Bet On Us escrita por Kira Queens


Capítulo 9
The End: Love


Notas iniciais do capítulo

Here I am com o último capítulo de Bet On Us!11 Tenho mais duas semanas de aula tirando essa então como a aluna exemplar que sou só vou até essa sexta (risos) e vou ter tempo pra escrever! Yay!
Achei meio zzz pra um último capítulo mas relembrando as sábias palavras do Nyah: "Não diga nas notas do capítulo que ele ficou ruim (...) Tenha confiança (...)" então vou deixar por conta de vocês.



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Peeta se lembrava claramente da noite passada. Ele conseguiu recordar algumas taças de vinho, risadas, conversas, mas a maior parte de suas memórias se passava na cama com Katniss, sem muitas conversas. Ele tinha plena certeza de que os dois estavam juntos quando adormeceram, mas quando ele acordou tateando a cama a procura do corpo quente de Katniss, só encontrou os lençóis.

Ele se levantou assustado, com medo de ela ter mudado de ideia. Peeta encontrou a si mesmo com o corpo nu enrolado nas cobertas e, embora o lado em que Katniss dormiu estivesse bagunçado, ela não estava lá e suas roupas não estavam no chão, apenas as dele.

– Katniss – Peeta chamou esperando uma resposta que não veio – Katniss! – ele chamou mais alto e com mais convicção.

Tendo apenas o silêncio em resposta ele suspirou e esfregou os olhos. Peeta simplesmente não conseguia acreditar que depois de tudo ela resolveu seguir com o plano inicial e deixá-lo. Ele socou o próprio travesseiro e resolveu se levantar. Vestiu-se com pressa quando percebeu que a mala de Katniss ainda estava lá.

Ele abriu a mala e só o que encontrou foram roupas amarrotadas que provavelmente ela já havia usado. Não era como se não houvesse chances de Katniss deixar a mala pra trás. Sem pensar duas vezes, Peeta desceu até a portaria onde o porteiro estava lendo o jornal, como de costume.

– Ei, a mulher que está ficando no meu apartamento, Katniss Everdeen, ela passou por aqui nessa manhã? – perguntou Peeta.

O porteiro pensou por um momento.

– Ah, sim, sim, ela passou por aqui – ele confirmou.

Peeta não disse mais nada antes de correr até o seu carro na garagem, mas não sem antes checar se o carro de Katniss estava lá – porque ela com certeza não deixaria o carro -, mas não estava.

– Maldita seja – murmurou Peeta enquanto dirigia o mais rápido que o trânsito permitia até o aeroporto.

Estava cedo, mas isso não interferiu em nada nas ruas movimentadas. Enquanto Peeta tentava controlar sua raiva desejando que todos os outros carros simplesmente desaparecessem para que ele pudesse correr o quanto quisesse, ele se perguntou se havia algum motivo para que Katniss pudesse tê-lo deixado daquela forma.

Depois de fazerem planos e passarem a noite juntos onde ela até ingeriu uma bebida de que não gosta apenas para acompanhá-lo era difícil acreditar que ela partiria sem explicação. Peeta não se recordava de ter feito nada que pudesse tê-la irritado e não era do feitio dela fugir. Se fosse qualquer outra pessoa, ele poderia crer que ela não queria se despedir para não magoá-lo, mas Katniss não era assim. Por isso Peeta não iria se conformar. Se ela quisesse ir, ele não a impediria, mas ela não iria sem antes ouvir o que ele tinha a falar e antes de se explicar.

Quando Peeta finalmente chegou ao aeroporto, checou o horário em que o voo à França partiria e constatou que faltavam apenas vinte minutos. Katniss já estaria dentro do avião àquela altura, inalcançável. Ele se sentou no primeiro banco que viu e afundou o rosto nas mãos, esfregando os olhos e em seguida passando os dedos pelo cabelo. Peeta suspirou e ligou pra ela. Katniss não atendeu. Ele ligou de novo e novamente não houve resposta. Tentou novamente. Não houve resposta. Ele continuou a ligar para o número dela pelos próximos vinte minutos até que viu pela janela o avião em que ela estava levantar voo.

Peeta se levantou, tentando se conformar com a derrota, o que não fazia com que ele se sentisse melhor de nenhuma maneira. Pela segunda vez na vida ele teve Katniss ao alcance de seus dedos e pela segunda vez não conseguiu fazer com que ela ficasse.

Ele estava andando rumo à direção da saída quando a voz de Katniss fez com que ele olhasse para cima.

– Peeta Mellark, seu idiota! – ela exclamou correndo em sua direção. Seus cabelos estavam voando e uma gota de suor escorria em seu rosto. Ela o empurrou algumas vezes seguidas, mas não era tão forte. Algumas pessoas passavam olhando a cena, mas Katniss parecia não notar – Seu estúpido!

Peeta não sabia mais o que pensar. Ele deveria estar rumo a Paris naquele momento, ou pelo menos era o que ele acreditava, mas na verdade ela estava parada em frente a ele tentando causar-lhe algum tipo de dor. Ele não conseguiu não abraçá-la.

– Idiota? Eu? – ele perguntou quando a soltou – Você foi embora! Eu acordei e você não estava lá! Eu vim atrás de você achando que você já estaria naquele avião, e a propósito, o que faz aqui? Se arrependeu de dizer que iria ficar e depois me deixar sozinho sem nem um bilhete de despedida?

– Você é um idiota, Peeta Mellark – ela revirou os olhos – Eu nunca fui embora! Há vinte e quatro horas minha intenção deixou de ser entrar nesse avião hoje.

– Então... – Katniss o interrompeu.

– Eu fui comprar café na cafeteria que eu gosto – Peeta estava com os lábios entreabertos, confuso e realmente se sentindo o idiota na qual ela o acusara de ser – E quando eu voltei encontrei o apartamento vazio e foi quando o porteiro me disse que você saiu então eu decidi vir aqui porque sabia que bobo do jeito que você é estaria me procurando no aeroporto.

– Mas por que você não atendeu minhas ligações?

Katniss franziu a testa.

– Eu deixei a bolsa na sua casa. Quando vi que você não estava vim correndo pra cá antes que você comprasse uma passagem pra Paris.

Peeta pensou sobre tudo o que ela havia dito por um momento e percebeu que fazia sentido. Ele suspirou, estava constrangido e sem saber o que dizer.

– Você devia ter confiado mais em mim – Katniss o acusou, com a decepção visível em seus olhos, fazendo com que Peeta se sentisse ainda pior.

– Eu sei, me desculpe, mas quando eu acordei sozinho lá eu não soube mais no que pensar – ele justificou achando que de nada adiantaria e ela continuaria magoada, mas para a sua surpresa Katniss fechou os olhos, respirou fundo e assentiu.

– Tudo bem – ela disse por fim – Tudo bem – repetiu diante da expressão confusa de Peeta – O que é uma decepçãozinha depois de tudo o que te fiz, certo?

– Katniss, não olhe por esse lado! – exclamou Peeta notando que ela ficou desconfortável com a situação quando, no momento, o erro tivera sido dele – Eu já te disse: isso já passou.

– Peeta, está tudo bem – ela lhe garantiu.

Peeta pensou em continuar falando, pois ele sentia que não havia nada bem, mas mudou de ideia. Não queria piorar ainda mais as coisas. Eles caminharam juntos e em silêncio pelo estacionamento do aeroporto.

– Se eu vou continuar com você preciso passar na minha casa pra pegar algumas coisas – avisou Katniss enquanto andava em direção a seu carro.

Peeta não sabia o caminho até a casa dela de forma que seguiu seu carro durante o percurso. Aproveitaram o tempo sozinhos para pensar sobre o que havia acontecido, precisavam perdoar um ao outro.

Depois da desagradável história que tiveram no passado, seria difícil para Peeta confiar totalmente nela. Aparentemente era de uma situação assim que ele precisava para conseguir acreditar plenamente que ela o amava da mesma forma que ele a amava. E Katniss por sua vez precisava compreender que a confiança que ela nunca deu a ele há dois anos não seria construída facilmente em uma semana. Seria necessária paciência da parte dela, afinal, as dúvidas de Peeta eram consequências de suas ações.

Mas apesar de tudo eles sabiam que conseguiriam superar e começar de novo.

Quando eles estacionaram em frente ao prédio em que Katniss morava, ambos pareciam melhores do que estavam no aeroporto. Katniss cumprimentou o porteiro e eles subiram até 5º andar e o que viram foi uma surpresa.

– Se eu soubesse que esse prédio era mal frequentado assim nunca teria alugado meu apartamento aqui – falou Katniss.

Gale, que estava parado em frente ao apartamento dela, sorriu ironicamente.

– Bom saber que sete dias não te fizeram menos sarcástica – ele respondeu – Estava esperando você, Katniss. Vejo que trouxe seu namoradinho novo.

– Exatamente, agora se puder ir embora eu agradeço. Do contrário, vamos nós.

Peeta trincou o maxilar. A última coisa que ele queria era um reencontro com o detestável ex-namorado de sua namorada.

– Não se preocupe – Gale deu de ombros – Só vim aqui resolver uns assuntos pendentes.

Ele deu alguns passos a frente e sem hesitar acertou o rosto de Peeta com os punhos trincados. Imediatamente Katniss foi pra cima dele e o empurrou. Ela o xingou de diversos nomes e distribuiu tapas e chutes, mas aparentemente não causou muita dor devido a sua falta de força. Gale se afastou e entrou no elevador ainda parado naquele andar.

Katniss se abaixou ao lado de Peeta e colocou seu rosto em seu colo. Um pouco de sangue escorria de seu nariz, mas não parecia estar quebrado.

– Peeta, me desculpe – choramingou Katniss – Eu não tinha ideia de que ele iria voltar aqui. Achei que o orgulho dele o manteria longe.

– Tudo bem. Eu estou bem – garantiu Peeta, limpando o sangue na camisa. Para a surpresa de Katniss, ele sorriu – Eu roubei a namorada dele. Se levar um soco é o preço a se pagar, vale a pena.

Katniss riu e o beijou sem se importar com o sangue.

Pela primeira vez em muito tempo eles estavam felizes.

Duas semanas depois

– Minha nossa, Peeta, você nunca para de comer? – reclamou Katniss, pegando o chocolate da mão dele e mordendo um pedaço – Precisamos entrar no avião logo, já devíamos estar lá.

– Ei, vai dar tempo – ele garantiu.

– Como você pode ser tão despreocupado com tudo? – ela perguntou enquanto ajeitava o cachecol. Era uma manhã extremamente fria e eles tinham uma longa viagem até Paris pela frente.

– Você que se preocupa demais.

Eles entraram na fila para fazer o check-in. Katniss checou o celular e constatou que ele estava certo: tinham tempo de sobra, mas ela gostava de estar sempre adiantada, principalmente em ocasiões daquele tipo. Peeta sabia que a ansiedade provavelmente estava consumindo-a.

Katniss não via os pais há muito tempo e nem sequer contou a eles que estava indo. Pretendia fazer uma surpresa. Eles provavelmente iriam adorar tê-la lá, ainda mais ao lado do seu namorado que, por sinal, era um ótimo garoto.

Peeta e Katniss conversaram com Haymitch Mellark e, depois de uma longa hora de discussões e acordos, ele concordou em deixar que Peeta fosse à Paris e trabalhasse a distância por lá pelo laptop. Ele também admitiu que Peeta trabalho muito nos últimos dois anos e merecia férias ao lado da garota que amava.

Finalmente as coisas dariam certo para os dois. Eles não tinham ideia de quando retornariam aos Estados Unidos, mas pretendiam alugar um apartamento em Paris para que pudessem ficar quanto tempo quisessem e também pudessem retornar quando quisessem. Katniss queria estar com a sua família quando chegasse o doloroso momento em que sua mãe iria falecer. Ela queria ajudar sua irmã Primrose a continuar os negócios da mãe e queria dar opinião nos livros do pai, como costumava fazer. Katniss podia apostar que seu pai estava escrevendo algo em homenagem a sua mãe.

– Sabe qual é a melhor parte dessa viagem? Eu posso adiar o momento em que vou precisar arrumar aquela bagunça em minha casa – falou Peeta fazendo com que Katniss risse. Ele queria distrai-la de seu nervosismo – Na verdade, você é quem vai arrumar tudo aquilo porque a bagunça é sua.

– Ei! – ela exclamou – Não me culpe! Ou vai dizer que você não queria ter o prazer de morar comigo? – Katniss sorriu.

– É claro que sim – confirmou Peeta – Mas o prazer de arrumar a sua bagunça vai ser todo seu.

– Seja um cavalheiro, Peeta – disse-lhe Katniss – Aposto que arrumar aquela bagunça vai valer a pena só por significar que vou estar com você todo minuto de todo dia – ela mostrou um sorriso presunçoso.

– Chega de apostas por enquanto – ele murmurou fazendo com que ela risse.

– Mas nós tivemos sorte com a última aposta que fizemos – lembrou-lhe Katniss.

– Sim, mas foi porque estávamos apostando em nós. Só não sabíamos disso ainda – retrucou Peeta.

Constantemente eles pensavam em como pequenos detalhes mudaram suas vidas. Por uma aposta eles se entenderam. Por uma aposta estavam a caminho de uma viagem juntos. Por uma aposta iriam morar juntos. Se não fosse por aquela aposta, ainda estariam seguindo seus caminhos por aí fingindo estarem felizes.

– Você me ama tanto, Peeta – falou Katniss apertando as bochechas de Peeta. Ele a puxou pela cintura, aproximando seus corpos.

– Pode apostar que sim.


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Notas finais do capítulo

E é isso, Bet On Us está oficialmente finalizada, mission accomplished (isso me lembra star fox ssafçlfksl). Não sei muito bem o que dizer então vou apenas dizer um muito obrigada a cada um de vocês, a cada um que comentou, a cada um que recomendou, a cada um que leu, cada demonstração de carinho foi muito importante pra mim. Não tem nada melhor que escrever e saber que as pessoas gostam do que você escreve.
Se vocês ainda não se cansaram de mim, well, eu também não me cansei de vocês: http://fanfiction.com.br/historia/435564/No_Demands/ (UA, Rose Weasley x Scorpius Malfoy), http://fanfiction.com.br/historia/438393/The_Reason_Why_We_Hurt/ (UA, Annie Cresta x Finnick Odair), http://fanfiction.com.br/historia/439995/Behind_The_Madness/ (70º Edição dos Jogos Vorazes, Annie Cresta x Finnick Odair).
Mais uma vez: obrigada! Até a próxima ♥