Perguntaram-me como o amor pode mudar vidas. Eu no começo estava confusa ao responder essa pergunta, mas depois a resposta veio como um estalo na mente: o amor muda vidas só nos pequenos gestos que a pessoa que você faz, até mesmo quando você está do lado dela em vários momentos. Essa frase veio juntamente com o rosto de Edward na mente, sempre penso nele quando me perguntam isso e um sorriso planta em meu rosto.

Há algumas semanas venho sentindo algumas coisas estranhas. Do tipo: esses dias que vem passando sinto muita melancolia, triste, enjoada e vertigens. Creio que possa estar com gripe ou virose, porém minha mãe percebeu meu estado e disse que me levaria a um médico no hospital onde trabalha.

– Está melhor, Bellinha? – perguntou Rose, colocando a mão em minha testa. Liguei para Rose assim que comecei a me sentir mal novamente, e ela veio ficar um pouco comigo.

– Um pouco, Rose. Obrigada por estar aqui – disse.

– De nada anjo. Mas Bella já faz semanas que está assim – disse Rose – Acho melhor te levar a um hospital.

– É, apesar de odiar hospitais – disse e ouvir a porta ser aberta. Mamãe entrou em meu quarto.

– Se sente melhor, filha? – perguntou mamãe preocupada.

– Um pouco, mamãe. Só com dor de cabeça – disse esfregando as têmporas.

– Filha, quero te falar uma coisa. Aproveitando que a Rose está aqui – disse mamãe – Você ainda não percebeu, mas isso tudo não são sintomas de doenças graves ou outros. Tive tudo isso quando descobri engravidei, nas duas vezes.

Ao escutar o que minha mãe dizia, entrei completamente em choque. Eu? Grávida? Estaria eu carregando uma vida dentro de meu ventre? Imediatamente pulei de minha cama e fui para frente do espelho, ergui a minha regata que usava e toquei meu ventre. O local estava durinho e tinha uma leve ondulação presente, porém naquele momento me senti nas nuvens.

– Irmãzinha, você ta melhor? – perguntou Sophie, despertando-me da total inércia.

– Estou sim, princesa. Vem aqui me dá um abraço – disse me abaixando e ela veio, rodeando meu pescoço com seus bracinhos.

– Te amo, irmãzinha – disse ela e me deu um beijo na bochecha.

– Eu também te amo, princesa – disse. Por um momento imaginei um filho meu ou uma filha minha, dizendo estas palavras e me surpreendendo com pequenos gestos, seria um sonho sendo realizado. Eu e Edward estamos juntos há 2 anos, terminamos a escola e poderíamos cuidar bem de um bebê nosso, já que tenho experiência por cuidar de Sophie desde quando ela tinha meses de vida.

– Gente, precisamos ir ao hospital fazer alguns exames – disse Rose.

– Tem razão Rose – disse me soltando de Sophie.

– Enfim, Bella saiba que eu te amo e irei te apoiar sempre – disse mamãe, me abraçando – Um filho é o maior presente que Deus pode nos dar.

– Obrigada mamãe, eu também te amo – disse e beijei sua bochecha.

– Vamos Bella? Antes que fique tarde – disse Rose e sai do abraço de minha mãe, indo por um casaquinho.

– Renée, voltaremos em algumas horas. Qualquer coisa ligaremos – disse Rose e descemos.

Saímos da minha casa, entramos no carro e partimos para o hospital.

[...]

Eu e Rose estávamos esperando a médica aparecer. A recepcionista disse que para esperarmos aqui na sala dela, porém olhava aquele teto enjoada com tantas cores claras que formavam o consultório. Deus! Nunca vi tanto branco e cor creme em minha vida.

– Boa tarde, garotas. Me perdoe o atraso, tive um chamado de emergência em minha casa – disse a médica se sentando do outro lado da mesa – Sou a Dra. Victória. Bom, o que as trazem aqui?

– Dra. Essa é a minha cunhada Isabella. A trouxe para cá porque queremos confirmar algo que está acontecendo com ela – explicou Rose.

– Certo. Isabella como anda se sentindo? – perguntou a médica.

– Me sinto muito melancólica, vertigem e enjoada. Tem manhãs que acordo totalmente triste ou feliz – expliquei – E dores de cabeça.

– Entendo. E sua menstruação? – perguntou ela novamente.

– Sempre fui regular, mas notei que estou atrasada exatamente 1 semana – respondi. Foi então que cai na real, Edward e eu fizemos amor sem preservativos e me esqueci completamente do anticoncepcional. Isso aconteceu a exatas 2 semanas!

– Bem, anotei tudo o que me explicou. Isabella esses sintomas, sem dúvidas, indicam uma possível gravidez – falou a médica – Peço que vá até aquela maca e levante sua blusa até abaixo dos seios. Irei fazer uma ultrassonografia.

Fiz o que a Dra. Victória pediu, me deitei na maca e levantei a minha blusa e Rose se apossou ao meu lado e me passando uma calmaria. Logo mais a médica veio, passando um gel gelado em minha barriga e depois ligando os aparelhos necessários. A maquininha começou a passear por toda a região do ventre.

– Estão vendo essa manchinha aqui? – apontou ela e assentimos – É o seu bebê, Isabella. Parabéns, você está grávida de 1 mês e 2 semanas – disse a médica terminando a ultrassom.

– Deus! Vou ser titia – disse Rose feliz – Edward vai ficar muito contente.

– Sim, eu tenho certeza disso. Eu já amo muito esse pequeno bebê – disse limpando a minha barriga. Não resistindo e fazendo um carinho ali.

– Isabella recomendo que comece seu pré-natal, se alimente bem, evite estress e qualquer esforço pesado – disse a médica – Por hoje é só, meninas. Mande os parabéns ao papai por mim.

– Certo, obrigada doutora e até a próxima – me despedi e fomos embora. Rose não parava de sorrir e nem eu, aquela manchinha era a mais pura prova de amor que existe entre eu e Edward. Um fruto da nossa intensa paixão estava sendo gerado com muito amor, carinho e proteção.

[...]

Chegamos a minha casa, Rose teve que ir para casa e no caminho liguei para Edward, pedindo que ele viesse para cá o mais rápido possível, pois precisava conversar com ele. Qual será a reação de Edward ao saber que será pai? Iria ficar feliz?

Mamãe e papai me receberam com abraços calorosos, dizendo que estavam feliz com a notícia. Eles eram os melhores pais que eu poderia ter, sempre ali me apoiando e me dando a maior força a todo momento. Curtimos bastante o momento, mas depois subi para meu quarto dizendo a eles que Edward estava chegando e quero dar a notícia a sós com ele.

Tirei meu casaquinho e as sapatilhas, sentando na cama na posição de esticar as pernas e as costas na cabeceira, com um travesseiro confortável. Comecei a pensar em várias coisas, inclusive no meu bebê que já é muito amado.

– Amor? - escutei Edward me chamar na porta do quarto – Aconteceu alguma coisa?

– Vem cá. Senta aqui – o chamei para vir até o meu lado. E ele veio – Aconteceu sim, amor. Espero que você fique feliz.

– E o que é? – perguntou ele confuso. Sorri, ergui a minha blusa e peguei sua mão, a pressionei em meu ventre, olhando em seus olhos.

– Eu estou grávida. Você vai ser pai – contei na maior emoção. Edward continuou com a mão em meu ventre e sorriu, as lágrimas transbordavam pelo canto de seus olhos.

– Deus! Eu vou ser pai. Vou ter um filho – disse ele emocionado – Eu te amo tanto, Bella. Sou o homem mais feliz de todo o mundo.

– Eu também te amo, e esse amor está nos dando o maior presente de todos – declarei colocando minha mão em cima da sua, no meu ventre. Edward beijou calmamente meus lábios e depois desceu até a minha barriga, demorando minutos ali.

Emocionada, passeei minha mão por seus cabelos fazendo um carinho gostoso. Ele levantou a cabeça, olhando para mim sorrindo e acariciando minha barriga pontudinha.

– Isso tudo é maravilhoso – disse ele encostando nossas testas.

– Sim, é. É a surpresa que o amor nos reservou – disse e nos beijamos. Agora tudo havia mudado, parecia que foi ontem nossa primeira noite de amor naquela campina e depois o pedido de namoro. E ainda hoje a descoberta de uma vida sendo gerada dentro de mim – Eu te amo, te adoro e você é o ar que eu respiro, Edward.

– Eu também te amo, te adoro e meu sem você é escuro. Obrigado por tudo – disse ele e sorrimos um para o outro. Nossa bolha particular foi interrompida com Sophie me chamando.

– Irmãzinha, posso entrar?

– Pode, princesa. Vem aqui – disse e ela subiu em minha cama, engatinhando para o meio de nós.

– Mamãe me contou que você vai ter um neném, é verdade irmãzinha? – perguntou ela.

– É sim, meu amor. E ele ta aqui – disse passando a mão em meu ventre.

– Você não vai mais brincar comigo né? – perguntou ela com os olhos tristes. Fiz um carinho em seus cabelos e beijei seu rostinho.

– Claro vou brincar com você, princesa. Só que depois vou estar com um barrigão grande e dificultará nossas brincadeiras – disse – Sempre vou amar você, princesa. Aliás você terá com quem brincar e poderá me ajudar nos cuidados com o bebê.

– Sério? Ebaa – disse ela batendo palminhas – Vou fazer um desenho para o neném.

– Isso princesa. Faz sim, o bebê irá gostar – disse e ela rapidamente desceu da minha cama indo desenhar. Rimos com a empolgação de Sophie com o novo neném chegando.

Edward levantou minha blusinha até abaixo de meus seios e fazia um carinho gostoso na minha barriga. Sorri emocionada, colocando minha mão por cima da sua.

– Amo vocês – disse ele.

– Nós também amamos você – disse e trocamos um suave beijo, continuando a acariciar a pele nua de meu ventre.