A Caçada Final escrita por J Luna


Capítulo 4
Capitulo 4 – Entre Preparativos e presentes


Notas iniciais do capítulo

O casamento de Gui e Fleur está se aproximando...Harry fez 17 anos...Ele e Gina continuam sendo apenas amigos...Mas tem algumas pessoas que não concordam muito com isso!!!



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Os dias seguintes passaram rápidos e agitados. Não houve problema algum na segurança, os feitiços estavam mais fortes e era praticamente impossível encontrar “A Toca”. Fred e Jorge voltaram no dia seguinte na hora do almoço, mas até aquele dia não tinham conseguido falar com Harry a sós.

Os preparativos para o casamento tomavam todo o tempo deles e a Sra. Weasley parecia estar cada dia mais decidida a não deixar Harry, Gina, Hermione, Rony, Fred e Jorge juntos por muito tempo; ela sabia das intenções dos gêmeos que insistiam na história da conversa mesmo sob os protestos de Gina, e também sabia que os quatro amigos queriam ficar a sós para discutir sobre a tal missão secreta que Dumbledore tinha deixado para Harry e que com certeza Hermione e Rony iriam ajudar, e estava mais decidida ainda de a deixar Gina ir junto.

Hermione passou rápido por Harry dizendo baixinho: - Hoje à noite, quarto do Rony depois que todos deitarem!

Harry continuou ali, limpando o jardim como se nada tivesse acontecido, mais a frente Rony e Jorge cuidavam do galinheiro, como Rony continuou parado, suspeitou que ele já conhecesse o plano.

As horas passaram mais lentamente aquele dia. Como era de costume os rapazes cuidavam do serviço pesado e as garotas cuidavam da casa, e a Sra. Weasley queria tudo perfeito para o grande dia.

O jantar transcorreu bem, mas a Sra. Weasley parecia disposta a não deixar ninguém na sala antes dela mesma ir se deitar. O Sr. Weasley já havia voltado dizendo a Harry que seus parentes estavam bem, e agora tentava convencer a mulher a ir descansar.

Um tempo depois Harry entrava discretamente no quarto de Rony, Hermione já estava lá.

– Puxa Harry, até que enfim. Pensei que não vinha mais.

– Desculpe Hermione, a Sra. Weasley esteve no meu quarto dizendo que eu vou dividir o quarto com Carlinhos quando ele chegar, já que estou no quarto dele.

– O que? Por que não vai ficar aqui?

– Porque sua mãe não vai facilitar Rony, não vai nos deixar perto um do outro! – Respondeu Hermione.

– Ela está preocupada, e eu também, acho que vocês não deviam ir.

– Ah Harry sem essa. Já conversamos sobre isso.

– É Harry, eu tomei várias providencias para que meus pais ficassem a salvo. Mesmo no mundo dos trouxas eles podem correr perigo.

– É isso que me preocupa.

– Não Harry, não vamos deixar você sozinho! – Finalizou Hermione.

No outro dia Carlinhos chegou, feliz, trazendo Michele, uma bruxa brasileira que assim como ele era cheia de cicatrizes.

– Oh! Olá Michele. É um prazer. Carlinhos não disse que traria uma amiga! – Disse a Sra. Weasley olhando da garota para o filho.

– Desculpe mamãe, queria fazer uma surpresa, mas Michele não é minha amiga. – Respondeu Carlinhos, e abraçando a garota – É minha namorada!

Depois disso foi um reboliço e tanto. Todos se apresentando e cogitando a preparação de mais um casamento em breve!

– Nós já namoramos há algum tempo. – Explicou Carlinhos

– Mas nenhum de nós queria contar a novidade a distancia, então esperamos uma oportunidade, como essa agora. – Completou Michele sorridente.

– Já me correspondi com uma bruxa brasileira. – Disse Hermione. – O Brasil deve ser incrível.

– É sim, esplendido! Quem sabe um dia não vamos todos para lá.

– Seria ótimo! – Todos concordaram.

– Conheci uma cobra brasileira! – Disse Harry distraído. – Fomos ao zoológico no aniversário do Duda e eu a soltei sem querer e ela saiu alegre dizendo que estava rumo ao Brasil.

Todos olharam para Harry. Depois do que acontecera há cinco anos ninguém mais tinha falado nada sobre ele ser ofidioglota.

– Me desculpem. – Disse ele envergonhado. – Viajei no tempo no tempo agora.

– Tudo bem querido. Você só estava lembrando. – Ponderou a Sra. Weasley.

– É Harry tudo bem. – Disse Fred

– Mas não assuste a Michele! – Completou Jorge.

– Não me assustei – Respondeu ela – Também falo com as cobras!

Agora todos os olhares voltaram-se perplexos para ela.

– Não nasci sabendo é claro. Mas aprendi com um sábio índio brasileiro. Ele me ensinou muitas coisas.

– Ele era ofidioglota? – Perguntou Rony.

– Bem, ele também aprendeu com outra pessoa, outro sábio talvez.

– Michele também fala com dragões. – Disse Carlinhos, surpreendendo a todos cada vez mais.

– É, isso eu também aprendi com ele. Grande Kanendô.

– É ela que acalma os mais difíceis, e descobre o que os dragões tem quando não sabemos diagnosticá-los.

Todos adoraram Michele, e a cada minuto de conversa se surpreendiam mais com a garota. O jantar seguiu animado, vez ou outra os gêmeos eram responsáveis por uma gracinha que arrancava risadas satisfeitas da nova integrante da família.

Com a proximidade do casamento, nem Michele e Carlinhos, recém chegados à toca escaparam da arrumação. Na manha do dia 31 de Julho todos estavam cansados e a Sra. Weasley; por algum milagre de Merlin, ou sob o efeito da poção do sono que o Sr. Weasley colocou escondido no seu chá na noite anterior, deixou que todos inclusive ela dormissem um pouco mais.

Harry acordou de um sono ainda agitado envolvendo seus tios em um lugar estranho. Ainda sonolento e embriagado por um delicioso perfume de rosas ele abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes, olhou ao redor e viu um vulto que provavelmente era Carlinhos dormindo na cama ao lado, colocou os óculos e olhou ao redor procurando por Gina, mas em vez dela encontrou um pacote com um bilhete: “Para Harry”, mas ao tocar no bilhete o cartão passou de azul para vermelho repleto de corações e letras douradas, escrito: “Para meu amor”.

Harry olhou espantado para o cartão, pensou se Hermione teria ajudado naquilo e abriu o cartão, onde leu:

“Querido Harry,

Sei que terminou comigo, e sei por que fez isso, mas ainda tenho esperanças de que você vai acordar e ver que foi um grande erro; que nada disso importa, e que o melhor para nós dois é que fiquemos juntos!

Sabe que eu te amo, e espero que você também me ame!

Estarei te esperando, até tudo isso terminar, a menos que você prove que tudo o que disse anteriormente é mentira; ou me prove que ficarmos juntos é um erro!

Feliz aniversário meu amor!”

Abriu o pacote ainda pensando no bilhete, pensando no que viria depois e encontrou embrulhado por um papel vermelho e dourado um pequeno livro que caberia no bolso sem problemas. Abriu o livro mas, não encontrou nada escrito; folheou e nada. Decidiu guardar o livro e descobrir exatamente o que era depois. Talvez Gina lhe contasse; mas ao passar a mão no canto da capa do livro onde dizia “HP”, as letras se transformaram e Harry leu “Para ficar sempre perto de mim”. Ele observou as letras voltarem a ser apenas suas iniciais quando um barulho na cozinha o “acordou” de seus devaneios.

– Bichento cuidado! – Ouviu Hermione dizer.

– Não acredito que dormi tanto!

– Tudo bem Sra. Weasley, já cuidamos do café da manha.

– Ah, Hermione querida, não sei o que seria de mim sem você e Gina.

– Imagina mamãe, não fizemos nada de mais.

– Mas eu realmente não sei como dormi tanto! Vocês acordaram antes de mim!

– Foi o cansaço mamãe. Mas é melhor falarmos mais baixo, vamos acordar todo mundo!

Harry se trocou e já descia as escadas quando Gina fez a recomendação à mãe, e fez questão de responder:

– Acho que não precisam se preocupar, já acordaram todo mundo!

– Ah, Harry querido! Sinto muito. – Disse a Sra. Weasley indo em sua direção e lhe dando um esmagador abraço. – Feliz aniversário!

– Obrigado Sra. Weasley.

– Harry, feliz aniversário! Vou buscar seu presente.

– Hermione querida, pegue o meu e de Artur no meu quarto, por favor!

Hermione abraçou Harry e subiu as escadas correndo.

– Vou arrumar a mesa – Concluiu a Sra. Weasley voltando a seus afazeres.

– Feliz aniversário – Disse Gina um pouco constrangida ao se ver sozinha com Harry na sala.

– Obrigado – Respondeu ele entre confuso e constrangido.

– Viu meu presente?

– Vi. Só falta uma coisa!

– O que? – Perguntou Gina confusa.

– O beijo. – Respondeu Harry, um pouco surpreso, mas feliz por ter conseguido dizer aquilo.

Gina olhou para ele um pouco confusa. Não sabia o que dizer. Claro, adoraria fazer, mas a cabeça dura dos Weasley não a deixaria voltar atrás.

– Ou um abraço – Disse Harry começando a se entristecer e se constranger.

Para sua surpresa, Gina andou alguns passos em sua direção, lhe deu um abraço, fazendo-o envolver-se pelo delicioso perfume de rosas e lhe deu um beijo no rosto.

– O beijo não era bem aí! – Disse Harry.

– Quem sabe ano que vem – Respondeu Gina no ouvido de Harry. E saiu para a cozinha, virou-se na porta e disse no tom mais calmo e simples que conseguiu:

– Vem, vamos tomar café.

– Espera! – Disse ele indo até ela.

– Agora tenho 17 anos. Posso fazer magia e ainda não fiz nenhuma! – E dizendo isso tirou a varinha do bolso, pegou a mão de Gina e murmurou: - Orchideous – E uma linda rosa vermelha apareceu na mão de Gina.

– Queria que meu primeiro feitiço fosse com você, ou para você!

Gina pela segunda vez naquele dia não sabia o que dizer; olhava da rosa em suas mãos para Harry à sua frente como quem busca uma palavra entre as duas coisas. Os dois se aproximaram aos poucos, olhando nos olhos um do outro!

A Sra. Weasley na cozinha parecia não querer mexer com nada para não correr o risco de atrapalhar o momento; Hermione mau respirava, parada no meio das escadas, como se um leve sopro de sua respiração fosse capaz de arruinar aquele momento. Tudo e todos conspiravam a favor do jovem casal parado à porta da cozinha; os rostos de Harry e Gina se aproximavam aos poucos como que estudando e aproveitando o momento. E quando Harry não agüentava mais apenas sentir o perfume de Gina, assim como Gina não agüentava mais apenas sentir a respiração de Harry...

– O que ta fazendo parada no meio da escada Hermione? – Perguntou Carlinhos atrás de Mione.

Hermione assustou e quase deixou um dos pacotes cair. Uma panela caiu na cozinha com um forte estrondo e a Sra. Weasley ficou entre assustada e decepcionada e Gina, mais vermelha do que nunca corria para ajudar a mãe.

– Bom dia Harry. Feliz aniversário! – Disse Carlinhos batendo nas costas de Harry.

– É feliz. – Respondeu Harry entre dentes.

– Que foi?

– Nada Carlinhos, obrigado.

O resto do dia correu na maior tranqüilidade possível (ou seja, sem tranqüilidade alguma), a Sra. Weasley dividiu todos para ajudarem a terminar de arrumar a casa para o casamento e para o jantar logo mais em comemoração ao aniversário de Harry.

O jantar, por amis incrível que parecesse transcorreu sem maiores agitações. Moody e Kim passaram para desejar feliz aniversário a Harry e logo foram embora, alegando muito serviço a fazer. Já depois do jantar, Harry conversava com os amigos e conferia os presentes. Um relógio do Sr.e da Sra. Weasley (dado a todo bruxo que completa 17 anos); um livro de DCAT avançada e atualizada, de Hermione; um kit para cuidados com vassoura, do Rony; um barbeador mágico de Gui e Fleur; uma pequena bainha de couro de dragão para guardar varinha, de Carlinhos e Milena (Agora você pode parar de guarda a varinha no bolso de trás Harry!), e entre outros presentes um grande estoque das Gemialidades Weasley.

– Harry, pode vir aqui um minuto? – Perguntou Fred.

– Te esperamos no jardim. – Completou Jorge, e os gêmeos saíram sem esperar a resposta de Harry.

– Adiantaria dizer não? – Resmungou Harry entre dentes e rumou para os jardins.

– Harry, Harry! – Começou Jorge.

– Bela noite para uma boa conversa nos jardins, não?! – Comentou Fred.

Harry olhou para cima e admirou uma bela lua prateada com estrelas brilhando em volta.

– Boa noite para namorar não é Fred?

– Com certeza Jorge. Muito boa para namorar!

– E por falar em namoro Harry! – Disse Jorge pondo a mão no ombro de Harry.

– O que quer com a nossa irmã? – Fred foi direto ao assunto colocando uma mão no outro ombro de Harry.

– Como assim o que quero com Gina? – Harry tentou fugir do assunto se afastando para a sebe ao lado.

– Ora Harry, sabemos muito bem o que aconteceu no salão comunal da Grifinória semestre passado! E sabemos que terminou com ela a uns 2 meses.

– O que eu e Fred queremos saber é: O que quer com ela afinal? – Perguntou Jorge num tom um pouco mais alto.

– Acha que pode usá-la assim, se aproveitar dela na frente de todos e descartar como um chinelo velho que não serve mais? – Perguntou Fred um pouco mais exaltado.

– Afinal de contas, quem são vocês? – Questionou Harry já nervoso. – Um poço de exemplo, de boa conduta? Os pais da Gina? Os meus pais?

– Só queremos proteger a nossa irmã! – Disseram ao mesmo tempo.

– Ótimo. Porque eu também. Não percebem? Não vêem que comigo ela estará correndo perigo? Eu sou o escolhido lembram? O menino que sobreviveu, o garoto de 17 anos que vai tentar matar Voldemort! Sou um perigo para vocês, pra ela e para qualquer um que chegue perto de mim com boas intenções! Todos que eu amo morrem! Não quero que um de vocês seja o próximo. Não quero que ela seja a próxima! Ela corre perigo perto de mim. – Desabafou Harry de uma vez só, tudo aquilo que estava entalado em sua garganta e em seu peito.

Tentou entrar mais foi impedido pelos gêmeos.

– Sabe Harry, eu e Fred concordamos com você!

– Menos em um ponto Jorge!

– Ela corre mais perigo sem você por perto!

Ao dizerem isso eles se afastaram e deixaram um Harry nervoso e confuso atravessar o jardim de volta para “A Toca” sem perceber um par de olhos castanhos brilhantes e marejados seguindo-o atrás de uma das sebes dali.


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