Two Pieces escrita por Olavih


Capítulo 2
Capítulo 1 - Castigo


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoas! Caramba, que comentário PER-FECT o de vocês. Gostaria de agradecer pra caramba isso, muito muito obrigada ^^. É realmente importante pra mim que vocês pensem assim de mim :)). Enfim, postei mais cedo porque semana que vem é semana de prova e quarta feira eu não vou ter tempo de postar, então... Aqui está!! Ah, o sistema vai ser assim: dois capítulos POV Kamilla e um capítuo POV Rafael. Beleza? Enfim, curtam o capítulo e comentem, please!! Beijoos



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Capítulo 1 – Castigo?

Abri meus olhos contra vontade. Ainda não queria acreditar que hoje era quarta. Quarta feira. Tem dia pior que esse? Não é nem tão chato quanto segunda, nem tão empolgante quanto sexta. Era apenas um dia sem graça que parecia durar eternamente. Olhei para o relógio ao lado que marcava 06h15min da manhã.

–Acordou é, bela adormecida? – pude escutar a voz de Geovanna no banheiro do nosso quarto. Olho para direção do banheiro, e a vejo. Cabelos loiros e lisos, olhos azuis, nariz fino e sorriso inocente. Ela me olhava com a sobrancelha arqueada e um sorriso desafiador destilando veneno.

–Limpa o veneno jararaca rosa, que meu humor hoje tá péssimo. – disse me sentando e coçando os olhos por causa do sono.

–Credo Bandida, assim você me magoa. – disse ela, fingindo estar magoada.

–Já disse pra não me chamar assim. – disse irritada.

–E eu já disse que não me importo. Agora, vai pro banheiro pra ver se você se livra dessa nhaca. Não quero gente feia e mal-humorada perto de mim. – disse ela, toda convencida indo até a sua cama.

–Um dia Senhor, um dia. Um dia eu vou me livrar de você. – disse levantando e indo para o banheiro enquanto a escutava rir.

Olhei no espelho, analisando meu rosto. Santo Deus, que demônio é esse? Penso. Os meus cabelos castanho escuro que estão na altura da cintura, estavam bagunçados em um ninho que eu acho que não vai desembaraçar nem tão cedo. Meus olhos castanhos escuro estavam sujos, provavelmente é por causa do rímel que eu deixei da festa de ontem. Eu tinha sarda e minha boca ainda estava levemente vermelha, culpa do batom de ontem. Meu rosto estava enxado por conta do sono e o resto da maquiagem me deixava parecendo uma panda.

Decidi parar de admirar essa “beleza” e me despi para tomar banho.

...

Estávamos no corredor, Geovanna e eu andando tranquilamente até o refeitório. O colégio era enorme e abrigava órfãos de todas as séries. A propósito, eu falei que eu estudo no Colégio Caminho da Esperança pra Órfãos? Então, é exatamente isso. Eu sou órfã e vou poupar vocês da triste história da pequena Kamilla Campos. É trágica de mais. Enfim, Geo e eu estamos no 2° ano, perto do fim e logo sairemos daqui. Esse colégio acolhe órfãos do maternal até o 3° ano do ensino médio, e não é algo do governo. Uma mulher muito bondosa, chamada Elisa Andrade, abençoada seja, custeia esse colégio com o dinheiro do marido dela, Gabriel Andrade, dono de uma construtora e podre de rico. Ele é um homem com olhos bondosos e um ar de poderoso e sempre que vem aqui sorri para todos dizendo: “Bom dia, como está?”.

Chegamos ao refeitório que já estava cheio. Vários alunos conversando normalmente, sentados em grupos já formados. Geo e eu buscamos nossas comidas e sentamos na nossa mesa: a dos bagunceiros. Apesar de Geovanna ser a nossa nerd e nosso anjo que sempre passa todos, ela senta no fundão e até faz bagunça com a gente. Sempre que não está fazendo a tarefa.

–Chegamos, podem aplaudir. – disse me jogando na cadeira.

–Cri, cri, cri. – disse Joice imitando um grilo. Mostro língua pra ela, enquanto ela sorri “gentilmente”.

–Bom dia projeto de gente, bom dia futuro amor. – disse Juliano. Ele tem um abismo por Geovanna e ninguém mais aguenta isso. Ele não se declarou exatamente pra ela, mas não nega que gosta dela e ainda faz essas cantadas maravilhosas. Geo gosta dele, mas não quer admitir, isso eu vejo nela. Vai saber qual o motivo?

–Bom dia trem do além. Já começou com essas cantadinhas sem futuro? – pergunto destilando veneno. Ele se limita a apenas me ignorar.

–E aí, o que acharam da festa ontem? – perguntou Geovanna tentando mudar de assunto.

–Foi louca. Mas alguém pode me dizer o que eu fiz ontem? – perguntou Joice fazendo todos rirem. – é sério gente, o que eu fiz ontem?

–Fica tranquila, você só fez strippize de novo. – digo comendo meu café da manhã.

–De novo? Que droga. – ela disse batendo de leve na mesa.

–Foi tranquila. Apesar de que eu achei que a vodca acabou cedo. – reclamou Juliano.

–Também acho. Mas fica pra próxima. – continuamos comendo tranquilamente, até que a voz da diretora fez todos do refeitório calarem.

–Bom Dia alunos! Meu comunicado vai se restringir a apenas uma aluna: senhorita Kamilla Campos poderia comparecer a minha sala assim que terminar seu café da manhã? Muito obrigada, e tenham um bom dia, alunos! – disse a diretora. Todos voltam a suas atividades assim como eu. Não era incomum eu ser chamada na sala da diretora e todos já haviam se acostumado a isso. Praticamente toda semana eu era chamada na sala da diretora por coisas fúteis: responder professor, bater nas metidas, colocar fogo no laboratório, entre outras coisas que é melhor deixar oculto. Mas o mais engraçado sem dúvida é o fato de que eu nunca recebo mais do que uma advertência. Só havia recebo uma suspensão até hoje e isso era estranho. Já vira pessoas que faziam coisas piores do que eu receber suspensão ou até expulsão enquanto eu saía impune de quase tudo.

–O que você aprontou dessa vez? – perguntou Geovanna.

–Acho que foi o incidente da piscina. Ela falou que ia achar um bom castigo para mim, mas não sabia que ainda estava pensando.

–Ainda isso? Devagar ela não?

–Q.I baixo. – respondo rindo.

Quando termino de comer, levanto, coloco a bandeja no lugar e caminho em direção à sala da Diretora. Os corredores pintados até a metade da parede de verde pareciam mais curtos do que eu desejava e logo eu me encontrava diante da porta da diretora. Bato três vezes e espero uma resposta. Quando ouço um “entre”, abro a porta e caminho até onde ela se encontra. A sala dela não tinha nada de especial. Era apenas uma sala pintada de verde oliva, com dois sofás, uma mesa e alguns objetos de decoração. Ela estava parada em pé de frente a sua mesa, os cabelos castanhos cortados na altura do ombro e olhos castanho escuro fitando-me. Ela tinha um jeito estranho de me intimidar, era como se ela mandasse em mim. Não havia uma só ordem dela em que eu não conseguia ficar sem cumprir. Chego até a cadeira e espero seu costumeiro aceno com a mão para me sentar. Quando ela da o sinal, ambas nos sentamos.

–Achei que a visita rotineira era só sexta. – disse com um meio sorriso.

–Bem, eu tenho outros assuntos para tratar com a senhorita. Você conhece o meu enteado, Rafael Andrade? – assinto e ela prossegue: - ele se envolveu com alguns problemas judiciais, e foi condenado a prestar serviço comunitário. Felizmente meu marido conseguiu que ele pagasse sua pena aqui, só que sobre a vigia de alguém responsável. E como eu não terei tempo de ficar em cima dele, e a senhorita ainda está me devendo um castigo, decidi que ficará responsável por isso.

–O que? – perguntei assustada. – Ah não. Porque não me manda limpar o banheiro masculino como da última vez? Não quero ter que cuidar de um delinquente juvenil. – disse um pouco alto.

–Ele não é um delinquente. Apenas um garoto que precisa de uma lição. E além do mais, isso não está aberto à discussão. A senhorita vai cuidar dele e isso é uma ordem. E o castigo, claro. Portanto, trate de sorrir e dizer sua velha frase: “como quiser”.

–Como quiser. – disse com os dentes trincados e forçando um sorriso.

–O cronograma de suas atividades vai lhes ser entregue quando ele chegar. Ele deve chegar na hora do almoço, entendido?

–Sim, senhora Andrade.

–Ah, e a propósito. Ele não foi o único condenado, e como eu não acho justo a senhorita ter de vigiar ambos sozinhos, eu deixo a seu critério escolher alguém para ficar de olho no senhor... – ela fez uma pausa pra olhar no caderno. – Marcelo Rodrigues. – pensei por um instante, antes de abrir um sorriso travesso.

–Sei exatamente quem pode me ajudar senhora Andrade.

...

–EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ME PÔIS NESSA. – grita Geovanna enquanto me desvio de sua almofada. Ela está à meia hora gritando comigo por que eu a puis pra me ajudar com o delinquente.

–Sem escândalo jararaca, vão ser só duas semanas. Além do mais, vai ser divertido. – disse abrindo um sorriso doce.

–Eu vou matar você. – disse ela caindo de cara na cama.

–Eu também te amo querida. – disse mandando beijos e indo para a porta do quarto. – meio dia viu? – digo e saio rápido, pra não correr o risco de levar uns tapas.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?? Ah, eu fiz um tumblr, que é pra mostrar quem são os personagens saka? o tumblr é two-pieces-fanfic.tumblr.com, de boa?? Beijos e comentem k.