A Caçada Final escrita por J Luna


Capítulo 14
Capítulo 14 - Quadribol


Notas iniciais do capítulo

Finalmente temos o Quadribol!!

Bem pessoal, segue o capitulo novo! Não tenho muito o que falar sobre ele. Apenas que espero que vocês gostem...
E espero os comentários!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412764/chapter/14

Gina e Harry não tiveram tempo para conversar depois do baile de Halloween. As aulas, as pesquisas e os treinos tomavam cada vez mais tempo. Era uma manhã de sábado quando Harry entrou no campo de Quadribol com sua Firebolt, o jogo seria no próximo fim de semana.

– Vamos lá pessoal, vamos treinar!

Ele observou os jogadores com atenção. Estava mais quente aquela manhã e todos pareciam animados.

– Nossa primeira partida é semana que vem contra a Sonserina. – Ele deu uma rápida olhada em Gina. – Espero que possamos fazer um grande jogo!

– Harry, acha que devemos jogar mais ofensivos?

– Por que pergunta isso Jimmy?

– Porque os batedores deles vão massacrar a gente... e os artilheiros... – Jimmy parecia preocupado, muito preocupado.

– Bom Jimmy então só tem uma coisa a fazer... Massacrá-los primeiro.

– Onde conseguiu essa vassoura? – Perguntou Rony de repente parando ao lado de Gina.

– Presente. – Respondeu ela rapidamente. Ela tinha uma Nimbus 2001 na mão.

– Presente? De quem?

– Ian.

– Porque ele te deu uma vassoura antes do jogo contra Sonserina?

– Talvez porque achasse que seria mais fácil. Todos eles tem vassouras novas não é?

– Ou talvez – Interrompeu Dino com certo desanimo – ele não queira que seja tão fácil para eles.

– Não será fácil para eles! – Disse Harry soltando as bolas para o treino.

Harry fez todo o time treinar duro aquela manhã. Jimmy tinha dito o que passava pela sua cabeça também.

Duas horas depois o time se recolhia para o vestiário. Gina suspeitou que Harry só parou o treino porque Sonserina chegaria em meia hora para treinar também. Ele tinha ficado mais no canto do vestiário e demorava a arrumar suas coisas. Todos já tinham saído quando Harry pegou a mochila e a vassoura e virou-se para sair também. Só então percebeu que não estava sozinho no vestiário. Gina ainda estava lá, olhando para ele.

– Gina, pensei que já tivesse saído.

– Estava te esperando. – Ela olhava para ele decidida a conversarem.

– É sobre o treino? Porque Sonserina vai chegar em alguns minutos e não quero correr o risco que ouçam alguma coisa.

– Não Harry, é sobre você, sobre mim... – Ela fez uma ligeira pausa antes de continuar. – Sobre nós.

“Sobre nós”, aquelas duas palavras bateram em Harry como uma pancada. Ele estava decidido a não pensar nele e em Gina como “nós”, e agora ela estava ali para conversar com ele.

– Tem que ser agora?

– Sim Harry, tem que ser. Não quero ir para o jogo com essa conversa pendente e durante a semana nunca dá tempo.

– E se Sonserina chegar?

– O que quer dizer?

– Se o seu namorado não gostar de nos ver sozinhos no vestiário? – Harry falou a palavra namorado com certo rancor. Percebendo isso virou-se para fitar a mochila em suas mãos. – Não quero causar problemas para vocês, estão tão... felizes.

Claro, algumas pessoas já sabiam que Ian Rockwood e Gina Weasley estavam namorando. Eles eram vistos juntos em público com uma frequência maior agora que estavam oficialmente namorando e nem Gina nem Ian faziam questão de esconder.

– Sim ele está realmente feliz, mas eu ainda preciso resolver algo na minha vida. – Gina olhava para Harry com um olhar sincero. – Só então poderei dizer que estou feliz.

– Gina...

Harry não pode dizer o que tinha pensado. Eles ouviram barulhos do lado de fora e a porta do vestiário abriu. Ian parou quando viu os dois.

– Pensei que o treino tivesse acabado.

– E acabou - Falou Harry jogando a mochila novamente nas costas. - Só estávamos conversando.

– Bem, posso voltar depois para me trocar. – Ian já saindo quando Harry o chamou.

– O horário é seu agora, só estamos atrapalhando.

Harry passou por Ian olhando-o, quase encarando e saiu rumo a escola.

– Atrapalhei algo? – A voz de Ian, sempre calma estava ligeiramente alterada. Harry estava certo, ele não gostou nem um pouco da cena. Por mais que Gina e Harry estivessem distantes um do outro, eles estavam sozinhos no vestiário.

– Não atrapalhou nada. Só estávamos conversando, como Harry disse. – Gina se aproximou do garoto e depositou um beijo leve em seus lábios. – Agora querido namorado/adversário, vou deixar você treinar. – E com uma piscadela ela saiu para a escola também.

Ian porém pareceu não engolir a história.


– O que você e Harry estavam conversando? – Perguntou Ian durante o jantar naquele mesmo dia. Os dois estavam sentados em um canto na mesa da Sonserina. O salão não estava muito cheio.

– Já disse Ian, coisas sobre o treino.

– Sei.

Harry olhava para o casal na mesa da Sonserina. Sua comida intocada.

– O que foi Harry? – Perguntou Rony preocupado. Hermione seguiu o olhar de Harry e viu Ian e Gina conversando.

– Harry...

– Deixa pra lá Mione. Deixa pra lá.

– Vocês precisam conversar.

– Tentamos. Ela pediu pra falar comigo hoje depois do treino, mas Ian chegou antes.

– Ian?

– É, ele chegou para o treino e nos viu conversando.

– Mas Harry, - Rony voltou a falar com o amigo – o treino da Sonserina seria meia hora depois que terminamos. Você ficou tanto tempo assim no vestiário?

– Eu... fiquei enrolando um pouco. Queria pensar. Perdi a noção da hora.

– Mas a Gina te esperou.

– Esperou. – Porque? Pensou Harry. Ela tinha dito que não queria esperar até o jogo, mas porque ela não interrompeu os pensamentos dele e falou logo o que queria. Ele tinha percebido que os outros demoraram no vestiário conversando sobre o treino. Rony até tentou chamá-lo para a conversa, mas depois o deixou sozinho. Ela ficou pouco mais de dez minutos ali, esperando. E eles não tinham conseguido conversar ainda.

A partida contra Sonserina finalmente chegou. Um enorme entusiasmo contagiava toda a escola quando o assunto era a taça de Quadribol daquele ano. Aqueles pareciam ser os melhores times que as quatro equipes tinham reunido e era a última chance de ver todos juntos. Boa parte deles ira embora de Hogwarts no fim do ano letivo. Até apostas começaram a correr pela escola. Quem iria vencer a taça das casas?

Harry andou um pouco mais cedo em direção ao campo. Tinha pedido que os jogadores se reunissem antes para conversarem novamente sobre a estratégia de jogo. Sonserina jogaria duro, eles sabiam disso. Rony até tentou conseguir alguma informação sobre o time através de Gina, mas Ian não conversava sobre Quadribol com Gina, pelo menos não sobre o Quadribol de Hogwarts.

– Muito bem pessoal. Vamos fazer um grande jogo hoje! Treinamos duro, estamos preparados e Sonserina será apenas mais um adversário. – Por mais que tentasse ele não conseguiu achar o tom certo para falar aquilo. – Somos um grande time. Bem preparado e faremos de tudo hoje para sermos os melhores em campo. Mas lembrem-se, essa é nossa primeira partida, tudo bem que é contra a Sonserina, mas ainda temos mais duas pela frente...

– Isso significa que não tem problema se perdermos? – Perguntou Ritche.

– Não Ritche, significa que jogaremos com tranquilidade e para vencer. Não vamos perder. Não para Sonserina. – Harry tinha determinação estampada no olhar quando disse aquilo e isso pareceu contagiar a equipe.

Todos começaram a se preparar para o jogo. Estavam silenciosos e concentrados. Já podiam ouvir os gritos dos alunos nas arquibancadas. Parecia que toda a escola já estava lá.

***

Ian parou em frente a sua equipe. Todos já usavam as vestes de Quadribol. Estavam preparados para a partida.

– Muito bem equipe. Faremos um belíssimo jogo. Temos uma ótima equipe e um bom esquema e treinamos para isso. Vamos iniciar essa temporada com uma vitória. Chega de perder para a Grifinória. Não irei sair de Hogwarts sem ter vencido os leões. – Ian estava determinado. Sua voz se expandia pelo vestiário levantando o animo de todos ali. Eles estavam muito confiantes. Confiantes e orgulhosos, como bons Sonserinos.

– Vamos acabar com eles! – Disse Selwyn.

– Exato Eric. Vamos acabar com eles.

– Ian... – Começou Rowle – E a sua namoradinha?

Ian dirigiu um olhar feroz a Rowle.

– Não a chame assim. O que tem ela?

– Bom, se vamos acabar com o eles, ela também está no meio?

– Nada de balaços em Gina! – Disse ele olhando para Nott e Selwyn – E pegue leve ao marcá-la Mariet. Foi por isso que dividi a marcação dos artilheiros entre vocês. Não a machuque.

– Ok – Respondeu Rowle – Vou tentar.

***

Os dois times se posicionaram nas portas de seus vestiários, montaram as vassouras e saíram pelo campo. Fizeram sua apresentação para suas torcidas e Harry pode ouvir o rugir do grande chapéu-leão de Luna. Fazendo o costumeiro circulo no centro do campo, os dois times se posicionaram esperando que Madame Hooch iniciasse a partida.

– Muito bem, quero uma partida calma e justa. Estarei de olho em vocês.

Harry olhou para a frente e viu Ian pela primeira vez em uma posição diferente da costumeira.

– Preparado Potter?

– Sempre.

Madame Hooch soltou o pomo de ouro que voou perto dos dois apanhadores e logo sumiu e então os balaços. No momento em que a goles foi lançada Harry sentiu que aquela partida não seria nada fácil.

Rosier pegou a goles primeiro e numa rápida troca de passes entre ele e Catlemberg fizeram o primeiro gol de Sonserina. Rony mal tinha aquecido. Harry olhou para ele como se dissesse “calma amigo”. Gina pegou a goles e avançou, ela tinha se adaptado rapidamente a sua nova vassoura e Harry a viu avançar sozinha para só então passar a bola para Dino que marcou o primeiro. “Isso”, pensou ele, “a jogada rápida funcionou”.

O jogo seguiu complicado, os dois times marcando, os dois goleiros fazendo ótimas defesas, não era possível dizer quem estava mais inspirado, Rony ou Peter. O placar já estava 60 a 60 e nenhum sinal do pomo. Harry voava de um lado para o outro no campo e nada. Ian também não tinha visto nenhum sinal do pomo. Parece até que ele não tinha sido solto. Então ele viu Ian fazer um sinal para Catlemberg e o verdadeiro jogo de Sonserina começou a aparecer. O artilheiro empurrou Dino com força contra uma das colunas do campo mas Dino conseguiu passar a goles para Demelza antes de tentar desviar do obstáculo, então a foi a vez de Rosier avançar e dessa vez tomar a bola. Um balaço passou muito perto de Gina o que fez Harry estremecer e ouviu o capitão Sonserino gritar com Nott. Um bastão chacoalhou perto demais de sua orelha e esquerda e ao se virar Harry viu Jimmy Peakes brandir um balaço para longe dele.

– Parece que Sonserina cansou de brincar né.

Jimmy tinha razão, o jogo estava morno demais até aquele momento. Ele já estava se perguntando se Ian tinha mudado a forma brutal de Sonserina jogar. Ele olhou com raiva um enorme Rosier partir para cima de Demelza e derrubá-la sem dó de sua vassoura. Um balaço atingiu Rony e Sonserina marcou. Por sorte o goleiro se recuperou e continuou no jogo. Então ele viu.

Um brilho dourado passou rasgando pelo centro do campo e Harry teve a certeza que era o pomo. Ian também tinha visto. Os dois partiram em uma batalha em direção ao brilho dourado da pequena bola. Ombro a ombro eles se curvavam em suas vassouras para ganhar velocidade.

– Essa é minha Potter.

– Só nos seus sonhos Rockwood.

O pomo mudou repentinamente de direção e os dois apanhadores foram obrigados a frear bruscamente. Harry freou um pouco mais, enquanto Ian fez uma curva fechada quase na mesma velocidade em que estava e saiu na frente. Os dois tinham vassouras iguais, o que os deixava em pé de igualdade, mas o movimento tinha sido melhor para Ian. Harry porém alcançou-o em uma nova virada do pomo.

– Que droga! Parece até que está enfeitiçado. – Gritou Mione na arquibancada. Se Harry perdesse o pomo aquela seria a primeira vez em sete anos que Sonserina ganharia de Grifinória. Isso não poderia acontecer, poderia?

Harry se encontrou novamente ombro a ombro com Ian. Os dois batiam ombro e braço um no outro tentando desequilibrar mas eram muito bons para cair com aquilo. O pomo subiu ligeiramente e disparou para o chão.

– Essa droga de pomo adora fazer isso não é! – Gritou Ian antes de mergulhar. Só então Harry reparou o quanto estavam alto.

Ao guinar a vassoura para o chão ele pode ver o jogo lá em baixo. Demelza estava caída no lado do campo, Ritche Coote estava sentado com uma mão no estomago, ironicamente devia ter levado um balaço. A situação estava feia, ele tinha que pegar o pomo.

Eles estavam cada vez mais próximos do chão e Harry tinha certeza de que Ian iria até o fim, assim como foi no teste, assim como ele mesmo foi em seu primeiro jogo. E ele estava certo. Os dois apanhadores guinaram as vassouras para ficarem numa posição horizontal a apenas alguns metros do chão. As arquibancadas estavam explodindo. Nunca se vira algo daquele jeito.

Harry concentrou-se na pequena bola dourada a sua frente e ergueu a mão. Ian tinha feito o mesmo, porém dobrou um pouco o braço e bateu o cotovelo direito em Harry. Ele arfou se desequilibrando mas não caiu. O movimento porém o forçou a colocar a mão de volta na vassoura e deu alguma vantagem para Ian. Claro, aquele era o modo Sonserina de jogar. Ian não era Malfoy, ele era bom. Harry acelerou na vassoura, mas Ian já estava na frente. Ele observou o apanhador esticar novamente o braço e fechar o punho em torno do pomo de ouro. Pela primeira vez Harry tinha perdido o pomo para Sonserina.

***

Harry arrumava silenciosamente suas coisas. Ninguém parecia querer falar enquanto se trocavam para sair do vestiário. Lá fora ainda podia se ouvir a festa dos Sonserinos que deixavam o campo de Quadribol gritando “Rockwood, Rockwood”. Ele olhou para seus colegas, todos tinham alguma marca, alguma contusão como sinal da batalha que tinham acabado de travar, até mesmo Gina.

– Você se machucou também. – Observou ele.

– Estava sendo marcada pela Rowle. – Respondeu Gina dando de ombros.

– Pelo menos não levou um balaço. – Disse Rony desanimado.

– Qual é pessoal, vamos tentar nos animar um pouco! Sabíamos que seria difícil, certo? – Dino tentou sem sucesso animar o time.


O restante do semestre pareceu passar lentamente para Harry. A derrota para Sonserina ainda estava engasgada. Corvinal ganhou de Lufa-Lufa por 180 a 50, o que os deixava em segundo e Grifinória em terceiro. Precisavam vencer as outras duas partidas por uma diferença incrível e torcer para Corvinal perder para Sonserina também e Sonserina perder para Lufa-Lufa. Era uma matemática quase impossível de fazer.

O natal se aproximava e eles voltariam para A Toca. Harry estava ansioso para se afastar um pouco de Hogwarts e tentar pensar com mais clareza.

– Ei Harry, venha aqui. – Chamou Rony assim que ele entrou no salão comunal. Mione e Gina estavam sentadas ao lado dele.

– O que foi?

– Mamãe mandou uma carta. Moody a trouxe hoje de manhã.

– Moody está aqui?

– Ele veio conversar com a McGonagall. Algo muito importante.

– E o que diz na carta?

– Bom, ela disse que vamos passar o natal em um local diferente este ano. Vamos para a sede da Ordem. – Essa primeira parte fez Harry querer considerar a ideia de passar o natal em Hogwarts. – E ela disse que temos que ir, todos nós. Não podemos ficar aqui no Natal.

– Por que?

– Aparentemente é isso que Moody veio fazer aqui. Garantir que a escola seja esvaziada no Natal.Ou pelo menos que o menor número de alunos fique. A Ordem teme um ataque a escola.

– Ficarão aurores aqui? – Perguntou Gina.

– Já tem aurores aqui desde o início do ano. – Respondeu Mione.

– Como assim?

– Bem, é que percebi alguns bruxos diferentes perto da entrada da floresta um dia desses. E outros espalhados pelos corredores. E quando fomos em Hogsmead semana passada tinha alguns aurores no bar da Rosmerta.

– Você realmente percebe tudo Mione! – Disse Rony com uma voz de apaixonado. Harry pensou que ia começar mais um daqueles momentos melosos dos dois e tentou voltar ao assunto da carta.

– E o que mais diz a carta?

– Bem, ela disse que teremos novidades. Mas que não iria contar aqui.

– Ela deixou para eu contar! – Disse uma voz atrás dos meninos.

– Tonks!

– Olá! Minerva me fez o favor de autorizar minha entrada no salão comunal...

Os meninos abraçaram Tonks e ela se sentou perto deles.

– E então Dora! Qual a novidade? Porque mamãe deixou para você contar? – Perguntou Gina curiosa.

– Porque tem a ver comigo e com Lupin. – Eles olharam para ela com grande expectativa. Tonks respirou fundo e continuou - Advinha! Teremos outro casamento! – E todos comemoraram fervorosamente.

***

Harry estava sentado sozinho em um vagão a caminho de Londres. Estava pensando sobre seu destino. Como iria se sentir ao voltar a casa de Sirius? A casa que provavelmente ele moraria com o padrinho?

– Harry? Posso me sentar?

Harry olhou para a porta do vagão e encontrou Gina olhando para ele.

– Pode.

– O que foi?

– Nada.

– Harry, eu te conheço. Está pensando em Sirius? Na casa?

– Como você sabe?

– Eu disse. Te conheço.

– Ian não vai gostar de te ver aqui sozinha comigo.

– Você sempre usa essa desculpa quando não quer falar comigo?

Harry fitou os cadarços do tênis. Gina tinha razão, ele disse a mesma coisa depois do treino de Quadribol.

– Ele sabe que estou aqui. Será que vamos poder conversar no Largo Grimmauld?

– Sobre o que quer conversar?

– Queria saber se está tudo bem. Como você se sente ao me ver com Ian. Se ainda sente algo... – Gina não terminou, mas Harry sabia o que ela ia dizer.

– Olha Gina, não posso dizer que não senti ciumes de você quando ví Ian no casamento. Ou quando vi que vocês estavam se aproximando em Hogwarts. E principalmente no baile. Mas eu quero que você fique segura, protegida e feliz. E ver você no baile com ele me deu certo alivio, porque... porque você estava feliz com ele.

Harry finalmente tinha dito a Gina o que o machucava todo aquele tempo. Ele tinha desejado que ela ficasse segura e que encontrasse alguém que a fizesse feliz. E aparentemente ela tinha encontrado.

– Harry... – Gina começou a falar, mas foi interrompida por Luna.

– Oi Harry! Oi Gina! Posso sentar com vocês? – Ela olhou rapidamente para os dois antes de dizer. – Oh. Vocês estavam conversando. Desculpe, volto depois.

– Tudo bem Luna, pode ficar. – Harry se apressou em dizer e Gina pode notar que ele tinha ficado feliz, só não sabia dizer se tinha sido pela interrupção ou pela chegada de Luna.

– Tem muitos alunos no trem esse ano. Parece até que ninguém ficou em Hogwarts para o Natal. – Disse Luna sentando em frente a Harry.

– E ninguém ficou mesmo.

Hermione estava entrando no vagão, seguida por Rony. Os dois sentaram-se ao lado de Harry. Ian entrou logo atrás sentando ao lado de Gina.

– Quer dizer, ninguém mesmo? – Perguntou Harry tentando evitar o olhar de Ian.

– Sim. A professora McGonagall pediu que conferíssemos se todos os alunos da Grifinória estavam arrumando suas malas e agora tivemos que verificar se tinham embarcado.

– Também tive que conferir os alunos de Sonserina. – Disse Ian. – Eles não querem que ninguém fique na escola para o Natal.

– E os professores? – Perguntou Gina.

– Bom, alguns irão para casa. Outros ficarão lá de guarda com os aurores. – Respondeu Rony

– O que afinal de contas está acontecendo? Não foi noticiado nada preocupante.

– O Ministério conseguiu interceptar uma linha de comunicação entre prováveis Comensais da Morte. Eles falavam algo sobre ataque e escola. Presumiram que estivessem falando em Hogwarts, já que invadiram semestre passado. Acharam melhor não arriscar. – Respondeu Ian.

– Como fizeram isso? – Perguntou Mione intrigada.

– Eles usaram a rede de Flú para enviar as cartas, ao invés de mandar corujas. O Departamento de Transportes Mágicos detectou a intensa comunicação entre as casas de suspeitos. Foi assim que conseguiram um papel escrito em códigos. O que eles conseguiram traduzir foi suficiente.

– E como exatamente você sabe disso? – Perguntou Rony desconfiado.

– Ora Weasley, meu pai trabalha no Ministério. O seu também sabe o que aconteceu, só não te contou. – Disse Ian dando de ombros. – O importante agora é ficarmos atentos. Voldemort já deve ter todos os seus seguidores reunidos. Estará pronto para agir novamente em pouco tempo.

Os cinco na cabine estavam olhando para ele de uma forma curiosa.

– Você disse o nome dele. – Observou Luna.

– Eu aprendi com uma pessoa, que o medo de um nome aumenta o medo da coisa em si.

Harry olhou para Ian com curiosidade. Aquela, ele sabia, era uma frase de Dumbledore, o diretor disse a ele em seu primeiro ano na escola.

– O que foi Potter? Você não achou que era o único aluno a conhecer o diretor, achou?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Caçada Final" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.