My Doctor escrita por Sofia Travassos


Capítulo 8
A chave das viagens


Notas iniciais do capítulo

Hellaah! Então, sim, é curto, não me arremessem da TARDIS. Mas vou postar o próximo num período de uma hora a um dia. Ha ha. Esse capítulo é só pra uma coisinha e ficaria meio sem sentido juntar o próximo com esse, então...
Ah, BTW, fiz umas mudanças no primeiro capítulo, que esqueci de colocar quando o escrevi. Melhor checar, não?
Bem, allons-y!



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Escuto o som de passarinhos e abro os olhos. Olho para a janela e está ensolarado lá fora. Espreguiço-me e bocejo. Não sei se quero levantar agora.

Então, foi tudo um sonho. Aquela curta aventura com Doutor e Brian não aconteceu. Olho para o relógio: dez horas.

Cada dia mais tarde, Jojo ralha.

Não encha, penso.

Sento-me na cama com um pequeno sorriso. Foi um sonho bom. Olho em volta, esperando ver uma bola de neve peluda, mas tudo que encontro é um frigobar.

O quê, um frigobar? Com um pequeno fogão ao lado?, penso.

Olho para o resto do quarto. Um sofazinho branco, uma porta que não deveria existir...?

Levanto, confusa, e vou em direção a ela. Abro e me deparo com o banheiro. Nunca tive uma porta para o banheiro... Fecho novamente e saio do quarto. Não me deparo com o corredor de casa, mas o corredor azul da TARDIS.

Então, não foi um sonho, sua pessoa inteligente, Jojo fala.

Ignoro esse comentário inútil e volto para dentro. Vasculho com os olhos todos os cantos do quarto, até que eles se demoram em um objeto prateado brilhante e pequeno, em cima da cômoda. Caminho lentamente até ele e leio o bilhete que se encontra ao lado:

Bom dia! Vi que gostei da viagem de ontem, mesmo que tenha sido uma ‘droga’. Eis a chave da TARDIS, para que tenha completa liberdade em entrar e sair, e para não acontecer aquilo de vocês quase morrerem, mas isso não vem ao caso. Brian é só um garoto ainda, e acho que não seria responsável se tivesse uma chave para ele...”

–Achou certo – murmuro, com um sorriso.

“... então essa fica para os dois. Tem uma corrente para prender onde quiser e não perder. Não seria um problema para nós, exatamente, se perdesse, mas uma chave da TARDIS nas mãos erradas não pode significar algo bom. Bem, espero que tenha gostado!”

Encaro o “Assinado: Doutor” quase rindo. Uma chave da TARDIS só para mim? E para o Brian, mas ele não é um problema tão grande. Viro a carta e vejo que tem mais uma coisa escrita:

Bom proveito.

Pego a chave e observo os detalhes. Parece uma chave simples e normal. Penduro no pescoço junto ao cordão com um pingente em forma de estrela que minha avó me deu quando eu era mais nova.

–Com uma estrela junto de nós, – ela disse, ao colocar o cordão em meu pescoço – a escuridão se afasta.

Sorrio com a lembrança e olho janela afora. Até os carros passam normalmente.

Depois de me vestir com uma roupa apropriada para sair em público, tento me lembrar do caminho de volta para o console: descer a escada, sair porta afora, virar à direita, me deparar com porta me protegendo de alguma coisa fazendo um barulho estranho? Hum, não. Virar à esquerda, não direita, seguir o corredor até o vão.

Escuto barulhos, penso, animada e aliviada.

Sigo em frente e chego ao destino, encontrando Doutor rindo de alguma coisa na tela do console. Ele olha para mim, ainda rindo. Ele aponta para mim, para a tela, depois tenta falar alguma coisa, mas não consegue porque está rindo demais. É uma cena engraçada, dou uma risadinha e caminho até ele, olhando por cima de seu ombro o que é tão hilário: um vídeo meio antigo bebê rindo. Começo a rir porque não é tão engraçado assim, e Doutor está quase sem ar de tanto gargalhar.

Então, estávamos lá, dois idiotas rindo feito loucos, quando Brian chega, parecendo aliviado de ter achado o caminho (exatamente como eu) e se depara com essa cena bizarra. Ele franze as sobrancelhas e vem ver do que estamos rindo. Ao ver que não é tão engraçado, olha torto para nós e diz:

–Vocês são dois malucos...

E se senta no degrau, mexendo em suas eternamente-no-bolso cartas.


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Notas finais do capítulo

#euri



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