The Snape's Daughter. escrita por Anne Black


Capítulo 7
Capítulo 6 - Primeira vez em Hogwarts.


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha do mal, como vocês estão? Eu estou muito bem, sim, sim.
Bom, mais um cap. pra vocês, comentem o que estão achando, hein?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/413929/chapter/7

POV Anne.

Se eu estava nervosa antes de entrar no Salão Principal, nada se comparou ao nervosismo que me arremeteu quando eu entrei no enorme local. As quatro mesas apinhadas de alunos olhavam para mim e apenas para mim, afinal eu parecia uma gigante perto daquelas criancinhas de onze anos. Olhavam para mim como olhariam para Hagrid caso ele estivesse cercado por anões. Sim, eu era o centro das atenções de Hogwarts toda.

Todos seguimos Professora McGonagall e paramos a sua frente enquanto ela arrumava o banquinho de três pernas e colocava um chapéu realmente velho em cima. Todos nós esperamos que algo acontecesse, e realmente aconteceu: o velho chapéu começou a cantar. Eu pulei de susto quando isso aconteceu.

Antigamente quando eu era novo
E Hogwarts apenas alvorecia
Os criadores de nossa nobre escola
Pensavam que jamais iriam se separar:
Unidos por um objetivo comum,
Acalentavam o mesmo desejo,
Ter a melhor escola de magia do mundo
E transmitir seus conhecimentos
"Juntos construiremos e ensinaremos!"
Decidiram os quatro bons amigos
Jamais sonhando que chegasse um dia
Em que poderiam se separar,
Pois onde se encontrariam amigos iguais
A Salazar Slytherin e Godrico Gryffindor?
A não ser em outro par semelhante
Como Helga Hufflepuff e Rowena Ravenclaw
Então como pôde malograr a idéia
E toda essa amizade fraquejar?
Ora estive presente e posso narrar
Uma história triste e deplorável
Disse Slytherin:"Ensinaremos só
Os da mais pura ancestralidade."
Disse Ravenclaw:"Ensinaremos os
De negável inteligência."
Disse Gryffindor:"Esnsinaremos os
De nomes ilustres por grandes feitos."
Disse Hufflepuff:"Ensinaremos todos,
E os tratarei com igualdade."
Diferenças que pouco pesaram
Quando no início vieram à luz,
Pois cada fundador ergueu para si
Uma casa em que pudesse admitir
Apenas os que quisesse,por isso
Slytherin, aceitou apenas os bruxos
De puro-sangue e grande astúcia,
Que a ele pudessem a vir igualar,
E somente os de mente mais aguda
Tornaram-se alunos de Ravenclaw,
Enquanto os mais corajosos e ousados
Foram para o destemido Gryffindor.
A boa Hufflepuff recebeu os restantes
E lhes ensinou tudo que conhecia,
Assim casas e idealizadores
Mantiveram a amizade firme e fiel.
Hogwarts trabalhou em paz e harmonia
Durante vários anos felizes,
Mas então a discórdia se insinuou
Nutrida por nossas falhas e medos.
As casas que, como quatro pilares,
Tinham sustentado o nosso ideal,
Voltaram-se umas contra as outras e
Divididas buscaram dominar.
Por um momento pareceu que a escola
Em breve encontraria um triste fim,
Os duelos e lutas constantes
Os embates de amigo contra amigo
E finalmente chegou uma manhã
Em que o velhor Slytherin se retirou
E embora a briga tivesse cessado
Deixou-nos todos muito abatidos.
E nunca desde que reduzidos
A três seus quatro fundadores
As Casas retomaram a união
Que de início pretenderam manter.
E agora o Chapéu Seletor aqui está
E todos vocês sabem por quê:
Eu divido vocês entre as casas
Pois esta é minha razão de ser
Mas este ano farei mais que escolher
Ouçam atentamente a minha canção:
Embora condenado a separá-los
Preocupa-me o erro de sempre assim agir
Preciso cumprir a obrigação, sei
Preciso sorteá-los a cada ano
Mas questiono se selecionar
Não poderá trazer o fim que receio.
Ah, conheço os perigos, os sinais
Mostra-nos a história que tudo lembra,
Pois nossa Hogwarts corre perigo
Que vem inimigos externos, mortais
E precisamos unir em seu seio
Ou ruiremos de dentro para fora
Avisei a todos, preveni a todos...
Daremos agora início à seleção.

 

Meus olhos estavam arregalados... Aquela música não era muito animadora em si e isso me deixou realmente muito preocupada. Se o que estava acontecendo em meu mundo era realmente ruim, por que não se uniam para deter o “mau”? Mas algo me disse, lá no fundo, que era ainda mais complicado do que se podia imaginar.

- Peço que os senhores caminhem até o banco e coloquem o chapéu na cabeça assim que eu chamar-lhes os nomes. – McGonagall disse audivelmente para todos que estavam para serem selecionados, mas claro que todo o salão ouviu, afinal estava absorto em um silêncio absoluto. – Senhorita Anne. – Engoli em seco e olhei rapidamente para a professora antes de abaixar a cabeça novamente. – A senhorita será a última. Pois bem, que comecemos. – E ela começou a chamar os alunos, até que algum tempo depois a quantidade ia diminuindo... Diminuindo... Diminuindo... Até que eu fui a última. – Evans Snape, Anne. – Antes de me encaminhar para o banquinho, dei uma olhada geral. Meu pai, Severo Snape, me olhava indiferente. Na mesa da Grifinória, o menino que reconheci como sendo meu irmão, me olhava intrigado e o resto do salão cochichava sobre mim. Quando me sentei no banco e coloquei o chapéu na cabeça, ouvi sua voz dentro de minha mente.

- Hm... Quanta curiosidade vejo aqui dentro, e quanto temor do desconhecido também. Mas não há medo. – A voz arrastava quase cantarolava. – E tem um grande talento herdado da mãe e do pai. Isso será divertido... – Uma pausa de longos segundos me fez tremer da cabeça aos pés, mas de repente me fez sorrir: - GRIFINÓRIA! – Meus ombros caíram como se um peso fosse tirado de minhas costas, afinal, mamãe havia sido da Grifinória e eu fui escolhida para essa casa.

Sentei-me na ponta da mesa, evitando olhar para todos, porém uma voz conhecida me parabenizou e eu sorri com isso. Pelo menos meu primeiro amigo não parecia ter vergonha de mim:

- Parabéns por ter entrado na Grifinória, Anne. – Neville disse, envergonhado como sempre, e rapidamente abaixou sua cabeça para o prato dourado em sua frente. Eu sorri, mas sem deixar de perceber que toda a mesa acompanhava nossa conversa.

- Obrigada Neville, é bom estar na mesma casa que você. – Continuei sorrindo mesmo que Neville ainda estivesse com a cabeça abaixada. Agora a mesa da Grifinória não estava mais em silencio, cochichavam sobre minha conversa com Neville. Quase me irritei, quase. Dumbledore desviou minha atenção quando começou a falar.

Ele apresentou os professores, deu as boas-vindas e permitiu que Umbridge falasse, mesmo porque a mulher era chata e havia insistido muito. Comentarei que não fui nem um pouco com a cara de sapo-boi dela, ainda mais quando disse que estava a trabalho do Ministério, ou seja, não iria ensinar nada, apenas ficar de olho em Hogwarts é claro.

Logo Dumbledore anunciou o banquete e para minha enorme felicidade (e surpresa) muita comida apareceu diante dos meus olhos. Não perdi tempo e comecei a encher meu prato e a comer. Já que ninguém conversou comigo, nem mesmo Neville, consegui me concentrar apenas no meu jantar e na minha fome que passava gradualmente. Não demorou para eu a sobremesa também aparecesse e, assim como a janta, comi muitos doces.

- Alunos do primeiro ano, me sigam! – Um garoto ruivo berrou e ao seu lado uma menina de cabelos volumosos fez o mesmo. Como eu não conhecia nada, resolvi segui-los, afinal era como se eu realmente fosse uma aluna do primeiro ano.

Quando estávamos chegando nas enormes escadarias, senti alguém cutucar meu ombro e me virei, dando de cara com Professora McGonagall:

- Senhorita Snape, professor Dumbledore quer vê-la. – Assenti e esperei ela buscar mais uma pessoa, que rapidamente reconheci ser meu irmão. – Sigam-me. – Comei a segui-la pelos corredores de Hogwarts e há muito já havia me perdido, não sabendo mais como cheguei até a gárgula carrancuda. – Feijõezinhos de todos os sabores. – A gárgula assentiu e pulou para o lado, revelando uma escada em espiral. Subimos e demos de cara em uma porta de madeira simples, McGonagall bateu e a suave voz de Dumbledore nos mandou entrar.

A cena que eu presenciei era no mínimo cômica e desesperadora. Ali estavam presentes todos os professores, com exceção de Umbridge, ou seja, meu pai também estava presente. Além deles havia dois homens: uma magro e alto, que usava roupas surradas porém possuía um rosto bondoso e outro de cabelos escuros e ondulados, com roupas finas e sorriso travesso. Todos olhavam para mim como se me conhecessem há anos, o único olhar que não decifrei foi o de Snape.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por todos os reviews, amo vocês! E obrigada por tantos elogios.
Beijinhos e até.