Vivendo Lunaticamente - hiatus escrita por Breaker


Capítulo 12
O V é de vingança


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, eu sei, desculpe T-T maaaas tem revenge �/ boa leitura



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POV LUNA

Ok, eu estou me sentindo meio culpada por tê-las deixado. Quer dizer, eu passava mais tempo discutindo com elas do que qualquer outra coisa, mas não foi certo sumir. Eu acho... Acho que poderia ter evitado que Luisa se tornar mais fútil do que já era e também evitar deixar Roh sozinha. Depois de encontrar com Lui, procurei Roh e pode-se dizer que nosso dialogo não foi um dos mais agradáveis. Fora os xingamentos e uma quase briga física, pude entender que Rosanna não quer saber nem de mim e nem de Lui. Ela anda com o grupinho de gente lerda ou de gente que é muito drogada, nunca consegui distinguir aquele povo.

Eu só espero que Roh não seja como Lui e "enlouqueça". Como existe praticamente uma central de fofoca na escola, fui tentar sabe algo sobre o que Lui anda fazendo. Fora já ter se oferecido ~e conseguido~ pra metade dos garotos da escola, parece que é a mais nova animal de estimação daquelas Vadias. Tomei a decisão de me afastar completamente de Luisa, não quero me aborrecer amanhã. Ah... Amanhã!

Enfim, o lado bom ao ir a central de fofocas (vulgo sala abandonada que foi dominada por alunos. Colocaram uma luz escura, mesas e cadeiras em alguns pontos e pronto, conhecida como central de fofocas. Aqui as pessoas levam a vida alheia bem a sério.) é saber os podres sobre alguém. O lado ruim é saber os podres que falam de você. Descobri que metade da escola me odeia, uma parte tem admiração por eu ter tido coragem de bater em uma das Vadias e o restante nem sabe que eu existo. Também falam que eu, argh, dei pro Lucca. Apenas meu desprezo infinito para quem inventou isso. Também dizem que eu dou pro Matheus. Não! Apenas não. Não que eles não sexys, legais, sexys e lindos, eu só acho que sou nova demais para... MAS O QUE QUE EU TO PENSANDO! Sai, sai, sai, sem pensamentos desse tipo. A última coisa que eu quero é gostar de alguém. E por fim, dizem que o Nico é gay. Nada contra, é só que ele é tão... OK, EU TENHO PROBLEMAS! As vezes eu acho que penso mais merdas do que meninos. Nota mental: - tarada + meiga. De repente assim eu consigo amigAs... Ou não.

QUAL É! São 01:30 da manhã e a droga da Lorena tá ouvindo Anitta no último volume. Meu pai e a vaquelena saíram (provavelmente pra transar, não acho que aquela mulher tenha desistido de engravidar do meu pai) e ela se sente a dona da casa. Pelo menos ela não deu uma festa... Ou será que deu? Estou aqui, trancada no meu lindo quarto, de pijama (lê-se cueca box, sim eu uso, é confortável, e um top preto. Está realmente quente), devaneando sobre ex amigas e fofocas, que eu nem percebi que a música está vindo do andar de baixo, não do quarto ao lado. Peguei meu roupão, soltei o cabelo e fui até a escada: havia mesmo uma festa, com pessoas, bebidas e Matheus... MATHEUS! O vadio estava na escada se pegando loucamente com a QUE, LUISA, AIMEUDEUSSANTAPIZZADECALABRESAEUNAOMEREÇOESSASCOISAS! Tá, ok, calma, normal, super normal. Seu amigo e sua ex amiga ~ bichinho de estimação das Vadias~ estão se engolindo, beleza, ok... Que merda. Desvio o olhar daquelas coisas e corro com os olhos pela sala, acabei de ver Nico escapando de uma garota bêbada... Será verdade? Será que... Nico me viu. Nico está andando até a escada ainda olhando pra mim. Nico está subindo a escada. Nico está na minha frente.

_ O que você tá fazendo aqui? E vestida desse jeito...

_ Eu moro aqui, gênio. Sou, eca, meia-irmã da Lorena.

_Ahn... Você conhece um lugar mais calmo? Aqui tá meio barulhent...

_Siga-me.

Dou uma última olhada em Matheus, que continua engolido e engolindo (francamente) e dirijo-me para meu quarto.

Abro a porta e dou espaço para Nico passar, entrando e trancando a porta logo em seguida. Não, eu não estou planejando estuprar o Nico, só não quero bêbados invadindo meu quarto para transarem/vomitarem/qualquer coisa. Tiro o roupão e me jogo na cama, virada de costas para Nico.

_Você tá usando cueca box?

_É confortável - digo com o rosto enterrado no travesseiro.

_Será que dá pra você virar pra mim? Não quero ficar olhando pra sua bunda.

Sento-me na cama e o vejo sem camisa sentado na minha cadeira de rodinhas.

_Tá querendo me fazer um strip tease? Ok pode ir em frente.

_ Ha-Ha! Que hilária você Lunis, mas estou com calor. Você obviamente também está, afinal, tá seminua na minha frente - Ele me responde e logo depois dá um sorriso safado. Eu realmente não tinha percebido que estava seminua na frente de um garoto que eu nem conheço. Levanto-me e pego uma blusa branca. Percebo o olhar decepcionado dele assim que me vê colocando a blusa. Por que a tristeza? Tudo bem que eu tenho uma cintura legal, mas não tenho seios. Quer dizer, eu tenho, mas são pequenos.

_Feliz?

_Não. Eu gostava da antiga visão.

_Nem te conheço, não deveria ter visto aquela visão.

_Visto aquela visão? Vejo que você tem jeito com as palavras Luna - ele ri e eu, muito madura, mostro-lhe a língua. - quanto a parte de não me conhecer, podemos resolver isso, o que acha? A festa tá chata e não acho que você esteja com a mínima vontade de participar. Vamos ficar aqui e conversar.

Aceitei a ideia. Ficamos conversando até umas 02:30, quando ele viu a hora e disse que precisava correr pra casa, com sorte chegava as 03:30 em casa. Nos despedimos com um abraço e ele saiu. Havia perdido o sono, então deitei na cama e fiquei encarando o teto. Não demorou muito e alguém bateu na porta do meu quarto. Passei os olhos pelo meu quarto, a procura de algo pelo qual Nico poderia ter esquecido, mas não encontrei nada. Fui abrir a porta e não era Nico, e sim Matheus. Estava com os lábios inchados, com marcas de batom nas bochechas e pescoço, junto com alguns chupões também. A blusa estava colada em seu tronco, ele estava bem suado. Continuava lindo. Ele nem sequer me dirigiu a palavra, foi logo entrando em meu quarto. Estava prestes a dar um piti quando ele disse:

_Avisei no dormitório que dormiria aqui. Eu durmo no chão mesmo, mas me diga que tem um banheiro no seu quarto. O do corredor está... Hm, ocupado.

Não sei o porquê, mas não conseguia encará-lo. Para a sua sorte, eu tinha um banheiro no quarto. Apontei para a porta e ele foi até ela. Não tinha percebido, mas ele estava com uma mochila nas costas, provavelmente porque já sabia que eu seria mole o suficiente e o deixaria ficar no meu quarto, mesmo ele vindo até aqui apenas pela festa. As vezes me pergunto se Math realmente gosta de mim ou só me usa por causa de Lorena. Tive uma vontade terrível de chorar, porém resisti. Ouvi o chuveiro sendo ligado, ele estava no box. Permiti algumas lágrimas escaparem, bem rapidamente, não deixaria ele ver. Ele não precisa saber que sou tão mulherzinha.

***

Hoje era dia de me provocar? Pois parecia. Math saiu do banheiro apenas de cueca box. Ah, quantos pensamentos impróprios dominam minha mente... Controle-se Lunis, ele é seu amigo e alguns minutos atrás estava se pegando com sua ex amiga. Ok, calma. Pude perceber que seu olhar percorria meu corpo, talvez estivesse pensando "será que ela sabe que parece uma minhoca?". Ele percebe que eu o percebi (Nico tem razão, eu sou ótima com palavras) e cora. Matheus corado? Ok, essa é uma novidade.

_Por que tirou a blusa? - ele me pergunta enquanto guarda a roupa que estava usando na mochila.

_Porque tá um calor do cacete e tenho intimidade com você. Não conhecia Nico direito, não podia...

_Nico esteve aqui?

_Saiu um pouco antes de você entrar educadamente no meu quarto.

_Por que ele veio aqui?

_Como você, ele veio únicamente por causa da festa, mas achou ela chata. Ele me viu na escada e entrou comigo para o quarto. Ficamos conversando até a hora de ele ir embora.

_Você estava na escada?

_Sim, mas você não me viu, tava ocupado demais comendo a Luisa.

_Então esse é o nome dela. - ele diz e logo depois estala os dedos - Eu nem sei quem ela é, me deu mole eu peguei.

_Matheus, por favor, eu não to nem um pouco afim de ouvir você falando das garotas que pegou hoje. Você não me procurou pra ter onde dormir? Pois bem, se ajeita aí e durma.

Se eu fui meio grossa? Sim, mas eu não queria o ouvir falando de Lui, não mesmo. Infelizmente, ele fez uma cara de cachorrinho que caiu da mudança, eu entendi o recado: a minha cama é de casal, daria perfeitamente para nos dois dormimos nela, ele estava pedindo espaço. Cedi.

_ Tudo bem, fica com metade. Vou tomar um banho, já volto.

Tomei meu banho, deixei a água percorrer meu corpo, ah, naquele calor era um alívio. Eu praticamente não me sequei, então quando sai do banheiro o ar gelado do ar-condicionado bateu no meu corpo, me senti no paraíso. Avistei Matheus deitado na cama mexendo no celular, mesmo magrelo ele tinha o abdômen definido, havia um certo volume interessante (não interessante de excitado, interessante de hmm, grande) na box. O cabelo meio grande estava molhado, totalmente bagunçado. Eu tinha uma coisinha gostosa na minha cama que nem sequer me dava atenção. Oh vida, sua puta!

Me joguei ao seu lado na cama. Ele finalmente desviou seus olhos do celular e olhou pra mim, mas necessariamente pro meu corpo. Jurava que a qualquer momento ele iria soltar algum comentário sobre uma magreza e rir, mas não fez. Ele levanta o olhar e passa a observar meu rosto, qual é, o que ele estava fazendo, contando meus defeitos? Começo a corar violentamente, e então ele ri, não com deboche ou sarcasmo (como geralmente ele faz) e sim uma risada sincera, como se achasse aquilo divertido. Matheus as vezes poderia parecer um babaca, mas não era. Por trás de uma zoação ou ironia, sempre havia algo. Era difícil, mas até que consegui decifrá-lo rápido. Em algumas semanas conseguir fazer ele se abrir como nunca fizera antes. Ele se mostrou fofo, cauteloso, amável, inseguro e até mesmo um pouquinho medroso. Só que não conseguia interpretá-lo agora, estava impossível!

_Não faça essa cara Lunis, não vou deixa-la me decifrar, não hoje. O que eu preciso agora é de um abraço, ok?

***

POV MATHEUS

Eu sou um babaquinha, mas Luna era sempre um amor comigo. Isso soa tão estranho, mas sei lá, eu me senti culpado. Eu vim na casa dela apenas por causa da festa, nem sequer dei um oi e depois pedi um lugar pra dormir? Ela poderia ter me mandado embora, me virar, mas não, ela deixou. Da sua forma, ela é um amor, mesmo sendo grossa comigo, e não é pra menos.

Uma coisa que eu percebi: Luna é gata. Ok, me sinto estúpido por só perceber agora, mas ela é. Não é que nem essas garotas que eu to acostumado a ficar, ela não precisa daqueles rebocos todos na cara e nem precisava ter aquele corpo (embora eu tenha gostado da vista que tive. É sempre agradável ver uma garota bonita seminua.). Acho que observei tanto que a deixei com vergonha, o rosto dela sempre fica rosado, engraçado... Ahn, fofo. Ok, eu nunca vou admitir essas coisas pra ela, soa tão gay que eu acho que ela gargalharia na minha cara. Então, falei a primeira coisa que veio a minha mente:

_Não faça essa cara Lunis, não vou deixa-la me decifrar, não hoje. O que eu preciso agora é de um abraço, ok? - Não esperei uma resposta e a abracei. Juro que achei que seria espancado até a morte, mas ela correspondeu! Mas que isso, ela aninhou-me em seu busto, e começou a me fazer um cafuné. Onde está minha Luna, aquela baixinha mal-humorada? Essa aqui é fofa, não deve ser a certa.

Ouvi ela sussurrando algo, mas não consegui distinguir, já estava adormecendo. Puxe-a para mais perto, certo de que ela não poderia escapar e enfim dormi.

***

Estamos dando os últimos retoques nas paradas. Por alguma razão sobrenatural, a minha turma e a de Luna foram liberadas mais cedo. Acho que até os professores querem a vingança, mesmo que involuntariamente. Depois de hoje de manhã, Luna está mais furiosa que nunca.

Eu, muito folgado, fiquei na casa dela para irmos para a escola juntos. Depois de ela me trancar no banheiro para conseguir se vestir, saímos do quarto em direção a cozinha e, então, ouvimos pessoas gritando. Lunis deu um sorriso, logo percebi que era seu pai e sua madrasta que estavam gritando com Lorena, haviam descoberto da festa. Fui puxado para a cozinha, com uma Luna sorridente segurando meu pulso e murmurando "Bom dia. Muito, muito bom dia."

_Ei, ei, ei, moleque, quem é você? Lunaaaa, quem é esse cara? - Pergunta o pai de Luna, furioso e vermelho por sinal. Já sei porque Luna fica rosa.

_Pai, esse é o Matheus, não lembra? Ah, claro que não, nunca presta atenção no que eu falo. Ele é meu amigo. Veio fazer um trabalho aqui, ficou tarde e dormiu aqui.

_Veio te comer que eu sei - falou Lorena antes de beber seu suco. Luna no mesmo instante voou pra cima dela, a empurrando para o chão. Furiosa, disse:

_Ele é meu amigo ok? A piranha aqui é você que dorme com qualquer um.

"qualquer um". Tudo bem, essa doeu, mas sei que foi para ofender Lorena. Luna apenas me puxou para fora da casa depois disso e seguimos para meu dormitório. Peguei minha mochila para a escola e a obriguei a comer algo, não queria uma Lunis com fome e com raiva. Seguimos para escola e, como era seu último dia, decidimos não matar nenhuma aula.

Pronto, tudo certo, o sinal bate em cinco minutos. Posso ver a raiva em seus olhos, se não a conhecesse, não diria que ela está prestes a chorar. A abracei e disse:

_Tudo bem cara, você finalmente vai acabar com Lorena. Vem, vamos sair daqui e ir para os corredores, temos que nos misturar.

Deixamos o projetor cronometrado, para iniciar assim que o sinal tocasse. Fomos em direção aos corredores, perto do principal, o sinal tocou, todos saindo de suas salas, gente saindo do terraço, todos indo em direção ao corredor principal, onde ficava a saída. Na parede branca, um quadrado branco surgiu, Lunis e eu fingimos surpresa como todos os outros. É agora, o show de horrores começou.


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Notas finais do capítulo

HAHAHAHA AINDA NAO E AGORA NMXMFMSKFMSI NAO ME MATEM, SO VI UMA LINDA OPORTUNIDADE DE SUSPENSE. Em relaçao a narraçao de Luna e Matheus, nao, nao sou estupida e nem homofobica, somente narro como adolescente. *o homofobica e em relaçao ao Matheus achar seus pensamentos gays, eu quis mostrar gay no sentido de fofo, ah, vcs entenderam. O importante e que NAO FOI ofensa* beijos de luz =3