Little Spark Of Hope. escrita por Vick Pimentel


Capítulo 7
Capitulo 7- Sempre.


Notas iniciais do capítulo

Amoooores meus cês querem me pendurar numa forca não é? Não façam isso pq eu volteeeei o/ Me amem kkka
Então passei a tarde toda escrevendo, então espero de vdd que vc's me perdoem por toda essa demora, gostem e deem suas opiniões.
Kisses até lá em baixo :*



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A cruel verdade é que ainda estou em estado de choque por saber que foi Gale quem me doou sangue, saber que ele me salvara a vida, quando adentro a Vila dos Vitoriosos. E agora tenho uma divida com ele, e nada poderia me perturbar mais.

Ah, logo agora que tudo parecia tão certo.

Uma mão toca o cotovelo do meu braço direito, com o qual carrego Charlotte. Me viro apenas para ter certeza de que é Peeta. Antes que as palavras escapem de sua boca, já sei que ele dirá. Peeta me conhece melhor do que eu mesma, se em algum momento pensei que poderia esconder minha aflição dele estava muito enganada.

–O que está acontecendo?- É a pergunta que ele me faz. Seus olhos estão muito azuis quando chegamos a escadaria da porta de entrada de nossa casa.

Olho para trás em busca de algum socorro enquanto Peeta abre a porta, mas é claro que estamos sozinhos. Mamãe ficou no Treze.

Subo as escadas pensando numa resposta segura, mas não sei mentir e desisto quando já estou na porta

–Não é nada Peeta. -Digo simplesmente. -Nada com o qual você precise se preocupar.

–Mas o que é nada? -Ele fecha a porta atrás de mim e anda até o sofá, onde deposita a bolsa totalmente espalhafatosa que Effie comprara para Charllote.

–Nada, Peeta!- Digo me forçando a manter a calma.

E o garoto do pão me analisa por um segundo com as mesmas feições curiosas daquele menino que conheci antes dos jogos.

–"Nada" não te deixaria assim tão perturbada. -Suas sobrancelhas louras levemente erguidas denunciam a mim o jogo de persistência e persuasão ao qual Peeta sabe que sempre perco. Não tenho paciência e nem gosto de ser pressionada.

–Quem disse que estou perturbada? -Tento desconversar do assunto que já me deixa facilmente irritada e que poderia levar a lugares tenebrosos e quase adormecidos num passado que não nos fará bem se for trazido a tona. Tal qual Os Jogos meus sentimentos por Gale são ainda confusos de mais para que eu possa tentar repensá-los ou dizer se me ainda me atingem ou não.

Mas mesmo sem repensar a resposta é quase obvia, tanto quanto os Jogos, é claro que os meus sentimentos por Gale ainda me atingem, ainda trazem um pouco da antiga Katniss de volta.

Sei que quando deixei tudo isso transparecer, cavei a minha própria cova e trazendo o assunto a tona, acabo de pisar sobre ela, mais um pouco e eu cairia dentro da mesma, mas pelo menos uma vez na vida Haymitch presta para algo, e irrompe quase sóbrio porta a dentro, fechando-a com um baque surdo.

Ele anda até mim em linha reta, sem bambear para um lado ou o outro. Não está totalmente sóbrio é claro, mas também não está bêbado. E quando se aproxima de mim, percebo que apesar de estar amarrotado, Haymitch não cheira a bebida.

–Aí está a pequena Lottie. -Quase sem meu consentimento e com um jeito que jamais imaginei que ele pudesse ter, Haymitch toma Chalotte dos meus braços.

–O nome dela é Charlotte, Haymitch. -Vocifero, ciente de que com Haymitch não preciso ter paciência. -Charlotte!

–Charlotte é um nome muito grande não é bebê?- Ele diz para minha filha. -Você precisa de um apelido.

–Lottie me parece um bom apelido. -Comenta um Peeta sorridente. Ele finge bem que nada aconteceu.

Pisco incrédula.

Haymitch anda até o outro extremo da sala conversando com a pequena bebê. Fico pasma por uns minutos porque ela não chora, ou reclama.

–Ela é um bebê, de dias. Não devia chorar? -Observo mais para mim mesma do que para Peeta.

–Ele tem jeito. -A resposta soa mais como uma pergunta. -Vem. Vamos aproveitar que ela está quietinha. Você precisa de repouso. -Ele me estende a mão.

Penso em recusar mas não estou em condições. Passei por um parto complicado, uma hemorragia e uma doação de sangue que me deixou pior que as duas coisas. Seguro firmemente a mão de peeta para subir as escadas, não sem antes me virar e espiar Haymitch com nossa bebê. Minha e de Peeta. Fico ainda mais chocada ao vê-la sorrir. Um sorriso gostoso, aconchegante e sem dentes. Seu primeiro sorrisinho... Que não foi para mim. Foi para Haymitch.

–Ah. -O som que emito parece um engasgo.

Sinto minhas pernas fraquejarem e uma pontada em minhas partes intimas, no lugar exato aos pontos que precisaram ser dados no Treze.

Antes do mundo se apagar, estou envolta nos braços de Peeta.

Quando volto a mim, não estou envolta em nada além das cobertas. Escorrego para fora da cama, e de vagar caminho até o banheiro.

Ligo o chuveiro e deixo que água esquente enquanto tiro com dificuldade as poucas camadas de roupa que ainda me cobrem. Me apoiando nos azulejos caminho até o box e me sento na banheira, enquanto a água escorre sobre mim. Percebo que um ponto se soltou.

A porta do banheiro se abre e percebo o quão absorta estava em meus pensamentos porque não ouvi a do quarto ser aberta.

Através dos vidros do box, Peeta está apoiado na pia. Ele me encara como se pedindo permissão, seus olhos azuis muito focados em mim.

Anuo.

Ele tira a bermuda e a camiseta, abre o vidro e se acomoda na banheira atrás de mim, com os braços ao meu redor.

–Onde está Charllote? -Pergunto fragilmente.

–Haymitch a colocou para dormir. -Ele diz enquanto afaga o meu braço nu. -Está no quarto dela.

Sinto seus lábios frios em meu pescoço quente por causa da água. Suas mãos acariciam meu corpo despido. Me permito relaxar e usufruir das inúmeras sensações que seu toque me traz.

– Posso te pedir uma coisa? –Murmuro, sabendo que este é o momento. Aqui, quando somos um só, quando estamos ligados e relaxados. Esse é o melhor momento e não posso desperdiçá-lo.

–Qualquer coisa. –Ele desencosta seus lábios do meu ombro, mas suas mãos não sessam os movimentos.

–Podemos não tocar mais naquele assunto... –Minhas palavras ficam presas no ar. Não sou capaz de terminar. Sinto o corpo de Peeta rígido às minhas costas e suas mãos param subitamente. –É só que... Sabe, não havia nada me perturbando, acho que foram esses últimos dias... Tudo o que passei para ter Charlotte... –De qualquer forma, isso não é de todo mentira.

O corpo de Peeta relaxa.

–Não vou mais tocar no assunto. É muita pressão em cima de você. –Ele volta a acariciar meu braço. –Não serei eu a te pressionar mais.

Sorrio.

–Espero que Charlotte seja compreensiva assim como você.

Nós dois rimos. E eu me viro um pouco para beijá-lo.

–Você me ama, verdadeiro ou falso? –Sou eu quem pergunta.

–Nunca ouvi nada mais verdadeiro. –Ele responde.

–Sempre?

–Sempre.

E é claro que nós sabíamos que a minha condição não nos permitia avançar mais do que beijos e caricias. Mas isso já nos bastava. Suas mãos passando por todo meu corpo. Sua pegada firme, porém delicada toda vez que me puxava mais para si. Seu toque ficou marcado em minha pele durante toda aquela noite. Suas mãos em minha cintura e nas costas, em meus seios que se lactaram, nenhum de nós se importou. Seus lábios pareciam permanecer durante toda a noite em minha nuca e em meus ombros, me trazendo arrepios ao lembrar. Seu cheiro estava cravado em mim. Eu era toda dele, eu era ele. E ele era meu. Sempre foi.

Sempre.


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Notas finais do capítulo

Iai meus perfeitos pacientes (pq só sendo muito paciente pra n me matar por td essa demora)? Oq acharam? Mereço reviews? Likes? Recomendações? Nop ok, deixem assim msm
Love vocês