As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 33
Capitulo 33 – O Templo das Feras




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Apenas quatro chamas restavam acesas e uma delas já diminuía sua intensidade vagarosamente do alto da grande torre que podia ser vista de absolutamente todos os pontos do Santuário.

O bando de pássaros negros por alguns poucos instantes pararam de avançar e apenas rodeavam o jovem cavaleiro ao centro de um dos templos zodiacais, ele se destacava em meio à escuridão que era proporcionada pelo bando se pequenos seres banhados em ébano, pois ele brilhava em um tom dourado como o sol, porém com o grito de um dos cavaleiros que adentravam o templo, todos os corvos se dispersaram e continuaram a avançar rapidamente, em uma questão de segundos, já não havia mais nenhum dos pássaros dentro da casa.

– Mestre... O que houve?! – Questionou o cavaleiro – Aqueles pássaros, eles não me eram estranhos...

– E nossos golpes não surtiram efeito algum sobre eles. – Completou o outro cavaleiro.

– Não se preocupem com isso. – Respondeu rispidamente o cavaleiro. – Afinal, vocês nem deveria estar aqui.

– Sim Mestre – Disse o cavaleiro vestindo uma armadura prateada e ajoelhando-se em forma de respeito, sendo seguido pelo cavaleiro que estava ao seu lado. – Mas sentimos cosmos vindos da base dos templos e os seguimos, mas com a confusão nas passagens secretas do Santuário...

–Conseguimos detê-los por um momento – Continuou o cavaleiro aparentemente de patente inferior à de seu companheiro ao seu lado – Porém, acredito que alguns dos invasores conseguiram passar e chegar à outra saída.

– Apesar de terem agido levianamente contra inimigos em um momento destes, fizeram bem, Águia e Pégaso – Disse o cavaleiro se direcionando à entrada, onde ambos cavaleiros permaneciam ajoelhados. – Agora levantem-se, e observem – O cavaleiro dourado apontava para o Sagrado Relógio de Fogo enquanto os cavaleiros se levantavam – Esta primeira batalha não durará muito mais.

– O que quer dizer Mestre Matheus?! – Questionou o cavaleiro de prata – Devemos prosseguir em busca dos invasores?

O cavaleiro dourado voltava-se ao centro de seu templo e caminhava devagar, colocou seu elmo em forma de cauda de artrópode e com um sutil sorriso que não podia ser visto em meio à escuridão – Apenas aguardem...

Quinto Templo Zodiacal

– Avancem soldados!

Então dezenas de soldados em vestes negras, como as armaduras que cobriam seus corpos corriam em direção aos cavaleiros que estavam dentro do templo zodiacal, já preparados para a batalha. Os guerreiros do Deus do submundo continuavam a atacar incessantemente, todos eles corriam por entre os corpos de seus companheiros caídos ao chão já desfalecidos, porém, diferente dos demais soldados, este pareciam ser incrivelmente mais resistentes do que os comuns soldados que haviam sido derrotados pelas passagens secretas do Santuário, fazendo os dois cavaleiros discípulos do Leão Dourado cansarem pelo tamanho esforço que eles faziam para detê-los. Érick permanecia estático de pé em meio à confusão da batalha, assim como o cavaleiro que vestia sua Súrplice negra, que o encarava com um sorriso no rosto, suas sombras trepidavam com o vento que batia nas tochas que ardiam por toda a casa de leão, quando o primeiro movimento fora realizado, o Leão descruzava os braços e balançava a cabeça de um lado para o outro como em negação.

– Não consigo compreender o motivo que fizestes tal coisa – Disse Érick ao cavaleiro negro à sua frente – Explique-me Raphael.

– Apenas Lince, antigo mestre Érick – Respondeu o antigo cavaleiro – Me desfiz de meu nome quando aceitei o poder do Lorde do mundo das trevas, Hades, e me voltei contra Athena, por isso tive minha armadura “aprimorada”, assim como meu poder!

– Poder... Foi por isso então?

– Não diga como se fosse melhor do que eu – Retrucou o Lince – Esta Guerra Santa já está decidida, eu apenas tive a oportunidade de escolher o lado certo, e com este poder fui capaz até mesmo de acender o Relógio de Fogo.

– Qual seu objetivo?

– Nada de mais, vim apenas para matar você! – O cosmos do cavaleiro negro explodiu com tamanha intensidade que fez com que alguns dos soldados mais próximos fosse lançado à alguns metros de distância, e fez com que os outros dois cavaleiros ali presentes se defenderem com os braços cruzados na frente de seus rosto para não serem atingidos como os demais foram. O cavaleiro dourado ergueu sua mão esquerda para frente e foi empurrado alguns centímetros para trás, fazendo um sorriso lateralizado surgir no rosto do Leão dourado. – Lynx Arrow.

– Medíocre... – As palavras saiam perdendo seu efeito por entre os lábios do cavaleiro dourado, quando seu rosto teve três linhas tênues desenhadas em seu rosto em carmesim, fazendo sangue escorrer lentamente pelos cortes – C-Como...

– Medíocre – Disse Raphael em tom sarcástico – Como pode ser um cavaleiro de ouro?! E em pensar que minha patente era de bronze, e com um simples golpe consegui dilacerar o cavaleiro de Urso, e agora com quase a mesma força, acertei você.

O cavaleiro pareceu incrédulo, apesar de ter sido apenas alguns arranhões, ele jamais deixaria esse fato passar impune, seu orgulho de Rei Dourado predominava em seu interior, assim como a maioria dos habitantes daquele templo, o cavaleiro tremeu por um instante fechando os punhos e sorrindo ainda mais quando um imenso poder tomou conta do ambiente, suprimindo os mais fracos, até mesmo seus discípulos, por um momentos eles sentiram como se não conseguissem respirar, um animal selvagem havia sido despertado mais uma vez, seu adversário não se deixava oprimir pela força do cavaleiro de ouro, queimando ainda mais seu cosmos, fazendo uma batalha indireta contra seu antigo discípulo, Érick sentia-se triste, empolgado, confuso e furioso ao mesmo tempo.

– Desculpe-me pequeno...Lince – O cosmos dourado concentrava-se no punho do cavaleiro de Leão numa intensidade absurda – Morra rapidamente, Lightning Plasma!!!

Centenas de milhares de feixes de luz douradas cortavam o ar destruindo cada molécula por onde passavam, alguns pedaços dos pilares da construção do templo eram despedaçados e desapareciam em meio à imensidão do poder liberado indo em direção ao Lince Negro, cada fresta da quinta casa brilhava com a luz dourada do golpe, Raphael fecha seus olhos e levanta a lateral de sua boca com um sorriso enquanto desaparecia no meio da luminosidade.

Alemanha - Castelo de Heinstein

Um sopro e o último toque da tecla do piano marcam o fim de uma bela melodia, os olhos dourados se abriam e as mãos frias faziam com que a flauta de ouro se distanciasse dos lábios descorados do homem, o jovem se levanta fechando as teclas do majestoso piano, algo havia mudado no garoto, seus olhos estavam menos vivos do que de costume.

– Vá Hypnos. – Disse o jovem com um tom de voz baixo e suave – Em pouco tempo nos juntaremos para que possamos dar um “Inicio”, ao fim de tudo.

– Sim, Senhor Hades – Respondeu o galante homem em ouro curvando-se levemente – Vou imediata...

– Não se esqueça de chama-los – Hades o interrompera – Ambos são peças fundamentais para o Epílogo.

– Com certeza. – O homem se retirava indo em direção à escadaria.


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