Rose era uma bebê tranquila que só chorava quando estava com fome. Dormia praticamente o tempo todo e a noite quando resolvia acordar Rony e eu reversávamos para cuidar dela. Com um mês já era uma bolinha de tanto que mamava.

– Ron...Ron acorda, a Rose ta chorando. – Tentei acordá-lo, mas do jeito que seu sono era pesado tive que levantar eu mesma para pegá-la. Rose não era do tipo que fazia escândalos, muito pelo contrário. Não dava trabalho algum.

– Oi minha princesinha, mamãe chegou – Disse docemente enquanto a pegava no colo. Era uma sensação sem igual. Ter uma vida tão pequena dependendo totalmente de você. Mas me sentia completamente feliz por poder tê-la junto de mim. – Vamos acordar o papai? – Levei-a para o nosso quarto e a coloquei no meio da cama. Fiquei tanto tempo brincando com ela que não vi quando Rony despertou e ficou nos olhando com cara de bobo.

– Eu fico imaginando quando ela for mais velha. Eu tendo que colocar os meninos pra correr a todo instante! – Resmungou ainda sonolento.

– Mas uma hora isso vai acontecer você querendo ou não! – Respondi

– Sim, mas só quando ela tiver uns trinta e cinco anos! – Disse brincalhão – Não é minha lindinha? – Viu, olha como ela sorriu com o que o papai disse!

– Não seja idiota Ronald! – Retruquei revirando os olhos.

– Aaah Rose fala pra mamãe que o papai ta certo! Fala, fala minha coisinha gostosa – Disse ele entre uma brincadeira e outra. As semanas passaram praticamente voando. Alvo e Roxanne nasceram no mesmo mês, com diferença de apenas alguns dias. Alvo era exatamente como Harry e Rox como Anjelina. O Sr e a Sra Weasley andavam muito mais felizes ultimamente. Desde a morte de um dos gêmeos, perderam um pouco da alegria, mas com tantos netos essa alegria voltava naturalmente. Eram muitas crianças para paparicá-los. Victorie e Dominique, Molly II e Lucy, Fred II e Roxanne, James e Alvo e por fim Rose. A alegria se tornava completa para o casal pratiarca nos fins de semana quando toda a família se reunia. Não cansavam de paparicar os netos, principalmente Fred II que apesar de ter pouco mais de um ano, já era um menino travesso assim como o pai e o tio.

– Mione vamos pra casa? Estou cansado e acho que essa pequenina também – Disse brincando com Rose no colo. Despedimos-nos de todos e fomos para casa. Também estava muito cansada. Cuidar de um bebê era extremamente exaustivo, por mais que fosse uma criança tranquila. Deixei-a na sala com Rony enquanto tomava um banho quente para relaxar. Quando acabei notei que estava tudo muito quieto e silencioso. Fui até a sala e me deparei com uma cena realmente fofa. Ambos estavam dormindo. Rony deitado no sofá com Rose em seu peito. A pequena mãozinha agarrava a gola da camisa, enquanto a enorme mão dele estava em torno dela em forma de proteção. Pareciam dois anjos. Peguei-a com cuidado para que não acordasse e a coloquei no berço, em seguida voltei à sala para chamar Rony.

– Ron acorda, vamos deitar – Disse calmamente enquanto alisava seus fios ruivos. – Ron...Rony anda acorda! – Sem ao menos perceber ele me puxou pela cintura me fazendo perder o equilíbrio e caindo por cima dele. – Ronald! O que acha que está fazendo?

– Agora é hora de colocar a mamãe pra dormir! – Disse risonho espalhando beijos pelo meu pescoço o que fez meus pelos eriçarem no mesmo instante.

– Mas se continuarmos nesse ritmo não vou dormir mesmo! – Respondi entre um beijo e outro.

– Não me importo com isso, por mim podemos ficar a noite inteira acordados! – Suas mãos já passeavam pelo meu corpo maliciosamente, desabotoando os botões da minha camisa.

– Então vamos para o quarto, assim se Rose acordar podemos ouvir. – Respondi e ele concordou. Estava ainda em seu colo quando levantou do sofá e me carregou até o quarto. Nossas bocas só se desgrudavam para puxar o ar que faltava e novamente tornávamos a juntá-las. Rony sempre muito romântico e carinhoso, como se fosse a primeira vez, a nossa primeira vez. Seus beijos e suas carícias me faziam ir ao paraíso. Com ele sentia como se nada pudesse sair do controle ou dar errado, se ele estivesse ali seria perfeito, seria completo. Estávamos exaustos, nossos corações ainda batiam aceleradamente tentando voltar ao normal, a respiração ofegante.

– Eu te amo! - Rony me envolveu em um abraço ainda depositando beijos, dessa vez suaves. O cansaço era tanto que acabamos dormindo. Rose parecia saber o que acontecia, porque não acordou sequer uma vez naquela noite. Estava preparando o café quando ouvi um grito de Rony me chamando a sala.

– Hermione, corre rápido! – Quando cheguei à sala ela estava de pé dando o primeiro passinho. Em meio a gritinhos agudos, caindo e levantando, Rose conseguiu chegar a Rony, que a jogava para o alto fazendo-a gargalhar.