Lobos E Morcegos, Eterna Disputa escrita por Marshmallow Revolution


Capítulo 7
A disputa nunca acaba




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Revolution levantou-se de seu trono com um sorriso satisfatório no rosto dizendo:

- Já era hora, Hime-sama!

Marsh já ia respondê-la, mas ouviu alguns resmungos conhecidos, os de seus pequenos irmãos.

- Sey! Zeu! – disse, correndo em direção a eles e retirando todas as cordas de seus pequenos corpos – O que aconteceu? – virou-se para Revolution – Por que os amarrou desse jeito? Eles não têm nada a ver com isso, são crianças!

- São vampiros, Hime-sama. Você sabe muito bem que não gostamos de vampiros, certo?

- Sim, assim como sei que também não gostamos de lobos. Na verdade, detestamos.

- Veja, nossos sentimentos são recíprocos, isso não é bom? – disse a loba ironicamente.

- Hah, que incrível. Nunca havia pensado nisso.

Revolution riu mais uma vez.

- Você acha que vai se safar dessa, Hime-sama? – ao dizer isso, as gigantescas portas atrás dos vampiros fecharam-se repentinamente – Agora que você está aqui, posso matá-los de uma vez, assim como disse à sua pequena irmã que gosta de bancar a espertalhona.

Os lobos de Revolution já estavam em posição de ataque, prontos para lutar, porém a líder os rebateu dizendo:

- Não quero que vocês cometam o mesmo erro de antes, inúteis. Quem vai lutar com eles sou eu mesma. – então começou a se transformar numa graciosa loba de pelagem cinza – Até porque, isso aqui é pessoal.

Marsh riu enquanto tratava de proteger seus irmãos atrás dela.

- Pessoal?

- É, ou você já se esqueceu? – rosnou.

- Não, e jamais me esquecerei – a princesa então retirou sua espada da bainha e avançou para a loba.

Revolution se esquivou e elas começaram a se encarar novamente.

- E você, lembra-se disso aqui? – ela mostrou a espada.

- E como esquecerei? Foi essa coisa que vocês mesmos usaram para acabar com todo meu clã, seus malditos! – ela pulou em cima de Marsh, imobilizando-a – Vocês acabaram com nossas vidas! Vocês destruíram tudo! – rosnava.

- Mas quem começou com essa palhaçada toda foram vocês! – gritou a jovem.

- Eu não vou deixar vocês escaparem dessa. Farei seu pai sentir o que é não ter um filho, assim como ele me fez sentir o que é não ter um pai! – ela tentou morder o rosto de Marsh que conseguiu, com sorte, desviar.

Toda aquela falação boba deu tempo de Seysyu e Zeu conseguirem ficar próximo o bastante para socarem a cabeça da loba, o que desviou totalmente sua atenção de Marsh, soltando-a.

A vampira aproveitou para pegar a espada e, numa fração de segundo, enfiá-la no peito de Revolution. Esta caiu no chão, debatendo-se até morrer.

- Que líder patética. Morrer assim, tão fácil e tão rápido. – Marsh debochou.

Os lobos que observara começaram a uivar louca e ferozmente. Todos avançaram nos vampiros, mas Marsh logo tratou de dá-los um golpe com a espada que os fez morrer pateticamente igual à líder. Com suas habilidades e o poder da espada, foi fácil demais massacrar todos os lobos do clã, assim como seu ancestral – aquele que guardava a espada em seu caixão – fez centenas de anos atrás.

- Realmente – fora da clareira, Marsh suspirou – Nunca pensei que fosse tão fácil. Lobos são mesmo criaturas inferiores.

- Mas e se você não tivesse essa espada, nee-sama? – perguntou Sey.

- Ela ia conseguir massacrar todos do mesmo jeito, é a nossa nee-sama! – retrucou Zeu.

- Tem razão! Nossa nee-sama é a melhor! – a jovenzinha disse feliz.

Eles comemoravam enquanto Marsh aproximou-se do corpo gélido e ensanguentado de Ice Love. Marsh retirou suas palavras: Lobos não eram inferiores. Eram tão bons quanto os vampiros. Isso o que Seysyu disse estava certo. E se eu não tivesse a espada? pensou. Se não tivesse, poderia conseguir do mesmo jeito, porém com muito esforço e suor, senão teria o mesmo fim de sua colega, a morte.

- É complicado. – ela disse aos irmãos – Só posso lhes dizer que não sou a melhor.

Eles a olharam com curiosidade, porém decidiram não perguntar nada, conheciam bem a irmã para perceberem que, quando ela estava pensativa demais, era melhor não questioná-la.

Assim voltaram para casa. Ainda eram aproximadamente três da manhã e o uso do rosário ou dos anéis não seria necessário. Seysyu agarrava o braço da irmã forte enquanto Zeu contava o quão fora incrível na execução do plano do berrante.

Marsh sorria calmamente. Estava alegre por ter seus irmãos de volta. Não se importava com quantos lobos havia matado, com quantas histórias havia interrompido. Os lobos também haviam feito muita coisa a ela e à legião de sua espécie. Era uma guerra infinita, e daqui a alguns anos ela sabia que um novo clã iria surgir para se vingar desse ocorrido. Isso era normal na história dos lobos e vampiros.

Porém, enquanto ela tiver sua amada família, jamais se importará com esses animais. Assim como ela não era nada para eles, eles não eram nada para ela.

E ela, Seysyu, Zeu, Mallow, Ice Love, Revolution, os lobos que ela matou, os vampiros de seu castelo... Todos, sem exceção, sabiam disso. E todos, sem exceção, já estavam acostumados com isso. Podemos dizer que esse é o ciclo de vida dos lobos e morcegos e que, sem essa disputa, a existência deles aqui na Terra jamais teria feito sentido.

Revolution levantou-se de seu trono com um sorriso satisfatório no rosto dizendo:

- Já era hora, Hime-sama!

Marsh já ia respondê-la, mas ouviu alguns resmungos conhecidos, os de seus pequenos irmãos.

- Sey! Zeu! – disse, correndo em direção a eles e retirando todas as cordas de seus pequenos corpos – O que aconteceu? – virou-se para Revolution – Por que os amarrou desse jeito? Eles não têm nada a ver com isso, são crianças!

- São vampiros, Hime-sama. Você sabe muito bem que não gostamos de vampiros, certo?

- Sim, assim como sei que também não gostamos de lobos. Na verdade, detestamos.

- Veja, nossos sentimentos são recíprocos, isso não é bom? – disse a loba ironicamente.

- Hah, que incrível. Nunca havia pensado nisso.

Revolution riu mais uma vez.

- Você acha que vai se safar dessa, Hime-sama? – ao dizer isso, as gigantescas portas atrás dos vampiros fecharam-se repentinamente – Agora que você está aqui, posso matá-los de uma vez, assim como disse à sua pequena irmã que gosta de bancar a espertalhona.

Os lobos de Revolution já estavam em posição de ataque, prontos para lutar, porém a líder os rebateu dizendo:

- Não quero que vocês cometam o mesmo erro de antes, inúteis. Quem vai lutar com eles sou eu mesma. – então começou a se transformar numa graciosa loba de pelagem cinza – Até porque, isso aqui é pessoal.

Marsh riu enquanto tratava de proteger seus irmãos atrás dela.

- Pessoal?

- É, ou você já se esqueceu? – rosnou.

- Não, e jamais me esquecerei – a princesa então retirou sua espada da bainha e avançou para a loba.

Revolution se esquivou e elas começaram a se encarar novamente.

- E você, lembra-se disso aqui? – ela mostrou a espada.

- E como esquecerei? Foi essa coisa que vocês mesmos usaram para acabar com todo meu clã, seus malditos! – ela pulou em cima de Marsh, imobilizando-a – Vocês acabaram com nossas vidas! Vocês destruíram tudo! – rosnava.

- Mas quem começou com essa palhaçada toda foram vocês! – gritou a jovem.

- Eu não vou deixar vocês escaparem dessa. Farei seu pai sentir o que é não ter um filho, assim como ele me fez sentir o que é não ter um pai! – ela tentou morder o rosto de Marsh que conseguiu, com sorte, desviar.

Toda aquela falação boba deu tempo de Seysyu e Zeu conseguirem ficar próximo o bastante para socarem a cabeça da loba, o que desviou totalmente sua atenção de Marsh, soltando-a.

A vampira aproveitou para pegar a espada e, numa fração de segundo, enfiá-la no peito de Revolution. Esta caiu no chão, debatendo-se até morrer.

- Que líder patética. Morrer assim, tão fácil e tão rápido. – Marsh debochou.

Os lobos que observara começaram a uivar louca e ferozmente. Todos avançaram nos vampiros, mas Marsh logo tratou de dá-los um golpe com a espada que os fez morrer pateticamente igual à líder. Com suas habilidades e o poder da espada, foi fácil demais massacrar todos os lobos do clã, assim como seu ancestral – aquele que guardava a espada em seu caixão – fez centenas de anos atrás.

- Realmente – fora da clareira, Marsh suspirou – Nunca pensei que fosse tão fácil. Lobos são mesmo criaturas inferiores.

- Mas e se você não tivesse essa espada, nee-sama? – perguntou Sey.

- Ela ia conseguir massacrar todos do mesmo jeito, é a nossa nee-sama! – retrucou Zeu.

- Tem razão! Nossa nee-sama é a melhor! – a jovenzinha disse feliz.

Eles comemoravam enquanto Marsh aproximou-se do corpo gélido e ensanguentado de Ice Love. Marsh retirou suas palavras: Lobos não eram inferiores. Eram tão bons quanto os vampiros. Isso o que Seysyu disse estava certo. E se eu não tivesse a espada? pensou. Se não tivesse, poderia conseguir do mesmo jeito, porém com muito esforço e suor, senão teria o mesmo fim de sua colega, a morte.

- É complicado. – ela disse aos irmãos – Só posso lhes dizer que não sou a melhor.

Eles a olharam com curiosidade, porém decidiram não perguntar nada, conheciam bem a irmã para perceberem que, quando ela estava pensativa demais, era melhor não questioná-la.

Assim voltaram para casa. Ainda eram aproximadamente três da manhã e o uso do rosário ou dos anéis não seria necessário. Seysyu agarrava o braço da irmã forte enquanto Zeu contava o quão fora incrível na execução do plano do berrante.

Marsh sorria calmamente. Estava alegre por ter seus irmãos de volta. Não se importava com quantos lobos havia matado, com quantas histórias havia interrompido. Os lobos também haviam feito muita coisa a ela e à legião de sua espécie. Era uma guerra infinita, e daqui a alguns anos ela sabia que um novo clã iria surgir para se vingar desse ocorrido. Isso era normal na história dos lobos e vampiros.

Porém, enquanto ela tiver sua amada família, jamais se importará com esses animais. Assim como ela não era nada para eles, eles não eram nada para ela.

E ela, Seysyu, Zeu, Mallow, Ice Love, Revolution, os lobos que ela matou, os vampiros de seu castelo... Todos, sem exceção, sabiam disso. E todos, sem exceção, já estavam acostumados com isso. Podemos dizer que esse é o ciclo de vida dos lobos e morcegos e que, sem essa disputa, a existência deles aqui na Terra jamais teria feito sentido.


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