Sem Julgamentos escrita por AnaMM


Capítulo 8
A Relação Secreta de um Adolescente semi-Americano


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, a inspiração brigou comigo auhsuhahushuauhs Essas autoras não ajudam... Enfim, tivemos uma recaída, felizmente, e o capítulo veio, amém!! Agradeço os comentários, as favoritações, a coisa toda ^^



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– Vai entrando na frente, princesa. Eu preciso arejar um pouco... - Ben pediu distraído, encostando-se contra o muro do casarão.

– É sobre essa pessoa? - Anita perguntou incomodada.

– É, eu... Essa pessoa me deixa confuso, eu preciso de um tempo sozinho, pode ser? - Benjamin tentou ser gentil.

Gostava muito de Anita, não queria perder sua amizade. Apesar de inconformada com o mistério de Ben em torno da tal nova relação e, principalmente, por sentir estar perdendo seu príncipe, a filha mais velha de Vera cedeu, seguindo para dentro da casa. Ben continuou apoiado no muro, olhando para o horizonte, perdido em pensamentos.

De longe, avistou-a atravessando a rua. Sidney vinha logo atrás. Parecia implorar algo, como era costume. Sofia negava. Pela primeira vez, Ben sentiu ser o culpado pela infelicidade de seu amigo. Era por sua causa que a loira não dava uma chance para seu melhor amigo. Pensou em reconsiderar o que estava fazendo, mas o ciúme falou mais alto quando Sidney tentou agarrar sua... Sua... Sofia à força.

– Ei! Você tá maluco, Sidney? Larga ela! - Benjamin interviu.

– Desde quando você se importa, Ben? Não era você que vivia criticando a Sofia? - Sidney zombou.

A loira ficou incomodada com o comentário de Sidney, mas o fato de Ben tê-la salvo do garoto já lhe era o bastante para ignorar os julgamentos do "irmão".

– Não importa, o que você tá fazendo com ela é errado! - Benjamin condenou.

– Errado é essa patricinha me esnobar só porque eu sou pobre! - Sidney atacou.

– Ela ainda vai aprender a não julgar os outros assim, - Sofia riu das palavras de Ben. Era irônico ouvi-lo criticar julgamentos precipitados, quando era a única coisa que fazia desde que descobrira suas armações. - mas você não ajuda em nada sendo agressivo com ela, só dá mais razão. Depois a gente conversa, ok? Eu vou levar a Sofia até em casa enquanto você repensa essa abordagem romântica pra cima dela. - Ben concluiu, arrancando um discreto riso da loira.

Adorava ser puxada por Benjamin daquela forma. Achava tão másculo... E, claro, o contato físico com o cara por quem estava apaixonada era sempre bom. Pela primeira vez em muito tempo, tinha a consciência limpa de que não havia armado para conseguir o toque do moreno em seu pulso.

– Me encontra no meu quarto em cinco minutos. A gente precisa conversar. - Ben instruiu, indo em direção à garagem enquanto Sofia seguia para a sala.

Encontrou Anita no sofá com o olhar distante. Ignorou. Tão logo abriu a geladeira da cozinha, escutou a voz da irmã.

– Você sabe quem é essa "pessoa" com quem o Ben tá saindo?

– Q-que? Do que você tá falando? - Sofia questionou assustada, após quase derrubar um copo de água. Bebeu com pressa, tentando não transparecer seu nervosismo.

– O Ben me disse que tava interessado em alguém. Você, que adora perseguir ele, deve saber, né?

– Ele disse isso? - O corpo de Sofia amoleceu por um momento. Por sorte, Anita não a via de onde estava.

– Ah, sei lá... Deve ser alguém bem sem graça, né? - Disfarçou.

– Só se for pra você, porque ele me pareceu bem encantado por essa pessoa...

Sofia sorriu para si. Ele estava encantado... Havia conseguido reconquistá-lo, e ele admitia. - Quer saber? Eu tenho é pena dessa garota por ter que aturar o Benjamin! E você, dona certinha, devia cuidar da própria vida ao invés de perseguir o seu "príncipe-sapo" desse jeito, que pelo visto ele não está mais nem aí pra você. Ah, o sabor da vitória... Ainda que não conseguisse esquecê-lo e que tivesse que passar o resto da vida gostando de um pobre miserável como Benjamin, ao menos não tinha perdido para Anita. Ben estava recuperado, era seu novamente.

–x-

– Quer dizer, então, que você anda falando pelos cantos que está interessado em alguém? Posso saber quem é? - Sofia questionou tão logo entrou no quarto do "irmão".

– Pode, claro! - Ben brincou enquanto se aproximava da loira. - Saiba que eu estou me encontrando às escondidas com uma loira por aí, e que ela está me tirando do sério. - Explicou contra a nuca da patricinha, abraçando-a por trás.

– Ah, é? Então acho melhor eu reconsiderar a proposta do Sidney... - Sofia provocou. Ao perceber a tensão de Ben, a patricinha voltou-se de frente para o garoto. - Que foi? Ei, eu tava brincando! - Sofia explicou, descontraída.

– Eu não gosto que você brinque com os sentimentos do meu melhor amigo, Sofia.

– Relaxa, Benjamin, não é minha culpa se o Sidney gosta de mim.

– Pode não ser, mas é minha culpa se ele não tem chance com você... - Ben confessou cabisbaixo.

– Ei... - Sofia segurou o rosto de Ben com cuidado, olhando em seus olhos. - Você não tem culpa de nada. Eu não gosto do Sidney como ele gosta de mim, só isso.

– Você diz isso porque ele não é o seu melhor amigo. E se fosse a Flaviana? Se a Flaviana gostasse de mim, e você estivesse comigo pelas costas dela, você ia se sentir confortável?

– Ben, - Sofia riu. - a Flaviana nunca ia se interessar por você! Além disso, você nunca ia se interessar por ela e não seria culpa minha.

– Por que você tem tanta certeza?

– Por que ela não faz o seu tipo. - Sofia respondeu como se fosse óbvio.

– E você faz? - Ben provocou, abraçando-a de forma mais firme.

– Ela é muito nova pra você. - A loira tentou tangenciar.

– Vocês têm a mesma idade! - Benjamin riu.

– Ela... ela é fútil e... - A patricinha tentava argumentar.

– E você não é? Sofia, me diz uma diferença entre vocês. - O garoto se divertia cada vez mais.

– Ela não é eu. - Sofia sorriu triunfante, desafiando Ben com o olhar fixo em seus olhos.

– Convencida você! - Benjamin tentou se concentrar na discussão, mas seus olhos miravam fixamente a boca da loira.

– Você gosta. - A patricinha murmurou.

Ben não pôde escolher palavras, apenas a beijou. Um beijo passional pelo qual havia esperado por muito tempo. Cada palavra dita naquele quarto parecia haver durado uma eternidade. Não pensou em mais nada. Em poucos segundos estava deitado sobre Sofia em sua cama. Agora sob a patricinha, que tirava a blusa com pressa e voltava a beijá-lo. Suas mãos percorriam as costas da loira em desespero. Cada centímetro de seu corpo ansiava por Sofia.


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Notas finais do capítulo

Comentários são sempre bem-vindos ^^ espero que tenham gostado do capítulo, bjs



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