Lembranças! escrita por Bê
Notas iniciais do capítulo
Eu demorei, mas não queria me negar ao simples prazer de escrever O capítulo pra vocês UHAUWHEUWHEWUH gente, esse capítulo tá foda, de verdade. Se gostarem, comentem ok? Preciso saber se vocês gostaram mesmo, e eu sei que demorando, mas é que porra! Eu to estudando pra caralho gente, cursinho não tá fácil, prometo que não vou demorar tanto com o outro tá? Já comecei até a escrever ele, vou ver se essa semana eu já escrevo ok?
Obrigado pelas meninas que estão lendo e comentando
POV Ethan.
Liguei pro celular da Flor mais uma vez, mas caiu direto na caixa.
Suspirei, depois de duas hora sentados nos degraus do Lauren Hall.
– Ethan? – a voz conhecida me vez despertar e eu me levantei automaticamente para encarar os cabelos loiros e não cor de mel como eu queria que fossem.
– Oi Mia. – sorri de lado.
– O que tá fazendo aqui? – ela perguntou confusa.
– Esperando a Flor, a gente marcou de sair hoje... Mas acho que ela esqueceu. – desisti colocando o celular no bolso.
A Mia me encarou com uma visível expressão de pena e eu me segurei para não mandar ela olhar para outra pessoa assim.
– Vocês marcaram de sair? – ela perguntou.
– Sim. – eu afirmei sorrindo de lado.
– Vamos entrar, tenho certeza que aconteceu algo sério para ela não aparecer hoje. – balancei a cabeça recusando o pedido.
– Não, obrigado. – eu sorri. – vou pro meu quarto.
Não esperei ela responder, apenas fui em direção a minha moto que estava estacionada do outro lado. Quando liguei o motor vi que a Mia discava furtivamente no celular, e então antes de eu acelerar ouvi claramente o som da sua voz fina no celular andando em direção a porta.
“Vince, eu quero falar com a Flor agora! Agora!”
Acelerei a moto em direção ao único lugar onde a minha futura ex melhor amiga se encontrava.
POV Flor.
Eu comecei a rir quando o Liu fez panquecas pra gente comer na cozinha e acabou derrubando uma parte da massa na minha roupa.
– Essa blusa está ótima. – eu disse pro Vince que tinha me dado uma blusa dele.
– O Liu é mesmo muito desastrado. – ele disse passando um braço pelo meu pescoço.
– Hey, não falem de mim! – o Liu saiu da cozinha com panquecas cobertas de caramelo e meu estomago roncou, fazendo todos na sala rirem.
– Que tal nós... – o barulho violento de um trovão me arrepiou os pelos da nuca e eu senti que havia algo muito errado.
– Ow, vai cair uma chuva. – o Vince disse olhando para a janela.
Quando os primeiros pingos começaram a cair com mais força, o barulho da campainha me ressaltou aumentando aquele meu sexto sentido.
– Liu, tá esperando alguém? – o Vince perguntou andando até a porta.
– Não, você Flor? – eu balancei a cabeça negativamente e quando o Vince abriu a porta e eu vi o Ethan na porta todo ensopado, com os olhos vermelhos e os pingos da chuva escorrendo do seu cabelo pelo nariz e se perdendo na boca.
Eu entendi.
Meu encontro com ele.
Ele correu os olhos pelo meu corpo e depois abriu um sorriso pro Vince que tinha uma enorme cara de culpado.
– Eu só queria ter certeza que eu não ia fazer uma besteira. – o Ethan disse virando as costas e descendo os degraus escorregadios.
Minha perna começou a coçar e eu sai correndo na sua direção e o Vince veio atrás de mim.
– Ethan! – gritei tomando cuidado para não escorregar no piso molhado. – Ethan! – meus dentes já batiam por causa do frio e em poucos minutos meu corpo já estava encharcado.
– Pra mim já chega! – o Ethan gritou parando de andar abruptamente. – Pra mim chega Fiorela, eu não quero mais, pra mim já deu! – eu sufoquei o soluço.
– Ethan, me desculpe... Eu... Eu... – ele sorriu.
– Você se esqueceu, sim! Tudo bem, porque está saindo com o meu irmão? Ótimo! – ele sorriu amargamente. – só que pra mim já deu. – seus olhos passaram de mim para atrás de mim e eu me virei pra ver o Vince e o Liu no meio da chuva também. – Isso foi o fim pra mim Vicente, eu cansei! – ele gritou. – EU CANSEI!
– Ethan... – o Vince tentou argumentar.
– Não Vince! Você sabia, eu te falava sobre a Flor, você sabia disso! VOCÊ SABIA! – ele gritou.
E eu fui me afundando cada vez mais na minha culpa.
– EU ESTOU DE SACO CHEIO DISSO! PRA MIM ACABOU AQUI E AGORA! – ele se virou pra voltar a andar, mas parou e se virou novamente. – espero que ele não faça com você o que ele sempre faz comigo Liu, ele sempre tira tudo de importante que aparece na minha vida.
E então sem dirigir mais nenhum olhar pra mim, ele subiu na moto e arrancou com ela sumindo de vista em poucos minutos.
O silêncio ficou pesado de repente e eu senti vontade de chorar.
– Flor? – a voz pesada do Vince me tirou do fluxo de pensamentos impróprios. – vamos entrar? – ele perguntou.
Eu o segui sem falar nada, e o Liu logo atrás.
– Vicente... – a voz do Liu nos pegou desprevenido, foi quando eu percebi que a única pessoa avoada ali era eu.
– Eu preciso dizer. – o Vince tão grande, parecia tão pequeno e tão inocente ali.
Os cabelos molhados caídos rente a testa, os músculos menos rígidos, os lábios quase brancos.
– Flor? –a voz dele saiu baixa e eu virei meu rosto molhado na sua direção.
– Eu... Eu magoei o Ethan. – minha voz saiu baixa, muito baixa e eu vi sua expressão culpada.
– Toma. – ele estendeu um celular na minha direção e foi quando eu percebi que era o meu celular.
Eu apertei o botão do bloqueio e tinha várias mensagens, e várias ligações perdidas do Ethan, encarei o Vince perplexa.
– VOCÊ ESTAVA COM O MEU CELULAR? – eu gritei.
Ele encolheu os ombros.
– Eu precisava ficar com você hoje. – ele tentou justificar.
– EU NÃO ACREDITO VICENTE! – eu disse indo na sua direção automaticamente a socando seu braço.
– FLOR, ME ESCUTA! – ele disse dando dois passos para trás.
– NÃO, NÃO! – coloquei as duas mãos sobre o rosto. – VOCÊ DEVIA TER ME CONTADO!
– Flor... – ele disse tentando se esquivar dos socos.
– NÃO, NÃO! – senti as lágrimas já descerem pelo meu rosto.
– Flor... – ele segurou meus pulsos.
– NÃO! – eu gritei.
– FIORELA, EU TO APAIXONADO! – ele gritou e eu parei de me debater automaticamente, ele me encarou. – eu não podia deixar você sair com o Ethan porque eu estou apaixonado. – ele disse baixo.
Minha voz sumiu.
– Eu estou apaixonado por uma garota que eu sei que eu não posso gostar. – ele soltou meus dois pulsos e os colocou ao lado do meu corpo.
– Vince... – a voz do Liu surgiu no fundo, baixinha, como uma repreensão.
Mas não consegui prestar atenção na voz, não com ele ali se declarando pra mim.
– Vince... – ele sorriu de lado.
– Eu tenho câncer, eu vou morrer daqui a seis horas ou seis meses ou até em seis anos e eu to apaixonado por você, porque eu adoro a sua voz e eu amo olhar nos seus olhos desde quando você me parou no corredor pra poder me questionar do lance com a Melissa e quando você foi me ver na festa dos meus pais, eu to apaixonado porque quando eu te levei até o seu quarto aquela noite, você pediu pra eu deitar com você na sua cama, eu to apaixonado e eu vou morrer, mas eu to apaixonado. Me desculpa se eu não podia deixar meu irmão te levar pra sair. Só me desculpa.
Meu coração começou a bater muito forte dentro do peito e eu virei o rosto pro Liu que estava atrás de mim, encarando o Vicente seriamente, enquanto o Vince não tirava os olhos de mim, percebi então que eu era o foco.
Então falei a primeira coisa que me veio na cabeça antes que o choro compulsório começasse e eu não pudesse falar nenhuma palavra.
– Eu não quero que você morra. – e passei meus dois braços pela cintura do Vince, o abraçando.
Ele ficou dois segundos com os braços ao lado do corpo e depois me abraçou, pousando uma mão entre os meus cabelos e a outra no meu ombro. Seu corpo todo relaxou e ele soltou um suspiro baixo.
– Obrigado Flor.
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