As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 6
Capitulo 6 - O Elo de Sangue




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Extremo Norte da Rússia Europeia - 1478

Diferente das áreas mais próximas da Sibéria, na Ásia, essa região da Rússia possui grandes diferenças entre as estações do ano, era primavera, o clima era temperado para a Rússia, que varia entre -1 e -50ºC, a lua estava em sua fase nova, um homem vestindo uma armadura alaranjada corre para dentro de um grande castelo que fica próximo a um precipício onde na ponta havia uma imensa árvore, era possível ver seu tronco e alguns galhos cheio de folhas verdes vivas e alguns frutos maduros e flores de todas as cores ainda desabrochando, o homem vestindo a armadura sobe rapidamente a longa escadaria que vai da entrada do palácio ao hall e em suas laterais, aparentemente para um quarto que fica na torre lateral direita do castelo escuro, era uma passagem tortuosa e de difícil acesso quando se está com pressa, chegando na parte interna da torre, o homem se aquieta e anda um pouco mais devagar seguindo a luz das tochas acesas pelo corredor circular, ao chegar à frente de uma porta grossa de madeira ele se encosta na parede de frente para porta cruzando os braços, parecendo receoso sobre alguma coisa, era possível ouvir as chamas queimando as tochas, um olhar fixo era mantido na direção da porta, quando o som de passos vão se aproximando pelo corredor uma sombra distorcida pelas chamas intermitentes era projetada na parede e os passos iam chegando cada vez mais próximo, sem parecer se importar, aquele que ficara encostado na parede, la permanecera, até a chegada de um homem alto, de cabelos castanhos e olhos claros e indecifráveis através da luz das chamas, ele vestia um robe formal em azul marinho, por dentro um vermelho escurecido pelas sombras, e vestes roxas escuras, todo o traje detalhado com ouro, ao chegar o homem antes inerte se desencosta da parede descruzando os braços.

– Senhor Yakov! – disse o homem de armadura se ajoelhando e levando o punho fechado direito ao terceiro espaço intercostal esquerdo – O que fazes aqui?

– Sem formalidades por favor Dimitri - Disse o homem acenando para o outro se levantar – Você é o melhor dentre os guerreiros da guarda de Odin que vai além do poder de um simples guerreiro deus, e és meu amigo, não é à toa que fora escolhido para criar o laço entro nós e o reino de Athena – Agora os dois conversam cara-a-cara e aparentemente já um pouco mais descontraídos – E por falar nesse laço...

Uma breve pausa fora feita na conversa entre os dois amigos, quando a porta ao lado deles começa a se abrir, e de lá saem uma mulher alta, magra de olhos azuis e longos cabelos dourados, em um vestido azul celeste com alguns detalhes dourados que combinavam com alguns ornamentos de ouro que ela usava, a acompanhando havia um pequeno garoto de cabelos claros e vestes diferentes das que todos ali usavam, era algo parecido com um quimono porém com cores mais apagadas, e o mesmo cobria quase que o corpo todo do garoto, até um grande pano branco que passava por seu pescoço e era preso na altura da cintura com um laço como uma espécie de cinto, nos braços da mulher havia uma criança enrolada em alguns panos, o bebê não chorava, aparentava estar confortável onde estava, mas já observava tudo ao seu redor, a mulher que o segurava estende seus braços em direção ao guerreiro.

– Parabéns, sua criança já possui a virtude da mansidão, Guarda de Odin – e com um sorriso em seu rosto a mulher entrega a criança nos braços de seu pai – Ele possui grande poder dentro dele, talvez ele até possa ser o novo Baldur – Sua íris passa obliquamente pelos seus olhos em direção à Yakov e se volta a Dimitri.

– Você não perde uma chance de me subestimar não é Anastasia? – Disse Yakov cruzando os braços.

Os dois riem enquanto Dimitri segura orgulhoso seu filho que olha em seus olhos com tamanha serenidade.

– Obrigada pequeno Messura – Disse Anastasia se voltando para a criança que a acompanhara – Você foi muito útil trazendo sua mãe, amiga de Lillian para auxiliar no parto, sinto que o destino entre você e este bebê ainda se cruzará muitas vezes, vocês serão bem-vindos a nossa terra quando quiserem

O garoto sorriu e assentiu com a cabeça voltando ao cômodo onde estavam.

– Lillian está bem e se recuperando, após ela ver o filho acabou dormindo, de fato esse clã dos alquimistas possui uma força incrível - A mulher olha para o homem que estava concentrado com seu filho – Ah, a criança precisa de um nome, a mãe disse que o pai deveria escolhe-lo.

– Ele terá um nome digno de um Guerreiro de Odin, essa criança se chamará, Vaskes.

Asgard – 1488

As habilidades de lemurianos em geral é desconhecida, mas os membros do tal clã, atualmente formado por descendentes híbridos de lemurianos e humanos comuns, possuem poderes e manipulações de cosmo únicas, assim como vitalidade aparentemente sobre-humana. Eles possuem diversas habilidades paranormais sem precisar de grande maestria do cosmo, como a telecinesia (habilidade de mover objetos com o poder da mente), o teletransporte (habilidade de locomover-se instantaneamente de um local a outro), clarividência (habilidade de obter conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais sensoriais humanos conhecidos), a telepatia (habilidade de comunicar-se diretamente com a mente de um indivíduo), a criação e manipulação de cristais (uma matéria que muda de estado físico conforme a vontade do usuário), a manipulação do pó de estrelas (que pode ser usada tanto na alquimia quanto em combate) e outras habilidades. Com uma boa maestria de cosmo, humanos comuns podem obter a maioria destas habilidades, mas o esforço necessário para tal é indefinidamente maior. Certos lemurianos excedem as capacidades de outros, a dez anos atrás nascera um hibrido lemuriano e descendente do povo da terra sagrada de Asgard, com essa idade ele já possuía grande maestria do cosmo e das habilidades daqueles que carregam o sangue dos habitantes do continente de Mu em suas veias, sua mãe Lillian desde sempre o ensinara a manipular seu cosmo, seus poderes extra-sensoriais e a arte de cuidar assim como ela aprendera com sua família quando tinha a idade de seu filho, assim que ele deixava o local de treinamento de sua mãe, o pequeno garoto seguia para o castelo de Valhalla onde ele e alguns outros jovens eram instruídos para seguirem como guerreiros das terras sagradas, sendo divididos entre guerreiros deuses, guerreiros da guarda de Odin, Valquírias, entre outras classes, sua tutora era Anastasia, apesar de parecer amável, gentil e serena, ela era extremamente rigorosa e exigia cada vez mais de seus melhores alunos, Vaskes e Kazys, os dois se destacavam entre os demais aspirantes a Guerreiros e Valquírias, e tinham aulas especiais com Yakov até o pôr do sol, quando Vaskes era dispensado, ia junto ao seu amigo até a vila onde moravam, que era próxima ao castelo de Valhalla, lá eles se separavam, Kazys ia treinar perto da estátua de Odin com Yakov e o lemuriano seguia para as aulas de combate com seu pai, um Guerreiro da guarda de Odin, ele era obrigado a treinar combate quase todos os dias, mesmo odiando combates, pois o desejo de Dimitri era que seu filho se tornasse um guerreiro de patente tão alta quanto a sua, ensinando-o a arte da batalha em meio aos climas mais adversos.

Durante a primavera daquele ano Vaskes e seus pais estão à mesa quando ouvem batidas na porta, o menino vai até a porta de madeira com dobradiças de um metal negro, e ao abrir a porta uma leve brisa acaricia seu rosto fazendo-o fechar levemente seus olhos impedindo-o de reconhecer rapidamente quem estava na entrada.

– Você cresceu em moleque! – Disse o homem sorrindo e colocando mão sobre a cabeça de Vaskes – Consegui uma folga do Santuário e resolvi vir visitar meus amigos.

Lillian chega à porta tocando os ombros de seu filho, fica de frente para o homem vestido com algo semelhante a um quimono em cores pouco vivas, um lenço como cachecol e algo parecido com um robe que o cobria com um capuz, a mulher sorri.

– Pode entrar – O homem descobre a cabeça e adentra a residência - De fato já faz um bom tempo que não nos visita, o que houve?

– Agora que fui nomeado cavaleiro de Athena tenho sido encarregado de muitas tarefas de suma importância para o Santuário – Agora voltando-se para o menino – Mas tirei um tempo a pedido de Dimitri para vir treinar com Vaskes

– Entendi – Lillian suspira coloca as mão na cintura - Só podia mesmo ter sido ideia sua né Dimitri?! – Agora ela volta à mesa – Mas vocês não sairão antes de jantarem, sentem-se e comam!

Algum tempo depois o cavaleiro de Athena e Vaskes vão até a área de treinamento, já estava de noite, naquela estação não havia muitas chuvas, por isso era possível ver muitas estrelas com a ausência quase que completa de nuvens, os dois se posicionavam para a batalha, e sem perceber, alguém assistia a tudo.

– Está preparado parça?

– Não sou muito a favor da luta sem sentido, mas estou pronto!

Então eles começaram uma luta, com apenas golpes físicos, mas a velocidade dos golpes eram incríveis, o ar ficava pesado com o choque dos cosmos dos dois guerreiros lutando, até que os dois param um pouco distantes um do outro com seus cosmos prontos para serem usados em algum tipo de técnica especial.

– Agora vou mostrar minha nova técnica, prepare-se!

Messura queima seus cosmos enquanto Vaskes mantêm uma certa distância, a noite parece ficar um pouco mais clara, uma estrela cadente atravessa o céu, o cavaleiro abre os braços enquanto seu corpo fica lateralizado, porém ele mantêm um olhar fixo, a estrela cadente que acabara de passar é seguida por mais três, e muitas outras começam a correr rapidamente pelo céu, o cavaleiro de Athena firma sua base com o pé esquerdo e ergue o braço direito com uma quantidade imensa de cosmos, e o disparara na forma de estrelas cadentes.

– Stardust Revolution!

Vaskes se depara com um poder muito maior do que o que ele possuía, então começa a esquivar-se dos feixes de luz, já que não gostava muito de lutas, ele treinara muito sua velocidade e esquiva para evitar os golpes, mas parecia não ser suficiente, quando em pleno ar onde não havia onde se apoiar para mover-se um dos feixes de cosmos veio em sua direção, o garoto tinha se colocado em posição defensiva cobrindo seu rosto com os braços e parte de seu corpo com uma das pernas levemente levantada deixando a parte do Musculo Tibial Anterior como se protegesse a área visceral, e se preparando para o impacto, quando um outro cosmo levemente familiar é disparado e se choca ao ataque de Messura fazendo ambos se dissiparem, ao alcançar solo firme, Vaskes fica atônito com o que acabara de acontecer, ele e seu amigo de treino param por um instante mas não conseguem localizar a origem daquele rápido cosmo e por ali terminam o treino.

Após as aulas com Anastasia e Yakov, Vaskes vai para a parte posterior do Castelo de Valhalla, onde se encontra uma árvore tão grande que não era possível ver sua copa, ele vai até o tronco, se recosta e senta sobre a grama, ao redor das flores que ali desabrochavam e aprecia a vista do horizonte, já que o que havia a sua frente era apenas um penhasco e mais a frente campos, que ficavam muito distantes, é ai que ele ouve passos se aproximando, ele se levanta, dá a volta no tronco que estava recostado, e se abaixa em reverência de respeito com os olhos fechados.

– Desculpe, eu estava apenas descansando um pouco, já estou indo para o treino!

– Hahahaha Acho que você deveria dar um tempo nos treinos se você não gosta deles

– Kazys, o que você está fazendo aqui? – Disse Vaskes se levantando e voltando para o lugar onde estava encostado sendo seguido por seu amigo – Você não deveria estar aqui, é um local de acesso restrito!

– Acho que eu poderia dizer a mesma coisa à você não acha? – Kazys se senta ao lado de seu amigo – Só porque você pode passar pela porta se teletransportando não quer dizer que você pode ficar em uma área restrita.

Os dois riem e apreciam a paisagem por algum tempo antes que o lemuriano se levantasse e se voltasse para o portão de entrada para o jardim em que estavam levemente aberto, se volta para onde seu amigo estava e diz:

– Agora tenho que ir, e acho que você deveria tomar mais cuidado ao vir aqui, alguém ainda vai te pegar roubando a chave da sala do Yakov-Sama! E se isso acontecer não poderemos mais voltar aqui.

E antes que seu amigo pudesse dizer alguma coisa, apenas uma pequena luz se esvaindo é deixada para trás.

Asgard – 1495

Era um dia frio de Inverno, o solo estava completamente coberto por uma grossa camada de neve exceto em um lugar, ao redor da lendária árvore de Yggdrasil, que por acaso era o refúgio dos dois aspirante a Representante de Odin na Sagrada terra de Asgard, Vaskes estava de pé, perto do penhasco de frente para o horizonte, quando percebe alguém chegando perto dele.

– Está atrasado. – Disse o garoto com um leve sorriso lateralizado em seu rosto – Parece que a idade já está lhe dando uma rasteira!

– Sou apenas dois anos mais velho que você, ainda assim mais novo do que aquele seu, Sensei de Jamir – O homem se aproximava por entre a grama verde – E você trapaceou, como sempre!

– Não é porque você não gosta dele que deveria ficar falando assim Kazys!

Vaskes se vira mas seu pé escorrega por entre o orvalho presente na grama e começa a cair em direção ao penhasco, mas Kazys o segura pelo braço esquerdo e o puxa, fazendo com que os dois se desequilibrassem e caíssem perto da Yggdrasil, Kazys bate as costa no tronco fazendo com que algumas pétalas das flores da árvore caíssem, e os dois caem juntos ao chão, e ao abrirem os olhos um estava de frente para o outro, por um momentos seus olhares se fixam entre si, o silencio paira, algumas pétalas ainda continuam cair como em uma dança com o vento, os corações se apertam, seus olhos se fecham lentamente, era possível sentir a respiração de ambos se aproximando, até que os lábios dos dois se tocaram e se beijaram gradualmente, Vaskes podia sentir o coração de Kazys batendo ao tocar seu peito por cima do casaco de couro que vestia, ao virar-se apoiando com os cotovelos no chão e ficando acima de Vaskes, Kazys retira seu cachecol, negro como ébano onde havia o broche de sua família, com um pássaro negro e a estrela de Polaris, deixando-o de lado e se voltando para um outro beijo, suas pernas se encaixavam como suas mãos, que estavam na altura do pescoço, a luz do crepúsculo no horizonte por entre as montanhas deixavam tudo com um tom mais dourado, até que ouve-se batidas nas portas que dão para o jardim onde eles estavam, ambos se levantam, Kazys pega seu cachecol da três voltas pelo pescoço de Vaskes e o prende como broche ao casaco vermelho dele, encostando-o no tronco da árvore dos nove mundos, e beijando-o mais uma última vez antes de se afastar.

– Quando me tornar Regente de Asgard, farei de você meu braço direito, assim não terá que participar de batalhas sem sentido – Ouve-se mais batidas na porta enquanto Kazys se aproxima da mesma – Mas para isso preparativos devem ser feitos, mas agora tenho que ir treinar com o velhote! – E com um sorriso ele abre a porta com a chave que tirara do bolso e profere palavras inaudíveis com alguém que estava do outro lado da porta, fechando-a, e sem que ninguém percebesse um feixe de luz passa atravessando o céu da terra sagrada de Odin como uma estrela cadente, Vaskes se vira para o horizonte por onde a luz havia passado se recosta na Yggdrasil, segura o cachecol com as duas mãos levando-o ao rosto e levanta um sorriso que era coberto pelo tecido negro.

Algum tempo depois, Vaskes volta para sua casa sob um céu estrelado, com poucas nuvens no céu apesar da grande quantidade de neve pelo caminho, na travessa para sua casa percebe que algo não está certo, e enquanto se aproximava do local, foi sentindo uma presença esmagadora, mas mesmo assim ele continuou seguindo até adentrar a residência, onde encontra uma silhueta com um liquido escorrendo pelos braços, o qual logo se percebe ser sangue, quando a estranha figura deixando dois corpos dilacerados ao chão se aproxima em uma velocidade extraordinária e tocando no rosto do garoto manchando-o com o sangue de seus pais, sua pupila se dilata destacando seus olhos que não mais piscavam, sua pele fica pálida, a respiração ofegante e o coração começa a bater mais rapidamente, e assim como a figura vestida em o que parecia ser uma armadura muito escura aparecera em sua frente, simplesmente sumira no ar, deixando-o na casa semidestruída, Vaskes se aproxima de seus pais caídos ao chão enquanto o liquido que ainda saia de seus corpos formava uma grande poça, com uma dor imensurável e irracional no peito ele vai se abaixando e percebe que ainda há movimentos nos corpos, ele então inicia o protocolo de primeiros socorros que fora ensinado por sua mãe, mas sem efeito, até que seu pai engasgando com o próprio sangue voltado para cima coma a mão esquerda toca sua mulher e com a mão direita puxa debaixo de seu casaco de pele e entrega um livro ,que parecia ser um diário, com o símbolo do clã dos alquimistas e suas adagas todos presos por um cordão vermelho.

– Viva... você... será meu legado vivo.... Minha honra e meus sonhos.... Eles são seus agora – E Dimitri fecha seus olhos voltando-se para Lillian.

Grécia – 1485

O Mestre do Santuário desce as dozes casa, passando por último pelo primeiro templo zodiacal, que estava vazio no momento, e passando ao lado do teatro de Dionísio, onde também haviam lutas, alguns aspirantes a cavaleiros estavam ali perto e era possível ouvir alguns deles treinando ao longe, então ele passa por dois cavaleiros que estavam deitados na grama perto de uma árvore se protegendo dos fortes raios de sol e conversando.

– Vocês deveriam estar em seus postos cavaleiros – Disse Wes enquanto passava pelos cavaleiros deitados com um sorriso no rosto.

– Ninguém jamais chegaria perto de passar pelo grande Cérbero! – Seu irmão consente com a cabeça enquanto ri – Nem pelo leão dourado!

– Vou ao mesmo lugar que estava quando encontrei vocês, quero que cuidem do Santuário em minha ausência.

Ambos consentem com a cabeça e continuam ali deitados enquanto o Mestre se distancia deles.

Asgard – Alguns Dias Depois

Dias após o enterro de seus pais, ao ler o diário de sua mãe, ele decide ir ao Tibete em busca de pistas sobre o assassino de seus pais, ele se despede de Kazys que lhe dera o cachecol que ele sempre carrega consigo, no caminho ele presta serviços médicos em troca de moradia e comida até chegar a seu destino, e se depara com uma passagem, uma espécie de ponte em um abismo, ele acha estranho mas começa a atravessar, então surge uma névoa densa o suficiente para impossibilitar a visualização de mais de um palmo de distância, é ai que o jovem garoto se lembra dos ensinamentos de sua mãe que sempre vinham acompanhados de histórias sobre sua terra de origem e sabe que se ele aguçar seus outros sentidos ele seria capaz de encontrar o restante do caminho.

Seu cosmos começa a se elevar e sua percepção de tudo ao seu redor, com a pressão criada pela sua cosmo energia e sua psicocinese o caminho se abre a sua frente, ao atravessar a ponte e andar um pouco mais ele se depara com uma torre sem janela e sem portas, e tudo começa a se encaixar novamente, aquilo tudo fazia parte de seu treinamento, o garoto toca a parede da estranha torre e com uma luz esverdeada desaparece, reaparecendo no penúltimo andar da torre o garoto percebe que foi guiado por um cosmo muito semelhante ao seu, então através de uma parede onde havia o símbolo que é passado por todos os herdeiros de sua família, aparece uma Pandora Box que se abre e cobre seu corpo, Eduardo finalmente se torna o cavaleiro de Grou.

Porém na mesma torre em que se encontrava ele se depara com duas figuras, um se vestia com algo como um quimono e com grandes panos pelo corpo, sendo facilmente reconhecido por Vaskes como Messura, o cavaleiro de Áries que também é o mestre de Jamir, seu antigo companheiro de treino, colega de sua mãe, e junto a ele havia um homem que trajava roupas finas que cobriam todo seu corpo, roupas semelhantes às de seu antigo colega o recém cavaleiro levanta a guarda enquanto as figuras se aproximam.

– Então você finalmente chegou, cavaleiro perdido – Essas foram as primeiras palavras que aquele homem proferiu diante do mais novo cavaleiro – Eu sou Wes, antigo cavaleiro de Câncer, e atual Patriarca do Santuário, vi nas estrelas que você viria e creio que podemos ajudar um ao outro.

Vaskes desarma a guarda mas parece ainda estar estupefato pelos rápidos acontecimentos.

– Não vai cumprimentar se antigo colega moleque?! – Diz Messura se aproximando com um sorriso no rosto – Já estou ciente sobre os acontecimentos em Asgard, porém agora estamos em véspera a um momento de crise, fui designado a dar continuidade a seu treino – O cavaleiro olha para o Patriarca e sorri voltando novamente o seu rosto ao seu mais novo pupilo – E faremos de você um exímio cavaleiro.

E assim começou seu árduo treinamento para se tornar um excelente cavaleiro, e dar continuidade ao legado de seus pais, como membro do Clã dos Alquimistas reparando as armaduras e com alguns breves treinamentos com o Mestre do Santuário ele aprendeu a manipulador do Sekishiki, não conseguindo mover-se para Yomotsu Hirasaka espontaneamente, apenas com auxilio, mas conseguia mover de volta as almas que ele conhecia.

Jamir, Tibete – 1498

Messura continuava treinando Vaskes na arte de manipular a poeira estelar, agora ao invés de usá-la em combate, usando-a para reparar algumas armaduras, o clima era agradável no topo da torre, algumas nuvens estavam acima deles, ambos atentos à armadura a sua frente, algumas estrelas podiam ser vistas no céu, assim como a lua crescente, quando sem que percebessem um feixe de luz passa pelo céu atrás da torre, Vaskes senti a presença de algo muito familiar, mas ignora, logo em seguida seus corpos são preenchidos com um grande cosmos dourado, ele era extremamente agradável e gentil.

– Stephanie-Sama despertou completamente como Athena – Disse Messura enquanto o cosmos se dissipava – Está próximo o tempo em que eu terei que deixar esta torre – Então ele deu alguns passos e abriu um portal - Vou buscar algo pra gente beber, afinal não poderemos beber como fazemos aqui por um bom tempo!

Vaskes sorriu enquanto seu Mestre se teleportava, mas logo o sorriu sai de seu rosto, dando lugar a uma feição de preocupação enquanto olhava para o céu. Perto da ponte alguém caminha em direção à torre de Jamir, uma silhueta de alguém alto cabelos curtos e pelo reflexo da lua era possível ver que eram cabelos pretos assim como a armadura que vestia e refletia cada raio de luz emitido pelo astro, ele andava com um sorriso no rosto.

– Está chegando a hora de nos reencontrarmos.


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