As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 20
Capitulo 20 - O Encarceramento Florido




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Escadarias

Os cavaleiro de prata e o cavaleiro de bronze seguiam o caminho através da escadaria que dá acesso ao próximo templo zodiacal, o vento bate em seus rostos, a velocidade em que estavam já era bem maior do que a de quando eles começaram a subir através dos templos, Geovanne estava praticamente em perfeito estado, os três subiam lado a lado quando suas atenções são voltadas para a quarta chama que ia se esvaindo sobrando pouco dela no sagrado relógio de fogo quando foram surpreendidos por sons de passos que já estavam muito próximos mas os donos dos passos ainda não podiam ser vistos por causa da curva logo à frente dos cavaleiros que se colocaram em formação de combate quando dois jovens de cabelos brancos em vestes que se assemelhavam a quimonos em cores primárias escuras, antes mesmo que qualquer um conseguisse saber quem eram um ataque massivo começou.

– Ground Fang! – Disse Carlos invocando grandes presas de pedra na direção das duas misteriosas figuras que simplesmente sumiram ao aparentemente serem esmagados com o choque entre as formações rochosas e o golpe do cavaleiro de prata, mas pouquíssimos instantes depois o cavaleiro de urso se vira e ergue os braços como se fosse agarrar alguma coisa já erguendo seu cosmo violentamente, Grou já estava prestes a atacar quando algo tocou nas grandes mãos que como uma armadilha se fechou rapidamente e estava prestes a fazer com que tudo que estivessem preso ali fosse completamente destruído, o pano comprido e negro recobriu os braços do cavaleiro de bronze restringindo seus movimentos e um único som fez com que o ataque cessasse.

– Parem! – Gritou Vaskes se voltando para seus mais novos amigos de armas.

Todos ainda sem entender o que estava acontecendo pararam e se aproximaram dos dois garotos que agora estavam sendo soltos enquanto o cachecol negro recobria o pescoço e parte da armadura prateada que recobria o peito de grou, os dois garotos olharam para trás e viram o cavaleiro que impedira sua possível morte e sorriram como se já fossem familiares, um vento forte bate movendo seus cabelos acinzentados e levemente compridos, o quarto templo zodiacal já podia ser vista ao longe.

– Obrigado. – Dizia um dos garotos massageando seu próprio pescoço enquanto fazia uma feição de dor.

– Sim, Você nos salvou – Disso o outro garoto idêntico ao primeiro com um sorriso de lado.

– Eu já os vi algumas vezes, não é?! – Perguntou Grou já sabendo a resposta por isso continuou – Vocês estão vindo da quarta casa, então vocês são...

Os dois simplesmente acenaram com a cabeça ao mesmo tempo com um sorriso fechado em seus rostos, enquanto os outros dois cavaleiros pareciam não entender nada o que estava acontecendo.

Casa de Gêmeos

O lugar estava em ruinas a construção inicialmente branca agora estava parcialmente negra com crostas do que aparentava ser magma já endurecido pelos pilares do templo, haviam cinzas descendo em meio ao pesador ar da batalha, o que sobrara de alguns poucos corpos recobertos pela sobrepeliz arroxeada estavam espalhados por todos os cantos, uma neblina quente como vapor cobria o ambiente quase que completamente, apenas o tilintar de peças de metal era ouvida, porém algo além daqueles que lutavam por suas vidas vagavam pelos templos, pequenos seres levemente luminosos passavam por lá discretamente, os olhares atentos dos cavaleiros se encarando de posições opostas rapidamente se lançam sobre os pequenos e quase imperceptíveis seres antes de se voltarem novamente para os olhos de seus inimigos, ambos os guerreiros pareciam estar exaustos se levantando aos poucos, quando o guerreiro dourado deixa escapar um leve sorriso.

– Não esperava que Hades lhe concedesse tanto poder assim pequeno cavaleiro – Agora já completamente ereto continua – Embora sua bravura fosse tamanha, ainda assim não é apenas com isso que conseguirá vencer um cavaleiro de ouro.

– Não é bem isso o que me parece – Sorriu Lótus erguendo-se também.

– Tens certeza?! Olhe um pouco mais atentamente!

Ao olhar para o cavaleiro dourado, o recém criado soldado de Hades percebe que não haviam nem se quer um único arranhão em sua armadura, e logo em seguida olha para si mesmo e ao perceber uma pequena poça de sangue que ia se formando sob seus pés ele perde as forças de seus membros superiores e fica pasmo com a situação deplorável de sua armadura que estava aos pedaços, Vitor move-se como se fosse dar o golpe final erguendo seus cosmo com ferocidade e o brilho dourado cobriu o escuro ambiente em que ambos se encontravam, apenas um pequeno sorriso vindo de Matheus podia ser percebido enquanto ele desaparecia, de seu braço esquerdo a armadura ia virando nada além de pó, e revelava um ramo de flores de papoula roxas entrelaçadas no braço do antigo cavaleiro a flor se soltara e em um instante a luz dourada ia sendo subjugada por uma luz arroxeada como as flores e cobrindo o cavaleiro que em segundos viu-se preso em uma gigantesca gaiola, em cada uma das grades formadas por um cosmos maligno estavam ramos da flor de papoula roxa entrelaçados, e o cavaleiro dourado encontrava-se domado por tamanha força, então aquele que um dia se chamara de cavaleiro de Athena gargalhou enquanto via seu adversário ficando tão indefeso, apesar de se encontrar em uma situação deplorável, o guerreiro negro levanta-se e fica de frente para o guardião do terceiro templo zodiacal e mostrou um olhar irônico em sua face, porém fora logo desfeita por perceber a tamanha tranquilidade de Vitor que mostrava um discreto sorriso e tamanha mansidão em sua feição, mesmo sob as condições em que se encontrava, assustado o cavaleiro renegado da três passos pra trás e seu temor o impediu de ouvir a única palavra que fora proferida pelo cavaleiro de ouro, mas mesmo assim ele entendera muito bem cada silaba que ele acompanhou passando pelos lábios daquele que fora aprisionado, Vitor com um último movimento de mãos cerrando os punhos enquanto levantava o antebraço esquerdo causou uma explosão controlada a milímetros de distância do peito do cavaleiro renegado que fora lançado violentamente por todo o hall do templo zodiacal atravessando-o em segundos, pouquíssimos segundos, mas antes que pudesse cair, o cavaleiro dourado desaparece juntamente com a gaiola, deixando para trás apenas sua armadura reluzente em ouro montada perfeitamente em um object representando a constelação de Gêmeos, um suspiro é solto por aquele que fora golpeado agora caindo sobre o degrau que representava a entrada do templo, a queda cria em seu pescoço um efeito em estilingue para trás e para frente e para trás novamente fazendo com que fosse emitido um som abafado como se algo se quebrasse e instantaneamente o corpo daquele que renegou Athena para de se mover voluntariamente e como último sopro de vida sua cabeça se volta para seu lado direito, e com os olhos ainda abertos as gotas de sangue começam a pingar de degrau a degrau enquanto a luz de seus olhos vai se apagando aos poucos, apesar da lua ascendente se refletir por eles.


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