Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 33
Fenix


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey
Primeiro, desculpa , desculpa , desculpa , desculpa ...
Eu abandonei a fic, mas após assistir o filme , vi que não podia deixar isso acontecer! A fic precisava de seu fim.
Então,aqui estou clandestinamente na internet (to de castigo)ás 03:06 apenas para postar e programar os proximos caps.

Espero que me perdoem e que continuem lendo a Reckless.

Gente, Fenix é pk a fic renasceu das cinzas antes que alguem pergunte.

Beijos.



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Tento voltar para o quarto, mas no meio do caminho encontro Uriah olhando por uma das janelas dos corredores. Seu olhar é distante e, pela direção que está olhando, provavelmente está vendo os prédios da Erudição, onde seu irmão está.

– Uriah? – pergunto, não quero o assustar com minha aproximação mas ele se vira rapidamente como se tivesse acordado de um sonho não muito legal.

– Ahn, oi Ruthless.

– Nossa, parece tão animado em me ver.... – comento e ele gira os olhos e volta a olhar para a janela. – Eles são esquisitos não? – digo, indo ao seu lado. Os prédios estão longes mas mesmo daqui é possível ver as luzes que mesmo de dia estão acesas.

– Eles quem?

– Eles. Os Eruditos.

– Por que você acha isso? – ele se vira para mim, mas eu continuo olhando. Como deve estar D? Ou Josh? Ou até mesmo Cara?

– Perceba, eles mantem as luzes acesas mesmo quando está de dia, o que é contra as regras. Mas não é só isso... – digo algo que já havia observado desde meu primeiro dia na Erudição, mas só agora me dei conta em como isso poderia nos ajudar. – As luzes ficam acessas também depois da meia noite, ou seja, tudo escuro e apenas eles ligados? São muito burros. Nós poderíamos ver o que eles estão fazendo. – olho para ele e um brilho de entendimento passa pelos seus olhos escuros.

– Tão inteligentes mas tão burros...

– Eles estão confiantes demais. – digo. – Se bem que. Tecnicamente eu sou da Erudição e se eu tivesse com eles também me sentiria confiante...

– Mas você não está. – ele coloca as duas mãos nos meus ombros e me virar para ficar em frente a ele. Ele não mudou nada desde que fomos chamados, juntos, para a sala de avaliações... – Você não é “tecnicamente” uma erudita, você não terminou a iniciação então você ainda é uma de nós.

– Gostaria que você assim tão simples, Uriah. – digo

– Vamos, temos que contar isso aos outros. – ele corre pelo corredor e tenho que me esforçar para acompanha-lo. Minha perna ainda dói muito. – Podemos organizar vigílias.

– Calma ai, Uriah. – grito á ele quando o perco de vista. – Fui baleada lembra?!

Suspiro me encostando-se à parede para conseguir normalizar minha respiração. Olho ao redor. Preto e Branco, preto e branco. Eu realmente odeio isso aqui. Terei que achar logo uma maneira de marcar esses corredores se não irei me perder.

Uriah volta, andando.

– Ahn é, desculpa. – ele diz com a mão atrás da nuca. Uma mulher vestida com uma saia preta e uma blusa branca passa ao nosso lado, virando o corredor enquanto prende seu volumoso cabelo cacheado. Ela me lembra do motivo para eu ter saído do dormitório. Viro-me para Uriah.

– Ei, você sabe onde moram os membros da Franqueza? – pergunto.

– Para falar a verdade não sei... Marlene vive andando por ai, talvez ela saiba.

Depois de falarmos com Marlene e do meu terceiro encontro com Beatrice Prior, estava no andar dos aposentos dos membros da Franqueza, mais precisamente no apartamento que seria de Neelie se ela não mudasse de facção.

Três cômodos grandes e vazios. O quarto e a sala, em branco e o banheiro em preto. Sentadas no chão frio.

– Acho que ficarei aqui com minha família... – ela comenta mexendo entre os espaços no piso.

– Oi?! – Como assim ela pretende ficar? Eu preciso dela! – Você não pode simplesmente ficar aqui sem fazer nada esperando tudo ser resolvido, como o resto da Franqueza. Você nem ao menos é uma deles. – cruzo os braços.

– Minha família me pediu para ficar. Aposto que você não negaria um pedido de sua família. – ela se levanta, me olhando de cima.

Família. Que família?!A que eu tinha desapontado no começo de tudo isso?! Minha mãe e meu pai mortos. Meu tio, um traidor. Família... A única que tenho é a minha irmã que está comigo apenas por que as pessoas se apegam àquilo que lhes oferece o mínimo de segurança.

– De que vai te servir ficar com sua família se... – Gritos e passos me interrompem de continuar. “Traidores”. Levanto-me depressa, a dor em minha perna passou a formigamentos pelo uso regular da pomada, olho para Neelie por um instante antes de sair correndo pela porta.

Vejo uma mulher correndo com uma arma na mão. Ela usa um uniforme azul da Erudição. Me preparo para correr, fugindo dela, quando percebo quem é.

– Cara! – grito. Ela para e olha para mim e para, tirando uma arma do bolso de trás.

– Cara? – Neelie pergunta confusa enquanto Cara estende a arma que ela estava usando e a que tirou do bolso a mim e Neelie.

– Peguem e achem os outros. Digam para se armarem. Os traidores da Audácia estão lá embaixo com Eric. – ela diz tudo muito rápido enquanto respira ofegante.

– Lá embaixo? – Santo Deus, onde está minha irmã?!Tenho que acha-la, mas... Minha cabeça começa a doer. Salvar minha irmã ou avisar a todos? E onde estava Noah?

– Sim. Preciso ir. Avise a quem vocês conseguirem. – ela sai correndo pelo corredor e me pergunto como ela conhece o caminho dentro da sede da Franqueza.

– Vamos logo. – percebo que Neelie já está a minha frente. Apertamos o botão do elevador, mas vejo que ele está no decimo terceiro andar. Muito longe.

– Vamos de escada mesmo. - corremos, tropeçamos, mas chegamos ao segundo andar. – Armas. Peguem armas. – já chego gritando e Quatro me olha como se eu fosse doida.

– Cara acabou de nos avisar que a Erudição e os traidores estão aqui, atacando o térreo. – diz Neelie.

– O térreo? Tris! – diz Quatro colocando suas mãos na cabeça. – Ótimo. Você. – ele aponta para Neelie. – Sabe onde eles guardam as armas que apreenderam dos membros da Audácia? – Neelie acena que sim com a cabeça. – Vá com Ed, Marvel, Orion, Dion, Teri, Ivy e Drake. Traga para o máximo que conseguirem, de preferência – ele olha ao redor. – Umas oitenta. O resto fique aqui.

– Não vou obedecer você. Por que obedeceria?! – pergunta alguém.

– Por que nesse momento precisamos. – digo e Quatro olha para mim em agradecimento. – Devemos nos dividir em grupos e ataca-los junto. Algum relógio?

– Eu tenho. – uma mulher da Audácia me entrega um relógio digital.

– Mas eles devem ter bloqueado as saídas. Não são tão burros. – diz Quatro.

– Quais sãos os meios de chegarmos ao térreo? Temos apenas os elevadores e as escadas. Eles não podem bloquear quatro elevadores e sete escadas ao mesmo tempo.

– Então... – Tobias anda de um lado para o outro. – Atacaremos pela escada. Assim, todos ao mesmo tempo.

Escuto passos vindos da esquina do corredor antes de Neelie aparecer carregando armas de tamanhos diferentes. As pessoas que foram buscar as armas voltaram quase caindo.

– Como você sabe que eles estão atacando? – perguntou Ed, um menino que deveria ter quatorze anos. Com seus cabelos cacheados e castanhos caindo em seus olhos e seu físico magrelo, ele parecia ridículo segurando aquelas armas.

– Cara nos avisou – disse Neelie, distribuindo as armas entre os membros leais da Audácia.

– Cara? Mas ela não é erudita? – perguntou alguém.

– Não temos tempo para falar sobre essas coisas. – Interrompeu Quatro. – Vamos para as escadas em sete grupos de dez cada. Todos com armas? - a maioria engatinhou suas armas enquanto outros apenas acenaram. – Vamos para a ação, Audácia! - Quatro foi até o primeiro corredor até uma das escadas, o segui, mas ele me parou. – Vai com outro grupo. Você e sua amiga.

Descemos em silencio. Tentando fazer o mínimo de barulho possível. Meu grupo é silencioso, entre eles estão Ed e Dion. Neelie liderava o grupo que desceu pela escada da esquerda.

Os degraus pretos me confundiam e eu pisei em falso muitas vezes, mas finalmente cheguei ao térreo.

Ao pisar no chão de imediato não enxerguei nada nem ninguém, apenas apontei minha arma para os primeiros traidores da Audácia, que estavam de costas para meu grupo, olhando o elevador.

Dois tiros vindos um de minha arma e outro da arma de alguém, foram o suficiente para derruba-los e alertar os outros traidores de que estávamos ali. Vários braços com fitas azuis pontaram suas armas na direção do meu grupo. Estamos totalmente encurralados. Pena que eles não sabem que há mais grupos cercando eles lentamente.

Vejo exatamente o momento em que Quatro levanta sua arma para o alto e atira, dando inicio ao pandemônio. Atiro diretamente nas faixas azuis enquanto saio da formação em circulo do meu grupo, à medida que mais traidores caem no chão.

Vejo Tris e mais algumas pessoas sentadas no chão e o corpo de Eric no chão sangrando. Olho para trás e além das paredes brancas sujas de vermelho vejo Quatro olhando ao redor.

– Quatro, ela está ali! - grito apontando para Tris. Ele corre atirando em quem entra no seu caminho. Dou-lhe cobertura, atirando em mais quatro traidores que tentam atirar nele.

Tento localizar Neelie e a encontro abaixada ao lado de um corpo no cão. Um corpo que veste uma blusa branca e uma calça preta. Um membro da Franqueza.

E foi ai que percebi a quantidade de membros da Audácia e da Franqueza ao chão. Parei de atirar e me abaixei ao lado dos corpos. Engatinhando entre os membros e passando por cima de dedos sem querer. Tentando achar um rosto conhecido... Noah, minha irmã... Mas não acho nenhum deles e durante o tempo que os procuro, os tiros param gradualmente e tudo fica em silencio.

Posso ouvir a voz de Quatro não muito longe de onde estou.

– Tris, você pode colocar a faca para baixo agora.


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Notas finais do capítulo

Ana Carol... essa é pra você



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