Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 5
E começa a guerra!


Notas iniciais do capítulo

hahaha o que vai rolar?



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Não me lembro se dormi aquela noite, gabriella e eu ficamos deitadas e aos pouco eu a vi dormir. Fiquei segurando a mão dela o tempo todo, as minhas palavras insensíveis ficaram rondando minha mente, nos nunca havíamos falado desse jeito um com outro.

De madrugada, ela acordou e finalmente podemos conversar, contei a ela o que me acontecera nesses 6 meses e ela me disse como foi seus meses de namoro, fiquei feliz ao saber que o relacionamento entre ela e connor estava melhor do que nunca, eles estavam se dando cada vez melhor.

Como prometido, gabriella me xingou pelo foto de ter abandonado, mas percebi que ela estava com sono, deixei-a dormir. Fiquei parada em frente a janela, olhando a lua ir, e o brilho do sol ir chegando. Coloquei uma blusa e uma calça de gabriella, nos não usávamos o mesmo numero, então a calça ficou meio curta no meu tornozelo, e a blusa mostrava um pedaço da minha barriga, a única coisa que me salvou foi a bota preta, agradeci silenciosamente por usarmos o mesmo numero.

Estava no meio do corredor, fui encurralada, muitos fotógrafos vieram atrás de mim, senti o pânico tomar conta de mim.

- senhorita st’clarer, pode nos dizer por que não estava na festa ontem – um deles colou um microfone na minha boca – você foi informada o nome da bela morena que estava ao lado do rei ontem? Pode nos dar uma entrevista?

- não, não sei de nada – grite  começando a correr -  me deixem em paz.

Eles pareciam ter  treinado uma maratona, pois a velocidade deles não diminuía.

- Amanda corre – minha mãe estava parada logo a frente, preparando-se para me defender.

- o que acha que estou fazendo? – murmurei mas aumentei a velocidade.

Não sei o que ela fez, mas os parou . não me virei para trás só continuei correndo até a ala de alimentação bebi u,a garrafa de água para me acalmar,estava pegando uma bandeja grande de morangos com chantili para gabriella e peguei torradas e bebidas quentes para levar ao quarto.

Voltei o mais despercebidamente possível. Minha mãe foi na frente vendo se o caminho estava livre.

Liguei a lareira, e pus a comida em cima de uma plataforma.

- gabriella – chamei.

Ela resmungou muito antes de eu finalmente decidir pegar um morango mergulhado no chantili e passar na frente do rosto dela, ai ela resolveu levantar.

- morangos – ela mordeu a fruta.

- me seguiram – comecei comendo a torrada – por que eles tem essa fixação por mim?

-fala serio – ela revirou os olhos de jade para mim – você é a noiva do rei. O que queriam?

- saber sobre a festa – dei de ombros como se não me importasse.

Mentira.

- nossa, eu tenho ma visão  - connor fechou a porta – ou  estou tendo uma visão de duas lindas garotas deitadas numa cama, comendo morango, isso é uma das minhas fantasias?

- cala a boca connor – resmunguei.

- nossa -  ele colocou a mão na boca de forma dramática – não escuto isso a muito tempo, parece minha amiga retornou dos mortos.

- também senti sua falta – estendi os braços para abraçá-lo com força – seu chato.

- bom dia amor – Gabriela beijou connor com ternura.

- eca – me levantei – essa é minha deixa , vou trabalhar e volto mais tarde.

- acho melhor não voltar – connor sorriu de modo sarcástico – ou pode não gostar do eu vai ver.

- nojento – gritei e bati a porta.

Minha mãe estava do lado de fora, me esperando. Suspirei.

- obrigada – murmurei.

Vicentine virou para mim .

- É meu dever.

Fomos meio que juntas para o laboratório,  quando abri a porta meu queixo caiu, todo o laboratório estava coberta de flores, em todos os cantos, prateleiras, balcões, recipiente, no chão, havia varias mudas perto do berçário, todas tulipas roxas, o aroma era irresistível e estava em todo lugar. Em cima da minha mesa havia um bilhete.

“ me desculpe, eu fui um idiota.

Será que poderia voltar para casa?

Queria me desculpar pessoalmente.”

Trabalhei o dia inteiro olhando para aquelas flores, fiquei ponderando sobre qual deveria ser minha decisão, o único momento em que me distrai de verdade foi quando olhei em direção ao útero em que Zeus ficava, acariciei a cúpula, com carinho, e depois fui ver como estavam os outros, segundo John todos os outros estavam saudáveis, Zeus tivera esse problema congênito mas os outros não corriam esse risco. Quando finalmente chegou a hora de ir embora, parei ao lado de Vicentine, ponderando alguns segundos sobre o eu fazer,  sabia que seria coisa de criança se eu não fosse vê-lo, ele era meu noivo e éramos adultos. Respirei fundo e fui em direção ao nosso quarto, toquei a porta de madeira, quase sentindo as vibrações que vinham La de dentro, não sei por que, mais passei algumas horas ali na frente, só me preparando, não queria me magoar ou magoá-lo novamente.

Quando resolvia abrir a porta ainda estava escuro mas os primeiro sinais da manhã começara a aparecer, andei de vagar  até a porta, nicolae estava na cama deitado, o dorso nu. Me aproximei e num piscar de olhos, como se  fosse um replay, nicolae estava com uma arma apontada para minha têmpora.

- vai atirar ? – engoli em seco.

Ele arregalou os olhos para mim, reconhecendo-me e abaixou a arma.

- nunca.

Nicolae me puxou para o colchão, me abraçando com força.

- me desculpe, me desculpe, me desculpe – ele ficou sussurrando na minha orelha – eu sou um idiota, um estúpido.

- já entendi – murmurei.

- não, não entendeu – nicolae se afastou para me olhar nos olhos – Amanda, li é minha melhor amiga desde sempre, e você me ensinou que podemos dar segundas chances, você deu uma segunda chance para Vincent, você podem não ter ido com a cara da li de primeira, mas tente conhecer ela, vocês vão se dar bem.

Ele tinha razão, nunca tentei conversar com Liz, fiquei com ciúmes de primeira nunca dei a ela a chance de nos conhecermos.

- me desculpe por te magoar? – murmurei vermelha.

- não vou perdoar, pois não tem o que perdoar, eu estava agindo como um babaca.

- verdade – concordei – mais agradeço pelas flores, são lindas, quantas tem?

- 2mil – ele me beijou e eu amei o gosto da sua boca.

- acho que talvez eu vá falar com ela amanhã – murmurei na sua boca.

- é mesmo? – ele desceu os beijos pela minha clavícula.

- é me deu uma vontade de repente  - sorri.

-eu amo você sabia?

- sim.

- você é a pessoa mais...

- nicolae – interrompi, provocando – fique quieto.

Ele me pareceu diferente aquela noite, não ouve aquela pegada brusca e máscula que ele tinha, com a mania de controlar tudo, ele foi carinhoso, calmo e parecia sem nem uma pressa de acabar, foi um jeito maravilhoso de cuidar de mim, isso, parecia que era isso que Ele queria. E eu amei.

Já disse o quanto eu odeio o sol?

Não o sol em si é claro, mais a mania irritante que ele tem de entrar entre suas pálpebras e te acordar.

-a corda cinderela – pela voz suave e ritmada eu sabia exatamente quem era.

- Liz – cumprimentei sonolenta.

- vitorio disse que queria me ver – ela sorriu.

Já estava pronta e linda, com um vestidinho azul que combinavam com seus olhos, usava uma facha preta nos cabelos que poderia ter sido na intenção de combinar com os sapatos pretos, mas ficara quase invisível em seus cabelos negros.

- trouxe seu café – ela indicou a bandeja repleta de guloseimas.

- hum... – respire fundo Amanda, todos merecem uma segunda chance – parece ótimo, quer tomar comigo?

Liz abriu um lindo sorriso, indicando sua felicidade, então tomamos café juntas e ate foi divertido, ela me contou coisas que nicolae fazia quando era criança, me contou mais sobre o pai dele e sem perceber, contou um pouco sobre meu pai também, pelo visto ela o admirava bastante, nos rimos bastante, e era quase a sensação que eu tinha quando estava com gabriella ou connor, e eu me senti mal por julgá-la tão de cara.

- sabe – comecei – eu sinto muito.

- pelo o que minha flor? – Liz colocou o chá na plataforma.

- por julgar você – senti meu rosto corar – achei que você era outro tipo de pessoa. Mas agora vejo que podemos ser amigas.

 - sabe Amanda, você é realmente admirável – Liz me encarou seria – foi a única pessoa capas de ver como eu sou, egoísta, competitiva e completamente apaixonada por vitorio. E do nada, resolve aceitar minha mascara?  Então ou tem algum plano por baixo desse pano ou é imbecil.

- o que?

- não sou sua amiga – ela se levantou – mantenha os amigas perto, os inimigos mais perto ainda, dediquei minha vida inteira para ser o par ideal para vitorio, uma dama deve ser respeitável, educada, preocupada com os assuntos do povo, e eu tenho feito isso, todos esses anos esperando ele ser chamado para ser rei, e eu estaria pronta, e estou, você não vai ser capas de me tirar dele. Dormiu com ele noite passada? Aproveite, não vai durar muito.

E com esse discurso que me deixou paralisada ela se foi, batendo a porta atrás de si.

- então quer lutar? – resmunguei – não faz idéia que guerra nao é lugar para damas e eu nao sou uma dama!


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Notas finais do capítulo

Que comecem os jogos!
comentem!