Coincidências Ou Destino? escrita por Everlak


Capítulo 21
Capitulo 21


Notas iniciais do capítulo

Heyyy!!!
Sei que estive muito tempo fora, mas tempo de exames é complicado.... Eu não respondi ainda aos comentários deixados nos capitulos anteriores mas juro que responderei a todos eles.
Por agora, Boa Leitura meus anjos!



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– Não toca nela seu desgraçado! – Peeta larga minha mão e tenta desesperadamente livrar-se das amarras. Mas meu pai não se detém e inicia um corte no meu ombro deslizando a arma branca para baixo, deslizando sobre minha pele.

Eu dou um grito estrangulado, sinto uma queimação horrível por meu braço enquanto a faca vai cortando minha pele até ao cotovelo. Eu vejo Peeta à minha frente angustiado, desesperado. Mas não consigo ouvir seus gritos. Não consigo ouvir nada. Apenas um zunido que parece estilhaçar em minha mente.

Eu não sei dizer se ele fez algo mais comigo. Eu estava anestesiada pela dor. Sentia meus olhos saírem de orbita e revirarem.

– Pára com isso! – Ouvi Peeta. – Você está matando ela!

Fiquei aliviada por minha audição ter voltado, ainda que a voz dele parecesse apenas um eco. Porém, senti-me alarmada quando ele falou que Snow estava me matando. Isso queria dizer que ele fez mais estragos do que apenas meu braço.

– Por favor… - O tom aborrecido de Snow me fazia querer esmurrar ele – Ela é do meu sangue. Os Snow aguentam qualquer coisa.

– Ela identifica-se tanto com você que usa o apelido de solteira da mãe. – Peeta provoca ele.

– Everdeen? Ah essa menina é uma ingrata!

A minha sensibilidade está voltando aos poucos pois sinto a mão de meu pai estalar em meu rosto. Eu tombaria no chão mas duas mãos me agarram no lugar.

– Cato, larga ela! – Snow rugiu.

– Senhor, ela já está ferida demais. Se ela caísse poderia ser catastrófico.

– Eu não ligo. Ela me fez perder um bom negócio! E algo me diz que ela está por trás da morte do cara!

– Senhor, ela não é útil a você se estiver morta. – Cato tenta argumentar.

– Eu começo a achar que essa garota só me traz é sarilhos! – Resmunga. – Mas bem, vamos fazer um joguinho!

– Deixe ela sair daqui! – Peeta rugiu pouco lhe interessando o que o homem tinha a dizer.

– É exatamente esse o jogo meu caro. Apenas um pode sair dessa sala vivo. Ou, caso vocês queiram ser teimosos, morrem os dois aqui. Como preferirem.

Eu estava fraca demais para falar, quanto mais para gritar a Peeta para que corresse e se salvasse. Eu nem conseguia forçar os olhos a se abrirem. Eu sentia tanta dor que eu não sabia ao certo de onde ela vinha. A única coisa que conseguia fazer era ouvir o som abafado dos passos lentos de Snow pelo lugar.

– Tirem ela daqui – Peeta falou e suspirou profundamente.

Não! Eu não queria que ele se sacrificasse por mim! Afinal de contas, Cato tinha razão. Eu seria a razão da desgraça de Peeta. E eu estava impotente para fazer o que quer que fosse.

– Muito bem, até que foi rápido. – Snow troçou. – O problema é que eu quero que seja Katniss a ficar. Cato, retire o garoto daqui e o despeje em qualquer esquina.

– Você não pode fazer isso! Ela é sua própria filha! – Vociferou Peeta.

– Sim e não me tem dado nada além de prejuízos e dor de cabeça.

No momento seguinte, uma barafunda se instalou. Eu sei que algo estava acontecendo mas não sabia o que. Só me apercebi de uma dor lancinante que sobrepunha a toda a dor que já estava sentindo. As minhas cordas vocais responderam à dor num grito tão agudo que senti que todos pararam o que quer que estavam fazendo para perceber o que acontecera. Então tudo se apagou.

* * *

– Mas o que está acontecendo?

– Corre, apenas corre.

– Mas e Snow?

– Ele está controlado. Por agora.

POV Cato

Desde o momento que Katniss foi capturada, um frenesim nos restantes prisioneiros percorreu por todo o lugar. Mas o que mais me chamava a curiosidade era que os próprios guardas estavam numa agitação incomparável. Mesmo lamentando o sequestro da garota, eu não podia deixar de sentir irritação por ela ter arrastado Peeta nessa história.

Era a história se repetindo. Snow sabia como ter o que queria e usou o mesmo esquema comigo e com meu irmão: garotas. Nem elas sabiam que estavam a ser usadas para um plano do cara. Foi o que aconteceu comigo e Clove. Quando nos conhecemos, no café onde eu sempre ia naquela hora, Clove não imaginava que Snow não tivera uma repentina necessidade de tomar café e mandou ela buscar. Tudo fazia parte do plano dele. Me fazer apaixonar pelo lado inimigo. O pior é que tanto eu como Clove, caímos no seu esquema. Então, um dia, quando estava no meu apartamento com ela, Snow surgiu de rompante com seus guardas, com um sorriso triunfante. Eu pensara que Clove me tinha enganado. Mas ela parecia tão atónita e perplexa quanto eu. Ele apontou uma arma a Clove e disse que não a matava se eu abandonasse minha família e me juntasse a ele. Desesperado com a ideia de a perder, eu aceitei, sem pensar sequer duas vezes o que minha família pensaria. Naquele momento, Clove era toda a minha vida. Comigo a trabalhar para Snow, ela resignou-se a continuar com ele. Ela me havia falado que queria mudar de emprego. Só naquela hora eu percebia o significado daquelas palavras. Ela queria deixar de trabalhar para um corrupto, para ficar comigo.

E agora nos encontrávamos quando podíamos, o que não é nem de longe tanto quanto gostaríamos. Não a tenho por inteiro, mas prefiro isso a vê-la morta. Por isso que quando vi ela no café, fiquei nervoso. Snow poderia matar Clove se soubesse que elas mantinham contato.

E agora eu tinha que estar assistindo Snow torturar Katniss, e por consequente, o meu irmão. A miúda já não se mexia, já não gemia, não reagia a nada a sua volta, nem mesmo aos pedidos desesperados de Peeta. Snow parecia não notar o estado da sua filha. Ambos seus braços escorriam fios largos de sangue. Seu rosto marcado com um fino corte ensanguentado. Seu pescoço e busto, recheado de cortes, uns mais profundos, outros menos. Snow havia usado para esse ferimentos, uma ligação que ele mesmo engenhou com três fios de alumínio com lâminas finíssimas nas pontas. Ele lançava as pontas afiadas na pele, sem largar a outra extremidade, como se tratasse de um pequeníssimo chicote. Era tenebroso ver o estado da garota. Sua cabeça já tombava para o lado esquerdo.

– Pára com isso! – Ouvi Peeta. Seu rosto vermelho mostrava sua fúria dirigida a Snow – Você está matando ela!

– Por favor… - Snow olhou na direção dele, deixando por instantes o trabalho que fazia em Katniss. – Ela é do meu sangue. Os Snow aguentam qualquer coisa.

– Ela identifica-se tanto com você que usa o apelido de solteira da mãe. – Peeta provoca ele.

Meu irmão é um louco, ele quer fazer com que seja morto, é isso?

– Everdeen? Ah essa menina é uma ingrata!

Snow gira sobre os seus pés e prega um tabefe fortíssimo na menina. Eu vejo ela escorregar da cadeira e a seguro no lugar. Pela primeira vez em algum tempo vejo ela gemer ligeiramente.

– Cato, larga ela! – Snow rugiu. Porém, eu continuo segurando ela enquanto encaro Snow.

– Senhor, ela já está ferida demais. Se ela caísse poderia ser catastrófico.

Eu tento arranjar uma desculpa.

– Eu não ligo. Ela me fez perder um bom negócio! E algo me diz que ela está por trás da morte do cara!

– Senhor, ela não é útil a você se estiver morta.

Eu continuo tentando fazer com que ele pare com a agressão. Mas pela expressão de Snow, meus esforços são em vão. Pelo canto do olho vejo Peeta tentar soltar-se.

– Eu começo a achar que essa garota só me traz é sarilhos! – Resmunga. – Mas bem, vamos fazer um joguinho!

Peeta para o que estava tentando fazer mesmo antes de Snow olhar na direção dele.

– Deixe ela sair daqui! – Peeta rugiu pouco lhe interessando o que o homem tinha a dizer.

– É exatamente esse o jogo meu caro. Apenas um pode sair dessa sala vivo. Ou, caso vocês queiram ser teimosos, morrem os dois aqui. Como preferirem.

Eu conseguia ver a determinação no olhar de Peeta. A mesma determinação com que eu aceitara ficar do lado de Snow. E isso revirou meu estomago. Porque no caso de Peeta, isso resultaria na morte dele.

– Tirem ela daqui – Peeta falou e suspirou profundamente.

Apesar da esperança que eu tinha que ele reconsiderasse, ele fez o que eu faria pela minha Clove.

– Muito bem, até que foi rápido. – Snow troçou. – O problema é que eu quero que seja Katniss a ficar. Cato, retire o garoto daqui e o despeje em qualquer esquina.

Eu sei que é cruel isso, mas eu fiquei aliviado. Obvio que não queria que a menina morresse. Mas Peeta era meu irmão. Eu não podia deixar de estar feliz.

– Você não pode fazer isso! Ela é sua própria filha! – Vociferou Peeta.

– Sim e não me tem dado nada além de prejuízos e dor de cabeça.

Snow dá de ombros enquanto tento desamarrar os nós perfeitos que prendem os pulsos e tornozelos de Peeta. Alguém abre a porta e um grito de guerra ecoa no espaço. Eu desvio o olhar das amarras para tentar perceber o que está acontecendo. Os Prisioneiros. Alguém soltara um bando de prisioneiros que tentava chegar até Snow, que para sorte dele, estava cercado de guardas. Um dos reclusos se esquivou até nós e ajudou a desamarrar meu irmão. Logo que terminei comecei a puxá-lo para a saída mas ele puxou de volta, indo na direção contrária.

– Eu não saio daqui sem ela! – Ele disse e logo a pegou no colo, pois os homens já haviam tirado também as desamarras dela.

Ele tenta sair dali o mais depressa possível com Katniss. Um dos guardas se apercebe e os alcança dando um empurrão em Peeta que o faz cair juntamente com Katniss e a mesa com os utensílios de tortura.

Um grito aterrorizante se sobrepõe ao ruido e percebo vir de Katniss. Ela parece permanecer inconsciente, não fosse o grito que brotava dos seus lábios. Peeta entra em pânico ao ver a dor da morena e a levanta com cuidado redobrado. Então percebo o motivo da agonia. Ela caiu de barriga para baixo, em cima de um caco de vidro de uns quinze centímetros de altura. O caco atravessou seu abdómen. Ela fica inerte nos braços de Peeta, ficando completamente inconsciente. Peeta começa a tentar retirar o vidro.

– Não Peeta! Ela irá se esvair em sangue. Não faça isso. – Eu grito.

Ele levanta o olhar e assente, ainda com um semblante preocupado e mandibula cerrada. Ele a pega novamente no colo com o máximo de cuidado e tentamos sair o mais depressa dali, enquanto que Snow está ocupado para conseguir vir atrás de nós.

Peeta segue escadas acima, comigo a dirigir o caminho que deve seguir.

– Mas o que está acontecendo? – Uma voz aguda surge no andar de cima, no topo das escadas.

Clove parece horrorizada ao ver o rasto de sangue deixado no pavimento. Só quando me viro para cima é que ela nos reconhece e ela fica mais assustada ainda.

– Corre, apenas corre. – Eu a incito e sem pensar duas vezes ela larga os arquivos que tinha consigo no chão e apressa-se escadas abaixo.

– Mas e Snow? – Ela pergunta ofegante quando chegamos à porta principal e tomamos um dos carros.

– Ele está controlado. Por agora.


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Notas finais do capítulo

U.U
Pesado esse capitulo né? Uashuashuahs
Não se preocupem, em algum momento, a história irá melhorar para nosso casal lindo!!! Na verdade agora são dois caisais lindos né?
Bem, como disse, atualizarei as respostas aos comments logo que possa!
Sweet kiss!
P.S.: Não há recomendaçõeszinhas lindas para alegrar um pouco meu dia? Não? Ok :D



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