Fic Interativa - Os Mistérios De Um Treinador escrita por Nahuel MDJ, Adiel, Adiel


Capítulo 3
Capítulo 2 – Perdidos na floresta


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior você viu a apresentação dos personagens e as regras do jogo. Como será que os treinadores vão se sair na ilha?? Como os grupos serão formados??



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                Várias pessoas deixaram sua cela imediatamente. Muitas delas eram crianças ainda, outros já eram adultos e até velhos surgiu no meio da multidão. Lívia estava no meio, não aguentava mais ficar dentro daquele cubículo. Mas com estava suja de areia, escorregou e caiu no chão. Um garoto ajudou-a a levitar-se.

- Obrigada – disse enquanto corria puxando-o pelo casaco. Ela não queria perde-lo de vista. Os dois atravessaram a porta e finalmente sentiram o ar fresco entrar em seus pulmões. Ela correu alguns metros na terra e finalmente pararam para descansar:

- Espero que esteja bem. Se continuasse caída seria pisoteada. Qual o seu nome? – Os olhos do garoto fizeram a treinadora responder sem medo:

- Lívia Andeerson. E o seu? – perguntou se aproximando para ver melhor o rosto do garoto que estava corado.  Era muito tímido e por isso respondeu baixo:

- Luccas… Twich – Ele olhou para o chão. Sentia que poderia desmaiar a qualquer momento.

- Você é tímido demais! – disse dando pulinhos - olha nos meus olhos! – Ela levantou o rosto do garoto e lhe deu um beijo no rosto.

- Lívia! Você está bem! – Tanner a abraçou por trás. Estava aliviado por tê-la encontrado – Você não se machucou não é? – Ele a virou e lhe deu um beijo prolongado. Era tudo o que queria. Luccas ficou mais vermelho ainda. Deu um passo para trás e caiu na grama. Foi nesse momento que Tanner percebeu sua presença – Quem é este garoto?

- É um garoto gentil que conheci fugindo da prisão, seu nome é Luccas! – Lívia saiu de seus braços para ajudar o garoto a se levantar.

- Deixa que eu o ajudo – disse Tanner jogando-a para trás com um movimento rápido. Isso era reflexo do seu ciúme. Lívia adorava quando ele tinha ciúmes então não reclamava.

- Então Luccas. Obrigado por proteger a Lívia na minha ausência – disse Tanner ajudando-o a levantar-se.

- Não precisa agradecer – respondeu sorrindo – Só fiz o que tinha que ser feito. Ajudar uma garota em perigo é o que um cavaleiro deve fazer.

- Que bonitinho! – disse Lívia abraçando Tanner por trás – Fique conosco. Você não pode andar sozinho nessa ilha. É perigoso. Além do mais, quanto mais ajuda para encontrarmos uma chave, melhor. Vamos nos ajudar a sair dessa ilha!

Luccas ficou indeciso enquanto Tanner não gostou da ideia. Ele acha o garoto uma ameaça por ser bonito.

- Anda logo! – disse Lívia puxando os dois garotos pelo braço.

- Mas para aonde vamos? – perguntou Tanner confuso.

- Que tal irmos para a praia? – Uma garota misteriosa surgiu de repente. Todos se assustaram com a aparição. Ela estava com a franja preta na frente dos olhos castanhos. Sua blusa e shorts estavam desgastados e rasgados mostrando seu belo corpo para alguém daquela idade. Mas a pergunta que ficava martelava era: Da onde surgiu a garota? E como ela não está sentindo frio com aquela roupa?

- A praia? É um lugar perfeito! – Luccas cresceu na praia então gostou da ideia.

- Vamos usar nossos pokémons aquáticos e dar um fora daqui. Prefiro ir acompanhada. Você querem vir? – Ela se virou e começou a caminhada antes de ouvir a resposta.

 – Ela tem razão! Vamos para a praia! Acho que lá será o melhor lugar para ficarmos e pensarmos num jeito de sair daqui – disse Lívia puxando os garotos – Desculpa, mas qual é o seu nome mesmo?

- Aoi – disse com um sorriso forçado.

                Mitsary saiu correndo pelo meio da floresta aos gritos. Estava escuro e ela não gostava de ficar sozinha na escuridão. Estava com medo dos prisioneiros e com medo de ser atacada por algum animal. Mas mesmo sabendo que seus gritos atrairiam os mesmo, ela não parava de soltar sua voz. Como não enxergava nada, tropeçou em uma perna e caiu no chão. Ela ficou mais suja do que já estava. A pessoa em quem tropeçou, soltou um grito de dor. Mitsary tirou o rosto da grama e olhou para trás. Percebeu que estava em cima das pernas de uma garota de pijama.

- Desculpe! Te machuquei? – Mitsary ficou nervosa e começou a massagear as pernas da garota que bocejou antes de falar:

- Não tem problema! – disse se levantando – Estou muito cansada e com sono, mas não tenho forças para subir nessa árvore. A propósito, meu nome é Malu.

- O meu é Mitsary muito prazer – Ela estava aliviada por encontrar alguém. Neste momento, um vento gelado passou pelo local. A treinadora de casaco sentiu arrepios. Ela olhou para Manu quase adormecida. Ela estava apenas de pijama, sem nenhum agasalho. Então Mitsary tirou uma camisa de sua mochila e vestiu a garota. Estava um pouco grande, mas estava bom o suficiente. Naquele momento outra garota surgiu da escuridão.

- Ei! Afaste-se dela! – Mitsary pulou para trás quando ouviu a voz – O que pensa que está fazendo com a minha prima!

- Nada! Eu só estava colocando uma camisa nela! Está muito frio para andar pela floresta só de pijama.

- É só isso? Desculpe, mas ela é responsabilidade minha agora – disse jogando a garota sobre o ombro – Ela nunca conseguiu lutar contra o sono.

- Por favor! Não me deixe sozinha! Eu não vou aguentar um minuto aqui! – ela ajoelhou implorando para que não ficasse sozinha.

- Fale baixo! Pode atrair pessoas! – disse chamando a atenção da garota – Você já conhece a Malu não é? Eu sou prima dela, Lilith. Muito prazer.

- Eu sou Mitsary – disse levantando-se e abrindo um enorme sorriso – Obrigada.

- Fique por perto! Vou sair amanhã de manhã bem cedo para encontrar essas chaves e sair logo desse maldito lugar – Lilith começou a escalar uma árvore. Mesmo com a Malu em suas costas, ela tinha força para carrega-la – Não fique parada! Vamos dormir aqui em cima esta noite. Assim não seremos surpreendidos esta noite.

- Ok – Mitsary já estava acostumada a subir em árvores então foi fácil para ela escalar aquela. No topo encontraram um garoto tentando dormir enquanto olhava as estrelas. As duas se impressionaram com a bela aparência do rapaz. Ele tinha a pele clara e lindos olhos azuis. Cabelos castanhos e corpo bem cuidado.

- Desculpe, mas acho que essa árvore pode suportar mais pessoas – disse Lilith mostrando que não mudaria de árvore.

- Claro! Aqui tem espaço para todos nós – disse o garoto sorrindo ao perceber que tinha companhia – Meu nome é Tenma. Estou muito honrado de ter a presença de damas tão lindas.

- Você está dando em cima de mim? – Mitsary achou fofo, Lilith, nem tanto – Espero que não, porque serei obrigada a te jogar dessa árvore - Ela colocou Malu numa posição que ela dormisse confortavelmente sem cair – Vamos dormir.

                Na saída da prisão, Riley olhava em volta. Ela parou de ler para ser jogado no meio da floresta no meio da noite? Já não via ninguém em volta. Todos já deviam estar no meio da floresta, então se virou e encontrou outra pessoa deixando a prisão.

- Você sabe que tipo de chaves temos que encontrar? – perguntou para Frendys que pensou seriamente em ignorar, mas acabou respondendo:

- Não, desculpe, mas não tenho tempo para conversinhas bobas. Adeus – Frendys sumiu na escuridão da floresta. Lá encontrou uma garota de longos cabelos negros e sua voz doce invadiu os ouvidos de Frendys:

- Desculpe, mas estou perdida e preciso de ajuda. Meu nome é…

- Desculpe, mas não posso te ajudar. Na frente da prisão tem um garoto, fale com ele.

Misaki ficou sozinha, ela não queria ficar sozinha e por isso correu até a prisão e finalmente se encontrou com Riley. Ela precisava de ajuda, então engoliu a timidez e disse:

- Posso ficar com você? Não quero ficar sozinha – disse com lágrimas nos olhos. Riley não podia falar não naquele momento. Mesmo sendo repentino respondeu que sim.

- Você confia em mim? Um desconhecido?

- Eu sei que você não é uma pessoa má. Eu posso sentir isso – disse abraçando o garoto – Meu nome é Misaki. Obrigada por me acompanhar.

- Meu nome é Riley. Eu te acompanharei, não se preocupe.

Misaki percebeu outra pessoa se aproximando. Era um garoto que nem conseguia andar sem se apoiar na parede. Tinha algo errado:

- Você está precisando de ajuda? – perguntou a garota preocupada. A dupla não demorou para correr até o garoto. Riley jogou o braço do desconhecido sobre o ombro. Percebeu que ele tinha próteses de metal no lugar do braço esquerdo e da perna direita.

- Como isso é possível? – perguntou com lágrima nos olhos – Eu não tinha um braço nem uma perna! E agora estou sendo obrigado a participar de um jogo com partes de metal que estão grudados no meu corpo! Não sei se vou conseguir sair daqui.

- Nós vamos te ajudar. Meu nome é Riley. Qual é o seu? – perguntou tirando-o de dentro da prisão.

- Me chamo Zayn – disse se esforçando para acompanhar o treinador – Eu não ando há anos! Eles acham que é só colocar próteses em mim que eu vou sair pulando para achar minha chave? – perguntou irritado. Seu cabelo preto estava despenteado e seus olhos quase não apareciam na escuridão. Vestia uma blusa azul, uma bermuda dourada e uma bandana estava amarrada no pescoço.

- Calma, estamos aqui e vamos te ajudar. Pelo menos até você conseguir andar sozinho – disse Riley, ele não queria prometer nada para o pobre garoto. Misaki ficou tão envergonhada com o novo garoto que nenhuma palavra saiu de sua boca. Juntos, a dupla entrou na floresta.

                Ainda dentro da prisão, Ariel tomou coragem para sair de sua cela. Olhou em volta, o silencio piorava a situação. Ele estava trêmulo e estava tão nervoso que ao invés de ir para a saída, entrou mais ainda na prisão. Ele caminhava devagar segurando o braço, seus olhos estavam arregalados. Nunca sentira tanto medo na vida. Foi quando um vulto se aproximou, uma garota mais alta que ele apareceu. Seus cabelos de cores diferentes chamou sua atenção. Por mais que ela fosse um pouco assustadora, ele se acalmou quando ela o abraçou:

- Você está tão assustado que não sabe o que está fazendo. Qual o seu nome?

- Meu nome… Meu nome é Ariel – ele a soltou para olhar nos olhos da garota. Ele estava muito mais calmo. Algo em seu olhar conseguia fazer tal proeza.

- Meu nome é Tsuki. Ainda bem que arranjei companhia – disse começando a caminhar para o lado oposto que Ariel a encontrou – Este lugar deve estar cheia de gente perigosa.

- Eu não entendo. Porque nos capturaram? Porque nos jogaram nessa ilha?

- Não tenho a mínima ideia. Mas vou te ajudar. Acho que você é muito novo para ter esse tipo de experiência – disse com a voz calma – Vamos encontrar essa tal chave juntos e sair deste lugar.

Segundos depois ouviram um som estranho vindo de uma das celas. Ariel já ficou receoso e abraçou a garota por trás. Ela tomou coragem e entrou no cubículo onde o som se originava. Encontrou uma pessoa no chão, estava imóvel e parecia sem vida:

- Será que ele está morto? – perguntou Ariel se aproximando e se abaixando para ver o corpo.

- Mortos não fazem barulho. Ele está dormindo – disse correndo na direção do dorminhoco – Acorda! – Ela bicou o rapaz que voou pela sala assustado e caiu de cabeça para baixo.

- Olha Tsuki! Mal acordou e está fazendo o quadradinho de oito! – disse apontando para o treinador que se levantou.

- Quem vocês pensam que são? – perguntou se levantando irritado. Porém caiu a ficha que se alguém estava ali dentro, é porque a cela foi aberta – Estou livre?

- Quem dera! Estamos presos nessa ilha até encontrarmos uma tal chave – explicou Ariel apontando para a saída.

- Bom, acho que só nós três estamos nessa prisão. Podemos sair daqui?

- Antes, qual o seu nome garota? E o seu nome gatinho? – perguntou.

- Eu sou Tsuki e ele se chama Ariel. E você se chama…?

- Meu nome é Mateeus. Estou aqui contra minha própria vontade – disse cruzando os braços.

- Todos nós estamos. Tente ficar junto conosco. Eu não vou ficar cuidando de crianças – disse se afastando com Ariel. Então Mateeus se apressou e abraçou os dois.

- Vamos ser companheiros! Companheiros de jornada!

- Eu aceito com o maior prazer – disse Ariel sorrindo e devolvendo o abraço.

- Podemos ficar juntos, mas não vou me responsabilizar por vocês dois. Só vou ajuda-los – disse Tsuki. Antes que pudessem sair da cela, uma garota surgiu cheia de lágrimas nos olhos. Ela entrou e abraçou Mateeus.

- Ainda bem que te encontrei. Nós dois estamos em perigo!  - disse a garota loira e olhos verdes. Eles pareciam irmãos, mas era evidente que eram amigos. Ela era magra e usava um véu sobre a cabeça. Seu vestido preto e meias brancas lembravam um uniforme de escola.

- Saeko? Do que está falando? – perguntou Mateeus abraçando-a com força.

- Está falando daquilo – disse Tsuki apontando para a saída da cela. Uma figura com o rosto coberto surgiu. Usava toca e máscara, um casaco comprido e olhos arrepiantes.

- Nós queremos sair – perguntou Ariel – O que está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Que homem é esse que surgiu?? Que tipo de situações esperam nossos personagens nessa ilha?? Quais motivos deles serem os escolhidos para esse jogo?? Os mistérios confudem a cabeça de todos...

Como eu disse antes, tem menos personagens masculinos que femininos (Sendo que um é gay e dois não querem relacionamento) Então não são todas que terão pares. Espero que gostem da fic :3