My Doctor escrita por Sofia Travassos


Capítulo 2
Um encontro acidental


Notas iniciais do capítulo

Alôôô. Então, fiquei bem feliz em saber que consegui dois comentários em uma noite (a mesma noite que eu postei o primeiro capítulo). E tenho quatro leitores e um único capítulo (agora dois), YUUUUUU--Oookay. Sou esquisita. Ignorem minha estranhice e allons-y!



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–Sabe, você não deveria ter feito aquilo – Brian fala num tom “ameaçador”, sentado ao meu lado, no banco do carona.

Eu rio, me lembrando da cena. Contra a minha vontade, estou levando-o até a casa de um amigo dele, que sempre esqueço o nome.

–Não, aquilo fez o meu dia – digo, ainda rindo – Então, qual é mesmo o nome desse seu amigo?

–Argus. Por que você nunca se lembra? Não é tão difícil...

–Que tipo de pessoa tem esse nome?! – exclamo.

Nós dois rimos feito duas crianças. Não me entenda mal, é coisa de irmão. Nós nos “odiamos”, mas somos muito parecidos. Tanto na aparência quanto na personalidade. Nós nos damos bem, apesar de sermos completamente diferentes em alguns aspectos.

Depois de vinte minutos sendo legais um com o outro, chegamos à casa de Argus, depois de atravessar a cidade de Brighton quase inteira. Saímos do carro e vamos em direção à porta. Brian toca a campainha e em dois segundos um garoto magricela aparece para atender.

–E aí, B! – ele fala, animado.

–A! – Brian responde.

–“B”, “A”? Por que vocês se chamam pelas iniciais?

Eles se entreolham, claramente um pouco envergonhados com o que estão prestes a dizer.

–Bom... – diz Brian.

–É... – completa Argus.

–Ah, Homens de Preto – eles dizem, em uníssono, derrotados.

Eu rio um pouco, admito.

–Tá, vou indo, agentes – caçoo. Faço a menção de virar, mas Argus me interrompe.

–Err, Johanna, você pode ficar um pouco, se quiser.

Brian e eu lentamente viramos nossas cabeças e o olhamos com a exata mesma cara de confusão. Porém a de Brian tem um quê de nojo também. Nós dois nos entreolhamos, ainda confusos. Brian o encara novamente e ergue um dedo para mim. Então, fecha a porta. Dou uma risadinha e ando em direção ao carro.

A dois metros dele, alguém esbarra em mim. Um cara nos seus vinte e sete, vinte e oito anos, aproximadamente. É alto e magro. Usa um terno azul-escuro e uma gravata num tom de roxo bem escuro também; uma camisa branca com listras bem finas em lilás e um sobretudo preto que vai até o meio da panturrilha. Seus cabelos são castanhos, ligeiramente longos. Seus olhos são azuis, nem claros nem escuros, são da cor do céu, basicamente.

Confesso que ele é bonito.

–Aah! – ele exclama, confuso – Ahn... Desculpe.

E corre novamente. Porém, ele para e fica parado por uns três segundos. Então vira o corpo devagar na minha direção, com as sobrancelhas franzidas, ainda mais confuso. Ele anda lentamente em minha direção. E eu percebo que eu ainda não me mexi. Ele chega mais perto. Vejo seus olhos correrem pelo meu rosto bem rápido. De repente, coloca as duas mãos nas minhas bochechas e levanta meu rosto delicadamente. Depois abaixa. Então se afasta, ainda olhando para mim. Coloca a mão no queixo e a outra na cintura. Característica pose de quem está pensando. Ele continua me olhando dos pés à cabeça.

–É... – ele se interrompe. Mas continua: - Nããããão... Espera, quando estamos?!

–Ahn... – eu hesito em responder – Hoje é domingo...

–Qual é a data?!

–9 de abril...

–Hm. E... Aahn, e o ano?

Eu olho para ele no estilo: Você está brincando? Mas não está. Ele parece realmente confuso.

–2018.

Ele arregala os olhos. Coloca as mãos na cabeça, obviamente desesperado.

–Um... Um Argurudixtos em 2018... Não, não, não... Isso... Isso não pode ser bom... – então um sorrisinho surge em seu rosto - Haha! Esse é forte... Ah...

Ele parece... Aliviado?

–Um Arguru quê?! – eu pergunto.

–Ah – ele parece notar que eu ainda estou lá.

Reviro os olhos de leve, torcendo para que ele não tivesse percebido. Começo a andar até o carro novamente.

–Não! – ele exclama – Ei! Ei, ei, ei, ei, ei! – ele diz rápido – Aonde você vai?!

–Ahn, para casa?

–Você não vai me ajudar?

Está bem, isso é esquisito. Um estranho me para, fala que me conhece, balbucia umas coisas estranhas e pergunta se vou ajudá-lo... Ah, os dias de hoje...

–Eu nem te conheço!

Ele arregala os olhos novamente e volta à expressão neutra. Acena a cabeça, como se estivesse começando a entender alguma coisa.

–Sim, mas... Você não ajudaria um estranho em apuros?

–Bom...

–Sim... Você ajudaria. Porque é isso que vocês fazem.

–Desculpe, “vocês”?

–Seres humanos! Sempre em apuros, e tentam se ajudar. Acho isso tão bonitinho! – ele diz, sorrindo, franzindo o nariz, com as mãos nos bolsos do sobretudo.

–Hum... – eu penso um pouco. Ele parece tão animado – Tá. Como eu poderia ajudar?

Ele sorriu e chegou mais perto de mim, como se estivesse contando um segredo. Então começou a falar, rápido e sério:

–Você. Tem um irmão, não? É um adolescente. O normal. Tem muitos amigos. Porém você, senhorita, nunca se lembra de um em específico, não? Sempre um nome difícil. Sempre parece errado. E é porque está. Tudo bem, está preparada para o que vem a seguir?

–Ahn... Depende... O--

–O amiguinho do seu querido irmão é de outro planeta. É um completo alienígena. Se perguntar para Brian como os dois se saem nos videogames sobre vida alienígena que tanto jogam, ele vai falar que o amigo “arrasa”. Não é assim que falam hoje em dia? “Arrasa”. Não sei. Enfim. A razão para ele ser tão bom é simplesmente experiência própria. Ele sabe como combater aqueles alienígenas dos jogos porque já lutou contra eles. É um monstrinho. Então, o que eu preciso que você faça é... Tire o seu irmão de dentro daquela casa agora.

Percebo quando ele acaba de falar que estou com a boca ligeiramente aberta. Por que eu sinto que tudo aquilo é verdade?

–Acho que consigo fazer isso...

Ele abre um sorriso enorme.

–Ótimo. Eu sou o Doutor, e você já me viu antes.


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Notas finais do capítulo

FINALMENTE consegui escrever o encontro deles (YAAY!), e ficou bem legal, na minha opinião............... O que acham, jovens whovians?P.S.: O Doutor é um que eu acabei de inventar. Não apareceu em nenhum lugar, não copiei de nenhum lugar, é ORIGINALMENTE MEU. (Ele é o 16º Doutor.)



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