Lembranças! escrita por


Capítulo 8
Divisão


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei, mas é que estava corrido p mim meninas, desculpa ): mas trouxe aqui um capítulo fresquinho p vocêeeeeees, tomara que gostem, ainda mais porque tem coisinha legal nele, mas eu n curti muito, porque ficou meio rápido, prometo que no próximo eu faço melhor e explico melhor as coisas, vai ser narrado pelo Vince ♥3333333 até mais lindinhas.



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Quando terminei de contar tudo para a Mia ela me encarava estupefata, como se eu tivesse cometido um crime.

- Você foi embora? – ela perguntou baixo, isso me assustou.

- Sim. – eu disse cuidadosamente, ela balançou a cabeça e me encarou.

- Você foi embora Fiorela Stanley? VOCÊ FOI EMBORA? – ela pulou em cima de mim e eu comecei a rir. – você é a pessoa mais burra que eu conheci! – ela saiu de cima de mim e sentou do meu lado cruzando os braços.

- Por quê? – fiz bico.

- Poxa vida! – ela gritou. – era a nossa chance de sair para as festas juntas. – eu não aguentei e comecei a rir, a Mia era hilária, quando paramos de rir ela me encarou séria. – é sério agora, porque você correu?

Eu fiquei entre contar ou não para ela.

- Porque eu vi o Vince. – sussurrei, ela me encarou confusa.

- O.k, você viu ele e... – ela parou de falar quando me encarou. – por favor! – ela gritou. – não, não, não! Fiorela Stanley eu vou te matar!

- Shiu. – eu fiz silêncio com o dedo, ela fez uma cara de reprovação.

- Ele é um imbecil. – eu fiz careta.

- Ele é seu amigo. – eu disse confusa.

- Mas não deixa de ser um imbecil... – ela virou o rosto pra mim. – poxa Flor, poxa. – ela fez bico.

- Ele me contou a história da aposta... Ele é mesmo um imbecil. – eu olhei para a janela, vi o Ethan parado na frente do Lauren Hall e encarava a nossa janela, mas dali da onde eu estava ele com certeza não conseguia me ver.

- Fique com o Ethan. – a Mia segurou minhas mãos. – ele parece realmente gostar de você.

- Mas Mia... – eu fiz careta. – e se por acaso eu não gostar dele do mesmo jeito? – ela parou para pensar por alguns momentos.

- Você termina. – ela disse sorrindo.

Claro, terminar! A coisa mais fácil do mundo, terminar um namoro como se fosse a coisa mais fácil do universo, ainda mais com seu melhor amigo.

- Vou pensar nisso. – eu me levantei. – se arruma para podermos ir comer tá? – ela assentiu e pegou seu nécessaire indo para o banheiro.

(...)

Eu não sei porque o refeitório resolveu todo nos encarar quando chegamos, acho que era o vestido justo que a Mia usava, os garotos assoviavam quando ela passava, mas ela não dava condição para nenhum deles, de longe eu vi os olhos do meu melhor amigo em mim e na outra extremidade eu sentia os olhos cinzas sobre cada passo que eu dava, me senti como num campo mimado.

- Eu quero só um pouco de carne, por favor. – a Mia disse amavelmente para a cozinheira que deu um sorriso largo pra ela e colocou só um pouco de carne, a Mia retribuiu o sorriso e para mim ela devolveu a carranca que guardava para os alunos normais, caminhamos para a nossa mesa no centro e os garotos nos encararam.

A Mia comeu como se ninguém estivesse olhando para ela. Em seguida uma das garotas passou pela nossa mesa e deixou dois refrigerantes, eu agradeci com um sorriso e a Mia nem sequer olhou para a garota.

- É falta de educação sabia? – eu disse baixo.

- Ela está tentando nos impressionar. – ela disse enquanto terminava de mastigar um bocado da carne do seu prato.

Bufei.

Ela olhou em volta e depois reparou que as pessoas estavam nos olhando de canto de olho.

- Porque todos estão nos olhando? – ela perguntou acho que um pouco alto demais, as pessoas olharam para os seus pratos.

- Seu vestido é curto. – eu disse e tomei um gole fundo do meu refrigerante, ela me lançou um sorriso malicioso.

Quando olhei para cima vi as duas faces mais conhecidas da faculdade, eles me encararam por algum segundo e disseram em como.

- Eu preciso falar com você.

Eu queria escorregar pela mesa.

O refeitório fez silencio por alguns segundos e a Mia se levantou da mesa e me puxou para levantar também. Olhei para ela confusa, ela continuou me puxando e os garotos nos seguiram para fora do refeitório.

Eu olhei em volta, pensando em todas as probabilidades que eu tinha de sair correndo até o Lauren Hall ou talvez eu fosse atropelada por um carro e não teria que ter aquela conversa com nenhum dos dois, até porque eu odiava ter conversas sérias com o Ethan e encarar os olhos cinzas do Vince.

- O que eu tenho pra falar é rápido. – a voz do Ethan cortou o meu rosto com uma faca e ele me puxou pela mão para alguns passos para trás.

Eu queria perguntar o que, mas a minha voz saiu esganiçada e eu sabia que precisaria fazer muito esforço para sair alguma coisa, desisti.

- Eu te amo. – foi a segunda vez que ele falou aquilo e no mesmo dia.

- Ethan eu... – ele colocou o nossos lábios tão rápido que eu não consegui me controlar e não corresponder, foi carinhoso e lento ao mesmo tempo, um calor subiu dos meus pés a cabeça e antes que eu pudesse empurra-lo ele parou o beijo e saiu andando, eu fiquei parada no mesmo lugar atônica.

Meu corpo demorou para voltar ao normal, e logo eu me vi andando em direção ao Vince e a Mia que estavam parados, chocados.

- Mas que... – a voz da Mia me fez acordar e eu encarei o Vince que não tirava os olhos de mim.

- Você queria falar comigo? – perguntei baixo, ele assentiu e subiu na moto que estava a sua frente.

- Sobe. – ele disse sério, sua voz estava mais gélida que a do Ethan e eu subi sem nem saber porque eu estava fazendo aquilo, aos poucos o vento começou a cortar o meu rosto e eu fui me lembrando do que estava acontecendo a minutos atrás, eu fui beijada... Pelo meu melhor amigo, é. Eu fui beijada pelo Ethan, ele me beijou.

Eu só percebi que nós saímos do campus da faculdade quando adentramos um jardim verde, eu não reconheceria se não tivesse visto a placa da área verde do estado da Califórnia.

- Porque você me trouxe aqui? – perguntei confusa quando ele parou a moto e colocou a perna pra fora, ele não me respondeu, no lugar disso desceu da moto e segurou a minha mão.

- Vem. – ele me puxou e eu desci da moto, mas que merda era aquela?

Quer dizer, poxa, o cara nem me conhecia e já me levava pra ver o verde, sem contar que eu fui beijada pelo meu melhor amigo, Ethan. Que a menos de três horas atrás eu não sabia que nutria um sentimento muito maior que amizade por mim.

Fiorela Stanley.

Pois é amigo, o segundo cara mais gato da faculdade me amava.

É claro, porque o primeiro só amava ele mesmo.

Eu demorei para ver onde estávamos indo, passamos por toda a área verde para no fim entrarmos em um cemitério, mas não se parecia com um cemitério, porque só havia uma lápide nele.

Edward Muller.

- Porque você me trouxe aqui? – eu sussurrei, ele se virou pra mim.

- Meu pai faz aniversário hoje. – ele disse baixo.

- Seu pai? – eu perguntei confusa, e aquele homem naquela festa? E o Vince parecia entender os meus pensamentos.

- Ele não é meu pai, apesar de sermos parecidos, na verdade... Ninguém sabe que na verdade ele não é pai de nenhum de nós dois... Mamãe... – ele riu.

E eu havia entendido.

- Sua mãe se casou com ele sem que ele soubesse que ela estava grávida? – chutei.

- Não! – ele riu mais alto dessa vez. – ele sabia, é claro que ele sabia. – ele se virou pra mim. – só não sabia que era do melhor amigo dele.

Sufoquei.

Vicente Hall Walker era um bastardo.

- Bem. – ele colocou uma rosa que até então eu não tinha visto que ele estava segurando em cima do tumulo e depois sorriu para mim.

- Porque você em trouxe aqui? – porque você está me contando essas coisas? O que diabos está acontecendo com você? Alias, quem você... Tantas perguntas.

- Achei que seria um bom lugar para fazer duas coisas. – minha barriga revirou.

Por favor, não pergunte... Não pergunte, não pergunte...

- O que? – mordi a língua em seguida. Maldita curiosidade.

- Isso... – ele olhou nos meus olhos e aproximou o rosto do meu, um sorriso surgiu nos seus lábios e depois ele sussurrou. – seu joelho está controlado?

Não consegui segurar a risada e então ele me pegou desprevenida e me beijou.

Foi ao contrário do beijo do Ethan, foi loucura, eu sai do chão por alguns segundos, sua língua se mexia em um ritmo frenético, como se não pudesse ser carinhosa... Mas ela conseguia a ternura que eu precisava.

Mas que porra era aquela Fiorela?

Minha cabeça estava girando.

Eu precisava me concentrar no Ethan... No Ethan.

Droga, ele apertou minha cintura no corpo dele enquanto sua outra mão trouxe meu rosto mais para perto dele, eu precisei me controlar para não soltar um gemido baixo.

Eu acho que entendia porque as garotas se apaixonavam por ele, não, não, não! Não faça isso, eu sei o que você quer fazer e eu não vou deixar, se você fizer isso Fiorela...

Ele parou o beijo rápido demais, era quase dolorido quando ele desgrudava os seus lábios do meu, precisei de alguns segundos para reaprender como respirar e ele abriu aqueles grandes olhos cinzas e me olhou.

- E a segunda? – eu perguntei debilmente, ele sorriu e colocou o meu cabelo atrás da orelha.

- Por favor, não se apaixone. – ele sussurrou, mas não foi como se ele estivesse se gabando ou qualquer coisa parecida.

Eu vi duas fendas enormes nos seus olhos, como se ele estivesse pedindo desculpas, como se algo terrível estivesse acontecido, como se ele não pudesse me dizer, mas quisesse. Ok, o cara só me beijou Flor, não há nada demais em um beijo né?

Porque era só um beijo do Vince, do garoto mais lindo... Ainda era o Vicente, Fiorela, o destruidor de corações não era?

Eu queria rir e dizer, ”por favor, se toque.” Mas eu simplesmente perdi a fala e ele suspirou baixo me puxando pela mão para andarmos.

- Porque? – minha voz saiu baixa e eu quase achei que ele não tinha ouvido, foi quando ele virou os olhos mais cinzas do que nunca pra mim, sua voz baixa e melódica, ele era outro garoto.

- Porque eu odiaria não poder retribuir esses sentimentos. – o que?

- Quais sentimentos Vince? – eu puxei minha mão, tomada pela raiva.

Agora sim ele estava sendo um completo imbecil.

- O Ethan está apaixonado por você. – ele mudou de assunto tão rapidamente que eu fiquei perdida.

- O que? – perguntei corando.

Ele parecia não ter problemas em ter me beijado e segundos depois falar do seu irmão.

- Ele está apaixonado por você, ele já se declarou? – ele sentou no banco da moto e eu parei na sua frente.

- Eu... Hum... – enrolei os dedos nas mãos e ele puxou meu rosto para olha-lo.

- Qual o problema Flor? – a voz dele ainda estava melódica.

Qual o problema? Qual o problema? Porque você tem que sempre tão idiota? Você acabou de me beijar ô imbecil, agora não é hora de você falar do seu irmão! Que tal?

Mas o irmão dele era meu melhor amigo não era? Porque eu estava falando assim do meu melhor amigo? Quer dizer, bom, se formos comparar os dois, com certeza o Ethan é um príncipe e o Vince é o sapo.

- Nenhum. – respondi baixo.

- Então, ele já se declarou? – a voz dele deixou escapar um pinguinho de acidez ou de felicidade, eu não consegui discernir, já que ele sempre estava com a expressão impenetrável.

- Já. – respondi mal humorada.

Ele ficou sério por alguns segundos e depois suspirou.

- Ah... – foi o que ele disse.

De repente ficou um silencio constrangedor e eu me senti sendo esmagada por ser tão idiota. Quer dizer, ele tinha sido idiota primeiro né? Porque foi ele quem começou com aquele papo de: “Seu irmão já se declarou” e essas porras todas, coisa de gente imbecil mesmo.

- Então, - eu o olhei, ele estava com um sorriso irônico no rosto. – quer dizer que você quer beijar o dois irmãos da faculdade? – a minha boca se abriu em um grande “o” e eu fui pega por uma onda de raiva repentina.

- O QUE? – gritei e comecei a socar seu peito. Vince ria como se não tivesse doendo nada, ele segurou minhas mãos agilmente e eu tentei chutar sua canela, o que resultou nele se desiquilibrando da moto e nós dois caindo, ele caiu por cima de mim e prendeu minhas duas mãos no alto da cabeça.

- Para com isso Flor... – ele disse entre a risada.

- Tira suas mãos de mim, imbecil! – eu gritei.

- Calma, eu estava brincando. – ele disse rindo, quando eu fiz menção de levantar meu joelho, ele segurou minhas pernas com suas pernas.

Ele ficou sério de repente e ficou me encarando.

Sabe aquele momento dos filmes que os mocinhos ficam se encarando e estão prontos para se beijar, então, tipo isso.

Mas antes que ele pudesse me beijar, eu o empurrei e ele pareceu entender porque caiu do meu lado na grama, eu me sentei e em seguida me levantei rapidamente, arrumando minha roupa.

- Me leva pra faculdade. – sussurrei.

A verdade é que eu não queria ficar mais nenhum um minuto na presença dele, era instigante, ele provocava meu pior.

Eu odiava o Vince, odiava ainda mais por saber que se ele se aproximasse de mim mais um pouquinho, eu ia pedir que ele beijasse. 


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Notas finais do capítulo

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