Little Spark Of Hope. escrita por Vick Pimentel


Capítulo 8
Capítulo 8- Casa


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeeeeeem, voltei de Nárnia o/
Amores eu queria pedir mil desculpas por todos esses meses de ausência... Muita coisa aconteceu e eu não tive tempo e condições de escrever... Uma pessoa muito importante para mim virou um anjinho... Ele e minha avó sempre foram constantemente presentes na minha vida, ajudaram meus pais a me criar. Meu avô tinha câncer... Sua partida foi algo que me deixou emocional e mentalmente abalada. Talvez não tão fisicamente porque eu precisava ser forte, pela minha avó (que é com quem moro), minha mãe, meus tios e primos. Ele era uma pessoa incrível e brincalhona que reclamava de tudo, menos da sua doença, nenhum única vez.
Um mês e um dia depois de seu falecimento, eu completei 15 anos... Não houve festa, não havia motivo sem ele.
Eu entrei em uma escola normalista e estou estudando em horário integral, e aos fins de semana eu vou para a casa da minha mãe.
Uffa.
Desculpem o longo texto, mas eu precisava me explicar.
Bom, depois de tanta demora, espero que vcs gostem desse novo capítulo.
Ah, Gabe, obrigado pelo seu review que me deu mais vontade de escrever do que eu já estava. E eu ñ abandonarei a fic, mesmo se eu demore.
Obrigado, de coração mesmo a todos os reviews que m estimulam a não desistir de escrever.



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Eu já ouvirá dizer que as mulheres tem ouvidos sensíveis à sussurros para poderem escutar quando seus bebês chorassem, confesso que para mim, isso era conversa fiada, mas nessas poucas semanas desde que trouxemos Charlotte para o 12 pude confirmar o fato: seu choro me desperta durante a madrugada. Um choro que mesmo baixinho posso escutar. Um choro calmo que só posso associar a Peeta. Forço o tronco para cima, mas a mão de Peeta apalpa meu braço. Busco seus olhos no quarto escuro e apenas o facho de luz da janela reflete sua sombra sobre mim.

–Eu vou. –Ele diz.

Balanço a cabeça mesmo sabendo que Peeta não pode me ver.

Ouço seus passos pelo quarto enquanto ele provavelmente procura por sua bermuda no chão.

Esse primeiro mês foi suficiente para que eu me recuperasse, mas Peeta insiste em me manter como uma doente em repouso. O que no caso eu não sou e mesmo se fosse ficar de repouso não é bem o meu forte.

Mordo o lábio inferior quando ele beija minha testa e sai do quarto.

“Eu poderia fazer isso.” Penso. Meio carrancuda, deito a cabeça no travesseiro que cheira a canela e fecho olhos, sei que não vou dormir até que Peeta se deite do meu lado novamente.

Meus olhos já estão acostumados com a escuridão do quarto quando o choro cessa e por minutos espero que Peeta venha se deitar, mas ele não vem.

Boto as pernas para fora da cama e espero mais um pouco. Nada. Levanto e saio pelo corredor vestindo a camisa de Peeta que foi tudo que consegui achar no escuro, quando ouço algo rugir. Algum móvel.

Estou descalça, e isso me permite ser mais silenciosa do que já sou. Anos de caçada na floresta do Distrito me permitiram isso.

Da porta posso ver que o Abajur de madeira que Johanna mandou de presente para Charlotte está aceso. Peeta está sentado no chão com Charlotte nos braços. A poltrona branca as suas costas está meio torna e reclinada. Dou um passo para dentro e paro. Paro Subitamente quando percebo o quão rígido está o corpo de Peeta, ele tenta segurar Charlotte firmemente mas seus braços tremem. Posso perceber pelos espasmos que ele está tentando se controlar, está lutando contra si mesmo por ela, assim como fizera tantas vezes por mim. Meu coração falha uma batida, e um nó se forma em minha garganta. É quase como se eu pudesse ver os flashes que passam em sua mente, toda aquela mentira criada pela Capital.

Charlotte abre os olhinhos sonolentos e o encara- segundo minha mãe com um mês de vida os bebês já começam a enxergar melhor- os olhos de Charlotte, que tem se tornado cada vez mais azuis brilham e posso ver seu corpo relaxar um pouco, mas ainda é como se ele tivesse algum peso sobre ombros. Sei que Peeta está lutando.

E dói, dó em mim.

Porque eu sei que ele está sofrendo. Sei que quando isso passar ele vai se culpar, ele vai se martirizar e sofrer ainda mais, e eu não posso deixar isso acontecer.

Entro no quarto da forma mais calma que consigo, acho que já dei o tempo que ele precisava com a filha. Estou convicta de que ele não irá machuca-la, mas não posso levar isso mais adiante, estou sufocando só de vê-lo sofrer assim.

Ajoelho de frente para Peeta. Ele parece não me no notar e se me nota não olha para mim. Seus olhas estão fixos na bebê.

Não preciso dos seus olhos sobre os meus para saber que suas pupilas estão dilatadas.

–Ei. –Chamo. Ele não olha para mim. –Você sabia... –Palavras. Não sei usá-las. – Peeta... –Respiro e deixo apenas que elas saiam, sem serem pensadas. Tudo o que está me sufocando. –Sabia... Que eu também me sinto assim? –Sinto que chamei sua atenção, mas ainda assim ele não olha nos meus olhos. –Talvez... Talvez você já tenha percebido. Quando eu acordo dos pesadelos e você está lá pra me amparar, é como um sonho. Quando você dorme eu fico te olhando dormir e isso me acalma, me trás a paz que eu preciso para não enlouquecer. As vezes eu preciso levantar e ir ver a Charlotte para ter certeza de que eu não estou sonhando, para ter certeza que tudo aquilo acabou mesmo, que todo aquele inferno ficou para trás, e que você e ela realmente estão comigo. É isso não é? O que você... Está pensando? –Seguro seu rosto fazendo-o olhar nos meus olhos. Suas pupilas estão se dilatando de volta. Seus olhso voltando a ser azuis. –... É como se você fosse uma rocha que mantém o que resta da minha sanidade firme. Eu... Eu não sei o que faria se não tivesse você. Você me deu Charlotte, me deu um motivo para continuar a viver quando eu já não tinha mais nenhum. E eu quero ser assim para você também, como você é para mim... Eu quero que eu e Charllote sejamos os seus motivos. Eu preciso de você. E quero que você precise de mim.

Os olhos de Peeta estão azuis, azuis como nunca.

Charlotte parece ter dormido no embalo do calor dos braços do pai e o som da minha voz.

–Vocês já são os meus motivos. São tudo o que eu preciso. Mais do que qualquer outra coisa. Enquanto eu tiver vocês, não importa o quão caóticas as coisas estejam, acordar, será sempre um prazer.

Peeta estica as perna, encosta-se à poltrona e me acomoda entre elas. Ele passa Charlotte para os meus braços e nos envolve com os dele.

Meu corpo em contato com seu corpo quente e a pele macia de Charlotte.

Peeta beija o topo da minha cabeça, meu pescoço, minha nuca e meus ombros. Me causando arrepios e deixando um rastro quente onde seus lábios tocam minha pele.

A sensação de estar entre as duas coisas que mais amo é algo que posso, talvez, comparar a estar na Campina. É como se sentir em casa, como se eu pertencesse aquele lugar e fora dali me sentisse deslocada.

Nos braços deles.

Charlotte e peeta.

É onde eu pertenço.

É o meu lugar no mundo.

É a minha casa.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Compensou pelo menos um pouquinho a demora?
Bom, deixem suas criticas, elogios e reviews, tbm estou aberta a recomendações kkkk
VOu tentar ñ demorar mais, juro de dedinho,
Bjinhus de uma doida