Quem não já se perdeu alguma vez na vida? Acontece com todo mundo, não é privilegio de ninguém, se perder é algo tão natural quanto respirar. Não importa a idade, o sexo, isso acaba acontecendo com todo mundo, com alguns mais de uma vez.

Quando nos perdemos o que geralmente fazemos?

a)Procuramos orientação.

b)Ficamos desesperados.

c)Começamos a resmungar em voz alta, reclamando sem parar.

Quem chutou a opção a) pode comemorar, você tem a sua foto colada do lado da palavra otário no dicionário.

Quem chutou a opção b) meus parabéns, você é um retardado.

Mas quem chutou c) se salvou, pelo menos você pensa e em voz alta.

E eu vou provar como as duas primeiras alternativas estão erradas...

Cenário: O meio de um deserto onde Álvaro e Cecília se perderam, sabe-se lá como. Isso já descarta a opção a)

Situação improvisada on:

Álvaro e Cecília andavam no deserto sob o sol escaldante da tarde, ambos estavam quase passando mal com tanto calor e não se via uma sombra sequer por perto.

__EU NÃO AGUENTO MAIS!__ Cecília vociferou inconformada.__ Com esse calor vamos morrer por aqui.

__Não se desespere ainda.__ Álvaro disse tentando manter a calma pelos dois.

__Não me desesperar, ele me diz para não me desesperar, EU JÁ ESTOU DESESPERADA!__ Ela diz gritando a ultima parte.__ Sinceramente, era só o que me faltava, me perder no meio do nada com um tapado desses, o que eu fiz para merecer isso? Não é possível que...

Álvaro perde a paciência com as reclamações sem fim de Cecília e tapa a boca dela, ele não estava conseguindo nem ouvir os próprios pensamentos com ela falando daquele jeito. Mas eis que ele continua a ouvir a voz dela, e adivinha de onde estava vindo... Dos cotovelos.

__Me solta seu idiota.__ Ela mandou.

Álvaro desiste de tentar calá-la, se nem tapando a sua boca ela parava, não iria adiantar nada. Ela ‘’falava pelos cotovelos’’ e isso estava dando dor de cabeça em Álvaro.

Cecília iria recomeçar o falatório quando os dois avistam um objeto à frente deles, parecia apenas um ponto escuro no meio daquela areia toda, mas eles decidem ir ver do que se trata. Aproximam-se do objeto e Álvaro ergue-o, era uma bota.

__Ah obrigado.__ Uma voz diz pegando o objeto, os dois se assustam.

Eles encaram o homem de barba longa e negra, vestido bem ao estilo dos antigos peregrinos que andavam pelo deserto, com suas túnicas longas e de um branco empoeirado. Ele havia surgido do nada.

__Quem é você?__ Indagou Cecília receosa.

__Sou Judas.__ Ele se apresenta e os dois jovens trocam olhares.__ Eu havia perdido uma das minhas botas, obrigado.

__É, definitivamente, fomos parar onde Judas perdeu a bota.__ Álvaro fala.

Situação improvisada off

É isso ai, o ‘’ao pé da letra’’ de hoje provou que quando nos perdemos começamos a falar pelos cotovelos, mas claro que não literalmente.

Por isso, cuidado para não se perderem e acabarem sem perceber ‘’onde Judas perdeu a bota’’.

Quem quer mais? Sinto muito, só no próximo.