Only Friends. escrita por psycho, Carol Pinheiro


Capítulo 8
Fade Into Darkness


Notas iniciais do capítulo

ooe pessoas, vcs devem ter visto q eu mudei algumas coisinha na fic, né? tp os nomes dos caps e tal....e tbm q eu coloquei uma nova escritora.... então, a Carol (te amo, nunca se esqueça ALSKMD) é minha prima diva q acompanha a fic, eu pedi ajuda pra ela pq é bom conversar com um leitor e ela me deu umas ideias, me ajudou a formular melhor a fic, eu decidi colocar os devidos créditos então coloquei ela como escritora tbm

é só isso, dsclp pela demora e boa leitura



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– Oi.- Respondi, num fio de voz.

Ele deu um sorrisinho.

– Então, esta muito frio aqui fora e eu queria saber se eu posso entrar e tal.- comentou, como se fosse uma indireta.

Dei um sorriso animado, quase como se eu não quisesse mata-lo sem motivo, me virei e deixei que ele passasse e se sentasse no sofá. Tranquei a porta.

Sentei ao seu lado, perto dele, como fazíamos antigamente. Ele cruzou as pernas e esticou os braços, descansando-os no encosto de couro negro do grande sofá. Estiquei-me sobre ele para pegar a pequena tigela branca com morangos e entreguei a ele, com um sorriso.

Voltei minha atenção à TV enquanto Tobias devorava os morangos. Pelo canto do olho, percebi o quanto ele estava sexy mordendo-os. Meu deus...

Para com isso, Mika!

Hum, então, o que tá rolando entre você e o James? Eu vi vocês no parque.- ele disse, direto.

Eu abri a boca várias vezes, provavelmente, parecendo uma idiota.

Ah, eu só fui numa festa, a qual me comportei feito puta, algo que eu sou. Bebi até apagar e acordei na cama do James, que, avisando, é a perfeição em pessoa. Só.

– Eu fui numa festa e depois fui para a casa do James. Só. Não tem nada entre a gente.- praticamente cuspi as palavras, temendo que não conseguisse terminar de falar. Não citei o sexo mas ele com certeza saberia. Tobias não é nem um pouco santo.

Continuamos a ver o filme, sem pronunciar nenhuma palavra, durante uns 15 minutos.

Ele colocou o braço sobre meu ombro e me puxou para mais perto dele. Eu ainda olhava a TV mas não prestava a atenção ao filme, Tobias encostou seu nariz no meu cabelo e ficou lá parado, respirando devagar.

Apreciei o momento.

– Mika.- Ele disse, ainda contra meu cabelo.

– Uhm?

– Eu te amo, garota.- Disse e inspirou fundo, como se respirasse meu cabelo. Meu sorriso ficou enorme, chegava a doer. Se meu coração já batia rápido antes, agora ele parecia querer sair de mim. E se ele sentisse algo por mim? E se ele me amasse como eu amo ele? E se eu pudesse ter uma chance com ele? Nenhuma das vezes que ele diss quê me amava, nenhuma, eu pensei quê poderia ter uma chance mas...- Você é a irmãzinha que eu nunca tive.

E deu um beijinho no topo da minha cabeça.

Irmãzinha.

Era como se alguém arrancasse meu coração, lentamente, puxando pouco a pouco.

Meus olhos começaram a arder.

Você é uma merda mesmo, né Mika? Ficar se enchendo de esperanças falsas sobre algo que você sabe que nunca vai acontecer.

Pisquei os olhos com força. Não choraria agora, com ele ali. Consigo muito bem conter as lágrimas e forçar um sorriso radiante.

– Eu também te amo, cabeção.- Falei, sorrindo.

Tobias sorriu e voltou sua atenção ao filme.

Jack conversava com o Papai Noel.

Uma menina que preenche o vazio que tem dentro de si com garotos, festas e vodka. Você não presta e ele nunca vai te querer. Se lembre disso.

Voltei minha concentração à TV.

Eu ri e comentei sobre o filme com Tobias como se nada tivesse acontecido. Ah, eu sou muito boa em fingir.

Em alguma hora, ele decidiu colocar em um canal que passava um show de alguma banda que eu não sei qual, já que estava quase dormindo.

‘’There’s something cold and blank

Behind her smile

She’s standing on an overpass

In a miracle mile (…)’’

Apaguei ao som daquela voz que eu conhecia muito bem mas meu cérebro se recusava a citar um nome naquele momento. Então tudo escureceu.

Lindo, não é? Essa música combina com você, Mika.

*

Acordei em algo muito mais confortável que o sofá do meu irmão.

A minha cama.

Essa gracinha é o único motivo de eu ainda me dar ao trabalho de vir para casa logo depois de uma festa.

Mas era estranho eu estar ali já que tinha dormido na sala.

Olhei em volta e percebi que estava sozinha. Tobias, provavelmente, tinha me deixado aqui e depois foi embora. Como fazia, antigamente.

É tão bom saber que tudo voltou a ser como antes.

Pulei da cama e fui para o banheiro. Fiz minha higiene e coloquei uma blusa preta que ia até um pouco acima do meu umbigo com as escritas brancas e desbotadas ‘’Jeffrey Dahmer killed me.’’, um shorts preto e um All Star vermelho estampado com várias cruzes. Saí do quarto, desci as escadas e fui em direção à cozinha. Grace e John conversavam com aquela costumeira calma e preguiça típica de uma manhã de segunda-feira.

– Hey, pessoas.

– Oi, Mika.- disseram, em uníssono.

Sentei na cadeira e encarei John.

Ele me olhou, voltou seu olhar para seu lanche e depois me olhou de novo.

– Que foi?- ele falou, manhoso.

– Me diz, como foi ontem com a Courtney?

Seus olhos brilharam e um sorriso enorme rasgou seu rosto.

– Ela é perfeita.- disse e voltou a comer seu lanche, me deixando completamente sem informações. Estalei meus dedos bem perto do seu nariz.

– Quero mais.

– Não tem mais. Ela é perfeita, o encontro foi perfeito e nós vamos sair de novo, hoje à noite.

Uau, maninho, que velocidade.

– Não sei, acho que vou para o parque com a Kira.

– Nossa, mana, que dia animado. falou, se levantando e dando um beijo na bochecha de Grace.

– Eu sei, cara, eu sei.- Ele me deu um beijo leve na testa, seu olhar caiu sobre meu braço tatuado e então, ele sorriu.- Se Cordelia visse isso, te mataria.

– Foi exatamente por isso que eu a fiz.- falei, olhando para o meu braço.

Bebi meu suco, comi meus waffles, escovei meus dentes e saí de casa. Assim que entrei no carro, meu celular tocou.

Conectei o Bluetooth do celular com o carro, para que eu pudesse falar com ela pelo som do carro, e atendi a ligação.

– SUA FILHA DA PUTA, DESGRAÇADA, ME DEIXA SOZINHA NO MEIO DE UMA FESTA, SE CONSIDERE ENTERRADA, MIKA MALKOVICH.

– Terminou?

– Sim.- Ela bufou.- Onde você estava todo esse tempo? E quem era aquele garoto que saiu da Neverland com você?

– Era o James, um amigo meu, e eu estava com ele.

– Vocês transaram?

– Não, bebê, nós tricotamos um suéter...- falei, sarcástica.

– Ah, que fofos vocês. Então, vamos falar de mim. Eu fui pra casa do Blake e nós tricotamos um suéter também.- começamos a rir. Ela deu um suspiro pesado.- Eu estou doida por esse moleque. E isso significa que eu estou, completamente, fodida.

– Sério? Azar o teu, garota.- não falei que Blake também gostava dela já que, talvez, ele não gostaria que eu contasse.

– É, então, o que você vai fazer?

– Estou indo para sua casa e a gente vai para o parque. Vai se arrumar, tá? Tchau.

Desliguei antes que ela respondesse, liguei o som e Coma White começou a tocar bem alto. Percebi que era essa a música que tocou ontem, antes que eu dormisse. Me permiti chorar, só um pouco.

Se torturando de novo, Mika?

É típico de você.

Estacionei meu carro mas antes de descer sequei as lágrimas, dei um sorriso confiante e coloquei meu Ray-Ban.

Pare de ser falsa com você mesma, garota.

Desci do carro e fui para o balcão, fiz meu pedidos, paguei e fiquei ali esperando eles ficarem prontos. Me virei e me recostei no balcão, olhando as pessoas que estavam ali. Alguém me cutucou, fortemente, no ombro, deixando uma pontada de dor ali. Me virei e vi a atendente ali, claramente nervosa. Mas eu não havia feito nada. E isso me irritou bastante.

– O quê? Teu homem não te comeu direito, querida? Não desconte em mim.- falei e arranquei os copos das suas mãos. Saí de lá, deixando uma loira com avental marrom-escuro incrédula.

*

Kira e eu andamos até uma parte bem isolada do parque. Uma antiga área de skate do parque que foi interditada depois que um garoto quebrou o pescoço em umas das rampas. Depois desse pequeno incidente, abriram uma nova área de skate, do outro lado do parque.

Kira e eu continuamos a vir aqui, porque é isolada, então, nós podemos treinar e cair fora da visão das pessoas.

Kira acabou caindo uma vez e eu, como boa amiga, tive uma crise de risos. Ela, simplesmente, chutou uma das orelhas do meu skate enquanto eu me apoiava na outra.

E fui direto para o chão. Por que é assim que duas melhores amigas demonstram seu amor uma pela outra.

Me levantei e comecei a correr em sua direção.

Ouvimos o barulho comum do impacto de um skate com o chão e nos viramos. Tobias, James e mais 3 garotos estavam bem ali rindo de nossa infantilidade excessiva.

– Uhm, oi. - Kira disse, analisando minuciosamente o pequeno grupo.

Andei até James e dei um beijo em sua bochecha macia, como a de um bebê. Ele passou os braços em volta da minha cintura e me abraçou, não resisti e lhe dei uma leve mordidinha na bochecha. A mão quente de Tobias tomou meu pulso e me puxou para si, ele e James começaram a gargalhar.

– Divida a beldade, garanhão. Vai com calma.- disse, olhando para Jay em um falso olhar incrédulo. Encostou os lábios na minha testa e me abraçou, colocando os braços em volta do meus ombros. Fechei os olhos e abracei sua cintura, aproveitando o momento. De soslaio, vi que James nos observava com um sorrisinho quase cúmplice no rosto.

Afastei apenas um pouco de Tobias e apoiei minha cabeça em seu peito, olhando para o grupo de garotos ao nosso lado. Kira ria e conversava com o ruivo.

– Ei, Mika, acredita que o nome dele é Axl?- Kira disse, arregalando levemente os olhos azuis e rindo.

– É, meu nome é Axl. Eu pareço o Axl. Todo mundo diz isso.- Axl fingiu uma voz entediada e depois riu.

– E, aqueles dois excluídos ali são o Jeff e o Jack.- James disse, apontando para um garoto de cabelos loiro, bagunçado que iam até um pouco abaixo do queixo, e depois para um garoto um pouco mais baixo que Jeff. A única diferença entre eles era que Jack tinha cabelo cortado ao estilo militar e não comprido.- São irmãos. E são um pé no saco.

Jeff e Jack mostraram o dedo do meio para James.

– Então, agora que estamos devidamente apresentados, podemos ir comer alguma coisa?- Kira disse, com a mão sobre a barriga.

– Burger King.- Jeff, Jack e Axl disseram, ao mesmo tempo.

– Subway.- James, Tobias e Kira falaram.

– Você desempata.- Axl comentou, em voz baixa, com um sorrisinho de bebê no rosto.

– Burger King.- falei, como se resposta não fosse óbvia. Burger King tem refil de Pepsi grátis. Kira se virou para mim com cara feia e pegou nossos skates.

Saímos do parque e fomos ao estacionamento. O Mustang preto do Tobias estava logo atrás do meu carro.

– Alguém vai querer ir comigo? Sabe, para não ficar apertado no carro?- Falei, sentando no banco do motorista.

– Bom, eu não vou deixar nenhum desses idiotas dirigir meu carro, então, vou no meu mesmo.- Tobias falou, entrando no carro dele. James foi junto e Axl também. Sobrou Jeff e Jack.

– Eu vou.- Jeff falou.

– Por que?- Jack questionou.

– Porque meu nome tá escrito na camisa dela, o que significa que ela gosta mais de mim.- Jeff disse, já entrando no carro.

Jack entrou logo em seguida e fechou a porta.

– Nem vem. Ela também conhece muito bem o meu nome.

Kira e eu rimos. Será que é normal termos tanta naturalidade com assassinos? Talvez. Eles são fascinantes.

– Então, me contem, seus pais tem paixão por psicopatas ou é só coincidência?- Kira, perguntou se virando no banco para olha-los.

– Nossos pais são psiquiatras, eles devem achar as histórias interessantes.

– E são interessantes. Acredite.- disse, sorrindo.

Depois de 5, entediantes e silenciosos, minutos, Jeff começou a cantarolar algo, quê eu reconheci, logo de cara, como Hey Brother. Decidi entrar no ritmo e comecei a cantar.

‘’Hey brother, there’s an endless road to rediscover

Hey sister, know the water is sweet

But blood is ticker

Oh, if the sky comes falling down, for

There’s nothing in this world I wouldn’t do(…)’’

Assim que comecei a cantar Jeff sorriu e me acompanhou, em questão de segundos a música ecoava pelo carro inteiro. Kira e Jack começaram a cantar também. Comecei a bater levemente no volante, acompanhando o ritmo imaginário.

Quando a música chegou ao fim, comecei a cantar baixinho Fade Into Darkness, Jack me ajudou, Jeff e Kira também.

Paramos em um semáforo. A música já estava em seu ‘’ápice’’, nós não cantávamos mais. Gritávamos.

Ouvi uma buzina do meu lado e vi o Mustang do Tobias.

James, Tobias e Axl olhavam pela janela e riam, apenas mostrei a língua. Quando a música acabou um tédio enorme se instalou no carro e o semáforo não abria.

– Já sei.

Liguei o som e coloquei Wake Me Up, aumentei bastante por que era melhor cantar com o som. Comecei a cantar bem alto e outros me acompanharam. Até que algum infeliz naquele Mustang decide colocar Seventh Son Of A Seventh Son para acabar com nosso clima.

Olho para o lado e fuzilo Tobias, que estava com a mão no botão de volume do carro. Ele ria, juntamente com James e Axl. Dei um sorriso e olhei para Kira. Ela entendeu meu recado e sorriu.

– Slipknot.- falamos juntas.

Coloquei Psychosocial e aumentei no último.

– I’m not the only one.- Jeff e Jack gritaram bem alto, quando o sinal ficou verde. Acelerei e vi o carro deles pelo retrovisor. Kira gritou feito louca, Jeff e Jack se agarraram ao banco e começaram a rir.

– Vamos morrer.- Jeff falou, ou, pelo menos, tentou falar, já que não para de rir.

– Nós vamos morrer.- Kira disse, afirmando, quando percebeu que ia fazer um curva.

Girei o volante até o final porque as rodas não me obedeciam. Arregalei os olhos quando vi a traseira prata de um carro bem na esquina. Tarde demais para freiar, iria bater de qualquer jeito. Fechei os olhos e esperei o impacto. O tal impacto não veio, quando abri os olhos, vi que não tinha morrido e muito menos batido meu lindo carrinho.

Diminui a velocidade, mas nem tanto, e parei em frente ao Burger King. Os nós dos meus dedos estavam brancos e doíam devido à força que eu usei para me agarrar ao volante. Kira estava de olhos fechados mas mantinha um sorriso selvagem no rosto. Jeff e Jack bateram as mãos e gritaram, felizes.

Um vento gélido e cortante entrou pela janela e percebi que já estava escurecendo, e eu estava com uma blusa que mal me cobria e um short. Me virei no banco e peguei minha jaqueta de couro preta, que estava um pouco fria, meu gorro verde-escuro e os coloquei, antes de deixar o carro.

Saímos do carro assim que Tobias, James e Axl saiam do Mustang preto. Eles gargalhavam. Andei até eles, ereta e decidida.

– É assim quê se dirige, bebê.- joguei meu cabelo sobre o ombro e sorri, vitoriosa. Tobias arqueou as sobrancelhas, como se duvidasse. Kira apareceu ao meu lado e passou o braço sobre meu ombro, rindo com Axl.

– Você quase matou a gente, menina.- ela disse.

– Mas, você gostou.

– Se eu gostei? Eu faria de novo.- me puxou para dentro do Burger e olhou em volta.- Faz tempo quê você não canta, né? Eu já tinha me esquecido o quanto sua voz é bonita.

– Ahn, valeu, mas acho que não.

– Bonita como aqueles garotos ali.- Kira apontou sorrindo para uma mesa redonda grande e vermelha, com 4 meninos quê, meu deus, são lindos. Aquele tipo com o sorriso perfeito, tão perfeito que chega a irritar. Um deles, que sentava na ponta, nos viu e chamou a atenção dos restantes. Foi aí, então, que eu reconheci os garotos.

FLASHBACK ON

– Eu ganhei mas não quero seu número. Quero algo melhor.- falei fazendo cara de safada que eu sei fazer muito bem. Haha.Agarrei a gola da jaqueta de couro do tal menino que eu nem sei o nome, e o beijei.

FLASHBACK OFF

Eram os mesmo garotos que apostei uma corrida, e ganhei, à caminho da Neverland. Procurei, com os olhos, o loiro que eu havia beijado, e logo encontrei. O cabelo caía, suavemente, sobre os olhos, o sorriso continua lindo, a jaqueta de couro dava mais destaque aos músculos. Ele tirou os óculos Ray-Ban e me encarou, sorrindo. Ah, aquele sorriso. Balancei, levemente, minha mão para cumprimenta-lo e ele fez o mesmo.

Então, como num baque, lembrei que Kira e os meninos estavam comigo. Kira estava no balcão. Tobias estava de cara fechada, encarando o loiro da mesa vermelha. James olhou para Tobias, em seguida olhou para mim e sorriu. Axl olhava para o nada, sorrindo. Jeff e Jack estavam engajados em uma suave discussão entre irmãos. Pela cara do Tobias, fiquei com vontade de saber se tinha demorado tanto assim encarando o garoto. Talvez sim.

Achei que seria mais um lanche qualquer com meus amigos se não fosse pela ilustre presença (N/A: sinta o sarcasmo à lá Tramontina) de Natally Clark e suas seguidoras, que entraram como se fossem as donas, como sempre. Então, ela viu Tobias, deu um gritinho estrangulado, correu até ele e se agarrou ao pescoço dele.

Um calor muito familiar subiu pela minha coluna. Enfiei minhas mãos nos bolsos de trás do meu shorts. Natally se afastou dele uns centímetros, apenas para beija-lo e quase me fez vomitar o cappuccino. E o pior foi que ele retribuiu. Que nojo. Cerrei minhas mãos, tentando me controlar. Eles se separaram e me encararam , ao mesmo tempo. Percebi que Natally tinha um corte bem pequeno no lábio superior, um adesivo curativo na bochecha e na testa. Ela, com certeza, escondeu os outros ferimentos com maquiagem, já que, até eu havia cortado minha mão batendo nela. Dei um sorriso amarelo.

– Alguém bateu em você, querida? Não consigo imaginar um motivo para tão horrendo ato.- falei, deixando minha ironia bem evidente.

Natally me olhou de cima à baixo e fez uma cara de nojo, como se me reprovasse em algo. Vadia. Revirei os olhos, bufando, e James passou o braço em volta de mim.

– Calma, garota.- sussurrou no meu ouvido, causando arrepios. Lancei um último olhar à Tobias pedindo, silenciosamente, que ele desse um jeito nela e fui para o balcão com James.

– Um Whopper duplo com batatas fritas grande e refri.- falei e dei uma quantia do meu dinheiro equivalente ao preço do meu lanche para Kira e depois os meninos fizeram o mesmo. Enquanto esperávamos os lanches, me virei para James, lhe dei um sorriso. Se não fosse por ele, eu estaria em cima de Natally de novo e faria machucados que ela não conseguiria cobrir com maquiagem. Apoiei meu queixo em seu ombro e espalmei minhas mãos no seu peitoral, que eu, sinceramente, já estava com saudades de ver. Ele abraçou minha cintura e ficou roçando, suavemente, os dedos na parte exposta da minha pele, fazendo com que eu me arrepiasse por inteira.

Sobre seu ombro, pude ver Tobias e Natally discutindo, em um tom inaudível. Sorri um pouco, vitoriosa. Quando Natally, por algum, motivo se virou na minha direção, enterrei meu rosto no pescoço do James, sem fazer contato visual e fiquei inalando seu perfume masculino delicioso.

Senti um olhar sobre nós e olhei para o lado. Tobias nos encarava, indecifrável. Dei um sorriso e olhei James. Tentando esquecer, tentando encontrar conforto naqueles grandes olhos castanhos-avermelhados. Ele me olhava também. Seus lábios roçavam nos meus, suavemente. Ficamos nos encarando, com os lábios levemente encostados até que ele sorriu.

– Nossos lanches estão ali.- ele disse, ainda sorrindo e com o nariz tocando o meu. Eu sorri e mordi seu lábio inferior. Me virei para a bandeja vermelha onde se encontravam o meu lanche e o do James, peguei os dois copos vazios que lá estavam e me voltei para ele de novo.

– Pepsi, né?

Ele assentiu enquanto pegava a bandeja e se dirigia à mesa que Kira e os meninos estavam. E eu fui para a máquina de refil. Coloquei gelo nos dois copos e os enchi com Pepsi. De soslaio, eu vejo uma cabeleira ruiva ao meu lado.

– O quê porra você quer, garota? A surra quê eu te dei no parque não foi suficiente? Quer mais? Para mim tudo bem.- falei, com escárnio, olhando para Natally. Então, ela sorri como se fossemos velhas amigas colocando o assunto em dia.

– Só vim te avisar quê, não importa o quê você faça, o Tobias vai continuar sendo meu e apenas meu. Então, não se dê ao trabalho de tentar nos afastar, porque, logo logo ele cai na minha de novo. Você sabe disso.

Me aproximei dela, ficando à centímetros do seu rosto.

– Vai nessa, gracinha.- levantei meu copo acima de sua cabeça e o virei até que todo conteúdo que estava dentro dele, escorresse pelos cabelos ruivos e lisos e rolasse em pequenas gotas até seu decote, absurdamente, baixo.

Enchi meu copo com Pepsi novamente e fui até a mesa, onde todos me encaravam. Sentei ao lado de James que ria.

Levantei os olhos e vi Natally me encarando, mortalmente, então revirei os olhos e a vi dando meia-volta e indo ao banheiro em passos decididos sobre o salto vermelho.

– Gata, você é minha heroína.- Kira falou, fazendo cara de convencida, com beicinho, e estendeu a mão para que eu batesse e assim eu fiz.


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Notas finais do capítulo

se teve algum erro, me perdoem, digam o q vcs acharam...eu ñ sou de ficar fazendo meta de reviews mas eu tenho, se ñ me falha a memória, no minimo, 12 pessoas acompanhando a fic, e desses 12, só 3 são leitores ativos...pfvr leitores fantasmas comente pq eu vou adorar...mas, enfim...

bjoos e até o próximo



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