O Final Que Eu Sonho ... escrita por Denise Reis


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Momento tensão...... SIM OU NÃO?????
Eu não vou falar mais nada.
Leiam com atenção do começo ao fim.... Não vale ler do fim para o começo. Kkkk
E continuem comentando. PLEASE!!!!!
Beijão.



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Na quarta-feira, Kate ficava no hospital das 08 às 14 horas e após ter tomado banho, vestiu sua roupa e sapatos para ir embora, Kate estava esperando o elevador no hall quando ouviu o serviço de som do hospital. – Dra. Katherine Beckett, fineza comparecer ao escritório da Diretoria Geral, o Dr. Richard Castle a aguarda.

Ao ouvir o aviso, Kate revira os olhos e torce a boca indignada com aquela convocação bem no horário dela ir embora. Decidiu, então, não atender ao chamado. Para todos os efeitos ela não ouvira o chamado e já teria saído do hospital, até porque já passara do seu horário.

Contudo, no momento em que ela se prepara para entrar no elevador que acabara de chegar, Richard apareceu e falou com ela – Dra. Beckett, você não escutou o serviço de som? Venha até o meu escritório. Preciso lhe comunicar um fato muito importante. – disse sério.

— Dr. Castle, meu horário já encerrou e tenho que ir para casa ver minha filha.

— Dra. Beckett, eu não dei alternativa. Acho melhor você comparecer. Estarei esperando. – continuou sério

— Sim senhor. Estou indo. – e o seguiu para o seu escritório. Oh, meu Deus! Como ele podia ser tão arrogante e tão bonito ao mesmo tempo. Devia ser proibido um homem ser tão bonito assim.

Assim que chegam, Richard abre a porta da sua sala e dá passagem para Kate passar primeiro, depois que ele entra, fecha e tranca a porta. Ela se espanta e fica sem entender nada, até porque ele indica uma poltrona para ela sentar e ele fica em pé, andando de um lado para o outro, como se tivesse escolhendo as palavras para falar.

Kate, a esta altura, já estava assustadíssima, pensando em mil razões para essa convocação. Será que seria expulsa da residência-médica? Será que cometera algum erro que não percebera? Será que aconteceu alguma coisa com sua filha e ele é que ficou de lhe falar?

— Dr. Castle, estou apreensiva para saber qual o motivo de eu ter sido convocada para a sua sala. Eu vou ser expulsa da minha residência médica? Eu cometi alguma falha e não percebi? Ou aconteceu algo com minha filha que o senhor não sabe por onde começar a contar? Diga-me onde está a Annie? Ou será que foi com meu pai? Onde está o meu pai? Dr. Castle...?

— Dra. Beckett. Sinto que está aflita. Fique tranquila. Você não cometeu nenhum erro. Nenhuma falha. Você é a melhor médica residente da minha equipe. Mas quanto a sua permanência como médica residente ou acontecer algo com seu pai ou com sua filha, vai depender única e exclusivamente de você.

— Dr. Castle, eu não estou entendendo aonde o senhor quer chegar. O senhor pode me explicar melhor? Agora o senhor conseguiu me deixar mais apreensiva do que eu estava. – Kate agora respirava fundo e fez menção de se levantar.

— Permaneça sentada. – Richard Ordenou. - Ok, Katherine. Eu vou explicar melhor. – Ela achou estranho ele chama-la do seu nome de batismo. – Eu a chamei ao meu escritório para comunicar a você que nós vamos nos casar. Vamos esperar apenas o prazo mínimo necessário para correrem os proclamas.

Kate arregala os olhos e dá um salto. Levanta-se com tanta rapidez da poltrona que se choca com ele que estava parado à sua frente.

— Não. Isso não pode acontecer. Deve estar acontecendo algum engano. Não poso namorar ninguém, muito menos casar. Eu devo isso a minha filha.

— Você não entendeu, Katherine. Eu não estou perguntando se você quer casar comigo. Eu apenas estou comunicando que vamos nos casar. Pronto. Ponto final.

— Como você chegou a esta brilhante conclusão, Dr. Castle. O senhor acha que eu vou me casar com o senhor somente porque o senhor quer? É isso?

— Sim, Katherine. Nós vamos nos casar apenas porque eu quero. Mas se você não quiser não irá se casar forçada. Mas nesse caso você irá arcar com as consequências. Óbvio.

— O senhor, então, pode me explicar. Eu vou ouvir. Agora eu aviso ao senhor: Eu faço residência pediátrica e não psiquiátrica, entendeu? É, porque o senhor está louco se pensa que eu vou me casar com o senhor.

— Eu vou dar todas as explicações que você pedir. – Richard se dirige até sua mesa e abre uma gaveta, pega uma pasta. – Katherine Beckett, você vai se casar comigo de livre e espontânea vontade – Richard frisou a expressão de livre e espontânea vontade e sorriu diante do semblante do rosto dela ao ouvir tal declaração – caso contrário seu pai vai ser preso e você e sua filha não terão onde morar e para piorar a situação, sua residência médica neste hospital será cancelada e não permitirei que faça outra residência médica em qualquer outro hospital deste país. Deu para entender?

— Não. Eu não entendi nada. Eu acho que estou tendo um pesadelo. – Kate levantou-se da poltrona e enfrentou Richard. Mostrou-se mais corajosa do que realmente era. - Vamos por ordem, Richard Castle. Primeiro: Nunca me casarei com o senhor de livre e espontânea vontade. Deu para entender? Eu até que estava interessada no senhor, mas depois deste episódio, tudo mudou. Segundo: Meu pai é um homem de bem. É um médico que mesmo que esteja fora do mercado, atualmente, nunca fez nada contra a lei que lhe dê motivos para ir preso. Terceiro: Eu e minha filha temos o fabuloso apartamento do meu pai para morar e por ultimo, o Quarto item: você acabou de me dizer que eu sou a melhor médica residente da sua equipe, razão pela qual não entendo porque eu seria cortada da residência do hospital ou seria impedida de concorrer à outra residência médica em outro hospital. Pronto, Richard Castle. Sou toda ouvidos. Pode começar a explicar. – Kate voltou a sentar-se na poltrona. Por dentro ela estava tremendo de medo.

— Eu vou ser breve. Depois que sua mãe foi brutalmente assassinada, seu pai adquiriu um hábito terrível, tanto na bebida quanto na jogatina. Quanto mais perde, mais ele joga e ai ele vai jogando e bebendo, jogando e bebendo, e quanto mais a dívida aumenta, mais bêbado ele fica e mais descontrolada também fica a situação. Katherine Beckett, seu pai contraiu uma dívida de jogo monstruosa. – Richard falou com a fisionomia bastante séria.

— Dr. Castle. Caso isso seja verdade, eu vou falar com ele e vou falar também com o contador dele para ver se conseguimos levantar e quitar o valor da divida. O papai tem o apartamento onde moramos, mas tem também uma clínica muito grande que ele aluga a terceiros, ambos em Manhattan. – Kate argumentou com empáfia. – Entendeu agora que eu não precisarei me casar com você, Richard Castle. Obrigada pela preocupação. Boa tarde e até amanhã. – Kate levantou-se e se dirigia à porta quando ele a bloqueou.

— Não saia ainda. Ainda não terminei de falar com você. – Entregou a ela a pasta que havia pego na gaveta. – Leia. Se não entender eu explico.

Kate retornou para a poltrona com a pasta nas mãos. Começou a ler os documentos e a cada pagina que lia ela levantava os olhos por segundos e olhava o seu algoz e sua fisionomia se modificava e retornava à leitura em seguida. Ela parou no meio da leitura dos documentos e olhou fixamente para ele.

— Richard Castle, o que significa isso?

— A leitura, eu tenho certeza, é auto explicativa, Katherine. Você entendeu muito bem. Seu pai não pode mais vender nem o apartamento tampouco a clínica em Manhattan porque os hipotecou para pagar a dívida. Só que ele não se deu por satisfeito e recomeçou a jogar para tentar conseguir dinheiro para pagar a hipoteca. Resultado, perdeu repetidas vezes e contraiu novas dívidas e teve que hipotecar novamente os mesmos bens. Só que o banco dá um prazo para o pagamento e seu pai não horou este prazo. Uma vez vencido o prazo, o banco não perdoa dívida. E foi ai que eu entrei na brincadeira. Eu comprei toda a dívida do seu pai.

— Oh, meu Deus! Eu não acredito que isto está acontecendo. Eu não entendo como você descobriu isso tudo e eu que moro com ele na mesma casa e via que ele chegava bêbado todos os dias, tentei falar com ele diversas vezes para saber o que estava acontecendo e ele sempre fugia de mim nunca queria conversar. Como você conseguiu.

— Simples. Eu estava interessado por você e deixei isso bem claro quando tomamos café na lanchonete e convidei você e sua filha para aquela programação infantil de domingo, lembra-se. Notei que você estava com uma fisionomia muito preocupada já fazia um tempo. Como eu estava apaixonado por você eu não queria que você estivesse sofrendo então queria saber a razão do seu sofrimento, já que você não queria me contar. Então contratei um investigador e ele me entregou um relatório completo sobre a família Beckett, inclusive das dívidas de seu pai. Nesse meio tempo você cancelou nosso programa de domingo e tem me evitado como se eu fosse portador de uma doença contagiosa, o que me enfureceu profundamente, pois eu só queria te dar amor, carinho e proteção e estava recebendo em troca, indiferença. Eu entrei em contato com o meu contador e ele me deu carta branca para comprar as hipotecas de seu pai. Ou seja, eu agora sou o proprietário do apartamento onde vocês moram e da clínica onde seu pai e sua mãe trabalharam. Em compensação, seu pai não tem mais dívida nenhuma. Em contrapartida, você terá que se casar comigo se quiser que seu pai continue morando no apartamento e continue recebendo o aluguel mensal da clínica daqui de Manhattan.

— Tem muita coisa que eu não estou entendendo. Estou precisando de café. – Kate falou para Richard. – também preciso telefonar para casa, pois Annie deve estar querendo me ver.

— Telefone para ela enquanto eu peço café para nós.

Kate pegou seu celular e ligou para casa – Sra. Lewis, oi, como é que está a Annie?.... Não. Eu não vou poder ir para casa agora.... Estou ainda no hospital.... Sim.... Pode colocar ela para falar comigo.... Oi, meu amor..... A mamãe está trabalhando, minha lindinha..... Quando a mamãe chegar eu brinco com você, tá certo?.... Eu te amo... É a mamãe está conversando com o professor dela... É meu amor, o médico bonit... – Kate quase deixa escapar seu segredo - A mamãe não pode conversar muito, minha princesa... Um beijo..... Um beijo para a Nany também.

Richard fez uma ligação e pediu duas canecas de café encorpado com creme e ficou prestando atenção na conversa de Kate.

— Quem é a Nany? – Richard perguntou.

— É a boneca da Annie. Elas são inseparáveis. – Kate sorriu. – Annie a trata como se fosse de carne e osso. – Sorriu novamente e respirou fundo pois voltou a pensar no assunto que a trouxe ao escritório de Richard Castle. Kate apertou suas mãos demonstrando que estava muito nervosa e perguntou – uma coisa que não estou entendendo é como até o momento meu pai não sabe que você comprou as hipotecas. É... porque normalmente, o banco já teria executado a dívida, haja vista que já passou da data de vencimento da primeira parcela.

Neste momento o interfone tocou e foi anunciada a chegada das canecas de café. Richard as recebeu, voltou a trancar a porta e ofereceu uma caneca para Kate.

— Kate, eu e o meu hospital somos correntistas muito fortes no mesmo banco onde seu pai fez as hipotecas, razão pela qual o gerente atendeu ao meu pedido especial de não contar a seu pai que as hipotecas foram compradas por mim. E o gerente colocou uma senha privativa no arquivo onde se encontra a pasta das hipotecas no sistema informatizado do banco, onde somente ele tem acesso, ou seja, ninguém poderá informar nada para seu pai. O gerente ainda está autorizado a informar a seu pai, acaso ele pergunte, que o banco prorrogou o vencimento da primeira parcela para um ano sem juros e correção monetária, tendo em vista que ele é um cliente muito especial. Mas caso ele queira adiantar o pagamento, poderá fazê-lo no momento que tiver condições. Isso vai fazer com que ele não retorne ao banco para novas perguntas.

— Se eu não me casar com você, Richard, o que vai acontecer comigo e com minha filha e com meu pai? – Kate perguntou com uma fisionomia bastante preocupada.

— Bem. Em primeiro lugar eu vou autorizar o gerente do banco a executar a dívida e com isso, vocês perderão o apartamento e a clínica ao mesmo tempo e não terão onde morar, pois sem o dinheiro do aluguel da clínica não terão como arcar com aluguel de outro apartamento, por menor que seja, pois seu pai não tem um centavo no banco e você, ao que eu sei, não tem condições de se manter quanto mais manter sua filha e talvez tenha que procurar o pai dela para pedir ajuda. Talvez até entregar a Annie.

— Nunca. Jamais. E se eu casar com você, Richard, o que vai acontecer comigo com minha filha e com meu pai? – Kate perguntou com a mesma fisionomia preocupada.

— Katherine. Você não é mais uma criança para eu explicar que se você se casar comigo você vai morar na minha casa comigo. É obvio. E nada de camas nem quartos separados, que fique bem claro. E a Annie vai junto com você. Ela vai viver na nossa casa, como se fosse minha filha, junto com a Alexis, como se fossem irmãs. Você continuará como médica residente deste hospital e a Annie continuará na mesma escola. E quanto ao seu pai, ele permanecerá morando no apartamento dele e recebendo o aluguel mensal referente ao uso da clínica só que eu estabeleci algumas condições.

— Quer dizer, além de eu casar com você ainda tem mais condições? – Kate perguntou indignada. – Eu acho que você está abusando.

— Katherine, até agora, o que houve foi uma troca justa: eu livrei seu pai da dívida monstruosa de jogo e em troca você se casa comigo. Agora, para provar que não sou o carrasco que talvez você esteja pensando que eu seja, eu estabeleci umas condições especiais. Vejamos: Primeiro: Você não poderá jamais contar a seu pai este nosso acordo porque isso poderá mata-lo. Você agora já deve ter desconfiado o motivo pelo qual ele nunca contou para você acerca da dívida de jogo. É, Kate. Seu pai é muito orgulhoso. Se ele souber desse nosso acordo não sei o que poderá acontecer. Segundo: Você tem seis meses para convencer seu pai a retornar ao trabalho. Meu contador já entrou em contato com o contador de seu pai e os inquilinos da clínica não sabem que eu sou o atual proprietário. Portanto, quando seu pai quiser romper o contrato, não vai haver nenhum problema. E se no aniversário de um ano do nosso casamento eu ainda não tiver conseguido fazer com que você me ame, Kate, eu te dou o divórcio e transfiro para o nome do seu pai o apartamento e a clínica. – Richard falou olhando fixamente para os olhos verdes de Kate que estavam fixos nos dele.

Kate arregalou os olhos assustada com aquelas palavras. Engoliu em seco e disse – Então para que todo esse trabalho, Richard. Vamos perder um ano das nossas vidas para nada.

— Não, Kate, eu ainda acredito que aquela moça linda, encantadora, meiga, divertida, espontânea que eu encontrei no hall do elevador aqui no hospital, uma certa manhã, sentiu atração e afeição por mim. Nós nos encontramos algumas vezes na lanchonete, conversamos, tomamos café com creme e rimos muito. Só que por um motivo que não sei qual foi ela resolveu se afastar e se fechar. Pode acreditar que eu vou reencontrar aquela moça, Kate. Eu sei apenas que ela continua linda. Aliás, linda é pouco. Eu diria que ela é belíssima. Mesmo zangada, quando ela torce os lábios, revira os olhos, ela consegue ser a mulher mais bonita que eu já vi em toda minha vida. Pode acreditar. Mas eu quero encontrar a delicadeza que ela deixou escoar. Eu quero também o amor dela. Será muito importante para mim. Isso ai vai me completar e vai me fazer o homem mais feliz da face da terra. Não adianta nada eu ter um hospital, ter minha casa aqui em Nova York, minha casa de praia nos Hamptons, etc, etc, etc, ou seja, ter dinheiro e não ter o amor desta mulher. Você está me entendendo Katherine?

A esta altura, Kate estava de boca aberta com as lindas palavras que acabara de ouvir. Ela ainda era apaixonada por Richard, mas estava por demais chateada com ele para admitir isso.

— Sim. Eu estou entendendo. – sussurrou Kate.

— E então. Você vai me entregar seus documentos originais para eu mandar dar entrada nos papéis do casamento ou...

— Eu vou pegar os meus documentos, Richard – Kate o interrompeu. – Outra coisa que eu preciso perguntar. Eu não vou poder contar os detalhes desta conversa nem para minha melhor amiga?

— Não, Kate. É um segredo nosso. Só nosso. Você pode contar que vamos casar por amor.

— Mas quem é que vai acreditar num casamento tão rápido. Vão pensar que eu estou grávida.

— Podemos providenciar isso, se você quiser. – Richard zombou e sorriu piscando maliciosamente para Kate.

— Richard Castle, eu acho que você já está passando dos limites.

— Kate, como foi que seu pai e sua mãe se conheceram?

— Meu pai era médico e chefe da equipe cardíaca no hospital onde minha mãe fazia residência cardíaca. – Nesse momento ela olhou para Richard e torceu os lábios, conformada. – Ok, entendi. Então eu vou me casar com você.


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Notas finais do capítulo

Pois é, a Kate é a moça do hall do elevador kkkkk

Gostaram do capítulo?????

Comentem, por favor.

Estou aflita.