The Cure escrita por Fernanda Everdeen


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá ^^

Esse não ficou muito legal.Mas mesmo assim quis postar pra vocês =)

Vai falar muito sobre a vida da Giselle.Espero que gostem!

^^



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P.V.D:Giselle

“Bom dia Europa! Bom dia Inglaterra! Bom dia Londres! Bom dia pro pessoal que está acordando agora pra mais um dia!”

Desliguei o despertador cortando a fala animada do radialista e joguei as cobertas no chão me levantando em seguida. Esfreguei meus olhos e me ajoelhei do lado da cama fazendo minhas preces, após isso abri as cortinas do quarto fazendo com que ele deixasse de ser escuro. Wendy logo levantou o cobertor pra cobri a face.

-Wendy. -A chamei sacudindo-a levemente - Anda esta na hora de levantar.

-Não quero. -Disse com sua voz infantil abafada pela grossa coberta.

Soltei uma risadinha.

-Mas é sem querer mesmo. -A sacudi mais um pouco - Vai me ajuda, por favor!Prometo que no fim do dia te levo pro parque.

Ela saiu imediatamente de baixo das cobertas.

-Promessa?

-Sim, sim. -Afirmei.

-Pelo dedo mindinho?-perguntou.

-Pelo dedo mindinho.

Ela sorriu. Espreguiçou-se e se ajoelhou ao lado da cama. Enquanto ela orava fui pro banheiro e após fazer minha higiene matinal e tomar um banho voltei pro quarto. Troquei rapidamente de roupa vestindo minhas peças intimas um jeans, uma blusa regata branca e por cima uma camisa de lã. Wendy me observava levei ela ao banheiro e enquanto a banheira com água morna enchia, ela se despia.

-Posso tomar banho só. -Ela disse.

-Tem certeza?

-Absoluta.

-Tudo bem, mas não demore muito.

Ela assentiu e fechou a porta. Escolhi sua roupa e deixei em cima de sua cama. Sai do quarto e abri as cortinas da sala e da cozinha. Comecei a preparar o café da manhã.Escutei um barulho vindo da porta de entrada e fiquei em alerta.Peguei a frigideira e me aproximei lentamente do hall de entrada.

-AH!-Amanda deu um grito junto comigo.

-Meu Deus que susto!-Disse ela. -Pra que essa frigideira?!

-Pensei que fosse um ladrão. -Respondi sabendo que aquilo tinha sido patético.

-A ta então o ladrão iria entrar com uma arma e você o enfrentaria com uma frigideira?Patético.

-Eu sei... -Sorri indo abraça-la-O que faz aqui?

-Eu moro aqui. -Disse ela olhando pra mim com a sobrancelha levantada.

-Dã. –Ri - Você estava cuidando de sua avó lembra?Como ela está?

-Melhor.

Ela jogou sua bagagem ao lado do sofá e desabou lá mesmo.

-A queda não foi tão grave. O médico disse que se cuidar melhor e tomar mais vitaminas ficará bem melhor.

-Fico feliz. Olívia é uma ótima pessoa.

Ela sorriu.

-Cadê minha princesa?

-Esta tomando banho. Faça uma surpresa a ela enquanto eu preparo o café. -Sugeri.

Ela assentiu e foi pulando pro quarto que eu dividia com minha irmã. O café foi posto na mesa bem na hora que as duas apareceram rindo.

-Esta sendo uma manhã bem agitada não é Wendy?-Perguntei sorrindo.

-E eu estou amando -Todas rimos –Estava com saudades da tia Amanda e principalmente de seu bolinhos.

Rimos outra vez. E assim se seguiu à refeição com risos e conversas animadas. Depois do café eu e Wendy nos despedimos de Amanda e saímos de casa. Peguei meu carro velho e a levei pra escola. Depois dirigi até a lanchonete “King”. Era onde eu trabalhava.

Lá era uma daquelas lanchonetes de estilo anos 50 cujas garçonetes usam saias “balão” e andam por ai de patins. Não trabalho aqui o tempo todo. Só pela manhã. À tarde fico com minha irmã e a noite vou trabalhar em um local totalmente diferente chamado de “Slodem Bar”.

Estacionei meu carro e após pegar minha mochila entrei correndo na lanchonete - que ainda não estava aberta - pelos fundos.

-Bom dia pessoal - Falei quando avistei as quatro meninas que trabalhavam comigo.

-Bom dia. -Falaram juntas.

-Cadê o Josh?-Perguntei estranhando

-Aqui “queimando” a barriga no pé do fogão!-Gritou da cozinha.

Todas riem.

-Não riam não!Sou um perigo perto dos fósforos!Ateio fogo em vocês em dois segundos!

Rimos ainda mais.

-Acho melhor eu ir me trocar antes que chegue a hora de abrir.

Falei indo pra “salinha” de funcionários com nossos armários. Guardei minha mochila vesti a saia rosa, a blusa branca e depois de prender meu cabelo e calçar os patins fui ajudar a abrir.

A lanchonete sempre ficava cheia pela manhã. Geralmente nas segundas as pessoas sempre acordavam atrasadas então deixavam pra tomar café no caminho pro trabalho. O movimento começava as 7:30 e começava a maneirar a medida que a tarde chegava.

As 11:30 meu turno chegava ao fim. Então eu trocava de roupa pegava o carro e ia buscar minha irmã na escola. As suas aulas terminavam as 11:00 mas ela até gostava de me esperar no parquinho(são suas palavras)da escola.Quando a peguei na escola levei pra casa e após almoçarmos com Amanda passamos uma tarde juntas.Como sempre fazíamos.

Talvez para pessoas distantes pareça ser uma rotina intediante, mas pra mim era mais do que o suficiente.

Eu sei que podia não ser uma pessoa muito realizada afinal meu pai morreu quando eu tinha 10 sem sequer conhecer minha irmãzinha.E minha mãe quando eu tinha apenas 16. Desde então tive que aprender a cuidar de mim mesma e da minha irmã. Sai da escola particular e fui pra um publica tentando com o dinheiro da indenização do acidente de avião que matou minha mãe cuidar da casa, da minha irmã e de mim. O dinheiro durou até o fim do terceiro ano. Não fui pra faculdade nem coisa do tipo.Mesmo sonhando em ser uma pediatra ou qualquer coisa que tivesse haver com ajudar as pessoas eu optei por cuidar de minha irmã.

Ela é uma menina muito especial. Não só pelo fato de ter Síndrome de Down, mas principalmente por ser a única família que me restou além é claro de Amanda. Não é bem uma família muito convencional, mas acho que o mundo já deve estar se acostumando com os novos tipos de famílias que estão aparecendo.

Minha avó(que tinha nossa guarda) já era bem velha e também morreu. Após isso vendi a casa em que eu nasci e cresci e fui viver com minha melhor amiga de tempos da escola -nos conhecemos no ultimo ano e não nos largamos mais- que também tinha uma velha avó que não gostava nenhum pouco de fincar raízes. Olívia.

E aqui estou eu. Agora com 20 anos me preparando pra ir pro meu segundo emprego. O turno começa as 7:00 e só acaba quando o último cliente sair.Geralmente isso ocorre as 2:30 ou 1:00 da manhã.As vezes quando os homens estão muito bêbados dão em cima das garçonetes.Inclusive de mim(o que mostra que eles estão muito bêbados) mas Ryan o dono do bar (e meu melhor amigo) sempre os poe pra fora.

Fora essas inconveniências da madrugada é legal trabalhar lá.

Terminei de vestir meu uniforme e após fazer uma trança de lado sai.

Amanda estava brincando com Wendy na mesa da cozinha.

-De que estão brincando?-Perguntei.

-Titia Amanda está me ensinando a fazer varias coisas de papel. Toma é pra você. -Disse ela me entregando uma flor rosa de papel.

-É linda. -Sorri - Poe no meu cabelo?

Ela pos

-Já está indo?-Perguntou Amanda.

-Não eu estou voltando.

-Ai. Olha vou deixar de me preocupar com você!-Disse querendo ser brava, mas acabou rindo.

Dei um beijo no rosto de Wendy.

-Boa noite meninas e se comportem!

-Boa noite. -Falaram as duas.

Peguei minha bolsa com minhas chaves e minha jaqueta jeans. Desci as escadas correndo e entrei no meu carro rapidamente antes que eu congelasse. Liguei o aquecedor do carro e sai indo pro “Slodem Bar” finalizar mais um dia de rotina.

P.V.D: Elijah

Eu estava exatamente no endereço que Amanda havia me entregado.

INGLATERRA-LONDRES

RUA VIVALES 223

Não havia muitos prédios residenciais por ali então passei o dia bisbilhotando pela janela todas as casas. Na esquina havia um prédio que eu ainda não havia olhado. As cortinas estavam abertas provavelmente não havia ninguém em casa.

Em cima da lareira havia algumas fotos e lá estava ela. Em cores e com o mesmo simples sorriso que tinha no desenho. Era ela. Sai do batente da janela, mas não antes de ver Amanda. Ela não me viu, mas eu a vi.

Amanda. Então era por isso que ela estava tão relutante para me mostrar a localização da cura. Elas devem ser amigas. Sorri. Isso seria muito interessante.

Passei a manhã em cima de um prédio em frente ao da casa da cura esperando ela aparecer pra que eu tivesse certeza de que era ela. Estava certo. À noite resolvi segui-la

Tentaria me aproximar dela.

Meu celular tocou.

“-DESCONHECIDO”.

-Só pode ser Catherina. -Atendi. -Alô?

-Em?-Disse Catherina com sua voz melosa.

-Quem mais poderia ser?

-Alguma novidade?Estou preocupada. Há dias não nos falamos.

-Bem... Tenho algumas.

-Prossiga. -Pediu.

-Encontrei uma bruxa que pudesse encontrar a cura.

-E...

-Estou nesse exato momento olhando ela entrar em seu carro.

-Eu não acredito!Isso é ótimo!-Disse ela claramente sorrindo

-É em breve estarei a levando pra você e...

-Não!

-Não?

-Não quero que seja assim tão rápido.

-Por quê?-Eu estava confuso e acho que dava pra perceber.

-Acho que você pode se divertir um pouquinho... -Dava até pra ver seu sorriso malicioso.

-Como?

-Brinque com ela. Use-a como seu brinquedinho. Faça-a crer que você está apaixonado por ela.Minta.


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Notas finais do capítulo

Reviews? '-'