As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 21
Capitulo 21 - Progressão ou Regressão




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Templo dos Deuses Gêmeos

O coração revela uma batida irregular e o nobre homem percebe e finge não se importar, mas demonstra um sorriso sarcástico em seu rosto enquanto o cobria com a xícara de chá que levava aos lábios levemente avermelhados, e continuava observando a moça que sente um calafrio e involuntariamente olha para cima, mas suas esperanças são barradas pela majestosa abóboda que se encontrava sobre o maravilhoso templo, a garota mais pálida do que o comum morde levemente a parte interna do lábio inferior e cerra os punhos por debaixo da mesa.

– Algum problema senhorita? – Questionou o distinto homem sem nem tentar esconder que já sabia do que se tratava a angustia da doce mulher – Algo lhe incomoda?!

– Na verdade, sim – Respondeu a garota educadamente no seu tom normal de voz – Acredito que houve algo muito importante acabara de acontecer no campo de batalha, mas estou atualmente incapacitada de observar de forma adequada o que seria.

– Não se aflija – respondeu o homem deixando sua xícara repousando no pires – Se queres tanto assim observar – Então ele bateu uma única palma e o som ecoou por um curto período de tempo quando o teto simplesmente transformou-se na imagem perfeita do céu da bela noite estrelada – Eis o que desejas.

Requim se viu impressionada e mais do que depressa se voltou sentada ali mesmo e sem emitir mais som algum para o céu de um dos Deuses Gêmeos, e o que sentira de fato acontecera, algumas estrelas estavam faltando, ela levou a mão na direção da boca para cobri-la, pasma a menina fixou seus olhos ainda descrentes para uma única localização.

– Sim, Gêmeos se foi.

Alemanha - Castelo de Heinstein

Um sopro fora do tom é ouvido e toda a belíssima musica cessa, o belíssimo homem se distrai por um pequeno instante e olha para cima e para a direita, em seguida abaixa a cabeça e deixa escapar um sorriso, em suas mãos havia uma linda flauta dourada que combinava perfeitamente com a tonalidade de seus olhos, cabelos e vestes.

– Não deveria permitir se distrair com tão pouco Hypnos – Disse a voz que fez com que todos no salão tremessem – Afinal foi apenas um.

– Perdoe-me Senhor Hades, certamente isso não acontecerá novamente.

E após um breve silencio de todos o garoto de cabelos negros e pele branca estala os dedos e se volta ao majestoso piano em ébano tocando a primeira nota e como pianista e um exímio maestro fazendo com que todos no grande salão o seguissem numa canção fúnebre e macabra porém sentimental.

Passagens subterrâneas

O Ex-dono do grande Moulin Rouge se volta na direção do céu, porém na escuridão nada podia ser visto, o exército que vinha atrás dele param e confusos se perdem no silencio, então o belo homem em preto se vira sem dizer nem uma palavra se quer e segue seu caminho, um olhar determinado é discretamente emitido por aquele que uma vez defendeu Athena, e com um sorriso viu-se desafiado a conquistar seu objetivo.

– “Então finalmente começou” – Pensou o cavaleiro Francês que tremia – “Estou ansioso pelo meu ato neste show”

Salão do Grande Mestre

As portas se abrem de supetão, batidas rítmicas metálicas se aproximam vagarosamente em direção ao trono do Mestre do Santuário, as cortinas vermelhas são levantadas com uma das mãos e o homem se revela saindo de um cômodo secreto e contornando a cadeira onde deveria estar, ele levanta a cabeça e retira o elmo dourado que vestia, o jovem olha para a dama que se aproximava, o olhar dela era de raiva, sua pele estava pálida e a cada passo suas pernas e braços tremiam com a quantidade de força que a garota fazia para se mover, a imagem vista pelo jovem Mestre era contraditória, fúria e serenidade, imponência e fragilidade, estas eram as características da jovem dama defensora da paz e da justiça.

– Não deverias estar aqui na sua atual condição.

– Não me importa o que achas! – Trovejou em resposta ao Mestre – Você sabe o que está havendo aqui não sabe?! – continuou – Eu definitivamente não vou permitir que mais ninguém que amo caia! Você me entendeu?!?! – Agora a menina estava cara-a-cara com o jovem, sua fúria se acalma quando vê uma linha descendo o rosto de Wes, duas gotas caem criando um arco no rosto jovem do Mestre que contradizendo o que sentia simplesmente sorria – Por que está com essa cara?!

– Do que fala Stephanie?! – Respondeu Wes levantando o rosto enquanto as lágrimas pingavam no tapete vermelho bordado em dourado - Deveria olhar para si mesma.

Athena então deixa o báculo dourado que representa a deusa Nix cair e toca seu rosto surpresa, suas mãos são embebidas no santo liquido que caiam de seus olhos, debilitada Stephanie cai de joelhos e logo é assistida por Wes, ela tampa o olhos com as mãos enquanto balbuciava.

– Não posso suportar perder mais deles – Ela dizia – Já se foram dois, quantos mais deverão partir para que tudo isso acabe?!

– Não é bem assim – Respondeu Wes sério – Cada um de nós guerreiros de Athena estamos prontos para darmos nossas vidas, somos preparados para isso, e quando nossa hora chegar, não recuaremos e não nos renderemos – Ele se levanta e estende a mão para a Deusa – Nós estamos aqui não apenas para lutarmos em seu nome, nós lutamos por todos na Terra, lutamos para que a Paz e a Justiça sejam levadas à cada pessoa – Uma breve pausa faz com que o silencio tome conta do ambiente, Athena segura na mão do Grande Mestre e se ergue – Nós lutamos por todos, e por nós mesmos, por isso somos o Cavaleiros de Athena!!

Templo zodiacal

Os passos metálicos ecoavam pelo templo que ia se enchendo de espectros, o cavaleiro vestia uma armadura dourada que se destacava na escuridão da noite que cobria tudo, apenas o brilho das estrelas e da lua cheia iluminava este templo, assim como as armaduras que ali estavam, o olhar do cavaleiro dourado transmitia demasiada confiança, mas não intimidava os serventes do Deus do Submundo que se aproximavam empunhando suas armas negras sedentas por sangue e erguiam seus punhos contra o defensor dourado, apenas o vento passava ecoando por cada um dos cantos do templo que habitava, o cavaleiro dourado ao invés de se posicionar contra aqueles que lhe ameaçavam se voltou para uma presença familiar e sorriu, foi então que ele levantou dedo indicador e quebrou o silencio.

– Preciso apenas de um único dedo para mandar todos vocês de volta para o inferno! – E encarando com uma face irônica aquele que lhe conhecia – Inclusive você!


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