Coincidências Ou Destino? escrita por Everlak


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Voltei camaradas!!! Um Capitulo fresquinho e mais calmo para vocês terem tempo para se recomporem. Vêm como sou um amorzinho?? Bem, boa leitura!



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– Mas nós temos uma solução – Falo após uns momentos, todos os rostos presentes se viram na minha direção. – Nós seremos a lei desse lugar, nós seremos as forças interventivas. E agora podemos tratar da saúde a meu pai e tantos como ele. Afinal, eles não têm por onde fugir.

– Não é tão simples quanto parece – Haymitch fala.

– Porque não? Vocês são uma força especial não-governamental. Acho que vocês podem muito bem ocupar o cargo. É preferível isso à anarquia.

– Pai, eu acho que ela tem uma certa razão – Gale interviu. Fiquei ofendida com “certa” antes da razão.

– Quieto filho – Plutarch falou baixo mas com uma autoridade máxima. Gale tentou esconder como ficara magoado. Mas eu conheço ele bem demais. Eu sei que seu pai nunca lhe deu nenhum crédito. Claro que eu não sabia que se referia a teorias de conspiração e tudo mais.

– Bem, eu acho melhor falarmos sobre isso amanha de manhã. Todos nós precisamos de uma boa noite de sono. Amanhã decidimos o que fazer, tudo bem? – Haymitch propõe e todo mundo aceita.

Eu saio da sala em direção ao meu novo quarto. Gale se aproxima e abraça meus ombros em um gesto de conforto.

– Eu acho que Peeta precisa de você. – Falo. Eu precisava de Gale mas Peeta precisaria muito mais.

– Porquê? – Eu tinha esquecido que Gale não estava na sala quando contei o que aconteceu a Glimmer. Respirei fundo e contei a situação horrenda.

– Meu Deus… Glimmer – Ele parecia tentar engolir as palavras que eu proferira. Ele me beijou a testa e se foi, tão depressa quanto veio. Mas segundo me lembro, o quarto de Peeta é nesta direção… Não a que ele tomou…. Percebo que talvez a morte dela também fosse pesarosa para ele.

(Musica de fundo. Recomendo ouvir)

Passo por uma porta entreaberta e ouço gritos desesperadores lá dentro. Espreito e vejo uma mulher adulta chorando e desabando em cima de Haymitch que tentava sem sucesso confortar ela.

– Minha menina não! – Ela gritava, toda a dor emanando. Deduzi ser mãe da garota. Olhei para o chão engolindo eu mesma as lágrimas. Sem barulho, fechei a porta. Corri para o meu quarto e quando adentrei nele, fechei a porta, deixando as lágrimas correrem livres. Escorreguei pela parede até ao chão, escondendo meu rosto nos joelhos. Isto era um pesadelo, um pesadelo do qual eu não poderia acordar.

– Katniss? – Peeta entra sem bater, procurando por mim. Finalmente ele me percebe ao lado da porta. – Oh Katniss…

Eu desvio meu rosto e limpo o nariz à blusa. Ninguém poderia ver-me nesse estado tão frágil, não agora. Ele me segura e apoia minha cabeça em seu peito.

– Shhh – Ele mexe nos meus cabelos. – Tudo vai ficar bem.

– Como pode dizer isso? – Fungo – Você acabou de perder sua amiga.

– Minha namorada – Ele corrige num sussurro – E dói. Dói saber que nunca mais a verei, que ela não estará aqui para me dizer o que está certo ou errado. Mas ela sempre dizia que tudo acontece por um motivo. Que tudo tem seu lado positivo.

– Ela era uma sonhadora – Percebo.

– Ela era…

Não sei quantos tempo ficamos assim, quietos, em silêncio. Por fim Peeta me mandou para a cama. Ele me aconchegou nos lençóis e eu agarrei uma almofada ao meu lado. Sempre me fazia sentir melhor quando eu me sentia sozinha. Ele saiu pela porta e eu me obriguei a fechar os olhos. Cada vez que os fechava a redoma voltava para povoar meus pesadelos. Me sentei na cama, apoiando a cabeça atrás, na parede. Eu ainda estava com a roupa que tinha durante o incidente, mas não estava preocupada com isso. Bufei e voltei a deitar-me, numa nova tentativa remota de dormir. Meu corpo ansiava por descanso mas minha cabeça parecia gritar contra tal possibilidade. Eu não queria ficar sozinha. Eu estava com medo. Peguei na minha almofada e meu cobertor e os arrastei pelo corredor. Bati levemente na porta e fui entrando.

– Oi. – Falei timidamente.

Pelo que parecia, Peeta estava bem acordado. Ele estava com uma t-shirt branca que se moldava ao corpo, branca, e umas calças moletom azuis escuras. Quando entrei ele encarava o teto com os braços a servir de apoio à cabeça. Quando me viu se levantou da cama.

– Oi.

– E-eu – Me atropelei – Será que posso dormir aqui em seu quarto? Não quero ficar sozinha…

– Sim, claro que podes – Agradeci com um gesto subtil de cabeça e me dirigi para o seu sofá espaçoso. – Espera. Dorme na minha cama. Eu fico com o sofá.

– Ah não. Não é preciso. – Nego. Ele faz um gesto para sua cama.

– Minha cama não morde. Pode ir. – me obrigo a subir na sua cama, ainda com seu calor emanando dela. Puxo os cobertores para cima e fico vendo o loiro caminhar até seu armário e pegar um cobertor. Depois ele se dirige para o sofá e percebe que falta algo. Pego sua almofada e atiro para ele que agarra imediatamente, mesmo estando de costas quando atirei ela.

– Boa noite – Desejo.

– Boa noite Katniss.

* * *

– Katniss. Katniss acorda. – Alguém me abana. Abro os olhos e vejo Gale ao meu lado.

– O que foi? – Pergunto ainda rouca pelo sono. Havia dormido melhor do que esperava.

– Hora de se vestir. – Ele lançou um monte de roupas para mim. Fiquei olhando para elas em dúvida.

– São da Johanna - Ele esclareceu adivinhando meus pensamentos. Eu não queria usar a roupa de uma menina que acabara de morrer.

– Porque tenho que me vestir? – Eu não estava no meu melhor raciocínio.

– Porque nós iremos numa missão de reconhecimento. – Ele explica – Perceber como as pessoas estão reagindo e tudo mais.

– Ahh que legal…. – Falo com tédio – Eu e você?

– Nós dois, Johanna e Peeta.

– Mas não disseram que Johanna não era parte disto? – Pergunto confusa.

– Não é, não diretamente. Mas devido à situação recrutamos a ajuda dela. Afinal ela conhece mais que bem nosso mundo.

– Ta bom, tá bom. Me deixe vestir então – O expulsei do quarto para não ouvir mais nada. Eu só queria ficar num quarto quieta e esperar tudo isso passar. Mas não era possível. Então fiz um esforço monumental e me vesti. Me senti uma espiã naquela roupa.

Desci até à garagem onde os três esperavam por mim.

– Está de matar Kat! – Johanna graceja com seu sentido de humor duvidável.

– Sim. – Falo monossilabicamente.

– Então – Ela continua. Percorro o espaço com o olhar e vejo Peeta encostado na sua mota e Gale de mãos nos bolsos. – Sugiro que eu e Gale cubramos a zona este/sul e vocês dois norte/oeste.

Peeta dá de ombros e monta na sua moto. Eu salto para ela também. Vejo Gale conduzir uma outra moto com Johanna atrás. As duas motos saem a alta velocidade e apenas n cruzamento seguinte, cada uma segue seu rumo.

– Peeta, Sugere começarmos por onde? – Questiono bem alto para que ele me ouça acima do assobio do vento.

– Zona dos bares. – Ele responde – Com certeza, haverá conflitos. As pessoas entram em pânico com o que não entendem e descarregam como podem.

– Jogo e violência – Deduzo.

Ele aumenta a velocidade do veículo e eu me agarro mais a ele. Minutos mais tarde, estacionamos num local escondido mas acessível. Nos esgueiramos pela rua principal e várias discussões se fazem ouvir. Peeta está certo. As pessoas não sabem lidar com o pânico.

Sinto alguém se aproximar de mim. Me viro, mas a pessoa em questão me vira de novo para a frente com violência e segura uma faca em meu pescoço.

– Olha que gostosinha apareceu no bairro hem? – O homem fala – Como você veio para aqui gatinha?

– Solta ela! – Peeta comanda. O homem ri com escárnio.

– Quem me vai obrigar? Você que é o namoradinho dela? – O nojento gargalha. Ele segura a faca com tamanha força que eu começo a ficar sem ar. Pego a navalha que escondi no casaco e deslizo pela parte interior do seu braço, fazendo –o mover a mão para longe. Me viro e dou um chute em seu estomago, o que o faz cambalear. Finalizo com um soco que solta o fluxo de sague no nariz. Ele cai para trás desnorteado.

– Bom trabalho – Peeta diz admirado. Eu sacudo as mãos uma na outro e caminho para ele. Num momento ele sorri e no seguinte está empunhando a arma para mim e disparando.


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Notas finais do capítulo

Cá estamos!! Vocês já viram a nova capa da fic? Vão conferir e me digam o que acharam dela! Eu mesma que fiz. Quem quiser capas ou algo do genero me avise.
Voltando ao capitulo: Me digam o que está passando na vossa cabecinha linda! Ahh sim, Eu sinto desejos de recomendações! Sejam fofos!! SWEET KISS



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