Heart By Heart escrita por Izzy Bane


Capítulo 20
Everything that I need, I need from you


Notas iniciais do capítulo

Heey, arranjei mais um tempinho e vim aqui postar.
nesse fim de semana me seu um lapso de criatividade e fiz logo de uma vez. A sorte e de vocês... OU não né kk'
Boa leitura amores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/415047/chapter/20

Estou sentada na beira da piscina, dando um tempo no treino. Minha escola vai participar da Olimpíada Nacional Escolar em 1 semana e tem participantes no futebol, vôlei, Handball e Natação, modalidade na qual me convidaram para participar. Não recusei, é obvio. Adoro água, e sou rápida o bastante para ter chances, mas estou um pouco fora de ritmo, então estou treinando pesado para volta à forma. Isso também significa passar menos tempo com o pessoal, principalmente com Aline. Ela já reclamou, dizendo que em menos de dois meses de namoro, já se sente trocada. Sei que fala brincando, mas também sinto falta dela. Não que eu vá admitir. Até mesmo meu romantismo tem limites, nunca fui daquelas namoradas que ficam "Ai amor isso, ai amor aquilo..."isso me dá nos nervos.
Volto para a água e faço meu melhor tempo da semana.
_ Boa Nanda. Se continuar desse jeito ninguém te alcança na piscina. - Diz o treinador/professor-de-Educação-Física me parabenizando.
_ O objetivo é esse. - digo saindo da piscina.
_Pode ir embora se quiser, mas amanha bem cedo, não se esqueça.
_ Sim senhor. - digo batendo continência. - Até amanha.
Vou correndo para o vestiário, queria fazer uma surpresa para Aline. Tínhamos combinado de sair com Guilherme e Maíra hoje para assistir uma peça de teatro, mas queria ter um tempo a sós com ela antes. Me arrumo rápido e logo estou fora do ginásio. Como estava claro, corto caminho pelo o beco e bem no final dele, eu vejo um cara encostado em uma moto se pegando com uma garota. O que me faz parar não e nem a cena em si, mas sim que reconheço Anna, e aquele cara com certeza não é Marcos. Como se sentindo o olhar sobre eles, o cara abre os olhos e me encara.
_ Olha o que temos aqui. - diz se afastando de Anna, que se vira para olhar.
_ O que você faz aqui? - ela pergunta enquanto passava a mão pela boca.
_ Eu só estou cortando caminho. Quem é ele? - pergunto sem saber muito que falar.
_ E só um amigo, agora pode ir embora.
_ Não até você me dizer por que está com ele.
_ Ih gata, não to a fim de ficar ouvindo essas merda não. To vazando, vem comigo? - pergunta o cara, ligando a moto.
_ Vamos.
_ Não, espera Anna. Vamos conversar. - digo a segurando pelo braço.
_ Me solta. Que eu saiba não te devo satisfações. Vamos, Carlos. - diz subindo na garupa. E entre o barulho da moto se afastando, pude ouvir a risada de Carlos.
Vou para o ponto e espero estar sentadas no ônibus para me perder em pensamentos. Percebi que Anna estava andando com um povo mais pesado da escola e agora dou esse flagra. Pelo jeito também tinha parado de conversar com Maíra, já que não via as duas conversando mais.

Quase perco o ponto da casa de Aline, e assim que desço afasto esses pensamentos. Queria me concentra somente em Aline agora, toco campanhia umas três vezes e ela atende, com uma cara de sono, pijama e as pantufas do Bob Esponja que dei para ela quando descobri que era seu desenho predileto.
_ Nanda, o que esta fazendo aqui? - fala com a voz rouca.
_ Vim te ver. Saí mais cedo do treino e vim para cá direto. - digo e coloco as mãos na cintura dela a puxando para mim. - Já disse que você fica muito sexy quando acaba de acordar?
_ Huum, é mesmo?! - ela diz chegando perto e mordendo o lóbulo da minha orelha.
_ Aham é minha visão predileta de você. Se pudesse veria sempre.
_ Te juro que se não te conhecesse, diria que só disse isso para poder dormir comigo.
_ Ah, isso também não seria ruim. É claro que seria por livre e espontânea pressão.
Ela me empurra contra a parede fechando a porta com os pés.
_ Agora deixa de conversa fiada e me beija logo.
_ Se você insiste. - digo e a beijo. Ela passa seus braços pelo meu pescoço me puxando ainda mais para ela. Nossas línguas dançam juntas e de vez em quando ela geme na minha boca. Isso me deixa maluca. A viro de forma com que ela fique presa na parede e me pressiono contra ela.
Me perdi no momento e nem percebi quando ela entrelaçou as pernas na minha cintura e muito menos, quando eu fui nos levando até o sofá. Passo minhas mão por cada centímetro da sua pele e quando faço menção de tirar sua blusa ela me interrompe.
_ Aqui não, lá. - aponta para o quarto. Ela me puxa pela mão e me leva até seu quarto me jogando na cama, e tranca a porta. Mexe no som e uma tranquila sinfonia de Mozart toca e ela começa a tirar a blusa sensualmente e a joga para mim, e passa para o shorts, só que é interrompida pela troca de música e pela música calma que toca em seguida, The Number of The Best do Iron Maiden (sintam a ironia u.u).
_ Que droga, esqueci dessa música. - ela diz correndo para desligar o rádio.
Não resisto e acabo rindo.
_ Para de rir, isso não é engraçado. Ai que vergonha. - ela diz tampando o rosto.
_ O engraçado e que você tenha Mozart e Iron Maiden numa única playlist. E quanto à vergonha, não precisa ter. Te garanto que se eu fosse um menino, o meu amiguinho ali debaixo estaria bem feliz agora.
_ Nanda, seu romantismo me comove.
_ Estou ao seu dispor amor. Vem cá, não vou abusar de você eu prometo.
Ela vem até mim e a puxo para meu colo nos deitando e entregando sua blusa.
_ Na próxima eu juro que não rio, ok. E eu vou te dizer, para mim você é boa de qualquer jeito.
Eu te amo, mesmo você tendo uma playlist maluca.
Sinto seu sorriso e ficamos deitadas desse jeito até sua mãe chegar. Ela bate na porta e nos cumprimenta, e sai do quarto. Aline vai tomar banho para podermos sair, e eu vou procurar algo no guarda roupa dela para eu poder usar. Como estava fazendo calor, escolhi uma blusa de botão branca e um short preto com brilho. Também peguei um salto e deixei junto com a roupa.
_ Pode ir, já acabei. - diz Aline voltando para o quarto. Passo por ela e vou logo para o banheiro. Não demoro muito, e quando volto Aline já está quase arrumada. Reparo que ela ligou o som e está ouvindo Rebel da Nikki Flores e dançando de acordo com ritmo. Paro no batente da porta e observo essa garota, ela tão linda e extrovertida como é, ate agora não acredito que é só minha. E agora todos sabem, não precisamos mais esconder de ninguém. Não vou dizer que não sofremos nenhum tipo de preconceito durante esse tempo que namoramos, até porque viramos notícia do corredor por semanas, mas foi bem menos do que pensei que teríamos.
_ É melhor correr senão chegamos atrasadas. - em algum momento ela percebeu que a estava olhando e agora me encara.
_ Ah claro, já to indo. - vou até a cama e visto a roupa que escolhi. - E ai... Gostou? - pergunto para ela e ela analisa.
_ Sim, só falta uma coisa. Toma, é para você. - ela diz me estendendo uma caixinha. Ali dentro tem uma pulseira em ouro branco com os dizeres: Ad Aeternum (para toda eternidade em latim) e uma data 05/10/2013. Meus olhos se encherem de lágrimas e puxo Aline para mim e lhe dou um beijo.
_ É lindo, obrigada. - digo enxugando as lágrimas, meu celular toca com uma mensagem de Maíra dizendo que está saindo de casa agora. Acabamos de nos arrumar e logo estamos saindo também, pedimos um taxi e em 20 minutos estamos lá. Guilherme já tinha comprado os ingressos e já estava guardando lugar na fila.
_ Até que enfim chegaram, pensei que iriam furar.
_ Ta louco?! Estava doida para assistir essa peça, todo mundo que já assistiu gostou para caramba. - diz Aline.
_ Mas ainda falta 1 hora para começar o espetáculo. Podíamos ter demorado mais. - digo para irritar Guilherme.
_ Podia nada, tinha que ter alguém para me distrair enquanto Maíra não chega.
_ É quem diria em Gui, apaixonado. - digo zuando ele.
_ Olha quem fala conversar com a Nanda agora é o mesmo que pedir um monólogo sobre você Aline.
_ Que calúnia com a minha pessoa. - digo e Aline ri.
_ Tá, talvez não seja para tanto, mas você fala dela bem mais do que falava do Giovanni.
_ Essa e uma briga a qual eu não quero assistir, vou ali comprar uma bebida. - Aline diz e sai.
_ Dei mole, Giovanni ainda é assunto delicado? - pergunta Guilherme.
_ Ela só não gosta da comparação. Não é o assunto preferido dela.
_ Ei galera, desculpa o atraso. - diz Maíra chegando.
_ Ei amor. - diz Guilherme dando um selinho nela.
_ Ei. - diz entrelaçando os dedos com os dele.
_ Esperem pelo menos minha namorada chegar para se pegarem ok? - digo rindo.
_ Por falar nisso, cadê ela?
_ Foi pegar uma bebida, mas já tem um bom tempo. Vou atrás dela e vocês tentem não se engolir ai mesmo.
_ Ta, ta, vai lá.
Gui diz e saio da fila para procurar Aline. Fico uns bons 5 minutos procurando até que a vejo numa barraca com uma cara ao seu lado. Ela parece que está ignorando o cara, mas o cara não para de falar. Me aproximo deles e ouço ele dizendo.
_ Vai, me diz pelo menos o seu nome. Você só me disse que namora, mas quem seria o doido de deixar você solta por aí?! - ele diz e posso perceber pelo tom de voz que está bêbado.
_ Hey, vamos parar por aí? Ela já disse que namora. – digo chegando perto e entrando na frente dele.
_ Desculpa princesa, a mina da vez é ela.
_ Eu sei, por isso estou te falando para sair de perto da minha namorada, antes que eu chute a sua bunda daqui. E para isso não tiro nem o salto.
Ele olha para nós duas novamente e ri, tenta chegar perto e eu dou mais um passo para frente.

_ Sai. – digo baixo e ele sai resmungando.

_ Não posso te deixar sozinha um minuto que esses gaviões vem tudo em cima. - digo bebendo da bebida dela.
_ Você fica sexy nervosa, sabia? - ela se aproxima de mim e passa seus braços por minha cintura. - Acho fofo esse ciúme, mas eu consigo cuidar de mim mesma.
_ Eu sei, mas é bom saber que uma baixinha como eu consegue por medo em alguém. Vem, senão é capaz do Guilherme ter um ADP.

Ela ri e voltamos para a fila, e logo entramos. Não demora muito e a peça começa. A peça faz uma paródia sobre uma das passagens da bíblia, de uma forma cômica, divertida e politicamente incorreta. Acho que nunca ri tanto assim na minha vida.
_ Adorei. - digo quando saímos.
_ Eu também, - diz Maíra. - A peça é muito engraçada. O melhor é no final, que ele fala: Sou Hermanoteu, de Pentescopéia, filho de Ooloneia e irmão de Macalatéia...
_ Huum, Micalatéia. - dizemos juntos. (N/A Piadinha interna, assistam a peça!)
_ Estou com fome. - diz Guilherme.
_ Novidade. Tem um restaurante japonês por aqui, vamos nele. - digo e todos concordam.
Fomos para lá, e pedimos um barco.
Enquanto fica pronto, conversamos e falamos mais sobre a peça. Vejo que Guilherme e Aline estão mais interessados na conversa, e me viro para Maíra.
_ Ei, Anna e Marcos terminaram? - pergunto baixo.
_ Sim, já tem umas três semanas. Ele brigou com ela por causa situação toda com você, e ela não gostou. Os dois discutiram feio e ele terminou tudo.
_ Ela te contou.isso?
_ Não, foi o próprio Marcos, ela sabe que estou com você nessa e ela não quer qualquer contato.
_ Sinto muito que tenha sobrado para você também. Não queria nada disso.
_ Eu sei, a Anna mudou demais. Ela não é mais a mesma pessoa de antes.
_ Pois é hoje à tarde a encontrei ficando com um cara estranho lá atrás, no beco.O cara tinha maior pinta de que curtia uma, e Anna foi embora com ele, na moto.

_ Serio? Logo ela que disse que nunca subiria numa moto, única coisa que ela tinha medo.
_ É, eu sei que eu não deveria me preocupar já que ela e eu não somos mais amigas, mas não da para simplesmente ignorar. De uma forma ou de outra, foram anos de amizade.
_ Ei, eu to aqui beleza. - ela diz encontrando minha mão. - To junto com você, como sempre... Não vamos deixar Anna estragar a nossa noite.
Dou um sorrisinho fraco e voltamos nossa atenção para a conversa, que já tinha ido para a competição.
_ Não estou dizendo que não podemos ganhar, - diz Guilherme se defendendo. - mas se pegarmos o time do Rio complica. Eles tiveram o artilheiro do campeonato no ano passado e só tem cavalo naquele time. Mas a gente ta treinando para caramba.
_ Tenho certeza que vai ganhar, amor. - diz Maíra. - E a Nanda também, tava no treino com ela ontem e ela era a mais rápida. Estava melhor que os meninos.
_ Espero que ganhe mesmo, só assim para perdoar ser trocada pelo treino. - diz Aline fingindo uma carranca.
_ Tá carente, tá, tá? - pergunto fazendo voz fina e desfazendo as rugas da testa dela, e ela ri. Guilherme olha para Maíra que devolve o olhar e juntos olham para mim.
_ Ah fala sério gente, o campeonato vai ser aqui e nós temos que representar Minas. - digo para todos, e para Aline falo. - Vou ganhar essa competição por você, ok?
_ Tá bom. - ela fala e sorri, e deita a cabeça no meu ombro.
Ficamos ali por muito tempo e um pouco antes de sairmos, Maíra me chama para ir ao banheiro.
_ O que aconteceu? - pergunto assim que chegamos lá. Tinha percebido que, desde que chamei para ir embora, ela tem estado nervosa.
_ E que... Guilherme e eu... A gente... - ela não consegue terminar uma frase sequer, e ela ficando vermelha.
_ Diz logo Molier.
_ É que amanha a gente faz três meses de namoro, e ai a uns dois dias eu propus que... Que a gente dormisse junto. Ele aceitou, falou que os pais dele não estariam em casa, e que tornaria essa uma noite especial já que é a minha primeira vez.
_ E agora você não quer mais?
_ Não, eu quero. Quero muito, mas e se eu fizer algo errado? Não sou ingênua o suficiente para achar que o Guilherme é virgem. Tenho medo de ele não gostar. - ela diz abaixando a cabeça.
_ Ei, olha para mim. Não posso te dizer como é, já que nunca cheguei a experimentar, mas não deve ser muito diferente. Nessa hora não existe bom ou ruim, e certo e errado. E ele nunca te julgaria, ele gosta muito de você e se ele aceitou e falou que vai ser uma noite especial é porque ele vai fazer de tudo que esteja ao alcance dele para que seja. Não precisa ficar nervosa, e só deixar rolar. E quando você menos esperar já vai ter acontecido tudo e vai ter tido a melhor noite da sua vida.
_ Você como conselheira, quem diria. Mas pera, você nunca fez? Nem mesmo com Giovanni?
Agora foi minha vez de ficar vermelha e abaixar a cabeça.
_ Não, nunca senti vontade com ele. Já quase rolou, mas parei.
_ Nossa... E a Aline?
_ Er... Eu não sei. Nunca perguntei. - paro para pensar na minha primeira vez com Aline, estava bêbada, mas lembro de Aline tomando a frente para tudo, e que ela sabia bem o que fazer. Balanço a cabeça na esperança de afastar essa lembrança e me volto para Maíra. - Agora, vamos parar se falar sobre isso que está nos constrangendo.
_ Com concordo, vamos logo.
Nos encontramos com eles lá fora e vamos embora. Pegamos um táxi e eu vou para casa de Aline já que tinha deixado lá minhas roupas para o treino de amanha, mandei uma mensagem para meus pais avisando que não ia para casa. Mando outra para Maíra desejando sorte.

_ Sorte com o quê? - diz Aline depois que já esta deitada na cama e mexendo no meu celular.
_ Ah claro, eu deixo você mexer no meu celular. - digo sarcástica enquanto coloco um pijama dela.
_ Sou sua namorada, tenho privilégios. - não aguento e olho para ela com uma sobrancelha levantada. - Mas, hein, o que rolou?
_ Maíra e Guilherme vão passar para a próxima base. - digo me deitando ao lado dela.
_ Que base?... Aaaah, diz logo que eles vão transar.
_ Não acredito! Você disse transar. Depois eu que não sou a romântica. - digo rindo e ela me bate de brincadeira. Passo meu braço por seu ombro e nos aconchegamos mais uma na outra.
_ Hey pequena, sem brincadeira agora. Quando estava conversando com Maíra me dei conta de uma coisa. Não que isso faça qualquer diferença para mim, mas você é virgem? - sinto ela se apertar mais contra mim. - Pode falar, eu não ligo.
_ O que eu não entendo, é porque quer saber. Mas, - ela diz colocando dois dedos sobre minha boca antes que eu a interrompesse. - já que quer saber... Não, eu não sou.
Olho para ela normalmente para que ela soubesse que não tinha problema se continuasse. Então ela voltou a se ajeitar em mim e continuou a falar.
_ Sabe aquela história de que primo não é parente? Então, levei isso ao pé da letra. Aconteceu há um ano mais ou menos, um pouco antes de começar a ficar com Guilherme. Eu e esse primo, o David, ficávamos sempre nos víamos, mas nunca passava de beijos. E durante uma festa de família nós ficamos novamente, só que dessa vez foi diferente porque não parou apenas no beijo. Não posso sei dizer se fiz isso porque estava bêbada ou porque eu simplesmente queria, e nem posso falar que me arrependo. Mas... Se pudesse voltar ao tempo, teria parado e não continuaria, não estava pronta e ele também não. Combinamos de não tocar no assunto e fingir que nunca aconteceu nada. Só o vi uma vez depois disso e já estava com Guilherme, mas não teve clima ruim.
Ficamos um tempo em silêncio e fazia cafuné nela enquanto digeria tudo.
_ Fico feliz que me contou. - digo e me deito em cima dela, meu cabelo cai como cascata entre nós duas.
_ Você nunca perguntou e eu não queria ficar falando. É passado e foi só um momento, estou a fim de viver agora... - diz colocando parte do cabelo atrás da orelha e me da um selinho. - com você... - outro selinho. - cada vez mais. - dessa vez me beija de verdade.
_ Te amo. - digo olhando em seus olhos quando nos afastamos.
_ Eu também.
Caio em cima dela e ela passa os braços por mim me beijando ainda mais.
Naquela noite tomamos uma à outra, quando acabamos estávamos suadas e saciadas. Não consigo pegar no sono então fico pensando em como a vida está enquanto Aline dorme com a cabeça encostada no meu peito. Estou feliz com minha garota ao meu lado, meus melhores amigos também estão bem e apaixonados. Estou indo representar a escola fazendo algo que eu adoro, e falta menos de dois meses para o ensino médio acabar. A única coisa fora de lugar é o caso com Anna que mesmo que eu negue fica sempre matutando na minha cabeça. Adormeço com esse pensamento.

----------*------------

Acordo com uma trilha fria passando pelas minhas costas chegando ate meu pescoço.
_ An, pequena. Para de lamber minhas costas. - digo sonolenta e só depois entendo o que eu falei. Aline nunca tinha feito algo tão... Estranho. Abro os olhos e me viro de repente, e um choro vem debaixo de mim e levanto. Ali tinha um filhote de cachorro, pego ele e o coloco perto do meu rosto.
Ouço uma risada e vejo que Aline está sentada na poltrona com um copo de café.
_ Tentei impedir. - ela fala tomando um gole.
_ De quem é?
_ Henrique ia dar para Letícia, mas a colega de quarto dela é alérgica, então vai ficar aqui em casa. Serve para ser seu despertador.
_ Fofo, mas ainda prefiro você. Por falar em despertador, que horas são?
_ 9h30min.
_ Mais que droga, to atrasada.
Me levanto e mexo na mochila procurando pelo maio limpo e um short. Tiro a blusa do pijama e me viro para pegar uma blusa xadrez que estava ali perto, nisso vejo Aline me encarando mordendo os lábios.
_ Vai babar daqui a pouco. Vê algo que gosta? – pergunto jogando a blusa nela
_ Sempre, só que... - ela diz e ri e tira a blusa da cara.
_ O que?
_ Suas costas estão arranhadas.
_ Não duvido, você estava selvagem ontem. Raaawr - digo enquanto me desviava de um travesseiro. Ainda bem que não foi a xícara.
Acabo de me arrumar em minutos e logo estou me despedindo dela. Henrique me da uma carona ate lá e saio correndo em direção ao ginásio.
_ Desculpa Mário, cheguei. - digo já jogando minha mochila no chão e tirando a blusa e o short.
_ Já te disse que não aceito atrasos, mas como é a primeira vez vou relevar. Vai se aquecer.
_ Obrigada, já estou indo.
Me aqueço e rapidamente estou dentro d'água. O treino foi pesado como sempre, mas passou bem rápido. Fico até mais tarde para repor o atraso e saio lá pelas 17h45min. Vou direto para casa e estava louca para tomar um banho, mas...
_ Boa tarde, Fernanda. - diz minha mãe sentada na poltrona da sala.
_ Oi mãe. O que rola? - pergunto jogando a mochila no chão.
_ O que rola? "Rola" que aqui não é casa da mãe Joana, aonde você chega e sai na hora que você quer. Foi à segunda vez que dormiu fora de casa nessa semana, e sempre avisa em cima da hora. Assim não dá.
_ Mãe, quer ter mesmo essa conversa agora? Acabei de sair do treino e estou morta de cansaço. Me deixa pelo menos tomar um banho primeiro.
_ Não Fernanda, senta ai. - me sento e ela levanta par ficar mais perto. - Você anda passando cada vez mais tempo com a Aline, não te julgo até porque ta na hora de curtir, mas eu também te vejo cada vez menos, e fico tempos sem noticias suas. Fico com medo de que, sei lá... Possa acontecer de novo.
_ NÃO! Se o problema é o tempo que passo fora de casa, eu posso dar um jeito, mas não traz isso de volta. Agora não.
Me levanto e vou para o meu quarto trancando a porta. Encosto nela reprimindo as lágrimas. Não posso acreditar que ela trouxe isso à tona, tudo o que venho querendo esquecer todos esses anos. Vou até a cômoda, e pego aquela foto que estava guardada na gaveta. Não consigo reprimir o choro e acabo desmoronando ali mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O mesmo de sempre, OK? Comentem, favoritem e até mesmo me mandem mensagem. Fico mega feliz com isso kk'
Fora que é um ânimo á mais para escrever hehe'
Nos vemos na próxima suas lindas.
Um mega beijo da Izzy! SMAACK!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heart By Heart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.