My Doctor escrita por Sofia Travassos


Capítulo 9
Seguindo as frequências


Notas iniciais do capítulo

HELLAH HELLAAAAH.
"Did you miss me? Did you miss me?" *le Sherlockizada na parada*
Não me joguem numa poça de óleo e lancem um fósforo aceso, desculpa MESMO. Sim, não posto desde o começo de março, estamos em maio... Reconheço meu erro, ok?
Enfim, Eu to fazendo muita coisa ao mesmo tempo e tinha começado a escrever esse capítulo no tempo que eu tinha dito que ia postar, que era "de uma hora a um dia hehehehe" ("Well, you see, I lied") Whoops, um pouquinho atrasada. Enfim, acabei de terminar esse e as COISAS DEMONÍACAS que chamam de provas vão começar amanhã então... Me perdoem de novo se não postar muito cedo. Okay? Okay.



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–Prontos? – ouço a voz de Doutor atrás de nós.

–Sim! – a voz de Brian exclama ao meu lado.

Sinto os dedos de Doutor nas minhas costas, certa de que está nos guiando para algo incrível. Ando lentamente, com as mãos ligeiramente erguidas à frente do corpo. Aparentemente, um degrau surge no caminho e piso em falso, quase caindo.

–Cuidado com o degrau – ele diz. Bufo e continuo andando.

Depois de uns minutos andando às cegas, paramos e Doutor dá uma risadinha.

–Apresento-lhes... – abrimos os olhos -... Ibrocas.

A vista é de tirar o fôlego, com colinas alaranjadas e rosadas, e montanhas cobertas de gelo ao horizonte. No meio da paisagem, uma cidade feita de torres se instala. Todas lembram a Seattle Tower, antes de construírem os ramos de metais que surgem dela hoje em dia.

–Uau... – Brian suspira.

Inspiro o ar alienígena e me surpreendo: lavanda. O ar do planeta cheira a lavanda.

–Ano 3862, no outro lado da Via Láctea – Doutor informa – Foi colonizado pelos humanos em 3804, quando uma nave da Terra caiu aqui. Os nativos acolheram os homens mais do que foram conquistados.

–Qual é a espécie nativa? – pergunto.

–Os Hiroxins, popularmente conhecidos como Abelhas do Espaço.

Abelhas do Espaço? – Brian pergunta, confuso – Como assim?

–Não sei direito, todos sabemos que a maior parte das abelhas é alienígena... – Brian começa a perguntar novamente, mas Doutor continua: - Mas acho que fará um pouco de sentido quando os vir.

Começamos a caminhar, maravilhados com a paisagem. O solo é de terra fofa, a terra é coberta de flores em tons quentes, que roçam em nossas pernas enquanto andamos.

Descemos a grande colina em que aterrissamos, em direção à cidade.

Doutor toma a frente e avistamos um grande portão. Ele remexe em seus bolsos e tira um documento. Estamos a alguns metros das portas quando avisto os guardas, o que quase me faz correr. Eles têm literalmente cabeças de abelhas sobre altos corpos humanoides de cor castanha. Sinto a mão trêmula de Brian agarrar meu cotovelo.

–Olá, senhores! – Doutor exclama para as criaturas – Como vão?

–Identificação? – um deles fala, com uma voz que parece um zumbido.

Que ironia..., ri Jojo.

Brian dá um passo para trás.

Doutor abre o documento e mostra. Os guardas parecem surpresos – se é que abelhas possam parecer surpresas – e devolvem.

–Autorizado, senhor – o segundo diz, abrindo o portão.

Eu e Brian seguimos Doutor, hesitantes, meio encolhidos.

–Ahn... – Brian começa – Como eles falam inglês? Como eles possivelmente falam inglês?!

–Ah, não se preocupe – ele tranquiliza – É só o sistema de tradução universal da TARDIS, vocês já se acostumarão com o universo inteiro falando a sua língua.

–Então, se você é um alienígena, quer dizer que você está falando sua língua nativa? – pergunto.

–É, basicamente.

É estranho como não fico impressionada.

–Então quer dizer que as Abelhas lá estão falando zumbido e nós também? – Brian aponta para trás e depois para seu peito.

–Sim, estão.

–Legal... – ele murmura.

Finalmente chegamos à esquina e Doutor olha em volta, enquanto eu e Brian olhamos para as torres acima.

Ele franze as sobrancelhas e olha a rua de cima a baixo.

–Está tudo tão... – ele olha ao longo da rua de frente para nós -... Calmo.

–Por favor, me diga que isso é normal – peço.

Ele fica em silêncio e começa a andar ao longo da rua. Nada temos a fazer, a não ser segui-lo. Depois do que me pareceram horas andando no silêncio, só escutando o cloc cloc cloc contínuo dos sapatos batendo no chão, Doutor para.

–O que aconteceu? – Brian pergunta.

Ele enfia a mão no bolso interior do terno e tira a chave de fenda sônica (que, volto a apontar, é inútil em madeira). Ele gira umas coisas aqui e ali, observa umas partes e ergue o braço. O som esganiçado daquele maldito objeto invade meus ouvidos tão gentilmente quanto vikings numa vila. Ele olha em volta em quanto o som continua. Parece normal para mim.

Ele dá um passo para frente e uma coisa muda. Em vez de um som contínuo, numa nota só, agora alterna, como se tivesse...

–Curvas – Doutor murmura, como se tivesse lido meus pensamentos.

Ele começa a dar passos largos em direções alternadas, seguindo o som diferente, até entrarmos na base de uma das torres e tudo escurecer de repente.

De novo?, Jojo reclama.


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Notas finais do capítulo

SINTO-ME UMA MALDITA MOFFAT. EU ADORO ISSO.



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