Vivendo Lunaticamente - hiatus escrita por Breaker


Capítulo 25
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Notas iniciais do capítulo

OIEEE MINHAS AMORAS :3 agradeço a todos que comentaram no capítulo anterior, vocês são amorzinhos e continuem assim. Gente, só para relembrar, Jessica e Rodrigo são os responsáveis pelo dormitório do pessoal, até pq, muito adolescente no mesmo lugar sem responsável não dá certo né?! Boa leitura ^^



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POV NICO
Já estávamos atrasados para voltar. Com muito custo convenci a Jessica deixar nós voltarmos às 23:00. Rodrigo com certeza vai me matar, já que foi ele que me ajudou. Pedi para Edu ir na frente e dizer que logo eu e Luna iríamos chegar. To prevendo uma bronca daquelas.
– Edu, vai na frente, por favor. Eu fico pra acompanhar a Lunis.
– Eles não vão estranhar só eu voltando sozinho? - ele diz, fazendo bico, logo depois sorrindo de um jeito debochado. Aposto que ele fez de propósito, sabe que isso me provoca. Empurro-o contra a parede, me apoiando na parede com um braço. Aproximo-me de seu rosto e por fim o respondo.
– Sim, tenho. Se depender do Math ela não volta hoje e vai ser difícil arrumar uma desculpa. Você pode fazer esse favor pra mim né? - sussurro próximo ao seu ouvido. Eu também sei provocar.
– Posso sim, mas acho que mereço algo em troca. - ele diz, me puxando para si. Beijo seus lábios com certa urgência, Edu me corresponde na hora. Aproveito bem essa chance e o beijo forazmente, já que foram as poucas vezes que nós chegamos a nos beijar. Não demorou muito e ele me empurrou. Como das outras vezes, fresco.
– Já vou indo. Até Nico. - Edu diz, indo embora. Encosto na parede, obviamente frustado. Por que eu ainda caio nisso? Pouco depois avisto ao longe duas figuras conhecidas, andando abraçadas. Pelo menos alguém tinha que se acertar.
– Já tava na hora de aparecer né queridos. Repetiram a dose de pegação durante o caminho? - pergunto. Math ri, enquanto Luna apenas cora, novidade.
– Já vi que tem alguém aqui nervosinho. - Luns fala. Puxo-a para mim e a abraço, ela me deixou preocupado!
– Minha melhor amiga some num estado deplorável, não me conta certas coisas e demora a aparecer, acho que eu tenho o direito de me preocupar. Não faz mais isso, baixinha.
– D-desculpa. - ela sussurra. Matheus finge uma tosse.
– Abraço longo esse hein... - ele diz. Credo, criatura ciumenta!

– Nem vem garoto, ele é minha amiga. Joga esse ciúmes todo aí pra cima de outro.
– Eu também costuma chamá-la de amiga... - o moreno insisti.
– É amora, mas na minha atual situação, da fruta que a Luns gosta eu também tô gostando. Sossega essa bunda aí que essa menina não vai a lugar nenhum, tá escrito na testa dela que ela te ama. Aí, não tenho paciência pra isso, viu.
– NICOLAS! - Luna dá sinal de vida. Eita, chamou pelo nome.
– Que foi? Ah, até parece que ele não sabe. Essa lerdeza aí pode não saber, mas aposto que te ama também, falo mesmo. Dá pra a gente ir ou tá difícil?
– Da fruta... OPA! Ei, como assim... - diz Matheus, ainda processando nossa conversa. Luna não é a única lerda, disso eu tenho certeza. Talvez seja contagioso.
– Se você não se importa, eu quero me despedir. Pode ser?! - Lu solta um sorrisinho assim que ouve. Não, melação não!
– Tá, tá Matheus, anda logo que eu aposto que a Jessica vai querer comer meu cu com areia. Dez segundos, se virem.
Os dois dão tchau ao mesmo tempo e depois sorriem, com uma expressão idiota estampada no rosto. Math segura o rosto de Luna com as mãos e a beija. EU NÃO TENHO TEMPO PRA ISSO NÃO, ALOOOU! Aparentemente eu sou o único a me importar com a minha virgindade anal.
– Tchau pra você também Math. Bora Luna. Se eu afundar, tu afunda junto. - digo enquanto arrasto Luns.
– Valeu mesmo Nico, me deixou nem terminar - ela responde, emburrada.
– Qual a parte do "Jessica vai comer meu cu com areia" e " se eu afundar, tu afunda junto" você não compreendeu?
– Mas a gente tinha que voltar às 23:00.
– São 23:25 agora, Luna. - falo olhando para o relógio no meu pulso. Lunis arregala os olhos e começa a correr, me puxando, começando a falar coisas como "Rodrigo e Jessica vão comer nossas tripas". Agora sim!
Botamos os pés no pequeno prédio às 23:40, quase botando os pulmões para fora. Assim que entramos, Jessica praticamente pulou em cima de nós gritando mil e uma coisas. Rodrigo estava um pouco afastados de nós, rindo descaradamente da nossa cara. Francamente viu, é esse tipo de gente que deveria cuidar de mim.
– Nem pra ligar avisando, puta que pariu mesmo viu! Aaargh, eu tô com vontade de estrangular vocês dois. O que ráios estavam fazendo? - Jessica fala, furiosa.
– Como assim não avisamos? Eu pedi pro Edu vir mais cedo e te avisar que íamos atrasar um pouco, mas que já estávamos a caminho. Cadê ele? E, bem, eu atrasei porque não ia deixar Lunis pra trás. - COMO ASSIM AQUELE FILHO DE QUENGA NÃO AVISOU? ELE TÁ PASSANDO DOS LIMITES.

– Quando o Eduardo chegou eu perguntei de vocês e ele disse que não sabia. - Rodrigo resolve dar o ar de sua graça na conversa.
– Francamente agora ele foi longe demais... - sussurro para mim mesmo - Eu pedi né, mas aparentemente a má vontade dele fala mais alto.
– Como assim não deixar Luna pra trás? - Jessica pergunta. Olho pra Luna no mesmo instante, quase dizendo "agora é com você". Ela suspira e fala o que aconteceu. Aproveitou e também falou sobre o vídeo que no caso, era mesmo ela. Eu já tinha ouvido sobre aquilo na cidade, mas nunca pensei que fosse ela.
– Ok, entendi. - Jes suspira - se isso acontecer outra vez, vocês vão perder o direito de sair até o final do ano, estão me entendendo? E Lu, se essa menina continuar me fala, vou dar um jeito de ter uma conversinha com seus responsáveis. Subam, antes que eu mude de ideia.
***
– QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA?
– Aí Nico, me assustou. Que foi? - Edu disse, sarcástico.
– Que foi? QUE FOI? AH, VAI SE FODER! Eu acostumei com a merda dos seus joguinhos, mas agora você quase prejudicou a Luna também. - seu sorriso debochado desapareceu nesse momento - Pode me foder a vontade, mas a minha melhor amiga não, tá me ouvindo?! - dou meia volta e começo a sair do quarto, quando ele fala:
– Falando assim dela parece até que é hétero. - viro no mesmo instante e dou-lhe um soco na bochecha, merda, agora estou sentido dor na mão. Não era ele que deveria sentir dor?! Ele cambale-a para trás, olhando-me assustado.
– Ela é como uma irmã pra mim. Cansei desses seus jogos, cansei... de você. Sério, pra quê isso? Que necessidade é essa de tratar alguém que gosta de ti como lixo?
– Não te trato como lixo... - Edu sussurra. Solto uma gargalhada, essa é boa.
– Claro que não, imagina! Você não me trata como lixo e eu me visto de alpaca antes de dormir. POR FAVOR NÉ SENHOR EDUARDO!

– Não grita! Se tem uma coisa que eu não admito é gritarem comigo!
– Decidiu recitar kelly key agora? - pergunto.
– O que? - o loiro diz, aparentemente confuso.
– "Se tem uma coisa que eu não admito é gritarem comigo" é de uma música dela. Cara, que ser sem infância você é? - ele ri assim que acabo de falar.
– Aí Nico, você não serve mesmo pra briga. Num momento tá todo nervoso e no outro vo...- acabo o interrompendo.
– Cala a boca! O fato de eu ainda ser bem humorado mesmo puto não interfere na palhaçada que tu fez. Foi a última fez tá me ouvindo? A última vez que tu quase me fode desse jeito. Não mais... Agora se me der licença, preciso ver como ela tá. Boa noite. Arranja um novo brinquedinho pra você. - falo, saindo logo em seguida, mas não rápido o bastante, pois ainda consigo o ouvir dizendo "quem sabe eu não deixaria você me foder na próxima" acompanhado de uma risada. Argh, garoto escroto.

POV LUNA
– Mas como ele beija? Ele é carinhoso ou mais selvagem? Selvagem né?! Pode falar, eu sei que vocês quase acasalaram em local público, pode contando. - Nico diz (enchendo meu saco diga-se de passagem), ainda me interrogando sobre o que eu fiz no tempo que estava com o Math.
– Quer parar? Eu não "acasalei". - fiz aspas com as mãos - Céus, por que você ainda insisti nisso? Tudo que aconteceu é que eu fui arrastada para lá, nos beijamos e cabô. Mais nada. Na verdade, achei que você fosse me perguntar do vídeo...
– Não preciso. Pelo seu ataque eu saquei que era você. Até porquê eu também era de lá né Luninha, eu já tinha ouvido sobre a menina que fez cosplay* de "Carrie, a estranha".
– Carrie, a estranha? Isso eu nunca tinha ouvido, que maldade. - respondo, em seguida me encolhendo na cama. Nico ri e olha pra mim, agora sério.
– Por que nunca me contou? Não é como se eu fosse te zoar. Nunca faria isso. Aliás, achei a coisa toda meio tosca.
– Se pra você foi tosco, imagina pra mim. Desculpa por não ter contado, é que... sei lá, eu não gosto de lembrar. Na verdade, isso já não me magoa tanto quanto antes. Acho que eu fiquei mais com raiva sabe? Aquela vadia invejosa não tinha o direito de mostrar algo meu tão... particular.
– Entendo. Você gostava mesmo do garoto?
– Sim. E sabe o pior? Ainda pensava nele no começo desse ano hahahahaha.
– Mas aí apareceu o Math... - Nico diz, dando pequenos pulinhos. Sorrio. - Mas esse tal de Carter foi um otário mesmo. Perdeu uma criaturinha linda.

– Não exagera. Dá pra ver no vídeo que eu era meio estranha, eu melhorei um pouquinho. O mais idiota de tudo foi que quem planejou tudo foi aquela imbecil oxigenada, Lorena. - falo, revirando os olhos. Fazia tempo que eu não pensava em Mineira e principalmente nas pessoas de lá. Metade do ano se passara e aconteceu tanta coisa que eu acabei esquecendo de tudo um pouco. Não mantive contato com ninguém (não que alguém tivesse me procurado). E na verdade, eu achei melhor assim. Eu não queria uma nova vida? Pois bem, eu vim para cá justamente pra isso. Mas os fantasmas do passado aparentemente não largam as pessoas tão fácil assim.
– A Lorena o quê? - pergunta o menino, espantado, que a essa altura já estava deitado com sua cabeça em meu colo - e pensar que a gente ficou mais amigo por causa de uma festa dela - ele começa a corar - desculpe.
– Tudo bem, ela não me importuna mais. - respondo. Ouço alguém batendo na porta e deixo a pessoa entrar. É Rodrigo com uma cara péssima. Ih, lá vem!
– Lu, posso falar com você? - ele pergunta.
– Acho que eu devo sair. - Nico fala.
– Olha, depende. Na verdade Nicolas acho melhor você ficar. Vocês são bastante amigos e acho que a Lunis vai precisar de bastante apoio.
– Apoio? Por quê? - pergunto, sentindo um mal pressentimento.
– Eu sou péssimo pra dar esse tipo de notícia mas... Luna, vou ser direto: O seu pai faleceu agora a pouco. Ele sofreu uma parada cardíaca e não sobreviveu. Eu sinto muito, Lu. Realmente sinto.
– M-meu pai? M-mas e-ele e-era... c-c-como... - não consigo terminar a frase, já estava soluçando. Tudo parecia um borrão para mim por conta das lágrimas, apenas senti Nico me abraçando. Acho que eu estou gritando, sei lá, eu poderia estar sendo esfaqueada nesse momento que eu não perceberia. Meu pai morreu? Como... como aconteceu? Ele estava doente? Por que ninguém me avisou? Por que EU não procurei saber? Eu ainda tinha planos com ele, eu ainda queria ter uma relação saudável, eu ainda... eu queria... eu o abandonei. Como se desculpa com alguém que já não está mais aqui? Eu me sinto péssima! Eu acabei de perder o meu pai e eu sequer estava perto. Qual foi a última vez que eu tive uma conversa com ele? Eu não lhe disse um último adeus, nem mesmo um até logo. Eu vim brigada com ele e brigada permaneci. Eu perdi meus pais de vez... eu sou... orfã?
***
– Ei, amora, acorda. - sinto alguém me balaçando.
– Ah, que foi... cinco minutos.
– Luna, é sério. Levanta. - diz a pessoa, que agora identifico como Jes. Depois de definitivamente acordada, encontrei-a na cozinha principal. Espera... aquilo de ontem foi... real?
– Jes, eu tive um sonho muito ruim. Acredita que eu sonhei que o meu pai... - ela me interrompeu.
– Flor, eu sinto muito... não foi sonho. Depois que o Rodrigo te deu a notícia, da pior forma possível devo acrescentar, você chorou no colo do Nico até adormecer. O menino não pregou os olhos a noite toda com medo que você acordasse e estivesse sozinha, então ele passou a noite do teu lado, foi dormir agora pouco. Te chamei aqui porquê... eu ainda tenho más notícias. Com o seu pai... morto, bem, você precisa de um tutor para permanecer aqui. A atual mulher dele, Helena como você bem conhece, se recusa a ser sua tutora. Além de que ela está tentando tomar posse de tudo que é do seu pai. Eu sinto muito Lu. Você vai voltar para o funeral e, se não for achado nenhum documento onde consta um tutor legal para você ou parente próximo, você irá para um abrigo. Eu realmente sinto muito. - Jes chorava junto comigo.

*cosplay: é a abreviação de costume play ou ainda de costume roleplay (ambos do inglês) que pode traduzir-se por "representação de personagem a caráter", "disfarce" ou "fantasia" e tem sido utilizado para referir-se a atividade lúdica praticada principalmente (porém não exclusivamente) por jovens e que consiste em disfarçar-se ou fantasiar-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, acompanhado da tentativa de interpretá-los na medida do possível. Os participantes (ou jogadores) dessa atividade chamam-se, por isso, cosplayers.
No caso da fic aqui, para quem viu qualquer versão de Carrie, a estranha sabe do que rola com ela no baile (se você não sabe, veja a versão de 2013 que é legal e fraquinha. Até eu consegui ver aquilo). Na época em que tive a ideia da fic eu não tinha percebido, mas o que acontece com a Luna parece uma versão mais infantil.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem e ganhem uma resposta supimpa minha qqqq :3



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