As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 32
Capitulo 32 – Ruínas de um Santuário




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Casa de Libra

Os dois cavaleiros prosseguiam rapidamente pelas escadarias do Santuário, eles conseguiam sentir os cosmos de seus companheiros se esvaindo um após o outro, e dentro de todo o pesar um sorriso esperançoso surge no rosto do cavaleiro de Bronze, Carlos estava confuso, e então a voz grave do Urso quebra o silencio melancólico:

– A casa de Libra, é o templo onde moram o maior número de cavaleiros do Santuário, com certeza alguém estará ali e poderão nos ajudar!

– Entendo – Disse Carlos

Em questão de segundos os dois adentraram o templo sem hesitações, porém logo o sorriso de Geovanne se esvai, como as poucas chamas que permaneciam acesas nas tochas que caiam no chão.

– Impossível... Como não tem ninguém aqui?! – Geovanne questionava a si mesmo – Será que...aqueles pássaros me parecem... – Urso percebe parte do que estava acontecendo ali, mas continuava muito confuso com tudo aquilo.

Uma mão tocou o braço do cavaleiro de Urso, e ao olhar pro lado Carlos balançava a cabeça para os lados, e Geovanne sabia o que ele queria dizer, abaixou sua cabeça e os dois rapidamente prosseguiram para o próximo templo.

Salão do Grande Mestre

Um som abafado oriunda da garganta da mulher que estava na escuridão da sombra de um dos pilares, é inconscientemente emitido fazendo com que todos ali se voltassem à ela, a dama em branco se aproxima carregando seu báculo dourado, seus cabelos loiros balançavam a cada passo que ela dava em direção à outra mulher. Haviam mais duas pessoas presentes no grande salão, porém ambos permaneciam calados, Athena se aproximava e ao passar por um dos gigantes pilares da construção, deixava seu báculo encostado ali, ela continuava até ficar cara-a-cara com a garota em suas vestes de batalha reluzentes como o sol, que usava uma máscara um pouco diferente das demais, uma máscara dourada com o símbolo de sua constelação marcado nela, as mãos da deusa passava pela máscara tirando-a da face da guerreira lentamente, revelando as lágrimas que desciam lentamente pelo macio rosto da amazona.

– Você não precisa disso, não és uma amazona como as outras. – Disse Stephanie em um tom suave - Não chores, não é o momento para isso querida. – Disse Athena arrumando as madeixas vermelhas da amazona à sua frente – Você deve ter fé neles.

– Mas e se eles não conseguirem?! – Questionou a amazona com a voz levemente rouca.

– Eles, assim como você, são meus amigos, minha família, e são bravos guerreiros – Respondeu a Deusa com um sorriso amigável no rosto – Tenho absoluta confiança de que eles conseguirão. – As duas se abraçam, o garoto ao longe sentado no trono do Grande Mestre sorria, assim como o cavaleiro ao seu lado. – Força Elys...

Pátio do Santuário

O Lugar estava em ruínas, as técnicas ali utilizadas foram devastadoras, apenas a fonte que ficava ali perto permanecia em pé, apesar de estar levemente destruída também, o homem em vestes negras se levanta do chão, apenas algumas pequenas escoriações em seus braços e sua face eram vistas, ao se levantar ele faz uma feição de dor e observava seu redor quando se depara com um cavaleiro de prata caído a alguns metros de distância dele, sua mão direita segura firmemente as vestes na direção do peito mais à esquerda e ele trinca os dentes antes de se aproximar rapidamente do corpo do cavaleiro caído.

– Não... – Disse em voz alta quando estava a um passo de distância do cavaleiro de prata – O que eu fiz?! – Então suas pernas cedem e ele bate com os joelhos no chão e antes que pudesse pensar em algo uma voz ecoa próxima a ele.

– Ele está vivo.

– Quem está ai?! – Questionou o homem do Norte procurando o dono da voz, quando de dentro do templo, um homem vestindo uma armadura dourada se aproxima. – Quem é você?!

– Isso não é importante agora, Representante de Odin – Respondeu o homem – Buscas por redenção?!

– Sim... – Disse em voz baixa.

– Então levante-se e busque redenção! – O imenso cosmos dourado cobre o ambiente levando luz à todos os cantos – Você que estava sobre controle de um dos Deuses Gêmeos será a esperança do Santuário.

Centenas de flashes de memórias voltam ao guerreiro, Kazys se lembra de tudo, e compreende o que deve ser feito, ele toca a mão gelada de Vaskes ainda inconsciente e se levanta seguindo em direção às árvores do bosque ali próximo juntamente com o cavaleiro dourado.

– “Fez bem, Vaskes... És um cavaleiro” – Pensou o guerreiro de Virgem enquanto prosseguia entrando na escuridão do boque.

Entrada do Santuário

O silêncio pairava, nem mesmo o vento soprava no campo de morte que os portões de entrada do Santuário havia se tornado, em poucas horas tantos cavaleiros haviam caído, um após o outro, e o inimigo permanecia ali a frente de todos, de pé e imponente. Com a derrota dos dois poderosos cavaleiros de ouro os demais cavaleiros se sentiam impotentes contra os três guerreiros do Deus do Submundo. Em um piscar de olhos, o campo estava cheio de Hadas, pequenas criaturas aladas e brilhantes semelhantes à mariposas, porém oriundas do mundo dos mortos, elas pareciam observar tudo o que estava acontecendo, e saiam dentre os escombros e debaixo da neve que cobria completamente o solo em vários metros.

Pandora respira fundo e embainha seu florete desenhado perfeitamente, e guarda sua Flintlock em sua cinta, e sem falar nada se vira e vai em direção à saída como se agora, os cavaleiros ali presentes não significassem absolutamente nada para ela, afinal seu objetivo havia sido cumprido, e ela compreendia o que seu irmão havia feito por ela, neste instante sua atenção fora voltada para a oitava chama que se apagara, a dama pálida fecha seus olhos suavemente, mas logo sua atenção é chamada novamente para sua frente.

– Parem!!! – Gritou o homem que vestia uma armadura esverdeada que estava parado exatamente onde havia o portão antes dele ser destruído, o homem estava de braços abertos e queimava seu cosmos, uma gota de lágrima escorria de seu rosto e batia na neve – Vocês não sairão daqui vivos!

Escadarias do Santuário

A imensa horda negra se aproximava em uma velocidade impressionante, os sons das centenas de asas batendo simultaneamente aumentavam gradativamente, apenas pequenas luzes com um brilho levemente azulado passam entre as aves da noite que parecem não se importar comas luzes, e ao passarem deixam dois homens intactos, porém pasmos no meio das escadas e logo adentram o templo mais próximo, onde o garoto em vestes douradas permanecia indiferente enquanto era coberto pela escuridão, ele levantara a mão até deixa-la próxima à seu rosto e sorriu, ao longe ouvia-se uma voz, a voz de um dos guerreiros ignorados pelos corvos.

– Mestre!!!

– Então é você...”irmã” – Sussurrou o cavaleiro dourado sem se importar com os dois cavaleiros que entravam em seu templo.


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