Amanhecia um dia chuvoso em Rosewood, o tempo estava realmente assustador, ainda mais para Emily que não gostava de chuva. Depois de toda a adrenalina da tarde anterior, Emily ainda estava em estado de choque, pois ela e suas amigas roubaram uma caixa que poderia conter algumas provas do crime que elas cometeram, mas Mona ainda tinha seu laptop e seu celular (coisas que poderiam provar as ameaças por mensagem de texto).

– Aria? Oi, é a Emily. Estou muito preocupada com tudo o que está acontecendo, quero dizer, Mona ainda possui provas contra nós, pois com certeza ela tem a maioria das coisas no laptop ou no celular.. Estou realmente preocupada, por favor, me ligue quando receber isso. Beijos.

O recado de Emily foi suficiente para Aria tomar a decisão de voltar à casa de Mona e pegar todas as outras provas que restavam, só que dessa vez ela iria sozinha para proteger suas amigas.

Aria estacionou o carro nos fundos exatamente como Spencer fizera, pegou a chave que continuava em baixo da mesma planta e entrou. Ligou a lanterna e dirigiu-se para o quarto de Mona. Começou a procurar, e não demorou muito tempo para achar um laptop e um celular lado a lado. ‘’Na mosca!’’ pensou, mas logo se deu conta que se o celular estava ali com certeza Mona também estava ali. Aria virou-se e deu de cara com Mona, exatamente como aquele dia na escola.

– Aria. – disse Mona sombriamente. Aria permaneceu congelada, ela precisava fazer algo rapidamente, mas não conseguia. De repente, ela sentiu a mão de Mona acertar seu rosto e sentiu que estava caindo.

– Então o senhor acha que não há como abrir essa caixa? – pergunta Hanna desapontada.

– Me desculpem, mas não sei se é possível abrir, acredito que seja o tipo de cadeado que só abre com a chave e eu não tenho esse tipo de chave. – respondeu o chaveiro.

Spencer não sabia mais o que fazer, aquele era o terceiro chaveiro que não conseguiu abrir a maldita caixa.

– Acho que a nossa solução vai ser levar isso em uma oficina ou algo assim. – falou Hanna sem esperanças.

– Claro Hanna! Como eu não pensei nisso antes? É tão óbvio!

– Eu não falei sério Spence, mas..

Chegaram à primeira oficina que avistaram, era um lugar não muito diferente do significado da palavra ‘’oficina’’, cheia de homens suados concertando carros e esse tipo de coisas.

– Tem certeza que pode abrir isso? – pergunta Spencer para um homem alto e sujo de óleo.

– Claro, só preciso que se afastem um pouco.

Elas se afastaram, o homem pegou uma ferramenta e arrebentou o cadeado, a caixa estava finalmente destrancada.

– Não precisam pagar, não cobrarei de moças tão bonitas, aliás, não foi difícil quebrar esse cadeado.

Saíram de lá e deixaram mensagens nos celulares das amigas pedindo para encontrarem-se na casa de Spencer e abrirem a caixa. Sentaram-se na cama de Spencer e esperaram pelas outras, afinal aquele era um grande momento. Alguns minutos depois Alison chegou seguida por Emily.

– Onde está a Aria?

Ao acordar, Aria sentiu uma forte dor de cabeça, olhou ao redor e viu que estava em uma espécie de depósito. Quando sua visão se estabilizou conseguiu ver Mona olhando para ela com um sorriso um tanto quanto sinistro.

– A Bela Adormecida acordou finalmente. – disse Mona.

– O que você está fazendo Mona? – perguntou Aria enquanto tentava se levantar, sem sucesso, pois estava amarrada a uma cadeira.

– Suas amigas encontraram algumas coisas. – disse enquanto mostrava a mensagem de Hanna dizendo para ir até a casa de Spencer para abrirem a caixa todas juntas.

– Por que fez tudo isso?

Mona deu uma gargalhada alta, o que significava que estavam em algum lugar isolado.

– Você é patética, aliás, você e as suas ‘’amiguinhas’’. Todas patéticas.

Aria não tinha um bom pressentimento, Mona era uma pessoa instável e psicológicamente perturbada, nada de bom poderia acontecer.

– O que você quer? – Aria gritou com raiva.

– Acho melhor contar quando todas as minhas ‘’Pretty Little Liars’’ estiverem aqui.

O que Mona quis dizer com ‘’Pretty Little Liars’’? Ela planejava trazer as outras garotas ali também? O que Mona pretendia com isso? Aria não queria nem pensar.

As garotas estavam preocupadas com Aria, ela não atendia as ligações e também não respondia as mensagens.

‘’ Se quiserem vê-la viva, me encontrem no antigo motel Bates e tragam a caixa.

P.S: vocês sabem do que eu sou capaz. – A ‘’

– Ela sequestrou a Aria! – gritou Hanna.

Todas entraram em pânico.

– Temos que nos acalmar, a vida da Aria está em risco. – falou Spencer.

Chegaram ao antigo motel, parecia deserto. Seguiram pelos imensos corredores e nem um som sequer era ouvido. Resolveram olhar no celeiro do lado de fora do motel abandonado. Estava muito escuro e a única luz era a da lua cheia. Ouviram um gemido. Aria. Foram mais adentro e com as luzes dos celulares puderam ver Aria que estava amarrada a uma cadeira no meio do cômodo, Mona estava ao seu lado olhando-as com insanidade.

– O que você quer Mona? – perguntou Alison.

– Bom, agora que estão todas aqui acho que já posso falar. Até por que eu adoro finais dramáticos, quem não gosta?

Mona estava fria e calma, parecia que isso tudo havia sido planejado há muito tempo. Talvez Mona já imaginasse que fosse ser descoberta, talvez quisesse ser descoberta.

– Olha aqui, não sei o que se passa na sua cabeça maluca, mas acho que você já passou dos limites garota! – esbravejou Hanna.

Mona pegou uma arma de sua bolsa e começou a acariciá-la, ela realmente era perturbada.

– Soltem a Aria. – ordenou Mona e Emily desamarrou a amiga rapidamente.

Todas permaneceram em silencio, afinal estava muito escuro e Mona, além de ser louca, tinha uma arma. Mona ligou as luzes e revelou um ‘’santuário’’ cheio de fotos das garotas em diversas situações e lugares diferentes.

– O que acharam? – riu Mona. – Vocês são patéticas, acharam mesmo que eu guardaria todas as provas que eu tenho contra vocês em uma caixa no meu closet?

As meninas estavam chocadas demais para responder.

– Bom, eu passei praticamente o ano inteiro vigiando e ameaçando vocês sem mostrar minha identidade e blá blá blá... ‘’Mas por que você fez isso Mona?’’ – falou com voz fina e revirando os olhos. – Não é óbvio? Vocês sempre humilharam a mim e aos outros que vocês consideravam ‘’perdedores’’, alguém tinha que acabar com a festinha de vocês.