A Caçada Final escrita por J Luna


Capítulo 15
Capítulo 15 - O ataque a Plataforma 9 ½


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, desculpem a demora em postar.

Não tenho muito o que dizer sobre este capítulo, apenas que espero que gostem. E por favor, comentem!!!! :´(



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– Então o que fizeram com os suspeitos? Eles estão presos, né? – Perguntou Gina olhando para o namorado.

– Sim, eles estão em Azkaban até a segunda ordem. Mas o Ministério está preocupado, já que os Dementadores parecem ter uma inclinação por servir Voldemort. Deixaram alguns Aurores lá também, como para ficar de olho nos Dementadores.

– E se houver um ataque? E se os Dementadores atacarem os bruxos? – Perguntou Rony se lembrando do ataque de Dementadores no terceiro ano.

Ian deu de ombros e respondeu: - Eles são bons em conjurar um patrono.

A conversa entre eles foi interrompida por uma leve batida na porta que se abriu e revelou uma cabeça cheia de cabelos loiros, um rosto branco meio rosado de vergonha. O garoto olhou para dentro da cabine, se endireitou esticando a camisa verde que vestia e olhou para Ian.

– Erick, o que está fazendo aqui?

O pequeno garoto fitou Ian com seus olhos azuis claros iguais ao do irmão e correu novamente os olhos pela cabine parando um instante em Harry antes de se voltar novamente para o irmão.

– Estava te procurando. A mulher do carrinho vai passar em breve e eu tô com fome! – Disse o garoto ignorando os olhares dos outros e a própria vergonha. Ele era tímido, exatamente como Mione lembrava que Ian tinha sido um dia.

– Vem cá. – Respondeu Ian com um sorriso fraterno, envolveu o irmão em um pequeno abraço e fez ele se sentar ao seu lado. – Deixa apresentar você. Esta é Gina Weasley – Começou Ian apontando para Gina que estava ao seu lado. O garoto arregalou os olhos e olhou para o irmão.

– Essa é...

– Sim, é a minha namorada.

Erick corou um pouco antes de estender a mão para Gina.

– Prazer senhorita Weasley.

Gina sorriu ao ver que Erick estava herdando a educação típica dos homens Rockwood que ela conhecia.

– O prazer é meu senhor Rockwood.

– Pode me chamar de Erick – Respondeu o outro sorrindo timidamente.

– E esta é Hermione Granger. Minha melhor amiga.

– Prazer senhorita Granger.

– E estes são Luna Lovegood, Ronald Weasley e Harry Potter. – Terminou Ian apresentando o irmão a todos na cabine.

Erick cumprimentou todos com um aperto de mão e um sorriso tímido e parou um pouco em Harry, como se para ele o garoto também fosse uma lenda. Após todas as apresentações, Erick olhou novamente para o irmão e se levantou.

– Vou comer com meus colegas de dormitório.

– Ok, vai sim. Pegue aqui e coma direito. – Disse Ian entregando alguns galeões, sicles e poucos nuques para o irmão mais novo que o abraçou e saiu da cabine fechando a porta atrás de si.

– Como ele é fofo! – Disse Mione depois que o mais novo saiu.

– Sim, muito lindinho ele! – Completou Gina.

– Ah, ele é a alegria da família. Todo carinhoso. Estava ansioso para vir pra Hogwarts. No meu primeiro ano meus pais tiveram que segura-lo, ele queria correr e entrar no trem a qualquer custo para vir comigo. Ele só tinha cinco anos e nunca tínhamos nos separado por tanto tempo. Mas eu prometi que voltaria para casa todos os natais para passar com ele.

– É por isso que nunca ficou na escola no feriado de natal?

– É sim Mione. Eu tinha ótimos motivos para ir pra casa. – Disse Ian sorrindo.

O restante da viagem foi tranquilo. Entre rondas e conversas animadas nenhum incidente foi constatado, apesar de todos os estudantes estarem voltando para casa. A plataforma estava realmente cheia aquele dia. Todos os pais e responsáveis estavam lá para receber seus filhos. Harry desceu do trem ao lado de Rony e Mione quando avistaram o Sr. e a Sra. Weasley esperando há alguns metros da porta do trem.

– Harry, Rony, Mione queridos! Que bom que chegaram! – Disse a Sra. Weasley dando um forte abraço nos três. – Onde está Gina?

– Vindo ai com o namoradinho dela – Disse Rony ríspido.

– Rony! – Hermione brigou com ele.

– Ah, sim – Disse a Sra. Weasley parecendo preocupada. – Ela me enviou uma carta me contando. Ah, ali está ela!

Gina tinha acabado de descer do trem com a ajuda de Ian.

– Boa noite Sra. Weasley. Sr. Weasley. – Ian cumprimentou os sogros.

– Olá Ian!

– Mãe, pai! – Gina deu um abraço nos dois e voltou a ficar ao lado de Ian, passando um braço pelo braço do namorado. – Acho que contei a vocês, mas preciso contar oficialmente. Ian e eu estamos namorando. – Disse Gina alegre. Alegre demais para o gosto de Harry.

– Sim querida, contei ao seu pai também.

– Espero ter a aprovação dos dois. – Disse Ian. A Sra. Weasley fez menção de dizer algo, mas foi interrompida pelo Sr. Weasley.

– Molly querida, temos que ir. Estão nos esperando.

– Claro. Ian, querido, foi um prazer vê-lo novamente. – Olhou ao redor e completou – Seus pais? Não vão te buscar?

– Ah, não. Parece que eles tiveram uma emergência no Ministério. Mas não se preocupe Sra. Weasley, eu já posso aparatar a alguns meses. Chegaremos em segurança. Falando nisso, cadê o Erick? – Perguntou Ian olhando o relógio e parecendo preocupado – Temos que ir logo.

Todos olharam ao redor e viram Erick saindo de um dos vagões do trem e ir em direção ao irmão.

– Vamos? – Perguntou o garoto a Ian. – Papai e mamãe disseram para ir assim que chegassemos à plataforma.

– Você que demorou a sair. E cadê a educação garoto? Esses são o Sr. e a Sra. Weasley. Pais de Gina. O Sr. Weasley é colega do papai no Ministério.

– Ah, sim – Disse Erick parecendo tomar conhecimento dos outros ao redor. – Desculpe meus modos. Muito prazer. O Sr. é o Sr. Wesley! Meu pai fala muito do Sr. Ele diz que devia estar em um lugar melhor no Ministério, disse que trabalha muito bem.

– Ah, diga a seu pai que agradeço o elogio. – Disse o Sr. Weasley parecendo desconfortável.

– Erick, pare de amolar as pessoas. Vamos, temos que aparatar logo. Vou mandar nossas bagagens por feitiço. Sr. e Sra. Weasley. Potter, Weasley. – Disse Ian despedindo-se rapidamente de todos. De repente ele parecia preocupado demais com o horário. – Espero ver todos em breve. Mione, minha querida, me escreve como faz todo natal sim?

– Claro que vou. – Respondeu a garota dando um abraço em Ian.

– Gina, meu bem. Nos vemos em breve. – Disse ele voltando-se para Gina e dando um leve beijo em seus lábios. – Não se demorem aqui, pode ser perigoso. Até mais. Vamos Erick.

Juntos Ian e Erick seguiram para o vagão das bagagens. Harry observou quando Ian soltou as duas corujas, uma cinza pequena e a outra, branca com amarelo que já era conhecida e então com um floreio da varinha fez as malas e as gaiolas desaparecerem, segurou firme em Erick e girando sobre os pés, aparatou.

Harry mal teve tempo para processar a informação quando ouviu um barulho e um grito.

– Estão atacando! – Gritou um homem próximo a eles.

Harry se virou e viu vultos negros aparecendo por toda plataforma. Vários pais conseguiam segurar seus filhos e aparatar, mas alguns ainda ficaram e pareciam não saber para onde ir. Aurores passavam entre os alunos mais velhos que estavam desacompanhados para mandá-los aparatar, e guiavam os mais novos e os pais para dentro do trem. Ele puxou a varinha no momento em que Hermione dizia.

– São trouxas. A maioria dos pais que ficaram são trouxas!

Ele, Hermione, Rony, Gina e Luna assumiram posição de combate um de costas para o outro. O Sr. Weasley ajudava a defender alguns pais enquanto a Sra. Weasley ficava perto dos garotos.

– Hermione, consegue aparatar levando duas pessoas?

– Consigo Sra. Weasley.

– Leve Harry e Rony, eu levo Luna e Gina.

– O que? Não! – Protestou Harry – Temos que ajudar!

– Não Harry, tenho que mantê-lo a salvo. – Respondeu a Sra. Weasley lançando um feitiço em um Comensal que se aproximava.

O grupo começou a lançar feitiços enquanto um grupo de cinco ou seis Comensais avançava lentamente para eles. A intenção pelo que se via não era matar nenhum dos nascidos trouxas, ou seus pais, visto que os feitiços lançados não eram tão danosos.

– O que eles querem afinal? – Gritou Gina.

– Talvez só assustar. – Disse Hermione.

O grupo viu quando um dos Aurores conjurou um Patrono e o cachorro correu e desapareceu. Eles tinham enviado uma mensagem ao Ministério. Alguns minutos se passaram entre gritos e feitiços. Todos os pais trouxas e seus filhos estavam dentro do trem em proteção, rodeados por alguns Aurores. Os outros lutavam na Plataforma para impedir o gradual avanço dos Comensais, quando Harry observou vultos brancos surgindo por toda Plataforma e dentro do trem. Seu momento de distração fez com que ele se afastasse um pouco do grupo e sentiu uma mão segurá-lo pela gola da camisa.

– Encontrei você Potter!

Ele não precisou virar para saber quem era.

– Malfoy.

– Pode me chamar de Lúcio!

**

Ian sentiu o chão sob os pés e puxou Erick para cima antes que o garoto caísse.

– Ainda não se acostumou a ficar de pé? – Perguntou ele rindo do irmão mais novo.

– Isso enjoa.

– Acho bom não falar assim perto dos amigos do papai. Um bruxo que enjoa ao aparatar é como... – Ele ia falar “é como um bruxo que não gosta de voar”, mas se lembrou de Hermione e parou no meio da frase.

– Como o que?

– Nada Erick. Quase todo bruxo enjoa nas primeiras vezes que aparata. Ragorn! – Chamou Ian e um elfo apareceu diante dele.

– Meu senhor chamou? – Disse o elfo fazendo uma reverência.

– Meu caro elfo, nossos pertences chegaram?

– Sim meu senhor, estava arrumando seu quarto nesse instante.

– E o meu? – Perguntou Erick

– Eu mandei as bagagens juntas Erick! Mulic deve estar arrumando. – Respondeu Ian.

– Sim meu senhor, Mulic está no quarto do jovem Rockwood nesse instante.

– Obrigado Ragorn. – O elfo fez menção de sair, mas Ian chamou-o de volta. – Espere, pode ver se está tudo bem na Plataforma 9 ½?

– Claro meu senhor.

O elfo sumiu e Ian subiu para o quarto com Erick. No momento em que alcançaram o topo da escada Ragorn retornou.

– Meu senhor, temos problemas na Plataforma 9 ½.

**

Harry olhou ao redor tentando encontrar Hermione ou Rony. Mais Comensais tinham aparecido e agora estava mais difícil controlar o caos. A mão de Lucio Malfoy apertaram o pescoço dele mais uma vez, sua varinha a centimetros a seus pés.

– Está invigilante demais para um soldado em guerra Potter!

– Está forte para um velho Lucio!

Diante do insulto, Lucio Malfoy soltou Harry e o atingiu na cabeça fazendo o garoto cair.

– Nunca mais vai me insultar assim Potter! – E bufando levantou Harry novamente – Se não tivesse que entregá-lo vivo ao Lorde, juro que o mataria agora mesmo.

Lucio não tinha percebido, mas na queda Harry conseguira recuperar a varinha e agora estava apontando-a para o peito dele.

– Estupefaça! – Gritou Harry e Lucio foi arremessado contra a parede da Plataforma. Correndo, Harry encontrou Hermione e Rony que duelavam lado a lado.

– Onde está Gina?

– Com minha mãe – Gritou Rony – Onde você estava?

– Malfoy me pegou.

– Draco?

– Lucio.

Os Comensais continuavam a avançar por fora do trem, logo a passarela da Plataforma acabaria e eles chegariam ao final do trem. Não tinha mais para onde ir. Alguns Aurores tinham se encarregado de aparatar com o máximo de trouxas que era possível fazer em segurança e o número de pessoas na Plataforma diminuia gradativamente. Um grupo de bruxos tinha retornado a Plataforma, aparentemente após deixar os próprios filhos em segurança.

Harry não tinha certeza se estava realmente vendo aquilo ou se a batalha estava causando alucinações nele, mas logo a sua frente ele viu uma nuvem de cabelos vermelhos agitada lutar contra um Comensal, perto, muito perto dela. O Comensal a desarmou e a agarrou com os braços fazendo-a gritar.

– GINA! – Harry gritou e ele, Rony e Hermione avançaram para onde ela estava com o Comensal.

Cinco Comensais se postaram entre eles e começaram a lançar feitiços para evitar o progresso dos três. Eles tinham conseguido estuporar dois quando um feitiço atingiu o Comensal que segurava Gina e Harry reconheceu-o, era Nott. Outros feitiços rápidos se seguiram e os outros três Comensais na frente deles desabaram inconcientes. Foi só então que Harry pode ver um borrão de vestes negras com uma varinha em punho correndo para Gina e a abraçando forte.

Ian.

Harry olhou a sua volta, muitos bruxos tinham se juntado a batalha na Plataforma e os Comensais iam se afastando gradativamente. Os que ainda resistiam de pé cercavam-se de dois ou três que tinham sido atingidos e aparatavam. Outros tinham acordado e corriam para ajudar também. Ele pode reconhecer Malfoy correndo e segurando um cambaleante Nott antes de ambos sumirem. Em menos de um minuto a Plataforma estava vazia de Comensais e cheia de Aurores, funcionários do Ministério e jornalistas.

– Gina! Rony! Meninos! Que bom que estão bem! – Uma agitava Sra. Weasley vinha correndo para o grupo e abraçou os filhos, certificando-se de que estavam inteiros. Ela olhou para Gina quase desesperada – Minha querida, vi um Comensal te atacar. Tentei chegar até você e não conseguia.

– Tudo bem mãe, Ian me salvou.

– Ian? Ah, Ian. Que bom que voltou. Vamos, temos que sair logo daqui. Vem com a gente? – Disse ela olhando para o garoto mais uma vez.

– Eu... eu não sei. – Ian parecia surpreso com o convite e antes que pudesse responder ouviu alguém chama-lo.

– Ian! – Seus pais vinham na direção dele acompanhados pelo Sr. Weasley, Lupin e Tonks.

– Ian, por Merlim! O que faz aqui? Onde está Erick?

– Calma mãe. Erick está em casa. Deixei ele em segurança e voltei para cá.

– Eu disse para vocês irem para casa. Não devia ter voltado aqui! Podia ter se ferido.

– Pai, está tudo bem. Eu fui para casa com Erick assim que chegamos a Plataforma.

– É verdade! – Gina entrou na conversa em defesa do namorado. – Quando chegamos Ian se despediu e foi embora com Erick. Mas ele... ele voltou. – Terminou ela olhando para o namorado.

Porque, era a pergunta que pairava nos olhos de todos.

– Como soube do ataque? – Perguntou Lupin desconfiado.

– Pedi ao meu elfo que desse uma espiada, - Começou ele e desviou o olhar incrédulo de Hermione, e continuou, um pouco mais sem graça - queria saber se Gina estava em segurança.

– Gina? – Perguntou o Sr. Rockwood, e então piscou algumas vezes.

– Gina! É claro. – Disse a Sra. Rockwood alegremente – Essa bela jovem é a moça sobre a qual nos escreveu. É a sua namorada!

– Sim mamãe, papai, esta é Gina Weasley. Minha namorada. – Disse ele olhando de lado para os pais de Gina.

Gina foi abraçada por Morgana e depois por Atila. Todos se cumprimentaram um pouco mais felizes e aliviados pelo fim do ataque.

– É melhor não nos demorarmos aqui. – Disse Atila olhando ao redor e observando o grupo que circundava o Ministro. – A imprensa não vai demorar a nos ver.

Como se captasse as palavras dele, um jornalista se virou e empunhou uma camera. Outro com um bloco nas mãos correu para o encontro deles.

– Sr. e Sra. Rockwood, o que vocês tem a dizer sobre o incidente?

– Ali tem um armário para vassouras, entrem e aparatem imediatamente. Não precisamos de uma foto de capa com as familias todas reunidas não é. – Disse a Sra. Rockwood dando um beijo em Ian. – Pode ir com Gina se quiser, mas certifique-se que Erick está bem.

O grupo se afastou dos Rockwood, só então Harry percebeu que Lupin e Tonks não estavam mais lá. Não foi até aparatarem a porta do Largo Grimmauld que ele tornou a vê-los.

– Não pudemos arriscar que Lupin fosse visto. – Disse Tonks assim que eles chegaram. – Que bom que estão bem. Olá Ian. – Disse ela sorrindo para o garoto.

– Olá Tonks!

O grupo fez barulho ao chegar a casa e acabaram despertando uma velha “amiga” de todos.

Escoria! Raça imunda! Traidores do sangue! Sujando o solo da casa de meus antepassados! Saiam daqui eu ordeno.

O Sr. Weasley meneou a varinha e cobriu o retrato da Sra. Black para acalmá-la. Foi só então que Harry parou e olhou ao redor. Viu o papel de parede verde da Sonserina e seu estomago caiu mais uma vez. Ele estava de volta a casa de Sirius, a casa em que um dia pensou que moraria com o padrinho.

– Vou ver se Monstro preparou algo para comer. – Disse a Sra. Weasley indo para a cozinha acompanhada por Tonks.

– Arthur, precisamos conversar. – Chamou Lupin e os dois entraram em uma sala trancando a porta a trás deles.

Harry entrou em outra sala com Rony, Mione, Gina e Ian, e sentaram-se, cansados.

– Preciso saber se meu irmão está bem. – Disse ele olhando com um certa pontada de culpa para Hermione antes de chamar. – Ragorn!

O elfo esguio apareceu sentado no joelho direito de Ian e Harry reparou que ele usava uma camisa verde, com um pequeno brasão bordado, como uma marca de posse.

– Sim mestre?

– Erick está bem?

– Sim meu senhor. Ele desfez as malas com a ajuda de Mulic e foi tomar um banho. Irá jantar em alguns minutos, mas está preocupado com o senhor e com seus pais.

– Diga a ele que estamos todos bem. Papai e mamãe estão na Plataforma, cuidando de alguns fotografos. Provavelmente não voltarão ao Ministério, todos querem ir para casa e cuidar de seus filhos. Diga ao Erick que estou com Gina e vou embora mais tarde.

– Sim meu senhor. Mais alguma coisa?

– Sim, não mencione o lugar onde estou.

– Certamente meu senhor!

– Obrigado Ragorn. Pode ir. – E com um pequena reverencia o elfo voltou a sumir.

– Ele estava vestindo uma camisa com o brasão da sua familia? – Foi a primeira coisa que Hermione perguntou.

– Estava. – Respondeu Ian pensando na provavel bronca que viria depois.

– Porque?

– Os elfos lá de casa usam, todos eles.

– Todos? Quantos elfos você tem?

– Eu, apenas um. Mas temos seis. Um para cada membro da familia e dois para ajudarem a cuidar do restante da casa. Eles são livres Mione. – Adicionou Ian quando viu o olhar dela. – Por isso eles estava usando roupa e não o trapo que costumam usar. Eles até ganham em galeão. Tem férias e tudo mais.

– Isso é verdade!

– Sim é, por que acha... – Mas o restante da frase dele foi interrompido por um Hermione que acabava de pular nele e dar-lhe um abraço.

– Você é incrível! Desculpe. Não entenda isso mal Gina. – Disse a garota com um sorriso sem graça voltando a se sentar no outro sofá.

Gina fez uma forçada cara de brava e caiu na gargalhada.

O jantar foi servido alguns minutos depois por um Monstro contente, aparentemente pela presença de Ian que representava para ele o único Sonserino de Sangue-puro que tinha entrado na casa há anos.

– Então, o que exatamente aconteceu na Plataforma? O que os Comensais queriam? – Perguntou Rony.

Lupin olhou para todos na mesa e parou o olhar em Ian.

– Vou embora depois do jantar, se isso te deixa feliz. Então vai poder conter para eles. – Disse Ian percebendo o olhar de Lupin.

– O que? – Perguntou Gina um pouco perturbada. – Sua presença aqui não é motivo de desconfiança. Você é meu namorado.

– Lupin desconfia de mim.

– Lupin desconfia de todos que são da Sonserina. – Disse Tonks. – Vamos lá Remo, conheço Ian há algum tempo para saber que ele não vai fazer mal algum. Afinal, ele sabe muito bem o que aconteceu na Plataforma.

– Muito bem – Disse Lupin finalmente concordando com Tonks. – Há alguns dias, meninos, o Ministério conseguiu interceptar uma troca de correspondencias via Rede de Flú entre dois suspeitos de serem antigos Comensais.

– Nós sabemos – Disse Harry.

– Ian nos contou no trem. – Respondeu Mione desejando imediatamente não ter dito, mas isso pareceu não surpreender Lupin.

– Meu pai me contou. Acho que ajudaria a manter a mim e a meu irmão em segurança. Eles estavam em uma reunião entre o Ministro e os Chefes dos Departamentos do Ministério e não poderiam ir nos buscar.

– Seu pai é chefe de um Departamento? – Perguntou Rony curioso – De qual?

– O Departamento de Mistérios – Repondeu Mione para ninguém em particular. Vendo que todos olhavam para ela, continuou. – Ele é o Chefe de lá há anos. Ian me contou.

Ian acentiu com a cabeça e eles voltaram a atenção para Lupin.

– Quando o Ministério desvendou parte do código, enviou Aurores para a escola, pensando que assim os alunos estariam seguros. Depois convocou uma reunião com McGonagall e os dois decidiram que seria prudente esvaziar a escola durante o natal. O Ministro Rufus Scrimgeour achou que isso bastava, mas Atila Rockwood aconselhou a colocar Aurores de prontidão na Plataforma, caso algo acontecesse. Claro, ouve uma briga de opiniões. O Ministro insistia que os cinco Aurores que estariam no trem seriam o suficiente para fazer a segurança dos alunos, porém Atila não concordava com isso. Conversou a sós com Alastor e sugeriu que enviasse mais alguns Aurores a Plataforma hoje para cobrir o desembarque. – Lupin fez uma pequena pausa e continuou - Parece que ele estava certo afinal. Mesmo com o maior número de Aurores tivemos dificuldade em parar o ataque e só tivemos mais sucesso porque um dos Aurores chamou Moody e todos que estavam na reunião foram para a Plataforma. Ainda bem que ninguém ficou ferido. Pelo menos nenhum dos alunos ou seus pais.

– Eram muitos Comensais. – Observou Hermione.

– Provavelmente vinte ou trinta – Disse Tonks – Não sabemos o porque de enviar tantos para atacar alunos e pais, mas sabemos que haviam muitos trouxas entre os pais. Provavelmente...

–... Era o alvo deles – Completou Hermione.


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