As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 8
Capitulo 8 - As Chamas do Entardecer




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Com o despertar de Athena, de todas as partes do planeta, seus guerreiros tentam através de todos os meios possíveis ir em direção ao Santuário, pois já era nítido os ventos de uma nova Guerra Santa, alguns que já se encontravam a um tempo no Santuário, eram colocados em postos para protegerem a entrada dos templos zodiacais das estrelas de Hades.

Castelo de Heinstein - Alemanha

O vento batia nos cabelos negros de Requim, ela usava um vestido negro com babados brancos saindo pelas pontas da saia q acabava um pouco acima dos joelhos, chegando até tocas a ponta das pálidas patelas, ela olha para as poucas estrelas que iam aparecendo, do alto da maior das torres de seu castelo, a vista era perfeita do crepúsculo, porém ela olhava para o lado oposto, já que a torre era completamente aberta, lá haviam diversos galhos brancos levemente luminosos, todos cobertos por nobres corvos que iam e voltavam para o castelo livremente, Requim parecia ter uma grande afinidade com estes animais, ela estende a mão com algumas migalhas e sementes e um dos corvos, um grande, inclina a cabeça e pega algumas sementes com o bico, ela sorri ao ponto de mostrar levemente seus dentes brancos por entre seus lábios vermelhos, voltando-se novamente para o horizonte que ia aos poucos escurecendo.

– “Espero que possamos nos reencontrar”

– Perdida novamente em seus pensamentos Irmã – Requim vira-se para a dona da voz – Algo lhe preocupa?

– Creio que sim irmã – Assentiu Requim abaixando o rosto e deixando um ar mais sério dominar sua face – As estrelas estão inquietas.

– Como eu te amo irmã! – disse Pandora ao chegar perto de Requim tocando e levantando seu rosto com ambas as mãos – Acho que está na hora de usarmos seu dom especial irmã.

Requim apena consente com a cabeça e sem demora é puxada por Pandora em direção à escadaria da torre em que elas se localizavam, enquanto elas desciam Requim move seus olhos obliquamente dirigindo seu olhar para o pássaro negro com o qual ela se relacionava antes da chegada de sua irmã, então uma leve brisa passa pela torre, seguida da saída de alguns dos pássaros, as irmãs chegam à um salão onde no chão havia o símbolo da família Heinstein e acima alguns círculos representando o céu noturno da vista do mundo inteiro, no centro uma pedra dourada cravada no teto, as Gêmeas param uma de frente para outra e simultaneamente olham para cima, as pupilas de Requim se dilatam como se ela visse muito além da escuridão do teto daquele grande salão, deixando um brilho prateado em seu olhar fixo para cima.

– Eles estão se movendo, ele vão em direção ao Santuário de Athena – Disse Requim sem desviar o olhar em momento algum – Creio que deveríamos passar os comandos imediatamente.

– Mas já?! Malditos cavaleiros! – disse Pandora com uma feição mais nervosa – Mas não temos o que temer, o exército imortal de nosso irmão já estão quase em suas posições, e os novos recrutas conhecem muito bem aquele local – Agora um leve sorriso irônico é esboçado por Pandora.

– “Espero que consigam...Meu exército!”

Jamir – Tibete

Seis estrelas cruzam o céu estrelado de Jamir emitindo cada uma delas uma energia singular e nefasta, imediatamente os lemurianos se entreolham parecendo saber o que viria, estavam dentro da torre, o local estava limpo mas não muito organizado, parecia que eles trabalhavam em algo, um som metálico é emitido das ferramentas encostando na armadura prateada, Mestre Messura termina de enfaixar seus punhos e olha para seu pupilo acenando com a cabeça, como se fosse para ele continuar, Vaskes levanta um objeto semelhante a um martelo dourado e um forte brilho esverdeado o cobre, junto com as mãos, e rapidamente o martelo é levado à outra ferramenta que estava encostada à armadura e um forte brilho toma conta do lugar, Vaskes respira fundo aliviado se afastando da armadura, ele pega se cachecol que estava dobrado sobre uma pequena mesa lateralizada na sala com o broche em cima, ele retira o emblema, pega o cachecol e o enrola no pescoço prendendo o broche que lhe foi dado no lado esquerdo da amarração, ele pega uma bolsa de couro de animal comprida mas rasa, com espaço apenas para pequenas ampolas de vidro enfileiradas, a bolsa de couro preto serve como cinto que ele enrola em um pano negro e coloca em sua cintura fechando na frente deixando a parte onde continha as ampolas para trás, e como um instinto ele se lateraliza focando a visão na parede que estava vazia.

– Clarividência? – Disse Messura voltando à sala com uma grande espada embainhada em mão e um sorriso no rosto – Eu não consigo senti-los, onde estão?

– Um pequeno exército há aproximadamente uns vinte e cinco quilômetros de distância vindo o mais rapidamente possível, considerando que estão reprimindo completamente seus cosmos, alguns já estão nos arredores do Santuário, nós vamos agora?

– Você vai! Eu impedirei o progresso deles e me assegurarei que não chegarão nem aqui e nem próximo ao abrigo das armaduras, você tem que cumprir sua missão primária – E Messura entrega um livro na mão direita de Vaskes, que estava lacrado por algumas fitas e a espada também lacrada desde a bainha – Vamos para nossos postos parça!

Os dois deixam a sala num piscar de olhos e no mesmo instante todas as diversas velas que a iluminavam se apagara, no mesmo instante eles chegam no topo da torre, Messura com um grande pano branco em mãos, Vaskes aponta na direção da tortuosa passagem por onde todos deveriam passar para chegar à torre de Jamir, eles ficam um de costas para o outro e sem dizer nem se quer uma palavra ele entendem o que deve ser feito, e em perfeita sincronia ambos saltam para frente, Vaskes cobre seu rosto até o nariz com seu cachecol e Messura coloca o pano branco em suas costas.

– Áries!

– Grou!

As armaduras respondem o chamado de seus detentores e como feixes de luzes douradas e prateadas cobrem os corpos de seus mestres que simplesmente desaparecem em pleno ar, ao redor da torre paredes douradas aparecem e vão ficando transparentes com o passar do tempo.

Santuário – Algum tempo atrás

Um homem chega em vestes de peles de animais e detalhes azulados entre elas, um ar gélido paira no ar, ele caminha silenciosamente junto a uma névoa de ar frio que ia deixando a superfície das folhas da grama e das árvores ao seu redor levemente queimadas pela baixa temperatura, logo um grupo de soldados vestindo armaduras negras bloqueiam o caminho, dentre eles destacava-se um em particular ele possuía uma armadura mais complexa e fechada e havia um par de asas nela.

– Você não baixou a guarda desde quando saiu de seu reino, mas agora você deve estar cansado de emitir tanto cosmo incessantemente - Disse o homem indo em direção ao cavaleiro – Prepare-se, sua curta vida de rei será ceifada pela Estrela Terrestre do Voo, Edward de Sylph!

– Então era você que me seguia...Que desprezível – murmurou Artur, que logo retirou sua capa de pele revelando sua armadura azulada – Você aprenderá a não entrar no caminho de um rei.

Os soldados rasos começam seu ataque, porém são facilmente parados por uma ventania que carregava neve vinda do corpo de Artur, ao ver que mesmo com sua habilidade de criar um ambiente gélido os ataques não cessavam ele começa a se mover, o cosmo flui livremente pelo corpo de Boieiro enquanto ele golpeava com chutes e socos precisos em pontos vitais enquanto desviava dos ataques físicos dos oponentes que não conseguiam acompanhar muito bem sua velocidade dentre os flocos de neve que ali caiam, o cavaleiro conseguia desarmá-los e usar suas foices contra os próprios soldados deixando o recente campo de batalha tingido em branco e vermelho, até que quando o número de inimigos era mínimo ele seguiu em direção à aquele quem os comandava, e sem muitas mudanças em sua face ele ataca diretamente Edward, seu punho vai congelando aos poucos enquanto ele corria em direção ao inimigo, ao chegar poucos metros de distância do imóvel espectro ele salta e mira diretamente no espectro, porém a poucos centímetros de distância, ele é parado em pleno ar, ao olha para o rosto de seu adversário vê-se um sorriso lateral daquele que permanecia parado e de olhos fechados, o espectro abre os olhos e eleva sua mão aberta até o punho cerrado do cavaleiro e em questão de segundos ele fora lançado a alguns metros se chocando com uma rocha de tamanho moderado destroçando-a.

– Certamente está cansado pela viagem, isso será muito fácil – Disse Sylph voltando-se para Artur e erguendo os braços formando um “X” cruzando na porção punhos – Sucumba, North Winds!

Então o sentido do vento muda drasticamente indo em direção ao cavaleiro de Athena, o vento estava embebido em cosmo o que lhe dava uma aspecto negro, e antes que pudesse revidar, Boieiro é pego pelo golpe que começa a retirar todo seu oxigênio e restringindo seus movimentos, com o tempo o ar ia ficando cada vez mais pesado e o cavaleiro ia se curvando, mas o orgulho foi sendo estimulado a aparecer quando ele vê os símbolos cravados na espada que ele carregava junto à si, Artur queima seu cosmo apesar de estar incapaz de respirar neste momento, retira a espada da bainha e com um movimento de corte em horizontal uma explosão de neve cobre o local, Edward se impressiona, como se não esperasse de modo algum que o cavaleiro conseguisse sair da situação em que ele fora imposto por sua técnica, não era possível visualizar nada até que toda a neve caísse de volta pro chão, mas antes que isso acontecesse Artur já estava frente a frente com Sylph, que parecia estar ainda mais estupefato.

– Impulso azul!

E sem que pudesse reagir, Edward fora subjugado por uma grande luz azul que cobriu seu corpo destruindo rapidamente as extremidades de sua Sapuris, e em seguida as asas da armadura negra enquanto seu corpo ficava claramente cianótico antes mesmo de cair na grande camada de neve que ali havia se formado pelo ataque. Artur chega perto do corpo do espectro e observa se havia algum vestígio de vida presente, enquanto isso sem que percebesse algo atrás dele se movia por baixo da neve e ia se elevando mostrando parte do que parecia ser uma extensão de uma Sapuris em forma de helminto.

Redondezas do Santuário, Aldeia de Rodorio

A mulher levanta-se da cama suavemente com cuidado para não acordar seu amado de cabelos prateados, a menina de cabelos pretos veste-se com roupas simples e caminha pelo chão de madeira alguns raios de sol ainda passavam através do vão da janela entreaberta do quarto que aparentava ser muito simples ao caminhar até a porta, ela toca a madeira rachada da passagem e deixa escorrer lágrimas de adeus, ela estava decidida sobre o que tinha que ser feito, ela então sai do quarto sem nem ao menos olhar para trás e desce a escadaria que dava para um bar onde haviam diversas mesas e um balcão num canto ao fundo do local, a porta se abria antes mesmo dela chegar, é ai que um pequeno feixe de luz cobre o corpo da garota que com a mão direita leva uma máscara que cobria a parte de seus olhos e parte da giba dorsal, quando a porta abre-se completamente ela se depara com uma figura conhecida que lhe estende a mão direita com a palma voltada para cima, ela dá cinco passos e estende seu braço e toca palma a palma com seu conhecido, enquanto sua armadura que antes era prateada muda-se para negra algumas mariposas do inferno rodeiam os visitantes, e todos saem pela porta do estabelecimento indo em direção à saída da aldeia.

Entrada dos Templos Zodiacais

O sol começava a esconder-se por entre as montanhas no horizonte quando ouve-se um ronco felino, todos ao redor do Santuário atentam-se para um imensa torre que já estava esquecida por entre os guerreiros da deusa da paz e da justiça, e em um silencio absoluto vê-se uma pequena faísca crescendo e tomando conta do espaço abaixo do primeiro símbolo zodiacal, uma chama azulada em forma hemisférica aparece e outras onze vão se acendendo na sequência e todas as doze chamas trepidantes brilham intensamente, o som de um sino é emitido quebrando o silêncio, finalmente o lendário relógio de fogo fora acesso, marcando o prelúdio de uma batalha contra o tempo, do topo do relógio uma pessoa salta em queda livre caindo de pé no chão ao meio de um exército de espectros, sua armadura também era negra, suas pupilas verticais como de um felino tremiam de ansiedade, o homem toma a frente do soldados.

– Avante soldados! “Preciso chegar rapidamente à quinta casa, não poderei esperar por vocês” – Pensou o guerreiro durante seu grito de guerra, elevando o braço direito com a mão fechada termina – Athena caíra antes das chamas se esvaírem!


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