My Doctor escrita por Sofia Travassos


Capítulo 3
Monstros e irritação


Notas iniciais do capítulo

GAH. Sério mesmo, foi mal pelo sumiço. Perdi meu pen-drive com meu livro e mais sete fanfictions (incluindo a My Doctor). Já tinha escrito mais uns cinco capítulos de cada e me recuperei a pouco tempo da minha Crise Existencial. É...
Mas, enfim, re escrevi esse capítulo e o próximo, então, YAAAY!!

Allons-y!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411204/chapter/3

Corro até a porta da casa. Tenho que tirar Brian da lá...

Mas por quê? Por que o homem que se chama de Doutor (e que aparentemente já encontrei antes) tem esse desespero? E o que diabos é um Argurudixtos?

Toco a campainha me focando somente em tirar meu irmão da casa. Doutor falou com tanta preocupação em seus olhos que acabei ficando tão preocupada quanto ele.

A porta demora a abrir. Então, Argus aparece, com uma sobrancelha erguida e apoiado no batente, obviamente tentando parecer relaxado. Ele me olha da cabeça os pés – sem abaixar a sobrancelha – e fala:

–Johanna Cooper... O que faz aqui novamente?

–Hum... Vim buscar o Brian.

Ele se endireitou e franziu as sobrancelhas.

Sobrancelhas..., penso sem querer. Como saber o que a pessoa está sentindo? Consulte suas sobrancelhas.

–Por quê? – ele pergunta.

–Ahn... – penso um pouco – Reunião de família. É urgente. Então, por favor, gostaria de levá-lo embora.

–Desculpe, ele está no banheiro.

Olhei para trás, onde Doutor olhava a cena com cara de preocupação.

–Não, ele não está.

–E como você sabe? – ele pergunta num tom desafiador.

–Porque o vi pela janela do seu quarto agora mesmo.

É mentira, mas aparentemente, funciona. Ele hesita e se mexe desconfortável. Vejo que seus olhos passam pelo meu ombro, olhando além dele. Percebo depois de alguns segundos que está olhando para o Doutor. Seus olhos pousam em mim, novamente. Sua expressão é azeda, me seguro para não rir.

–Seu Doutor não vai protegê-la – ele diz. Sua voz mudou, agora é seca, rouca e grave.

Franzo as sobrancelhas.

Isso não é normal..., penso.

Olho para trás novamente, mas o Doutor não está lá.

Ótimo, abandonada no campo de batalha., uma parte irritante da minha mente murmura.

Quando volto a olhar para Argus, percebo uma movimentação às suas costas. É... O Doutor?!

Tento não parecer surpresa; ele obviamente quer se esconder de Argus, então volto a olhar para o rosto do garoto. Agora eu tenho motivos para parecer surpresa: aparentemente, o rosto magro de Argus... Engordou, engordou demais.

Arregalo os olhos e dou um passo para trás. A cabeça ainda estava crescendo, o nariz estava ficando maior, os olhos ficando mais velhos.

Tento não parecer mais surpresa quando vejo Brian atrás de Doutor. Ele dá um sorriso desafiador e acena a cabeça.

De repente, escuto um barulho irritante, agudo e contínuo. Olho por cima do ombro de Argus e encontro Doutor segurando um objeto estranho, com uma luz laranja-forte na ponta. Os olhos agora esbugalhados de Monstro Argus se arregalam. Ele vira para trás e arqueia os braços, que engordaram também, o que libera um fedor parecido com esgoto e a Grande Pilha de Meias, monumento histórico no Quarto de Brian. Tampo o nariz e vejo meu irmão passar por baixo do braço do monstro, também com o nariz tampado.

–Vão! – escuto Doutor exclamar.

Puxo Brian pelo braço até o carro e nos tranco lá dentro.

–Vamos! – ele diz.

–Não, ele me deve respostas – digo, fitando a casa.

De repente, escutamos o mesmo ruído irritante, porém quinze vezes mais alto, seguido por um grito que assumo que seja de Argus. E então, o bizarro acontece: a casa começa a derreter. Literalmente. Como um sorvete, do topo ao chão. Depois disso, a única coisa que sobrou foi um terreno deserto, como se tivesse sido abandonado há anos.

Olho para Brian, espantada. Então ele se sobressalta e começa a procurar algo na mochila. Quando olho para o terreno novamente, encontro o rosto sorridente de Doutor a três centímetros do vidro. Ele acena, falando para sairmos. Escuto um suspiro de alívio e vejo Brian abraçando seu baralho favorito. Bufo e saio do carro.

Doutor está um pouco ofegante e o cabelo está bagunçado, mas, tirando isso, está intacto. Ele abre os braços como se dissesse “Tcharã!”.

–E então?

–O quê? – pergunto.

–O que acharam? – ele diz, esperançoso.

Brian sai do caro com um sorriso enorme.

Fantástico! Simplesmente fantástico!

Doutor dá uma risadinha.

–Johanna? – ele pergunta.

–Ainda quero respostas! Como sabe quem eu sou? Como sabe basicamente toda a minha vida? Quando diz que nos encontramos antes, o que quis dizer?

Ele pensa um pouco e responde, meio sem graça:

–Eu observo pessoas que me inspiraram de vez em quando...

Sinto meu rosto corar de leve. Não consigo evitar um sorrisinho. Já Brian está se apoiando no carro de tanto rir.

–Ela? – diz entre risos – Johanna? Minha irmã aqui? – e volta a rir descontroladamente.

Doutor ri de leve enquanto eu lanço um olhar mortal para meu “querido” irmão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

GENTE. ALGUÉM AQUI VIU A TERCEIRA TEMPORADA DE SHERLOCK? #fangirlingalldaylong
AH AH, importante:
Criei um blog onde... bom, leiam a descrição do blog. Eu basicamente esclareço coisas das fics e posto desenhos e doodles da minha perspectiva dos personagens e etc. Mas até agora só tem dois posts, se não me engano... Boa, Lira ¬¬'

SEGUE O LINK DO BLOG: http://myfanfictions-lira.blogspot.com.br/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Doctor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.