Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 8
Amigos


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEY ^^ Hj to feliz asuahsa pk descobri uma fic maravilhosa sobre divergente...ela se chama Winter Flower. vão lá dá uma olhadinha dps ^^
Well, well... começando com os agradecimentos aos que comentaram os ultimos caps. ^^ BeCaldas e Red entraram pro meu coraçaum ><.
Esse cap é um...hm, digamos que é uma ponte...o proximo cap é um dos meus preferidos >< teremos a aparição de dois personagens especiais (não, não serão o tobias e a tris -.-)



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Estávamos novamente no refeitório. Horário da Janta. Olho ao redor, procurando Cara entre as várias pessoas no refeitório. Nunca o vi tão cheio de azul. Não a encontro, acho que ela não deve estar querendo me ver tanto quanto eu a quero ver.

Drezza esta á minha frente. Ao lado de D. Eles estão tão juntos que seus cotovelos se batem quando tentam cortar a carne no prato. Sempre que se encosta ela sorri e ele passa a mão no cabelo nervosamente.

Josh esta ao meu lado. Ele segura um jornal. Não tento vê oque é.

– Hey, Caleb. – ele chama. – presta atenção nisso aqui. – ele aponta uma das seções do jornal.

Caleb, que esta á minha direita, se estica para pegar.

– Oque esta escrito ai? – pergunto.

Ele lê rapidamente. Seus olhos encontram o vazio. Ele limpa a garganta antes de começar a ler.

– “O êxodo massivo dos filhos de líderes da Abnegação não pode ser ignorado ou atribuído à coincidência”– ele lê– “A recente transferência de Beatrice e Caleb Prior, filhos de Andrew Prior, coloca em questão a solidez dos valores e ensinamentos da Abnegação.”.

Olho para ele. Como será que ele deve estar se sentindo? A Erudição esta atacando seu pai.

“Por que mais os filhos de um homem tão importante decidiram que o estilo de vida que ele estabeleceu não é admirável?” – Caleb continua –“Molly Atwood, uma companheira da Audácia transferida, sugere que uma educação perturbada e abusiva poderia ser a culpa. Eu a ouvi falar enquanto dormia uma vez, Molly disse, Ela estava dizendo para o pai dela parar de fazer alguma coisa. Eu não sei o que era, mas isso deu pesadelos a ela.”

– Molly... – Drezza sussurra com raiva. Vejo seus punhos se fecharem sob a mesa. – Uma mentirosa.

– A conhecia? – perguntou James

– Era da Franqueza também. – ela responde e sinto, pelo brilho raivoso em seus olhos, que se ela estivesse perto dessa tal de Molly ela bateria muito nela.

- Caleb? – pergunto. Ele olha para mim, mas seus olhos estão vazios. – Você esta bem?

- Faltam quantos dias para a visita? – ele pergunta ignorando minha pergunta. Sei que isso é um modo de defesa. Responder uma pergunta com outra.

- Amanhã. – responde James. – Por quê?

- Nada. Hm. Acho que já acabei. – ele diz se levantando e saindo do refeitório. Olho para seu prato. A comida esta intacta. Drezza se levanta. Como reflexo vou para segurar seu braço e impedi-la de ir. Mas D. já faz isso. Ele a puxo delicadamente para baixo, para retornar a se sentar.

- Melhor deixar ele em paz, Drezza. – o clima que se estende após isso é chato. Ninguém fala nada. Termino de comer. Não quero me levantar e ter que ir para o dormitório e ver Caleb.

- Hm. - começa D.- Estão ansiosos para rever suas famílias amanhã?

Ele tenta dizer casualmente, mas dói. Dói pensar em minha mãe. Sei que ela não virá. E meu pai? Ele talvez venha junto com minha irmã. Olho para D e sorrio. Seu “nome” é uma letra. Assim como minha irmã. Bianca, mas chamamos-lhe apenas de B.

- Não muito... Não sei se minha família virá. – James diz. Também não tenho a mesma certeza que ele. A Audácia não costuma aceitar traidores.

- A minha tenho certeza que virá. – começa Drezza. – Eles me amam e eu amo eles, independente das nossas facções. Quando meu irmão mais velho mudou de facção... Bem, ele foi para a Amizade. Josh acho que deve conhecer ele... -ela começa a falar descontroladamente. Eu apenas inclino a cabeça de lado como se estivesse a escutando.

Penso em ir para a Audácia. Visitar minha casa. Sei que isso só é possível nos dias de visita... Quem eu conheço daqui da Erudição que tem alguém na Audácia? Eu não conheço ninguém...mas Cara tem um irmão lá, Will, se não me engano... Preciso falar com Cara. Olho por cima dos ombros de Drezza. Vejo a família de Cara... Acho que é a família dela, mais especificadamente. Seus rostos são familiares e a mesma cor de cabelo e olhos.

Peço com licença á Drezza. Retirando-me da mesa e caminhando em direção á da família de Cara.

A mãe dela esta conversando com o pai sobre o jornal. Olho a foto de Jeanine. Ela sorri. Como Caleb deve estar se sentindo? Eles estão atacando seu pai agora e parte disso é sua culpa. Eles param de falar assim que me veem se aproximar.

Uma coisa que eu carrego da Audácia é a falta de vergonha.

- Com licença senhores. Chamo-me Victoria. – começo e eles prestam atenção. – Faço parte do grupo de iniciados transferidos. Sua filha presumo que seja Cara, é responsável pela minha turma... Os senhores poderiam me informar onde ela se encontra?

Eles trocam olhares por alguns instantes. Analisando-me. A mulher sorri depois de um tempo.

- Cara, esta em seu quarto. Quando terminarmos o jantar a chamaremos. Tudo bem? – aceno que sim com a cabeça. – Irei dizer que você esta a esperando em frente ao Millenium.

- Obrigado. – aceno com a cabeça e caminho para longe da mesa sentindo seus olhares queimar minhas costas. O que eles estão pensando sobre mim? Não faço ideia.

Penso em voltar para a mesa, mas esta não seria uma boa opção. Eu gosto muito de Drezza, mas ouvi-la falando é meio irritante as vezes. Retiro-me do refeitório e ando calmamente pelos corredores silenciosos até o dormitório.

É estranho esta em meio á tanto silencio. A Audácia é como um grande formigueiro. Pessoas de um lado para o outro. Gritando, rindo, até dançando entre as pedras do Abismo.

Entro sem bater no dormitório, mas paro assim que eu escuto um choro vindo de dentro. Caleb. Ele chora baixo e controladamente, mas seus soluços são altos.

Tenho vontade de entrar lá dentro e consola-lo. Quando estava na Audácia precisei de ajuda, ninguém esteve do meu lado para me ajudar, talvez esse seja um dos motivos de eu não saber ajudar a ninguém.

Dou meia-volta e vou em direção á biblioteca. Ouvir os soluços dele ecoando em minha mente me faz lembrar que até agora eu fui a única transferida que não chorou, mesmo tendo vontade.

A biblioteca é o local mais silencioso. Fileiras e mais fileiras de livros se estendem. Vou para as do fundo. Desejo ficar ali até que escureça. Até que eu não consiga mais escutar o choro de Caleb, de James, de Drezza, de Josh e de outros transferidos ecoando em minha mente. 


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Notas finais do capítulo

Reviews, Reviews, Reviews *--*



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