As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 25
Capitulo 25 - A Dama Que Traz A Morte




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Passagens do Santuário

Cérbero e Leão menor continuam pelo caminho que escolheram, e já estavam cansados das armadilhas que cobriam o caminho todo até ali, quando uma sensação fortíssima apoderou-se da amazona que parou de supetão e voltou-se ao norte em meio à escuridão, levou a mão direita em direção ao coração e curvou-se como se sentisse uma dor absurda.

– Está bem - perguntou Gutto enquanto se aproximava e apoiava a amazona nele. – O que houve?! – Questionou muito preocupado.

– Estou bem – Disse a amazona se recompondo. – “Espero que tenha sido só impressão minha.” – Pensou a garota mascarada se virando e voltando ao seu caminho na escuridão.

Entrada dos Templos Zodiacais

O local estava vazio, o ar frio, corpos de espectro que tiveram suas almas incineradas ainda permaneciam caídos em meio às poças de seu próprio sangue que manchara a terra Divina. Um luz discreta aparece e rapidamente se esvai com ela surge um homem segurando um elmo dourado em sua mão direita e duas ferramentas douradas na mão esquerda, que não se sobressaiam, pois o homem vestia uma armadura que cobria quase seu corpo todo em dourado, ele olha as chamas azuis trepidando com o vento, ele esboça um leve sorriso e caminha em direção às escadas. O homem sobe rapidamente a pequena escadaria até a primeira casa, ele adentra o templo e guarda em um canto seu elmo e suas ferramentas, logo se volta à entrada e um forte vento bate fazendo sua capa branca balançar enquanto ele observa as estrelas com mansidão.

Coliseu

O lugar estava completamente vazio, mas algumas tochas ainda queimavam no chão, assim como pequenas fogueiras, um discreto acampamento estava montado próximo à parede do Coliseu, os cavaleiros que ali estavam partiram para defender a Paz e a Justiça, apenas dois guerreiros remanesciam sentados na arquibancada. As armaduras douradas brilhavam refletindo a luz branca da lua, o reflexo em ouro chamaria a atenção de qualquer um que passasse ali, os sons metálicos indicavam que estavam se levantando, o vento movia os cabelos, apesar de curtos, de ambos guerreiros.

– Parece que algumas pessoas realmente formidáveis chegaram. – Disse o homem mais velho e mais alto.

– Sim – Disse o outro homem – Precisamos nos apressar então. – Nisso os dois partiram.

Entrada Central do Santuário

Os portões se fechavam, com isso pequeninas pedras caiam pelo muro indicando o longo tempo que aquele portão não se movia, as videiras e trepadeiras se rompiam com a força do mecanismo, mas isso não era o que chamava a atenção dos cavaleiros e soldados ali presentes, ao longe, um objeto grande e negro corria rasgando os céus em direção à entrada principal do Santuário, o zumbido ficava mais alto, e todos ali ficavam cada vez mais apreensivos. O canto sombrio dos dois pares de Quimeras aladas faziam os soldados tremerem involuntariamente, as criaturas da noite iam descendo o estranho objeto dos céus, conforme ia chegando mais e mais perto era possível aos olhos mais atentos perceber que o que vinha dos céus e agora estava na terra, era uma belíssima carruagem em ébano que se aproximava com tamanha velocidade, mas mesmo assim parecia inútil, pois os portões iam se fechando e a visão do lado de fora do Santuário começou a ficar realmente limitada, mas mesmo assim todos permaneciam apreensivos. Na carruagem escura como a noite o homem sentado ao lado do cocheiro que controlava calmamente as criaturas aladas se levanta, seu manto se retorcia de maneiras impossíveis para um corpo humano, o interior do manto ia ganhando novas e maiores dimensões, os fios se rompiam aos poucos, quando o tecido já não podia suportar, ele se rompeu bruscamente revelando grandes asas pontiagudas, três pares delas, com a mão como se fosse uma garra, o resto do manto era dilacerado ferozmente, revelando um homem vestindo uma grande armadura arroxeada, seus olhos eram selvagens como um animal, o homem na armadura se impulsiona e salta à muitos metros, a visão das asas abertas no céu foi algo passageiro para os espectadores pois os portões acabaram se fechando, o som dos outros dois portões ecoaram. Um grande silencio pairou no ar, o suspense era enorme, alguns dos que ali estavam caíram no chão com extrema sudorese, o suor frio pingava no rosto dos mais fracos que acabaram ajoelhando, um suspiro fora emitido. O silencio fora quebrado com uma imensa explosão com uma energia ainda maior, os que estavam mais próximos foram lançados à muitos metros de distância, assim como as grandes rochas, que esmagaram alguns poucos soldados, os mais habilidosos conseguiram desviar, assim como os cavaleiros. Todos se viraram em direção ao imenso portão que tinha se fechado, Rick foi o primeiro a ver quando a poeira ainda estava pairando no ar, suas pupilas dilataram, ele podia sentir seu coração batendo mais rapidamente.

– Impossível... – Disse incrédulo – Impossível!!

O grande portão fora completamente obliterado, assim como os muros e tudo que estava nas proximidades, apenas os cavaleiros presentes tinham uma ideia do que estava por vir, então todos já se posicionaram, Rick de Girafa, Larisson de Peixe Austral e Victor de Coma Berenice, vão para frente de todos e formam um semicírculo a fim de proteger os mais fracos e os que estavam feridos. A poeira já estava baixando, um som tortuoso se aproximava, quando a visão através da densa poeira já estava liberada, podia ver a carruagem muito próxima do que uma vez foi o portão defesa do Santuário sendo guiada pelo cocheiro em um véu negro, e puxada por quatro criaturas horrendas, cada uma diferente da outra, a única semelhança eram as asas e a pelugem preta como a noite mais escura, ao observarem mais atentamente, o homem vestindo uma grande armadura caminhava dos escombros em direção à carruagem.

– Um espectro... – Larisson ainda estava se recuperando da incessante batalha contra os soldados imortais de Hades.

Então chegando perto da carruagem, o homem vestindo uma incrível Sapuris abre a porta e ergue sua mão grande um pouco rústica devido as batalhas, então uma pequena e pálida mão surge e se apoia no homem, saindo de lá, uma doce e bela jovem mulher aparece, com seus longos cabelos negros balançado no vento, sua beleza era inegável, ela vestia um vestido preto com babados em branco, seus ombros estavam descobertos, assim como parte de sua perna esquerda, onde havia uma cinta de couro escuro contrastando com a pele, neste cinto um objeto que os cavaleiros desconheciam, um presente que a garota recebera, uma arma de fogo, seu abdome era protegido pelo que parecia ser parte de uma armadura em forma de serpentes, da mesma cor da armadura do espectro ao seu lado, acentuando sutilmente o busto da menina, os anéis que se transformavam em proteções para os braços também se destacavam brilhando pela luz da lua a cada movimento que ela realizava, em seu quadril um outro cinto de couro negro, e pro a ele uma espada embainhada. A garota desce e dá quatro passos para frente, o guerreiro que antes lhe ajudara a descer da nobre carruagem se aproxima e se ajoelha ao seu lado, deixando sua cabeça baixa, e do mesmo local de onde a garota havia saído, mais dois homens se mostram, o primeiro estava em grandes vestes escuras com muitos detalhes em dourado, que contrastava com seus lindos olhos verdes e seus cabelos em cor de mel, as roupas dele realmente pareciam ser originadas de uma terra bem distante, o que era verdade, o segundo homem a descer também vestia uma armadura negra, mais escura do que o comum, em sua mão um pássaro da cor da mesma cor, ele se aproxima da garota e também se ajoelha abaixando a cabeça.

– Parece que seu soldado fez um estrago aqui Pandora. – Todos tremeram ao ouvir este nome, o homem em vestes nobres se aproximava enquanto falava. – Pois bem, tenho assuntos pendentes aqui, agradeço por ter me trazido.

O homem faz uma reverencia e começa a se distanciar indo em direção ao pátio do Santuário, os que estavam ali não conseguiam emitir som algum, o jovem rapaz emitia um cosmo assustador, levemente sombrio, mas acolhedor e gentil, era uma contradição que eles nunca entenderiam, todos ficaram ali parecendo uma plateia que anseia pelo próximo ato.

– Não te esperarei Kazys, afinal... – Disse a dama com um sorriso lateralizado e ao mesmo tempo belo e amedrontador – Me entreterei bastante aqui.

A mulher então desembainha sua espada, um florete negro que parecia ter sido forjado por deuses dado tamanha perfeição. Pandora então brande a lâmina e andando em seus saltos altos vai em direção aos cavaleiros.

– Saiam daqui! – Gritou Rick para os soldados. – Tirem rapidamente os feridos daqui!

– Temos que segurá-los até eles chegarem. – Afirmou Victor.

– Sei disso mas... – Rick olhava para os dois que estavam ajoelhados imóveis atrás da dama de preto – Há algo muito estranho aqui.

– Já terminaram?! – Perguntou Pandora – Estão me entediando com toda essa conversa.

A Quinta chama trepida perdendo sua vontade, logo ela se extinguirá, a garota então aponta seu florete para onde os três estavam e apesar de sua aparecia temperada um imenso cosmo de fúria surge e surpreende todos, a garota sai em disparada contra os defensores de Athena enquanto seus servos ficavam apenas imóveis.

Atenas – Grécia

Um homem caminha pelo tortuoso caminho por entre as grandes árvores do local, ele trajava vestes simples e parecidas com do povo do extremo oriente, seu olhar estava pesado, marcas de cansaço em seu rosto e corpo eram vistos por qualquer um, ele carregava em suas costas um objeto parecido com uma grande caixa, coberta por faixas sujas, quando ele subitamente para.

– Saiam daí. – Ordenou o homem – Já estão há muito tempo me seguindo, apareçam!

De trás das árvores saem alguns homens vestindo algo que se assemelhava às Sapuris dos espectros, em suas mãos, armas, eram soldados de Hades, eles se aproximam confiantes, quando o homem estremece seu cosmo jogando todos à alguns metros de distância.

– Não me ouviram?! – Gritou o homem furioso, ele então aponta para um grande tronco retorcido. - Estou falando com vocês dois ai!

Então duas figuras se mostram, era pouca a luz que conseguia transpassar as folhas da copa das árvores altíssimas do local.

– Já era de esperar que nos confrontasse assim – Disse um dos homens – Típico seu... Dragão!

– Exato! – Continuou o outro homem – Você não chegará ao Santuário!

– Como me conhecem?! – Perguntou o cavaleiro espantado, quando deu por si, ficou ainda mais confuso – Vocês são...


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