia se livrado da camisa e eu podia ver seu físico perfeito.

Daniel tirou a minha blusa e tomou minha boca na sua, nossas línguas estavam em sincronia, logo já havíamos terminado de nos despir, Daniel beijava meu pescoço, colo e seios, ia descendo com os beijos até chegar em minha intimidade, não tive medo, Daniel me penetrou com um dedo e depois dois, gemi baixinho, Daniel deu um sorriso de lado, e antes que ele pudesse me torturar mais eu tomei sua boca na minha:

–Preciso de você agora! – Eu disse convicta.

Daniel me penetrou devagar, e depois aumentou o ritmo das estocadas, logo chegamos ao ápice juntos.

Daniel deixou seu corpo cair ao meu lado da cama e me puxou para si, beijou meus cabelos e sussurrou:

–Eu te amo.

Depois disso cai num sono profundo.